Bacharelado em História - DCH4

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    Educação escolar quilombola: reflexões sobre as práticas educativas na Escola Municipal Clementina Rosa dos Santos em Mirangaba-BA
    (Universidade do Estado da Bahia, 2018) Leal, Ideilton Alves Freire; Silva, Caroline Santos; Ferreira, Jackson André da Silva; Araújo, José Alfredo de
    O presente trabalho apresenta pesquisa desenvolvida na Escola Quilombola Clementina Rosa dos Santos, localizada na comunidade de Coqueiros em Mirangaba-BA. Este trabalho tem como objetivo central analisar como a realidade sociocultural da comunidade remanescente de quilombo de Coqueiros de Mirangaba-BA interfere na prática educativa dos professores dentro da escola municipal Clementina Rosa dos Santos, verificando também as ações desenvolvidas pela secretaria municipal de educação para a valorização da cultura local. A metodologia empregada nesse trabalho se firmou numa abordagem mista (quantitativa e qualitativa), através de questionários aplicados a professores e realização de atividade com alunos. Os participantes dessa pesquisa foram docentes e alunos do ensino infantil e do ensino fundamental I (1º ao 5º ano) da referida escola. Os resultados deste trabalho comprovam a necessidade de realização de projetos voltados a compreensão das relações raciais e educacionais em Mirangaba-BA, bem como efetivação de uma política de formação de professores que contemple questões especificas das comunidades quilombolas existentes no município, sobretudo da formulação e aplicação de um currículo escolar que esteja entrelaçado ao contexto cultural e simbólico no qual a escola está inserido. Palavras Chave: Educação quilombola. Cultura. Currículo. Identidades.
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    Os discursos legitimadores da violência contra as mulheres em Jacobina (1980-1990)
    (UNEB, 2009) Morais, Vanessa Leslie Sales de; Santana, Jacimara
    Apresenta uma pesquisa histórica sobre a violência contra as mulheres em Jacobina, na década de 1980, e como essa violência foi tratada pela sociedade e pelas instituições jurídicas da época. A autora narra como o interesse pelo tema surgiu de experiências pessoais, incluindo um episódio de violência doméstica que presenciou em sua juventude e o contato com casos de violência no ambiente de trabalho, em um escritório de advocacia. Esses acontecimentos despertaram sua curiosidade sobre as formas de legitimação da violência contra as mulheres e as relações de poder entre homens e mulheres, especialmente nas esferas policial e judicial. A pesquisa foca na análise de documentos oficiais como boletins de ocorrência, inquéritos policiais e processos judiciais, com o objetivo de compreender como a violência contra as mulheres era tratada pela justiça e pela sociedade. Ela destaca que, durante a década de 1980, a sociedade ainda se mantinha omissa em relação ao problema, especialmente no que diz respeito à violência doméstica. Naquela época, a legislação brasileira não tratava adequadamente os crimes de violência contra as mulheres, considerando-os apenas como crimes contra os costumes, como o estupro. Foi somente no final da década de 1980 que começaram a surgir políticas públicas para enfrentar essa violência. A análise dos documentos revelou que casos graves de violência contra as mulheres frequentemente eram ignorados ou relegados ao esquecimento, com a justiça frequentemente culpabilizando as vítimas ou tratando os agressores de forma brandamente. A autora destaca, por exemplo, o caso de um julgamento de estupro de uma menina, no qual a defesa e a promotoria se concentraram na conduta da vítima, questionando sua virgindade, em vez de focar no crime em si. A metodologia utilizada para a pesquisa foi a análise do discurso, seguindo a perspectiva de Eni Puccnelli Orlandi. Para a autora, o discurso é uma prática social que reflete as ideologias e relações de poder em um dado contexto histórico. Ela argumenta que as relações de violência contra as mulheres foram legitimadas por um discurso masculino dominante, que estabeleceu verdades sobre a subordinação das mulheres, mas que essas relações de poder podem ser transformadas ao longo do tempo por meio da luta das mulheres e da mudança dos discursos. A autora também faz uma reflexão sobre a história social, que se distanciou da historiografia tradicional centrada nos grandes feitos e personagens, para se preocupar com as histórias dos grupos marginalizados, como as mulheres. Ao adotar essa abordagem, a pesquisa busca dar voz tanto às vítimas quanto aos agressores, analisando as fontes e os discursos de poder que moldaram as relações de gênero e de violência ao longo do tempo.
