Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) Profissional em Letras (Profletras)

O Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras), oferecido em rede nacional, é um curso de pós-graduação stricto sensu que conta com a participação de instituições de ensino superior públicas no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e é coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O programa tem como objetivo, a médio prazo, a formação de professores do ensino fundamental no ensino de língua portuguesa em todo o território nacional. O Profletras do DCH V da UNEB prevê o cumprimento de 480 horas, incluindo-se aí as 60 horas institucionalizadas para o trabalho de conclusão de curso, em um prazo de dois anos.

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    A voz da resistência em contos da obra O tapete voador, de Cristiane Sobral: um incentivo à leitura literária afro-brasileira no ensino fundamental
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-03-31) Pita, Edna Arruda; Silva, Rosemere Ferreira da; Nascimento Neto, João Evangelista do; Silva, Naiane Vieira dos Reis
    Diante da baixa proficiência em Língua Portuguesa e da ausência de um trabalho efetivo com a literatura, este estudo utiliza contos afro-brasileiros de autoria feminina para ampliar o repertório literário e fortalecer a educação antirracista. Esta pesquisa buscou compreender como a leitura de contos afro-brasileiros, selecionados da obra O Tapete Voador, de Cristiane Sobral, contribui para o letramento literário e a promoção da diversidade na Educação Básica, seguindo as orientações normativas. A intervenção realizada constituiu-se de uma “Rota Literária” com contos afro-brasileiros e foi aplicado em uma escola pública na cidade de Valença, Bahia. Este estudo respaldou-se em referenciais teóricos que discutem o papel da literatura na formação humana e crítica. Candido (2011) e Compagnon (2003) destacam o papel da leitura literária no autoconhecimento e na compreensão do outro, enquanto Freire (2011a, 2011b, 2014) orienta práticas pedagógicas voltadas à autonomia e libertação. A leitura e o letramento literário são abordados por Antunes (2009), Zilberman (2008), Lajolo (2001), Abreu (2006) e Fleck (2019), além da problematização do letramento em Soares (2006), Cosson (2018) e Street (2014). O estudo também dialoga com críticas aos estereótipos na literatura brasileira de Dalcastagnè (2005), a abordagem social e filosófica do racismo e da figura do racista, respectivamente, em Diangelo (2018) e Gordon (2023); e a discussão sobre o epistemicídio do povo negro por Nascimento (2016), Ribeiro (2009) e Adichie (2019). O estudo se fundamenta em Gomes (2007) para a educação antirracista, em Duarte (2010) e Souza (2006) para a literatura afro-brasileira e crítica literária, e em Silva (2017) para a relação entre o literário e o existencial, entre outros. Além disso, dialoga com normativas como a Constituição Federal (1988), a Lei n.º 9.394/1996), a Lei n.º 10.639/2003 (atualizada pela Lei n.º 11.645/2008) e a BNCC (Brasil, 2018), essenciais para um ensino literário crítico, voltado à formação cidadã e ao desenvolvimento da leitura e da escrita. No âmbito desta investigação, o projeto de intervenção pedagógica resultou na produção do seminário temático “Café e prosa literária com contos afro-brasileiros da obra O tapete voador”, de Cristiane Sobral, na contação de contos por meio de QR Code e na exposição das produções literárias em painel. Os resultados da pesquisa evidenciaram a eficácia da literatura como instrumento para incentivar o hábito da leitura e consolidar práticas educativas comprometidas com a promoção de uma educação antirracista e emancipatória.
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    Música de protesto para o pensar crítico e o fazer poético na escola.
