Bacharelado em Nutrição - DCV1

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https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/1230

O Curso de Nutrição da UNEB foi criado com base no parecer Nº 36/74 do Conselho Federal de Educação, visando formar nutricionistas dispostos a repensar a nutrição através da pesquisa científica e tecnológica, assim como também, através do planejamento de ações em alimentação e nutrição com vistas a melhorar as condições de saúde da população baiana. O projeto inicial do curso obteve o parecer favorável Nº 212/1985 do Conselho Estadual de Educação em setembro de 1985 e seu funcionamento foi autorizado pelo decreto federal Nº 92.258, publicado no Diário Oficial do Estado de 02 de janeiro de 1986.

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A importância da doação de excedentes de alimentos pelas unidades de alimentação e nutrição no combate à fome: uma revisão narrativa
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-01-06) Paiva, Rafaela Ferreira; Conceição, Ismara Santos Rocha; Lima, Maria Lúcia Nogueira; Souza, Mariana Martins Magalhães de
Introdução: A fome é um problema que afeta milhões de brasileiros, especialmente aquelas que vivem em situação de vulnerabilidade, sem acesso a uma alimentação de qualidade e em quantidade adequada. Nesse contexto, a doação de alimentos excedentes é uma prática que pode ajudar a combater o desperdício e a fome. Contudo, é essencial promover uma mudança cultural para estimular essas doações, considerando que muitas pessoas dependem delas para suprir suas necessidades alimentares. E diante disso, as Unidades de Alimentação e Nutrição desempenham um papel crucial para a promoção da saúde, mas, também na Segurança Alimentar e Nutricional do país. Objetivo: revisar a importância das doações de excedentes alimentares pelas Unidades de Alimentação e Nutrição no combate à fome. Métodos: O presente trabalho é um estudo descritivo, sob forma de revisão narrativa de literatura, baseada na leitura e análise crítica de artigos científicos, textos oficiais publicados. A coleta de dados foi realizada no período de agosto a novembro de 2024, nas bases de dados SciELO, PubMed, Google Acadêmico, Biblioteca Virtual da Saúde. Resultados e discussão: O Brasil enfrenta o problema da fome em todo seu território, não apenas devido às condições naturais, mas também aos comportamentos humanos e à estrutura socioeconômica vigente, causando um alto nível de Insegurança Alimentar e Nutricional. Atualmente a lei nº 14.016/2020, de Combate ao desperdício de alimentos e a doação de excedentes para consumo humano, permite que estabelecimentos que produzem ou fornecem refeições prontas doem seus excedentes. O desperdício de alimentos traz impactos negativos para a economia, com o aumento dos preços dos alimentos e a perda de recursos, na esfera social, afetando o acesso e a renda familiar. Além disso, o impacto ambiental é significativo, com a geração de resíduos sólidos que contaminam os recursos naturais. A prática de doação de excedentes alimentares por estabelecimentos comerciais e universidades é amplamente abordada na literatura, assim como em plataformas digitais com foco social e ambiental, que facilitam a integração entre empresas detentoras de alimentos excedentes e organizações da sociedade civil. Considerações finais: A doação de excedentes alimentares pelas Unidades de Alimentação e Nutrição é uma prática viável e desempenha um papel crucial na redução da fome. Além disso, contribui significativamente para a diminuição do desperdício de alimentos gerados por estabelecimentos produtores de refeições e para a redução do impacto ambiental, ao diminuir o volume de resíduos encaminhados aos aterros sanitários.
Alunos com necessidades alimentares especiais: análise de laudos em um município do sudoeste baiano
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-23) Gomes, Natália de Oliveira Martins; Mendes, Mayara Ferreira dos Santos; Barreto, Mércia Ferreira Vasconcelos; Souza, Lana Mércia Santiago de
Introdução: A alimentação escolar é direito constitucional de todos os estudantes, incluindo aqueles com necessidades alimentares especiais. Para garantir esse direito, as solicitações de dietas diferenciadas devem estar fundamentadas em documentação técnica adequada e confiável. Objetivo: analisar a completude de laudos comprobatórios de Alunos com Necessidades Alimentares Especiais, atendidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar em um município baiano. Métodos: Estudo transversal, observacional e descritivo, com abordagem documental. Foram analisados laudos para solicitação de cardápio especial, considerados completos quando atendiam a critérios predefinidos. Os documentos analisados foram disponibilizados pelo Departamento de Alimentação Escolar, após autorização da Secretaria de Educação. A amostra foi composta por todos os documentos disponíveis. Resultados: Foram analisados 106 documentos, dos quais 93 eram laudos, nenhum deles completo segundo os critérios estabelecidos. Apenas o nome do paciente esteve presente em todos os laudos, enquanto dados como data de nascimento, duração do tratamento e telefone de contato foram frequentemente ausentes, comprometendo a validade dos registros. Predominaram diagnósticos de intolerâncias alimentares, com destaque para intolerância à lactose e alergias alimentares, especialmente à proteína do leite de vaca. Também foram observados agravos crônicos, como diabetes e doença celíaca, além de hipersensibilidades alimentares e outros diagnósticos menos frequentes. Dois laudos não apresentaram diagnóstico clínico. Conclusão: A ausência de laudos completos evidencia falhas técnicas e desarticulação entre saúde e educação, comprometendo a efetividade na concessão de dietas especiais. É necessário desenvolver diretrizes claras e qualificadas para o uso dos instrumentos a fim de garantir alimentação adequada a estudantes com necessidades alimentares especiais.
