Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Ensino, Linguagem e Sociedade (PPGELS)

O Programa de Pós-Graduação em Ensino, Linguagem e Sociedade (PPGELS) foi recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) em 05 de outubro de 2018, em nível de Mestrado Profissional, e está abrigado no Departamento de Ciências Humanas (Campus VI) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

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    Mulheres Negras: Leitura e escrita de cartas,narrativas de luta e superação
    (2024-03-27) Duca, Maria de Lourdes do Carmo Souza
    Este caderno foi elaborado pensando em um conjunto de temas relacionados às vivências e experiências das mulheres negras, principalmente no que diz respeito aos impactos na constituição leitora e na escrita, que são tão afetadas desde a infância até a vida adulta por diversos fatores. Sou mulher negra, autora deste caderno pedagógico, e conheço as dificuldades, os desafios, a discriminação, o preconceito e o racismo dentro e fora do espaço escolar. E, como forma de contribuir com a prática pedagógica, este material foi pensado e elaborado durante o período da pesquisa no Programa de Pós-graduação em Ensino, Linguagem e Sociedade da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus VI, Caetité-BA. Durante a elaboração do caderno, todas as reflexões nele contidas foram cuidadosamente pensadas para o trabalho com o Ensino Médio. As cartas com as narrativas, que são os pontos de partida das atividades, são do livro de Françoise Ega "Carta a uma negra", cartas de alunas negras do Ensino Médio do Instituto de Educação Anísio Teixeira (participantes da Oficina de leitura e de escrita de cartas: O poder da leitura e da escrita na vida das mulheres negras) e cartas das participantes da minha pesquisa, que são alunas negras e egressas do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Linguagem e Sociedade (PPGELS). Todas as cartas contêm histórias, experiências, memórias e narrativas de superação na trajetória de mulheres negras que buscam sua formação leitora e escrita para enfrentamento dos desafios a que somos submetidas em muitos espaços. Inicialmente, é proposto um momento de reflexão a partir da carta de Françoise Ega de 1932, para abrir as discussões sobre o processo de leitura e escrita da mulher negra. Entendemos que a leitura e a escrita possibilitam o nosso fortalecimento enquanto mulheres negras que buscam entender nossa história e histórias de outras mulheres como ferramenta para enfrentar os desafios, que são muitos, e que só através do conhecimento conseguiremos seguir em frente e conquistar nossos objetivos como cidadãs críticas, conscientes e autônomas. Este material foi pensado como uma maneira de contribuir com as discussões sobre os desafios que as mulheres negras enfrentam no processo de aprendizagem e na constituição leitora e da escrita. Para isso, é muito importante apresentar escritas narrativas de mulheres negras, elucidando os percalços do caminho na conquista de melhores condições de vida.
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    Cartas de mulheres negras: impactos da escolarização na constituição da leitura, escrita e na formação pessoal e profissional
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-27) Duca, Maria de Lourdes do Carmo Souza; Nogueira, Maria Lúcia Porto Silva; Cazumbá, Renailda Ferreira; Marques, Zèlia Malheiro; Cunha, Zoraide Portela da Silva
    Esta pesquisa tem como objetivo analisar as narrativas e os impactos na escolarização e na constituição da leitura e da escrita referenciadas pela trajetória de alunas do PPGELS/UNEB Campus VI, em interseção com os marcadores de gênero, raça e classe. Levamos em consideração a seguinte questão de pesquisa: as práticas de leitura e escrita adquiridas por mulheres negras tiveram alguma influência em seus acessos à Pós-Graduação? Buscamos uma reflexão sobre narrativas (auto) biográficas como método de pesquisa para a compreensão do processo de escolarização, constituição da leitura e da escrita de alunas que são atravessadas pelas opressões de classe, raça e identidade de gênero, como ser mulher, ser negra, ser dona de casa, ser lésbica. Dessa forma, revisita-se a itinerância da pessoa, recapitulando experiências leitoras pessoais e sociais. Interessou-nos saber que tipo de contato com leituras, tanto orais como escritas, contribuiu para o caminho de formação leitora das participantes da pesquisa. Optamos pela pesquisa (auto) biográfica como método, por abrir possibilidades de análises acerca de mulheres negras do curso de mestrado do PPGELS, que buscam inserção em múltiplos espaços sociais. Fomos em busca das cartas com narrativas para dar forma e significado às experiências vividas, possibilitando a reconstituição histórica das narrativas leitoras em histórias que levam à compreensão das práticas de leitura e escrita concebidas por elas. Dessa maneira, buscamos analisar as narrativas através de escritas de cartas pautadas nas seguintes questões: Conte-nos como você aprendeu e desenvolveu o incentivo à leitura? Se adquiriu esse incentivo, ele se tornou constante ou intermitente? Qual o sentido da leitura e da escrita em seu desenvolvimento pessoal? Desse modo, através de endereços eletrônicos das mulheres selecionadas, foram coletados os dados, a partir do envio de carta-convite, com a proposta da escrita das experiências leitoras a serem analisadas em etapas posteriores. Utilizamos como aporte teórico as obras de Bertaux (2010), Carneiro (2011) Chartier (2009), Davis (2016), Freire (1989-2011), Gonzalez (2020), hooks (2017-2020), Kilomba (2019), Rago (1998), Ribeiro (2018), Souza (2006-2008), Scott (1994-1995). Esperamos que este trabalho possa contribuir para a constituição leitora e de escrita de outras mulheres negras, que possa reverberar em crescimento intelectual, principalmente através das leituras escritas de experiências de mulheres negras que lutam no dia a dia pela melhoria do seu bem-estar na sociedade como cidadãs de direitos e equidade.