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-04-11) Silva, Gilson Pereira da; Fiorindo, Priscila Peixinho; Nascimento Neto, João Evangelista do; Wasem, Marcelo Simon
    Considerando a realidade dos aprendizes pertencentes à Educação Básica da escola pública na contemporaneidade e de acordo com pesquisas sobre os índices educacionais registrados, no que tange ao domínio da leitura, escrita e pensamento crítico, observamos uma enorme lacuna, a qual necessita de resolução urgente. Diante do exposto, o objetivo aqui é apresentar uma proposta de intervenção pedagógica utilizando música de protesto dentro de uma dimensão multidisciplinar, a fim oportunizar práticas de leitura e de escrita, além da reflexão sobre os discursos presentes nas composições, seus contextos e críticas sociais, estabelecendo relação com as práticas interativas dos sujeitos envolvidos. A metodologia foi estruturada em 10 etapas, envolvendo interpretação musical, interação poética e produção de composições musicadas a partir das músicas de protesto Geração de pensadores, de MC Garden (2015) e Lucro (descomprimindo) (2016) e Invisível (2017), da BaianaSystem, e aplicada na Escola Municipal Professora Auta Pereira de Azevedo, localizada no povoado do Sítio do Aragão/Santo Estevão/Bahia. Os sujeitos escolhidos são estudantes do 9º ano, Ensino Fundamental, composto por 17 alunos, sendo seis do sexo feminino e 11 do sexo masculino, com idades entre 13 e 16 anos, oriundos da zona rural do referido município. A fundamentação teórica tem o amparo dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa – PCNs (Brasil, 1997), Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional – LDBEN (Brasil, 1994/1996) e Base Nacional Comum Curricular – BNCC (Brasil, 2018), documentos publicados para contextualizar as orientações da educação na contemporaneidade. Paralelamente, dentre outros autores, respaldamo-nos em Alencar e Fleith (2003), Fiorindo e Wendell (2023) e Stoltz (2021), que abordam a criatividade e a emoção em sala de aula; Polleto (2019) e Coelho (2013), que discutem as origens do Funk; Hall (2002) e Callegari (2010), que tratam dos conceitos de pertencimento; Lourenço (2010) e Palermo Filho (2019), os quais abordam a performance musical; Cordeiro, Silva e Rodrigues (2014), Farias (2018) e Contier (2021), que tratam de produção musical e crítica social; e, por fim, Ortega (2015), Cásper (2016), Belisário e Oliveira (2023), que abordam músicas de protesto. Os resultados indicam que, ao trabalhar com as músicas de protesto, os alunos desenvolveram habilidades discursiva, artística e linguística, além do pensar crítico e do desenvolvimento da prática de leitura e da escrita poética.
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    O papel da gramática na prática de leitura: contribuições da Análise do Discurso
    (Pontes Editores, 2023-08-01) Oliveira, Fábio Araújo; Cabral, Alane Cristina Souza Silveira
    No artigo O papel da gramática na prática de leitura: contribuições da Análise do Discurso, Alane Cabral e Fábio Oliveira refletem sobre o papel da gramática na prática de leitura. Para isso, abordam brevemente contribuições de áreas da Linguística para o tema (Semântica Formal, Pragmática e Linguística Textual), e focam nas contribuições da Análise do Discurso, pelo seu potencial em articular língua, história e ideologia em questões de interpretação. A importância desse trabalho está tanto em contribuir com reflexões sobre o ensino de gramática no ensino básico, o que ainda causa dificuldades para professores de língua portuguesa, como em articular o ensino de gramática à leitura, prática recomendada por documentos de ensino, como a BNCC, mas pouco desenvolvida nos cursos de formação inicial e de formação continuada de professores. Com a pesquisa, os autores mostram como a gramática funciona na construção do sentido. Assim, a escolha e combinação de elementos gramaticais está relacionada às condições de produção do discurso.