Análise da influência das classes de medicamentos anti-hipertensivos sobre a pressão arterial: um estudo a partir da raça/cor
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-01-08) Carmo, Tereza Cristina Barros do; SANTOS, Luama Araújo dos; SOUZA, Lana Mércia Santiago de; COUTINHO-LIMA, Claubert Radamés Oliveira; SILVA, Érica Santos
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica e não transmissível e o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, de elevada morbimortalidade. Estudos indicam maior prevalência e gravidade da doença em indivíduos negros em comparação aos brancos. Há evidências de que pessoas negras respondem melhor a certas classes de medicamentos, mas ainda há escassez de estudos que investiguem as diferenças nos efeitos desses tratamentos. Objetivos: Avaliar se há disparidade entre a prescrição de classes de medicamentos anti-hipertensivos e raça/cor, bem como os efeitos destes na pressão arterial dos pacientes autodeclarados pretos e pardos. Material e Métodos: Estudo transversal analítico realizado com dados extraídos de 198 prontuários de pacientes diagnosticados com HAS e em uso de medicamentos anti-hipertensivos, acompanhados pelo projeto de pesquisa em Salvador, BA. Foram coletadas informações sociodemográficas, estilo de vida e dados clínicos sobre as medidas da pressão arterial. As informações obtidas foram tabuladas no Microsoft Excel (2010) e analisadas estatisticamente utilizando o software SPSS® 25.0. Resultados: Do total de 198 prontuários, observou-se prevalência de pacientes do sexo feminino (84,34%, n=167), 94,95%; (n=188) dos indivíduos são autodeclarados negros, pouco mais da metade eram idosos 54,55% (n=108) com média de idade de 60 anos (± 10,337). A maioria tinha nível educacional acima de 8 anos (69,19%), com renda familiar de 1 a 2 salários (35,53%), em relação ao estilo de vida, 90,36% (n=178) não eram tabagistas, 53,81% (n= 106) não era etilistas, 51,38% (n=93) dos participantes não praticava atividades físicas enquanto. Houve a predominância de uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina II (41,83%), e desses indivíduos, 6,57% (n=13) faziam uso de 2 medicamentos de uma mesma classe. Entre os indivíduos negros estudados, 79,1% (n=91) apresentaram pressão elevada, mesmo em uso de medicamentos das classes indicadas para o tratamento da hipertensão arterial na população negra. Além disso, 75,3%(55) dos que utilizavam medicamentos de classes não indicadas também tiveram pressão arterial elevada. Conclusão: Os resultados indicam que houve uma predominância na prescrição de bloqueadores dos receptores de angiotensina II tanto entre os usuários negros quanto brancos. E ao analisar a população negra, não foi encontrada significância estatística na resposta da classe de medicamentos em relação à redução da pressão arterial.
Aspectos fisiopatológicos e nutricionais da síndrome do intestino irritável em mulheres: uma revisão narrativa
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-29) Goiabeira, Larissa dos Santos; Neiva, Naiara Brunelle Oliveira; Oliveira, Neyara dos Santos; Souza, Claudineia Almeida de
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um distúrbio multifatorial complexo que envolve uma disfunção na interação entre cérebro, intestino e microbiota, resultando em sintomas recorrentes, como dor abdominal, inchaço e alterações nos hábitos intestinais, incluindo constipação e diarreia. As implicações nutricionais da SII em mulheres são profundamente significativas, refletindo as particularidades dessa condição em um grupo já suscetível a desafios fisiológicos e psicossociais. O objetivo do estudo foi investigar os aspectos particularmente inerentes ao público feminino na fisiopatologia e o tratamento nutricional da SII, descrever seu impacto e seus fatores determinantes. Os resultados mostraram que a SII tem sido diagnosticada com maior frequência e o público feminino possui sinais e sintomas de forma intensificada devido às alterações hormonais que o as mulheres possuem, além disso, fatores comportamentais e psicossociais também podem influenciar de forma insatisfatória no tratamento da SII. a nutrição comportamental e a educação alimentar representam avanços importantes na qualidade do cuidado de mulheres com SII, contribuindo não apenas para o alívio dos sintomas gastrointestinais, mas também para a melhoria da saúde mental, da autoestima e da qualidade de vida geral. Foi possível concluir que a complexidade da síndrome do intestino irritável é cercada pelas diferentes formas com que cada organismo humano reage à própria doença e às estratégias de tratamento, com destaque às especificidades do público feminino. Mulheres com SII tendem a apresentar sintomas mais intensos, como distensão abdominal, cólicas e sensibilidade retal, devido às oscilações hormonais que convivem mensalmente no período menstrual que causam alterações no corpo feminino e consequentemente intensificam os sintomas da SII. Palavras-chave: Síndrome do intestino irritável. Mulheres. Tratamento nutricional. Fisiopatologia
Associação entre obesidade e doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica: um estudo transversal
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-23) Vianna, Janaína Ananda Lopes; Oliveira, Márcia Cristina Almeida Magalhães; Silva, Érica Santos da; Marinho, Carolina Chacra Carvalho e
A doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD) é prevalente entre a população com obesidade, e dada a natureza multifatorial dessas doenças, ressalta-se a influência do sexo e idade das individuos e um maior prognóstico de morbimortalidade. Neste sentido, este estudo pretende analisar a associação entre os graus da obesidade e de MASLD em pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, em tratamento da obesidade sob regime de hospitalização com uso de dietas de baixa e muito baixas calorias. Caracterizado como um estudo transversal retrospectivo analítico, foram coletados dados secundários de prontuários médicos eletrônicos dos pacientes maiores de 19 anos, de ambos os sexos, que estiveram internados em um ambiente controlado para perda de peso por meio de dieta hipocalórica, de 500 kcal/dia, 800 kcal/dia, durante o período de outubro de 2016 a outubro de 2022 em um hospital referência para tratamento de obesidade no estado da Bahia - Brasil. Para classificação da obesidade foram obtidos dados do Índice de Massa Corpórea (IMC) e da composição corporal a partir da bioimpedância. A aferição da estatura foi realizada por estadiômetro. As medidas das circunferências da cintura e do quadril foram feitas com auxílio de uma fita métrica segundo os critérios da OMS (2008). A classificação da MASLD foi realizada através de dados da ultrassonografia associada à presença da obesidade, pelo médico responsável pela consulta admissional. A análise descritiva dos dados foi realizada com média e desvio padrão para variáveis com distribuição normal. As comparações entre as variáveis qualitativas foram feitas usando o qui-quadrado ou teste exato de Fisher. As variáveis quantitativas foram comparadas usando métodos paramétricos (teste T de Student). O nível de significância adotado em todas as análises foi de 5,0%. As análises estatísticas não mostraram associação significativa entre o maior grau da obesidade com um grau maior de MASLD em indivíduos com obesidade do sexo feminino (p = 0,382), masculino ( p = 0,287), adultos (p = 0,579) e idosos (p = 0,476). Esse resultado sugere que o peso pode determinar a presença, mas existem outros fatores, além do peso, que influenciam o agravo da MASLD.
