Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Ensino, Linguagem e Sociedade (PPGELS)

O Programa de Pós-Graduação em Ensino, Linguagem e Sociedade (PPGELS) foi recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) em 05 de outubro de 2018, em nível de Mestrado Profissional, e está abrigado no Departamento de Ciências Humanas (Campus VI) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

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    Paulo Freire e o ensino de filosofia no ensino médio: contribuições para uma prática libertadora com diálogos marxistas
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-10-14) Coelho, André Lima; Júnior, Wagnervalter Dutra; Costa, Glauber Alves; Silva, Priscila Teixeira da
    A Filosofia tornou-se componente curricular obrigatório na educação básica em julho de 2006, quando foi aprovada pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). No entanto, a Lei 13.415/2017, sancionada pelo presidente Michel Temer, eliminou essa obrigatoriedade, o que é considerado um retrocesso por especialistas em educação, especialmente em relação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996), que reconhece a importância dos conhecimentos filosóficos para o exercício da cidadania. Este trabalho investigou como a concepção de educação libertadora de Paulo Freire pode contribuir para o ensino de Filosofia no ensino médio em escolas públicas, promovendo o protagonismo social dos jovens por meio de encontros educativos que desconstruam o ensino tradicional, permitindo que os estudantes se vejam como agentes políticos e transformadores de sua realidade. A pesquisa e a aplicação do Produto Educacional (PE) foram realizadas no Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde e Gestão da Cidade de Guanambi-BA (CEEP), onde atuei como professor de Filosofia entre julho de 2018 e abril de 2023. Discutir a Filosofia com os estudantes em uma abordagem fundamentada no pensamento de Freire representa uma forma de resistência no contexto educacional atual. Para dialogar com as concepções de Freire, foram incorporadas ideias do(s) marxismo(s) sobre práxis educativa, enfatizando a luta de classes e a conscientização dos oprimidos para a transformação social e evidenciando como o modelo educacional tradicional pode reforçar uma relação vertical e opressora entre educadores e educandos. A pesquisa concluiu que a aplicação da educação libertadora de Freire no ensino de Filosofia favorece o desenvolvimento do pensamento crítico e do protagonismo juvenil, ao incentivar os estudantes a se perceberem como agentes ativos na transformação social. A abordagem dialógica e reflexiva promoveu uma participação mais engajada dos alunos, permitindo-lhes refletir sobre sua realidade e questionar as estruturas sociais opressivas. Além disso, ao incorporar ideias do marxismo sobre práxis e luta de classes, observouse que o ensino de Filosofia pode desconstruir a relação hierárquica entre educador e educando, criando um ambiente educacional mais horizontal e emancipador, em contraste com o modelo tradicional.
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    Mandando ver na educação: Karl Marx e Paulo Freire, uma parada para jovens!
    (2024-10-14) Coelho, André Lima; Dutra Júnior, Wagnervalter
    O Produto Educacional intitulado Mandando ver na educação: Karl Marx e Paulo Freire, uma parada para jovens! foi desenvolvido no âmbito do Mestrado Profissional em Ensino, Linguagem e Sociedade, na Linha de Pesquisa III (Ensino, Sociedade e Ambiente). Seu objetivo é tornar as ideias de Karl Marx e Paulo Freire mais acessíveis e significativas para estudantes do ensino médio integrado, por meio de uma abordagem dialógica, linguagem juvenil e atividades críticas. A proposta foi implementada no CEEP de Guanambi (BA), estruturando-se em três encontros educativos e um questionário diagnóstico. O material promoveu a reflexão sobre temas como desigualdade, opressão e transformação social, utilizando gírias e referências culturais dos(as) estudantes. Fundamentado na pedagogia freiriana e no pensamento marxista, o produto busca não apenas transmitir conhecimento, mas criar espaços de escuta, diálogo e emancipação, aproximando os(as) jovens da filosofia crítica e das lutas por justiça social.
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    A educação do campo no Brasil e a herança maldita de FHC: uma trajetória crítica de avanços e retrocessos
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-16) Soares, Donizete Moreira; Dutra Júnior, Wagnervalter; Costa, Glauber Barros Alves; Trindade, Domingos Rodrigues
    A Educação do Campo no Brasil representa uma resposta crítica à exclusão histórica das populações rurais dos sistemas educacionais predominantes, que têm se centrado nas realidades urbanas e industriais. Essa abordagem educacional nos permite compreender as especificidades culturais, econômicas e sociais das comunidades rurais, promovendo uma formação que integre os saberes locais e as práticas do campo. No entanto, o caminho para sua consolidação tem sido marcado por avanços e retrocessos, especialmente nos últimos 30 anos, período em que diferentes governos ora fortaleceram, ora enfraqueceram essa modalidade educacional. Este trabalho tem como objetivo analisar o processo histórico de luta e resistência dos movimentos sociais na consolidação das políticas públicas voltadas à Educação do Campo. Nesse contexto, destaca-se o governo de Fernando Henrique Cardoso como um marco de inflexão, cuja política de concessões ao grande capital internacional criou armadilhas que favoreceram a mercantilização da educação e a diminuição do papel do Estado na oferta educacional. Sob o discurso da modernização e da eficiência administrativa, consolidou-se uma lógica neoliberal que abriu espaço para a precarização da educação pública e impôs desafios à Educação do Campo, exigindo dos movimentos sociais estratégias constantes de resistência para garantir sua continuidade e expansão. Essa trajetória reflete a "herança maldita" deixada pelas políticas de FHC, que, ao subordinar o Estado aos interesses do mercado, comprometeram avanços estruturais na Educação do Campo e fortaleceram mecanismos que dificultam sua consolidação como política pública permanente. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória do tipo bibliográfica, em que o objeto de estudo é abordado a partir de referências específicas do processo histórico, traçando o percurso dos movimentos sociais do campo em sua luta pela educação camponesa. Para uma compreensão mais aprofundada da temática proposta, estruturou-se em três partes centradas em elementos fundamentais, onde foi permitida uma análise crítica que vai além do progresso educacional, explorando as complexidades inerentes à relação entre a educação e o campo, em contraponto à tradicional perspectiva urbana. A presente pesquisa evidenciou que, apesar das adversidades, as lutas dos movimentos sociais foram fundamentais para a consolidação das políticas públicas de Educação do Campo. Contudo, o futuro dessa modalidade de ensino depende da capacidade de articulação entre os movimentos sociais e a construção de políticas públicas que promovam uma educação crítica, inclusiva e contextualizada. Principalmente tornando essa uma política de Estado e não política de governos. Como sugere Gomes (2024), o futuro da Educação do Campo dependerá da capacidade de articulação entre movimentos sociais e políticas públicas inclusivas, que promovam uma educação contextualizada e crítica para as populações rurais. O fortalecimento das políticas neoliberais, especialmente a partir do governo de Michel Temer, com o projeto “Uma Ponte para o Futuro”, exemplifica como as práticas de austeridade fiscal limitaram os investimentos sociais, prejudicando diretamente a educação pública e, em especial, a Educação do Campo. Medidas acentuaram a desvalorização das populações rurais, ao tratar a educação como um serviço a ser prestado de acordo com as demandas do mercado, em vez de um direito a ser garantido pelo Estado. Esse contexto de desfinanciamento das políticas sociais criou barreiras significativas para a implementação de uma educação contextualizada, deixando as populações rurais à mercê de um sistema educacional que não atende suas necessidades específicas. Diante desse panorama, a Educação do Campo no Brasil continua sendo um espaço de disputas e resistências. Embora os movimentos sociais tenham conquistado avanços significativos ao longo das últimas três décadas, o contexto político e econômico atual impôs novos desafios. Para que a Educação do Campo possa se consolidar como um espaço de emancipação e transformação, será necessário o fortalecimento das mobilizações sociais, a garantia de maior participação das comunidades rurais na formulação das políticas públicas e a promoção de uma educação que valorize a diversidade cultural e social do campo.
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    Sequência didática de língua inglesa adaptada para alunos surdos em uma perspectiva inclusiva
    (2025-03-31) Oliveira, Valdineide Jesus de; Carvalho, Eliana Márcia dos Santos
    O Produto Técnico e Tecnológico Educacional (PTTE) é uma Sequência Didática de língua inglesa adaptada para alunos surdos em uma perspectiva inclusiva. Apresenta-se uma Sequência Didática de língua inglesa adaptada para ser utilizada pelo professor de inglês em sala de aula como um material didático (MD). Nesse sentido, este material visa minimizar as dificuldades encontradas no processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa por alunos surdos no ensino regular. Embora, este produto foque no aluno surdo, é válido salientar que as explicações ocorrerão em português, inglês oral e Libras, contemplando tanto os alunos ouvintes quanto os alunos surdos, com foco na realidade da sala de aula caetiteense.
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    Estratégias didáticas como componente facilitador no ensino e aprendizagem de língua inglesa para alunos surdos na educação básica na cidade de Caetité
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-03-31) Oliveira , Valdineide Jesus de Oliveira; Carvalho , Eliana Márcia dos Santos; Carneiro, Bárbara Cristina dos Santos; Araújo, Ginaldo Cardoso de Araújo
    A história da educação de surdos no Brasil é marcada por trajetória de evolução, desafios e conquistas significativas. Desde os tempos coloniais até os dias atuais, a maneira como a sociedade brasileira lida com a educação de surdos passou por várias mudanças e abordagens pedagógicas. A inclusão de alunos surdos no ensino regular vem ganhando crescente atenção nas últimas décadas, principalmente com a implementação de políticas de educação inclusiva como a Lei n.º 10.436/2002 que oficializou a Língua Brasileira de Sinais -Libras como meio legal de comunicação e expressão da comunidade surda e o Decreto n.º 5.626/2005 que regulamentou seu uso na educação. No entanto, o ensino de línguas estrangeiras para alunos surdos ainda apresenta desafios consideráveis. Este trabalho apresenta uma pesquisa exploratória sobre o ensino de língua inglesa para alunos surdos, com foco em apresentar a importância do uso de estratégias didáticas pedagógicas que favoreçam a inclusão desses alunos no processo de ensino e aprendizagem de uma terceira língua (L3) em uma escola pública de Caetité como uma forma de visibilidade e inclusão social, além de identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos e professores no contexto da educação básica como foco no Ensino Fundamental Anos Finais. A pesquisa é qualitativa de abordagem metodológica exploratória, utilizando como instrumentos a aplicação de questionários com o professor (a) de língua inglesa, aluno surdo e intérprete de Libras. Também foram realizadas observações em sala de aula, visando analisar como as práticas pedagógicas tradicionais atendem (ou deixam de atender) às necessidades específicas desses alunos. Os resultados da pesquisa revelaram uma série de dificuldades enfrentadas pelos alunos surdos no processo de aprendizagem da língua inglesa. Entre os principais desafios está a falta de materiais didáticos acessíveis, como livros, atividades e plataformas digitais adaptadas, além da escassez de professores capacitados para trabalhar com este público.