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    A questão racial na obra “O presidente negro” de Montenegro Lobato (1926)
    Santana , Silvio Pereira de
    A proposta deste artigo é de perceber as discussões raciais presentes na Obra literária de Monteiro Lobato, O Presidente Negro ou O Choque das Raças, produzida em 1926 em meio ao contexto brasileiro preocupado na construção, político e social, da representação de identidade nacional nos anos de 1920.
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    Entre a prática e o discurso: representações sobre as parteiras na Imprensa Médica do séc. XIX
    (UNEB, 2010) Lopes, Renata Freitas; Santana, Jacimara
    O presente trabalho visa apresentar e discutir as diversas nuances do trabalho realizado pelas parteiras no séc. XIX e a forma como estas mulheres foram retratadas e perseguidas através das matérias contidas em alguns periódicos do período que divulgavam os ideais médicos e que tinham por intuito forjar uma mentalidade baseada na normatização do conhecimento obstétrico como um conhecimento essencialmente acadêmico, desqualificando um ofício desempenhado por mulheres através dos séculos. A arte de parturir como oficio popular foi também perseguido como forma de impor a prática médica sobre a tradição e o universo feminino, num ritual resguardado até então por questões culturais que faziam parte de um nicho de atividade restrito às mulheres. Ao longo do séc. XIX as parteiras se destacavam socialmente por sua habilidade em utilizar os conhecimentos populares para aplacar ou mesmo minimizar os problemas orgânicos que afligiam sua comunidade e a população em geral, principalmente a parcela mais pobre, que não dispunha de recursos para eventuais despesas médicas. Esta habilidade que não contava com nenhuma formação especializada tendo apenas a própria experiência como referência, foi alvo de uma verdadeira campanha de desqualificação veiculada nos periódicos da segunda metade dos oitocentos. São estas produções discursivas sobre o oficio das parteiras que serão estudadas no presente trabalho
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    Crime e justiça no baixo sertão: reflexão historiográfica sobre experiências de escravos em Morro do Chapéu- BA, segunda metade do século XIX
    (UNEB, 2010) Matos, Cristiano Pessatti de; Ferreira, Jackson André da Silva
    A produção acadêmica sobre a escravidão esteve voltada por muito tempo apenas para lugares onde a escravidão teve muito destaque, como Salvador, Recôncavo baiano, Vale do Paraíba, Rio de Janeiro. Porém, existem áreas do Brasil em que ocorreram relações escravistas que ainda estão silenciadas por falta de estudo. Nesse trabalho monográfico que é fruto de pesquisa de Iniciação Científica financiada pela Fapesb, reflito sobre a escravidão no baixo sertão baiano, especificamente na Vila de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu, tendo como recorte temporal a década de 1870. A maior parte dessa pesquisa foi desenvolvida a partir da análise e reflexão sobre processos criminais movidos contra escravos. As alterações ocorridas no processo escravista garantiram ao decorrer do tempo alguns direitos aos escravos, essas conquistas não podem ser compreendidas sem se levar em conta a constante luta dos cativos durante os séculos em que esse sistema existiu, pois a atuação desses indivíduos foi um dos fatores que contribuíram para a degradação e desestruturação que deu fim a escravidão no Brasil. Exemplos dessas transformações podem ser encontrados no processo criminal contra Manoel escravo, a partir do qual reflito sobre as práticas de liberdade desse cativo, que demonstram um alto grau de autonomia dentro do sistema escravista. Entre elas destacam-se a possibilidade de viajar sem o consentimento de seu senhor, possuir uma roça, e trabalhar com homens livres por conta própria. A análise das fontes demonstra que os casos de violência durante o regime escravista não se resumiam as práticas de coerção senhoriais aplicadas aos cativos, ou aos atos de rebeldia escrava contra os senhores. Eles aconteciam de várias formas, sendo praticados muitas vezes entre indivíduos do mesmo grupo social. Além de abordar essas questões, essa pesquisa versa sobre outros dois temas. As transformações ocorridas no discurso historiográfico brasileiro sobre a escravidão e também uma reflexão teórico-metodológica a respeito de algumas questões que permeiam o oficio do historiador e o processo de escrita da história.