Associação entre risco de disbiose com sinais e sintomas gastrointestinais em estudantes da área de saúde de uma universidade pública: um estudo transversal
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-29) Azevedo, Clara Liberato Marques de; Lima, Clauber Radamés Oliveira Coutinho de; Silva, Érica Santos da; Santos, Luama Araújo dos
Introdução: A microbiota intestinal é composta por trilhões de microrganismos que desempenham funções essenciais como digestão, absorção e modulação imunológica. Seu desequilíbrio, conhecido como disbiose, pode ser multifatorial, tais quais os estudantes de saúde são vulneráveis devido a rotinas intensas e hábitos inadequados. Objetivos: Avaliar a associação entre risco de disbiose e sinais e sintomas gastrointestinais em estudantes da área da saúde de uma universidade pública e identificar a prevalência do risco de disbiose e fatores relacionados. Material e Métodos: Estudo observacional, transversal e de associação, seguindo as diretrizes STROBE. A coleta de dados foi realizada, entre maio e junho de 2025, através do Google forms®. Foi utilizada a adaptação do Questionário de Rastreamento Metabólico (QRM), Escala de Bristol e sintomas do critérios de Roma IV para avaliação dos sinais e sintomas; o Questionário de Risco de Disbiose (QRD) para avaliar o risco de disbiose, além de coletar informações sobre hábitos alimentares, etilismo, tabagismo, prática de exercício físico, estresse físico/ou mental e sonolência pela Escala de Sonolência de Epworth Brasileira (ESE-BR). Resultados: A amostra foi majoritariamente composta por mulheres jovens, negras, do curso de nutrição e em risco médio de disbiose (76,6%). Houve associação estatisticamente significativa entre elevado risco de disbiose e sinais e sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos, constipação, distensão abdominal, azia, dor abdominal, alterações no padrão de fezes segundo Escala de Bristol (p=0,009) e presença de sintomas ao evacuar (p<0,05). Observou-se alta prevalência de fatores potencialmente causadores, como hábitos alimentares inadequados (83,7%), sedentarismo (48,1%), sonolência excessiva (65,6%) e presença de estresse físico/mental (94,8%). Conclusão: Os achados deste estudo reforçam a associação significativa entre o risco de disbiose e a presença de sinais e sintomas gastrointestinais em estudantes de saúde, destacando a vulnerabilidade dessa população a desequilíbrios na microbiota intestinal.
Avaliação antropométrica de pacientes com fenilcetonúria atendidos em um serviço ambulatorial especializado
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-01-07) Oliveira, Rafaela Silva; Florence, Thais Costa Machado; Lima, Radamés Coutinho; Pereira, Dalila Rauana Ferreira
Introdução: A fenilcetonúria (FNC) é uma doença metabólica rara, considerada um erro inato do metabolismo de origem autossômica recessiva e é classificada conforme atividade enzimática. A forma clássica, implica na administração contínua da fórmula metabólica de aminiácidos e da dieta isenta em fenilalanina, de alimentos de origem animal e restrita em fontes vegetais. Nesse contexto, é tendencioso considerar que, essa população tenha um perfil antropométrico de maior prevalência de baixo peso e déficit de crescimento. Objetivo: Avaliar o perfil antropométrico de pacientes portadores de fenilcetonúria clássica, de 6 a 10 anos de idade, atendidos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em Salvador, Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, observacional e descritivo. Foram avaliados dados antropométricos de peso e altura, dados sociodemográficos de raça/cor e local de residência, dos prontuários de pacientes portadores de fenilcetonúria clássica, com idade entre 6 anos completos a 10 anos incompletos, atendidos pela equipe de nutrição da APAE no período de 01 de abril de 2022 a 30 de abril de 2024. Os dados antropométricos foram analisados por meio do Anthro Plus e classificados adotando-se os pontos de corte do peso para idade (P/I), altura para idade (A/I), Índice de Massa Corporal para idade (IMC/I) em z-score recomendados pelo Ministério da Saúde. Resultados: Dos 25 pacientes, observou-se maior frequência de meninas (n=14, 56,0%) e da faixa etária de 6 anos completos a 7 anos incompletos (n=14, 56,0%). 80,0% dos pacientes se autodeclararam pardos e são moradores da área/zona urbana 16 (64,0%). Quanto ao crescimento linear, o marcador A/I foi adequado em todos os pacientes. Já no indicador IMC/I, observou-se igual frequência para a magreza e o sobrepeso (n=2, 8,0%) e nenhum dos pacientes apresentou obesidade. Considerações finais: Os pacientes com fenilcetonúria, quando assistidos nutricionalmente de maneira adequada, como os que são atendidos pela equipe de nutrição da APAE, possuem uma tendência a um crescimento linear e ganho de peso adequado à idade.