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    Sequência didática: a literatura afro-brasileira como prática antirracista na educação básica
    (2024-07-29) Brito, Zilaine Aguiar; Carvalho, Eliana Márcia dos Santos
    Essa sequência didática tem como objetivo nortear o educador (a) no uso das literaturas afro-brasileiras em sua metodologia colocando a criança em contato direto com as histórias que ressignificam nossa identidade negra positivamente, assim como, discutir temas que fazem parte do cotidiano da sociedade de forma prazerosa. Este produto educacional contribui para uma aula interativa, promovendo a equidade racial e o respeito às diferenças dentro da sala de aula e, principalmente, abrindo portas para a inserção do letramento literário através da leitura, interpretação e contação de história, despertando a imaginação, a escuta, a afetividade, a linguagem, oferecendo a oportunidade de criar um ambiente que eleve a autoestima das crianças negras para que elas se percebam como seres sociais, críticos, reflexivos, essenciais à nossa sociedade e se orgulhem de quem são, como são, reafirmando suas identidades e seus traços descendentes de realezas africanas. Este trabalho apresenta uma sequência didática com literatura infanto-juvenil comentada que será apresentada em oficina, disponibilizando metodologias, que desenvolvam o letramento literário como meio de construção do conhecimento sobre a cultura africana e afro-brasileira. As sequências didáticas, estarão todas relacionadas a Literatura Afrobrasileira e poderá ser utilizada por professores da Educação Básica, já que possibilita que os alunos (as) entrem em contato direto com a subjetividade e estética dos textos afro-brasileiros, oportunizando a formação de leitores competentes prontos para perceber práticas racistas e discriminatórias, dentro ou fora da escola. O professor poderá acessar o material pelo QR CODE (Quick Response Code) que se apresenta em forma de uma etiqueta ilustrada com um código digital.
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    Da invisibilidade ao uso pedagógico: uma proposta para a utilização dos arquivos escolares no ensino de história
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-09-30) Barbosa, Ellen Santos; Miguel, Antonieta; Correia, Luciana Oliveira; Silva, Genilson Ferreira; Matos, Fernanda de Oliveira
    Esse trabalho investigativo foi desenvolvido no formato Multipaper ((Mutti; Klüber, 2018), onde a partir de três artigos, tive por objetivo discutir o uso das fontes históricas presentes nos arquivos escolares com um olhar didático pedagógico atrelado a construção do conhecimento histórico. Nesse sentido, a questão-problema desse trabalho investigativo procurou entender: de que maneira os arquivos escolares podem contribuir para a construção do conhecimento histórico em sala de aula? Para responder tal interrogação, partir do princípio de que o estudante deve se sentir parte da história. A aprendizagem histórica se torna significativa quando o ensino da ciência de referência possibilita que ele tenha conhecimento necessário para que, de modo científico, possa desenvolver a formação do conhecimento histórico (Schmidt, 2020). Diante dessas questões, propus uma metodologia alicerçada na historiografia e no campo da História da Educação (Ragazzani,2001), utilizando a análise da pesquisa bibliográfica e documental (Pimentel, 2001), capaz de discutir o ensino de história de uma ótica pouco abordada, através dos documentos encontrados nos arquivos escolares. Como arcabouço teórico, utilizo autores que discutem conceitos na área historiográfica da educação como Ragazzani (2001) e autores que abordam sobre Cultura Escolar (Julia, 2001), Ensino de História (Schmidt, 2022), Formação de professores (Dias, 2003), Aprendizagem histórica e Formação do Pensamento Histórico, como Barca (2005), Rüsen (2015), Schmidt (2020), entre outros autores. Esse trabalho se torna importante para a comunidade acadêmica na medida em que contribui de forma significativa para a formação do professor, pois impulsiona o Ensino da História a se estabelecer como local de construção de conhecimento, agindo de forma didática e a partir da realidade dos estudantes. Assim, será possível novas descobertas a respeito da História da Educação e também da comunidade em que se insere.
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    Catálogo dos produtos educacionais: diversidade, gênero e relações etnico raciais
    (0024-11-20) Costa , Glauber Barros Alves; Rocha, Gabriela Silveira; Silva, Zoraide Portela da; Silva , Isadora Xavier da; Fernandes, Pollyana Pereira; Santos, Odílio da Silva; Rocha , Marizete Rodrigues da; Souza , Natália Costa; Carvalho, Hercules Souza de; Silva, Rosicléia Jesus da
    Eis de fato um catálogo diverso que se propõe diverso. Em sua multiplicidade, discute questões candentes que avançam sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA), questões de gênero, diversidade etc. Chama a atenção o olhar das mulheres sobre a educação, principalmente a EJA. O catálogo avança sobre as questões de gênero, da diversidade, mas, com muita propriedade, nca o olhar principalmente sobre as questões que se relacionam à luta antirracista e sobre as relações étnico-raciais. Esses temas devem sempre ser evocados por se tratarem de assuntos difíceis de serem tratados. Podemos a rmar, conforme sugere a escritora Katiúscia Ribeiro, que os estudos sobre relações étnico-raciais e as histórias africanas “não servem como antídoto e caz para a compreensão de sua realidade histórica, ele é o vetor que moverá a população preta para um destino alicerçado em seu passado”. E lembramos novamente Cidinha da Silva, no texto citado no início, que conclama a todos e todas a expandir o “repertório crítico e analítico ampli cando sua compreensão sobre o tema e convocando-nos para fazer parte das mudanças necessárias para que o mundo seja mais justo”. O nosso “Catálogo” pretende dar uma boa contribuição para que isso aconteça. Se com ele ao menos provocarmos as discussões, saberemos que estamos num bom caminho.