Análise da influência das classes de medicamentos anti-hipertensivos sobre a pressão arterial: um estudo a partir da raça/cor

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Data
2025-01-08
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Universidade do Estado da Bahia
Resumo

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica e não transmissível e o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, de elevada morbimortalidade. Estudos indicam maior prevalência e gravidade da doença em indivíduos negros em comparação aos brancos. Há evidências de que pessoas negras respondem melhor a certas classes de medicamentos, mas ainda há escassez de estudos que investiguem as diferenças nos efeitos desses tratamentos. Objetivos: Avaliar se há disparidade entre a prescrição de classes de medicamentos anti-hipertensivos e raça/cor, bem como os efeitos destes na pressão arterial dos pacientes autodeclarados pretos e pardos. Material e Métodos: Estudo transversal analítico realizado com dados extraídos de 198 prontuários de pacientes diagnosticados com HAS e em uso de medicamentos anti-hipertensivos, acompanhados pelo projeto de pesquisa em Salvador, BA. Foram coletadas informações sociodemográficas, estilo de vida e dados clínicos sobre as medidas da pressão arterial. As informações obtidas foram tabuladas no Microsoft Excel (2010) e analisadas estatisticamente utilizando o software SPSS® 25.0. Resultados: Do total de 198 prontuários, observou-se prevalência de pacientes do sexo feminino (84,34%, n=167), 94,95%; (n=188) dos indivíduos são autodeclarados negros, pouco mais da metade eram idosos 54,55% (n=108) com média de idade de 60 anos (± 10,337). A maioria tinha nível educacional acima de 8 anos (69,19%), com renda familiar de 1 a 2 salários (35,53%), em relação ao estilo de vida, 90,36% (n=178) não eram tabagistas, 53,81% (n= 106) não era etilistas, 51,38% (n=93) dos participantes não praticava atividades físicas enquanto. Houve a predominância de uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina II (41,83%), e desses indivíduos, 6,57% (n=13) faziam uso de 2 medicamentos de uma mesma classe. Entre os indivíduos negros estudados, 79,1% (n=91) apresentaram pressão elevada, mesmo em uso de medicamentos das classes indicadas para o tratamento da hipertensão arterial na população negra. Além disso, 75,3%(55) dos que utilizavam medicamentos de classes não indicadas também tiveram pressão arterial elevada. Conclusão: Os resultados indicam que houve uma predominância na prescrição de bloqueadores dos receptores de angiotensina II tanto entre os usuários negros quanto brancos. E ao analisar a população negra, não foi encontrada significância estatística na resposta da classe de medicamentos em relação à redução da pressão arterial.


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CARMO, Tereza Cristina Barros do. Análise da influência das classes de medicamentos anti-hipertensivos sobre a pressão arterial: um estudo a partir da raça/cor. Orientadora: Luama Araujo dos Santos. 2024. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Nutrição), Departamento de Ciências da Vida, Campus I, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2024.
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