Avaliação dos efeitos metabólicos e cardiovasculares associados à aplicação da dieta cardioprotetora brasileira: uma revisão de ensaios clínicos randomizados
(Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-14) Sampaio, Laís Rocha; Lima, Radamés Coutinho de; Almeida, Vera Ferreira Andrade de; Brandão, Najara Amaral
Introdução: A dieta cardioprotetora brasileira (DICA-BR), também conhecida como "Programa Balance", destaca o consumo de alimentos in natura e integrais, enquanto limita ultraprocessados, gorduras e açúcares adicionados. Criada em 2018 pelo HCor em parceria com o PROADI-SUS, seu objetivo é melhorar a saúde cardiovascular e promover escolhas alimentares saudáveis no Brasil. Ao incorporar alimentos regionais, a DICA-BR respeita a cultura local, facilitando a aceitação e o seguimento da dieta. Além disso, os nutricionistas desempenham um papel crucial na prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) por meio de intervenções educativas, aconselhamento personalizado e monitoramento nutricional contínuo. Objetivos: avaliar os principais efeitos metabólicos e cardiovasculares associados à aplicação da DICA-BR a partir de evidências científicas que investigam os impactos desta dieta em adultos e idosos. Métodos: Este estudo corresponde a uma revisão integrativa que abrange artigos publicados nos últimos 12 anos do tipo: ensaios clínicos randomizados ou não, com resultados relacionados aos efeitos metabólicos e cardiovasculares da dieta em brasileiros. Foram utilizadas bases de dados online, como SciELO, PubMed e BVS para a pesquisa de artigos relacionados ao tema, a partir do uso dos Descritores em Ciências da Saúde e Medical Subject Headings (DeCS/Mesh) pertinentes em inglês, português e espanhol: Biomarcadores; Cardioprotetora; Dieta; “Doenças cardiovasculares”; “Doenças metabólicas”; “Fatores de risco cardiovasculares”; “Perfil metabólico”; “Prevenção secundária”; “Programa Balance”. Resultados: Foi observado, dentre os estudos avaliados, que houve reduções significativas nos níveis de glicemia, peso corporal, circunferência da cintura e melhor adesão à dieta nos grupos de intervenção. Melhorias nos lipídios sanguíneos foram inconsistentes, e apenas um estudo mostrou redução significativa na pressão arterial. Considerações finais: A DICA-BR tem potencial significativo para melhorar parâmetros metabólicos e de saúde cardiovascular, especialmente com intervenções mais longas e frequentes.
Cobertura do sistema de vigilância alimentar e nutricional e estado nutricional de pessoas idosas residentes em comunidades remanescentes de quilombo
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-23) Jesus, Diele Almeida de; Mendes, Mayara Ferreira Santos; Barreto, Mércia Ferreira Vasconcelos; Lima, Pâmela da Mata
Introdução: Conhecer a cobertura do SISVAN, sua utilização e dados publicizados por ele para população idosa pertencentes a comunidades quilombolas é de fundamental importância para a formulação de políticas públicas de saúde que atendam às necessidades específicas desta população. Este estudo teve como objetivo analisar a cobertura do sistema de vigilância alimentar e nutricional de pessoas idosas residentes em comunidades remanescentes de quilombo, entre 2014 e 2023 nas regiões de saúde da Bahia. Método: estudo transversal, com dados secundários de domínio público, disponíveis no SISVAN, estratificou-se por pessoas idosas, consideradas quilombolas, por região de saúde do estado da Bahia, no período de 2014 a 2023. Resultados: A análise dos dados extraídos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional entre 2014 e 2023 revelou uma baixa cobertura no que tange ao armazenamento dos dados antropométricos da população idosa atendida na atenção primária à saúde nas 28 regiões de saúde da Bahia. Em grande parte das regiões analisadas o percentual de indivíduos classificados em baixo peso, eutrofia e sobrepeso manteve-se em 0% ao longo dos anos, demonstrando ausência de registros ou subnotificação dos dados antropométricos. Apenas algumas áreas, como Brumado, Feira de Santana, Itabuna, Paulo Afonso e Vitória da Conquista, registraram dados em algum momento. A região de Brumado destacou-se pela regularidade dos registros. Conclusão: Conclui-se que é urgente o fortalecimento da vigilância nutricional e a implementação de políticas públicas direcionadas, a fim de promover o envelhecimento saudável e reduzir as desigualdades nos territórios quilombolas.
Consumo de macronutrientes e perfil antropométrico de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1: um estudo transversal
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-29) Santos, Ana Kely de Jesus; Magalhães, Karine Brito Beck da Silva; Alves, Thaisy Cristina Honorato Santos; Santos, Rogério Santos dos
Introdução: O DM1 é uma doença autoimune prevalente na infância e adolescência, exige controle rigoroso com insulina e alimentação adequada. A ingestão de macronutrientes impacta diretamente a glicemia, tornando essencial o acompanhamento nutricional. A avaliação antropométrica é fundamental no acompanhamento de crianças com DM1, uma vez que alterações no crescimento e desenvolvimento podem ser indicativas de um controle glicêmico inadequado. A escassez de estudos em Salvador reforça a necessidade de investigações nessa população. Objetivos: Este estudo analisou o consumo de macronutrientes e o estado nutricional de crianças e adolescentes com DM1 atendidos no NANUP. Avaliou-se a adequação da ingestão de macronutrientes às recomendações para a doença e o perfil antropométrico com base nos indicadores da OMS. Métodos: A pesquisa foi realizada com crianças e adolescentes de 6 meses a 19 anos diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo 1, atendidos entre 2022 e 2024 no NANUP. Foram excluídos dados de prontuários incompletos e com condições clínicas interferentes. A ingestão alimentar foi avaliada por meio do recordatório alimentar de 24h, analisada no software WebDiet®. Utilizaram-se os indicadores IMC/I, P/E, E/I e P/I com base nas curvas da OMS para avaliar o perfil antropométrico. Os dados foram organizados em planilhas do Excel®, com frequências absolutas, relativas e medidas de tendência central. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UNEB. Resultados: O estudo analisou 20 pacientes com DM1, revelando maior prevalência do sexo masculino e predominância de adolescentes. A ingestão média de macronutrientes esteve dentro das recomendações. Observou-se consumo inadequado de gorduras, principalmente saturadas e trans. Quanto ao estado nutricional, a maioria apresentou IMC/I, P/I, E/I e P/E adequados. Conclusão: O estudo identificou que a maioria dos participantes com DM1 apresentou consumo adequado de carboidratos, lipídios e ingestão de proteínas acima do recomendado. No entanto, destacou-se o elevado consumo de gorduras saturadas e trans, além da variação na ingestão de fibras. Os parâmetros antropométricos indicaram bom crescimento e desenvolvimento, conforme as curvas da OMS.
Determinantes sociais da saúde em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1: um estudo transversal
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-29) Santos, Gilma Souza dos; Magalhães, Karine Brito Beck da Silva; Alves, Thaisy Cristina Honorato Santos; Santos, Rogério Santos dos
O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune crônica que afeta principalmente indivíduos geneticamente predispostos, levando à destruição das células ß pancreáticas e à deficiência de insulina. É mais comum na infância e adolescência, representando cerca de 90% dos casos. O tratamento envolve educação sobre a doença, automonitorização da glicemia, insulinoterapia, atividade física e adesão à prescrição nutricional específica. Nesse sentido, acredita-se que os Determinantes Sociais da Saúde (DSS), que são circunstâncias em que os indivíduos nascem, crescem, trabalham, vivem e envelhecem e afetam, principalmente, o processo saúde-doença, podem interferir no tratamento. Assim, o objetivo do estudo foi descrever os principais DSS e sua contribuição no manejo e tratamento de crianças e adolescentes com Diabetes Mellitus tipo 1. A pesquisa teve o caráter transversal, retrospectivo e descritivo, através da análise de prontuários de pacientes atendidos no Núcleo de Atendimento Nutricional e Pesquisas em Pediatria (NANUP), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus I, em Salvador – Ba entre os anos 2022 e 2024. Os resultados incluíram 19 pacientes, desses 57,89% eram do sexo masculino. Em relação à idade, a maioria estava em fase escolar (57,89%) e na adolescência (36,84%). Quanto à denominação racial, 31,58% se autodeclararam pretos e 52,63% pardos, 100% dos pacientes frequentavam a escola, 78,95% dos pais possuíam o ensino médio. Os achados do estudo demonstraram que os DSS, como renda familiar, tipo de moradia e escolaridade dos responsáveis, exercem um papel significativo nos desafios de manejo e tratamento da doença. Os achados reforçam a necessidade de um cuidado que transcenda os aspectos clínicos, incorporando uma abordagem mais individualizada e efetiva ao considerar as variáveis sociais para aprimorar a adesão ao tratamento e a qualidade da assistência.
Efeito clínico e metabólico da suplementação de mio-inositol em mulheres com síndrome do ovário policístico: uma revisão de ensaios clínicos randomizados
(Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-16) Batista, Alanna da Silva; Lima, Radamés Coutinho; Magalhães, Karine Brito Beck da Silva; Assis, Viviane Conceição Davino de
Introdução: O mio-inositol (MI) é um poliálcool cíclico que está presente nas membranas celulares e exerce importante função na transdução de sinais de alguns hormônios como insulina e hormônio folículo estimulante (FSH). Por isso, tem sido associado à melhora dos sinais e sintomas da Síndrome do Ovário Policístico (SOP), a qual se trata de uma disfunção endocrinometabólica caracterizada pelo hiperandrogenismo e hiperinsulinemia. Baseado nisso, a suplementação de mio-inositol pode ser uma estratégia eficaz no tratamento da SOP. Objetivos: revisar na literatura científica o efeito clínico e metabólico da suplementação de mio-inositol em mulheres com SOP. Métodos: revisão integrativa dos últimos 10 anos sobre os efeitos clínico e metabólico da suplementação de mio-inositol em mulheres com SOP. Foram utilizadas bases de dados da literatura convencional: PubMed, Embase, Cochrane library e Lilacs. Os seguintes termos indexadores utilizados foram baseados nos Descritores em Ciências da Saúde/Medical Subject Headings (DeCS/MeSH): mio-inositol, “Síndrome do Ovário Policístico” e Suplementação nos idiomas português e inglês com uso dos operadores booleanos: “AND” e “OR”. Foram utilizados símbolos ( * e $ ) para realizar o truncamento dos termos, quando necessário. Resultados: todos estudos incluídos foram ensaios clínicos randomizados com doses de MI que variavam de 1 a 4g/dia durante 3 ou 6 meses. Dentre as 159 publicações encontradas inicialmente, 5 estudos foram selecionados para avaliação completa após aplicação dos critérios de elegibilidade. A intervenção baseou-se na suplementação de mio-inositol em monoterapia em comparação a outros suplementos ou medicamentos. Considerações Finais: Observou-se que o uso MI demonstrou ter efeito sobre os parâmetros clínicos como peso, Índice de Massa Corporal (IMC), acne, hirsutismo e regularidade do ciclo menstrual e metabólicos como a redução da glicemia em jejum, hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio anti-mulleriano (AMH), lipoproteína de baixa densidade (LDL), triglicérides e aumento da lipoproteína de alta densidade (HDL), porém a suplementação ainda precisa ser cautelosa, uma vez que os resultados dos estudos ainda são controversos.
Efeito dos psicobióticos em adultos com depressão: uma revisão integrativa
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-01-08) Sampaio, Gabriel Almeida; Brunelle, Naiara Oliveira Neiva; Garcez, Laís Spindola; Medrado, Gabriel Teixeira
A depressão é um transtorno mental comum que afeta o funcionamento dos indivíduos. Sua causa está associada a desequilíbrios nos neurotransmissores, processos de neuroinflamação e alterações funcionais em redes neurais, além de ser impactada por mudanças na microbiota intestinal, que podem influenciar o estado emocional e os padrões de comportamento. Os psicobióticos são capazes de regular o eixo intestino-cérebro e despontam como uma abordagem promissora, graças ao seu potencial de diminuir inflamações sistêmicas e atuar na síntese de neurotransmissores, apresentando-se como uma possível alternativa terapêutica para amenizar os sintomas depressivos. Essa revisão pretende analisar as evidências mais atuais sobre o uso de psicobióticos na depressão. Utilizou-se as bases de dados: Pubmed, Lilacs, SCOPUS, EMBASE e literatura cinzenta: Google Scholar, Proquest, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e Clinical Trials, para uma busca de ensaios clínicos randomizados duplo/triplo cego controlados por placebo, na qual foram encontrados 28.653 artigos do período de 2014 a 2024, dos quais 11 foram selecionados após a triagem orientada pelos critérios de inclusão e exclusão. Verificou-se que na maioria dos estudos, a administração de probióticos aliviou os sintomas depressivos, contudo, a falta de consenso sobre a adequada dosagem, duração do tratamento e cepas mais eficazes, além da ausência de padronização dos critérios de avaliação dos sintomas depressivos destaca a importância de pesquisas mais aprofundadas sobre o tema.
Efeitos da suplementação com curcuma (curcumina) na inflamação em pacientes com síndrome metabólica: uma revisão integrativa
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-24) Gomes, Ygor Silva; Leite, Luana de Oliveira; Bordallo, Carine de Oliveira Souza; Almeida, Rafael Souza de
Introdução: A síndrome metabólica é caracterizada por um conjunto de alterações metabólicas e inflamatórias que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. A inflamação crônica de baixo grau desempenha papel central em sua fisiopatologia, e a curcumina, composto bioativo da Curcuma longa, tem demonstrado propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Objetivo: Sintetizar as evidências científicas atuais sobre os efeitos da suplementação com curcumina em marcadores inflamatórios de indivíduos com síndrome metabólica. Métodos: Esta revisão integrativa seguiu as diretrizes PRISMA e incluiu estudos publicados entre 2015 e 2025 nas bases PubMed, LILACS, ScienceDirect, Cochrane Library e Google Scholar. A estratégia PICOS orientou os critérios de elegibilidade, e a extração dos dados foi realizada por meio de formulário padronizado. Resultados: Os estudos selecionados demonstraram que a suplementação com curcumina, especialmente em formulações com maior biodisponibilidade (como nanocurcumina ou associada à piperina), reduziu marcadores inflamatórios como PCR, IL-6 e MDA, além de aumentar citocinas anti-inflamatórias e enzimas antioxidantes. No entanto, a heterogeneidade nas doses, formulações e duração dos estudos limitou comparações diretas. Conclusão: A curcumina apresenta-se como uma opção de suplementação promissora na modulação da inflamação na síndrome metabólica, mas são necessários novos ensaios clínicos de longo prazo, com protocolos padronizados, para confirmar sua eficácia e orientar seu uso clínico.
Efeitos da suplementação de ácido alfa lipoico no tratamento da neuropatia diabética: uma revisão integrativa
(Universidade do estado da Bahia, 2025-07-29) Reis, Ana Caroline Rocha dos; Neiva, Naiara Brunelle Oliveira; Magalhães, Karine Brito Beck da Silva; Castro, Carolina Blagojevic
Introdução: A neuropatia diabética é uma complicação comum e debilitante do diabetes mellitus, caracterizada por danos progressivos nos nervos periféricos. O ácido alfa lipoico (ALA), um antioxidante endógeno, tem sido investigado como potencial adjuvante no tratamento da neuropatia, especialmente por sua possível atuação na redução do estresse oxidativo, um dos principais mecanismos fisiopatológicos da doença. Objetivos: Analisar os efeitos da suplementação de ácido alfa lipoico no tratamento da neuropatia diabética em indivíduos com diabetes, investigando seus possíveis benefícios na redução dos sintomas, impacto na qualidade de vida, dosagens utilizadas nos estudos e sua relação com a eficácia terapêutica, além de verificar a segurança e os efeitos adversos associados à intervenção. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que incluiu sete estudos clínicos publicados entre 2006 e 2021, conduzida com base na questão norteadora: “A suplementação de ácido alfa lipoico é eficaz no tratamento da neuropatia em indivíduos com diabetes mellitus?”. A busca foi realizada nas bases Embase, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Publisher Medline (PubMed), Scopus e Web of Science, com uso de descritores padronizados em português e inglês, combinados por operadores booleanos. A seleção seguiu os critérios do anagrama PICOs, contemplando adultos e idosos com neuropatia diabética que utilizaram ALA como intervenção terapêutica. Resultados: Ao total, foram incluídos 7 estudos nessa revisão, cujas amostras apresentaram variações de 20 a 460 participantes, com diferentes doses de ALA (600 a 1.800 mg/dia) e tempo de tratamento entre cinco semanas e quatro anos. Os resultados sugerem que a suplementação pode estar associada à redução de sintomas neurossensoriais, como dor e queimação, à melhora de escores clínicos que avaliam a gravidade e a progressão da neuropatia periférica, e, em alguns casos, à melhora de parâmetros eletrofisiológicos e da percepção vibratória. No entanto, os achados foram heterogêneos, e alguns estudos não observaram melhora significativa em determinados desfechos. Também foram relatados efeitos adversos nos grupos que utilizaram ALA em alguns estudos. Considerações finais: A revisão indicou que, dos sete estudos analisados, todos relataram algum resultado positivo relacionado à suplementação de ácido alfa lipoico na neuropatia diabética, especialmente quanto ao alívio de sintomas e possíveis melhorias em parâmetros neurológicos. Contudo, permanecem lacunas quanto à padronização de dose e tempo de tratamento, além da necessidade de avaliar a segurança da intervenção. Esses aspectos evidenciam a importância de novos estudos, com maior rigor metodológico, para confirmar a eficácia e segurança do ALA.
Efeitos da suplementação de creatina em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: uma revisão de ensaios clínicos randomizados
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-24) Souza, Ana Carolina de Jesus de; Lima, Radamés Coutinho; Neiva, Naiara Brunelle Oliveira; Santos, Luama Araújo dos
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença altamente prevalente, que pode ocasionar consequências sistêmicas, como alterações metabólicas e nutricionais, disfunção muscular esquelética e inflamação. A perda de peso e massa muscular, associa-se à diminuição da força muscular, velocidade de caminhada, tolerância ao exercício, alterações pulmonares e pior prognóstico da doença. Nesse contexto, dado o impacto da creatina no metabolismo muscular, a mesma poderia representar uma estratégia terapêutica promissora para mitigar esses efeitos adversos na DPOC. Objetivos: Analisar os efeitos da suplementação de creatina em adultos e idosos com DPOC. Métodos: Buscamos artigos que abordaram a temática em questão utilizando as bases de dados PubMed (MEDLINE), Web of Science, EMBASE e Scopus (Elsevier), Cochrane Library e LILACS, com a busca atualizada até 23 de maio de 2025. Resultados: Foram encontrados 98 estudos, porém, após a aplicação dos critérios de elegibilidades, cinco artigos foram avaliados criteriosamente, sendo que dois avaliaram creatina em monoterapia, um avaliou creatina associada à glicose e dois avaliaram creatina aliada a coenzima Q10. A creatina + coenzima Q10 melhorou significativamente a capacidade do exercício, grau de dispneia, independência funcional e qualidade de vida, aumentou massa livre de gordura, ângulo de fase e massa celular corporal em comparação com placebo. A creatina + glicose melhorou significativamente a força e resistência dos membros inferiores, resistência de preensão manual, massa livre de gordura e qualidade de vida. Creatina em monoterapia não melhorou significativamente nenhum parâmetro analisado. Considerações finais: A suplementação de creatina aliada a Coenzima Q10 e aliada à glicose apresentaram resultados promissores, podendo ser uma estratégia interessante para pacientes com DPOC.
Efeitos da suplementação de simbióticos em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: uma revisão de ensaios clínicos randomizados
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-23) Souza, Adilma Santos; Lima, Radamés Coutinho; Leite, Luana Oliveira; Brandão, Najara Amaral
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma desordem endócrino-metabólica comum em mulheres em idade reprodutiva, associada a hiperandrogenismo, anovulação, resistência à insulina e maior risco para comorbidades metabólicas. Estratégias nutricionais, como o uso de simbióticos, têm sido estudadas como abordagem complementar no manejo da SOP. Objetivo(s): Analisar os efeitos da suplementação com simbióticos sobre o perfil clínico e metabólico de mulheres com SOP, além de identificar os principais tipos de prebióticos e cepas probióticas utilizados nas formulações estudadas. Métodos : Realizou-se uma revisão integrativa da literatura científica dos últimos 10 anos nas bases PubMed, Embase, Cochrane Library e LILACS. Foram utilizados descritores DeCS/MeSH em português e inglês, combinados por operadores booleanos e truncamentos. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados com suplementação simbiótica em mulheres com SOP. Resultados: Dos 75 estudos inicialmente identificados, 11 foram incluídos após aplicação dos critérios de elegibilidade. A intervenção consistiu em simbióticos administrados via oral, em cápsulas, sachês ou bebidas, por períodos de 8 semanas a 6 meses. As doses variaram de 1×109 UFC/dia a 7×109 UFC/dia de probióticos e de 9,6 mg a 6 g/dia de prebióticos. Observou-se melhora nos níveis de insulina, HOMA-IR, testosterona total, perfil lipídico, marcadores inflamatórios e composição corporal. As cepas mais utilizadas foram Lactobacillus, Bifidobacterium e Bacillus, associadas a inulina e FOS. Considerações Finais : Os simbióticos demonstram potencial terapêutico no tratamento da SOP, especialmente em parâmetros metabólicos. Novos estudos são necessários para confirmar a eficácia e padronizar protocolos.
Efeitos da suplementação de vitamina D na síndrome metabólica em mulheres pós-menopáusicas: uma revisão integrativa
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-28) Queiroz, Bruna Lana Cruz de; Bordallo, Carine de Oliveira Souza; Silva, Érica Santos da; Silva, Caroline Ferraz
Introdução: A menopausa é a transição da vida reprodutiva da mulher para a não reprodutiva, marcada pela cessação da menstruação e redução dos níveis hormonais. Nesse período, mudanças no organismo e hábitos de vida inadequados podem favorecer o surgimento da síndrome metabólica, a qual é composta por hipertensão arterial sistêmica, hiperglicemia ou diabetes tipo 2, obesidade central e dislipidemia. A deficiência de vitamina D, comum nessa fase, intensifica o risco de desenvolvimento dessas comorbidades, tornando sua suplementação uma possível estratégia para melhorar o perfil metabólico e prevenir complicações. Objetivos: Analisar a influência da suplementação de vitamina D no perfil de risco da Síndrome Metabólica em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa que analisou artigos científicos originais publicados nos últimos 10 anos sobre a suplementação de vitamina D na prevenção e tratamento da síndrome metabólica em mulheres pós-menopausa. Resultados: A suplementação de vitamina D contribuiu para o aumento dos níveis séricos de 25(OH)D, melhora em marcadores como triglicerídeos, insulina, HOMA-IR, proteína C reativa e adipocinas. Também foram observadas reduções em parâmetros inflamatórios e melhora na força muscular. Os efeitos variam conforme a dose, frequência e duração da intervenção, sendo mais evidentes em suplementações entre 1.000 e 50.000 UI por períodos de 2 a 9 meses. Considerações finais: A suplementação de vitamina D parece contribuir para a prevenção da síndrome metabólica em mulheres pós-menopáusicas, mas seus efeitos ainda são inconclusivos e devem ser avaliados em conjunto com abordagens integradas de saúde.
Efeitos da suplementação de vitamina D no perfil metabólico de mulheres em idade fértil com síndrome do ovário policístico: uma revisão integrativa.
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-29) Souza, Maria Eduarda Menezes de; Neiva, Naiara Brunelle Oliveira; Oliveira, Neyara dos Santos; Brandão, Najara Amaral
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino-metabólico comum entre mulheres em idade fértil, frequentemente associado à resistência à insulina, obesidade e dislipidemias. A vitamina D tem sido estudada por seus potenciais efeitos na modulação desses parâmetros metabólicos. Objetivos: Investigar os efeitos da suplementação de vitamina D sobre o perfil metabólico (glicêmico e lipídico) de mulheres em idade fértil com SOP, além de identificar formas de uso e lacunas na literatura científica. Métodos: Revisão integrativa de ensaios clínicos randomizados publicados entre 2015 e 2025, com buscas nas bases PubMed/MEDLINE e Embase. Foram incluídos estudos que avaliaram suplementação oral isolada de vitamina D em mulheres com SOP e deficiência/insuficiência do nutriente. Resultados: Foram incluídos sete estudos. A maioria mostrou melhora na resistência à insulina (HOMA-IR, HOMA-B, QUICKI), redução de glicemia, insulina e triglicerídeos, além de efeitos positivos sobre inflamação e estresse oxidativo. Os achados foram heterogêneos quanto ao perfil lipídico e hormonal. Considerações finais: A suplementação de vitamina D demonstrou potencial benéfico sobre parâmetros metabólicos em mulheres com SOP, especialmente na resistência à insulina. No entanto, são necessários mais estudos com maior padronização metodológica, controle de variáveis externas e acompanhamento prolongado.
Influência da prematuridade no desenvolvimento da seletividade alimentar em crianças em idade pré-escolar – uma revisão integrativa
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-01-08) Saraiva, Jailda Santos Felix; Alves, Thaisy Cristina Honorato Santos; Garcez , Lais Spíndola; Ribeiro, Caroline Santana
Introdução: O recém-nascido é classificado como prematuro ou pré-termo (RNPT) ao nascer antes de completar 37 semanas de gestação, podendo apresentar prematuridade limítrofe (34 a 36 semanas), moderada (30 a 33 semanas) ou extrema (menos de 30 semanas). A incidência global de partos prematuros tem aumentado, representando uma das principais causas de mortalidade infantil. Apesar dos avanços na assistência neonatal, a prematuridade ainda representa um desafio significativo para o aleitamento materno exclusivo e pode levar a dificuldades alimentares devido à imaturidade fisiológica. Estudos sugerem que, nas crianças prematuras, comportamentos defensivos, como seletividade e recusa alimentar podem ser frequentes durante a introdução da alimentação complementar. Objetivo: Revisar as evidências apresentadas pela literatura científica sobre a influência da prematuridade no desenvolvimento da seletividade alimentar em crianças em idade pré-escolar. Métodos: O estudo é uma revisão integrativa, dos estudos dos últimos 20 anos, norteado pela pergunta problematizadora: “A prematuridade pode contribuir para o desenvolvimento da seletividade alimentar em crianças pré-escolares?” Foram utilizadas bases de dados convencionais SciELO, PubMed, Embase, Scopus, BVS/ Lilacs, além de busca por citação, usando termos indexadores apropriados, em língua portuguesa, inglesa e espanhola. Resultados: Foi realizada uma seleção inicial que incluiu 611 publicações, dentre as quais, 8 foram selecionadas para avaliação completa após aplicação dos critérios de elegibilidade. Foi observado que nas crianças nascidas de forma prematura, fatores como baixo peso extremo, associado a alimentação por sonda enteral ou parenteral, ruptura do vínculo mãe-bebê devido às complicações no parto, e desmame precoce do aleitamento materno exclusivo, são fatores que resultam em dificuldades alimentares a longo prazo. Conclusões: Esta revisão integrativa evidenciou a complexidade das dificuldades alimentares em crianças prematuras, ressaltando a importância de uma abordagem integrada levando em conta aspectos clínicos, contextos familiares e sociais, visando promover um desenvolvimento saudável.

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