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    O gênero textual meme na aula de língua portuguesa: atividades de leitura crítica e produção textual para os multiletramentos
    (Universidadade do Estado da Bahia, 2025-03-28) Lima, Renata Ferreira Pereira; Santos, Adelino Pereira dos; Santos, Fernanda Maria Almeida dos; Pereira, Monalisa dos Reis Aguiar
    As transformações interacionais decorrentes das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) demandaram mudanças no ensino de Língua Portuguesa. À vista disso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – (Brasil, 2018) – formulou orientações pedagógicas para que os currículos escolares adotem práticas que favoreçam a consolidação de habilidades cujos eixos de práticas de linguagem contemplem os multiletramentos. Desse modo, esta pesquisa qualitativa, estruturada pelo método científico “análise de conteúdo” (Bardin, 2016), partiu do seguinte problema: “O estudo do meme pode contribuir para o ensino de Língua Portuguesa de forma a promover no estudante o desenvolvimento dos multiletramentos?” Como hipótese, presumi que o estudo do meme, como gênero multissemiótico, poderá aprimorar nos estudantes a capacidade de leitura crítica e de produção de textos que integram diferentes linguagens e circulam nos ambientes digitais, favorecendo, assim, a ampliação de aprendizagens relacionadas à multiculturalidade e ao desenvolvimento de multiletramentos. Para isso, esta pesquisa teve como objetivo geral produzir uma proposta de intervenção, utilizando o meme como gênero textual potencializador para aprimoramento do ensino de Língua Portuguesa, verificando como habilidades de leitura e produção de textos multissemióticos podem ser fomentadas, a fim de se desenvolver os multiletramentos. Como aporte teórico, elegi fundamentações que tratam de letramentos, multiletramentos, multissemiose, cultura digital, linguística textual e textualidade, discutidos por autores como Moura e Rojo (2012; 2019), Rojo (2013), Bakhtin (2016), Chagas (2020), Coscarelli (2019), Ferraz (2019), Leal-Toledo (2021), Marcuschi (2008), Recuero (2009), o grupo de Nova Londres (2021), entre outros. Como proposta desta investigação, foi realizada uma intervenção pedagógica em uma turma de 9º ano de uma escola pública municipal de Cairu — BA, tendo como produto final a produção de um meme digital. Os resultados da pesquisa evidenciaram que o trabalho com o gênero meme pode contribuir significativamente para o aprimoramento de habilidades de leitura crítica e de produção textual multissemiótica, promovendo uma aprendizagem mais ativa, reflexiva e conectada às práticas sociais contemporâneas, para o desenvolvimento de multiletramentos.
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    Quando a palavra rasga o silêncio: uma proposta de formação crítica por meio de crônicas afro-brasileiras
    (Universidade do Estado da Bahia, 2021-03-24) Santos, Roquenéa das Neves; Silva, Rosemere Ferreira da; Nascimento Neto, João Evangelista do; Ferreira, Ligia dos Santos
    O texto literário proporciona ao indivíduo satisfação das necessidades humanas no que diz respeito a práticas sociais e visões de mundo. Sendo assim, a escola deve ser responsável em promover o letramento literário, desenvolvendo de forma intensa habilidades de leitura e escrita, através de vozes diversas. Dessa forma, a proposta de construir um caderno pedagógico visa auxiliar os professores da Educação Básica, no desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita, por meio de crônicas afro brasileiras, tendo como pilar norteador os saberes identitários, políticos e estético-corpóreo, construídos pela comunidade negra e pelo Movimento Negro. Tais saberes resultaram em ações afirmativas orientadas pelas Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinaram discussões sobre as questões étnico-raciais dentro das instituições de ensino, que além de contribuir para o fortalecimento da identidade étnico-racial dos/as educandos/as e dar maior visibilidade para as questões da negritude, exigem do indivíduo ação política de combate ao racismo. Esses saberes rompem com o pensamento hegemônico e passam a perceber outras formas de existir na sociedade, retirando também a mulher negra da invisibilidade. As crônicas afro-brasileiras surgem então, como ferramentas importantes para debater as relações étnico-raciais, pois retratam o cotidiano pelo qual muitos desses jovens estão inseridos. Nesse propósito, pretende-se através desta proposta, o estudo dos livros #Parem de nos Matar! e O homem azul do deserto, da cronista Cidinha da Silva. Em sua obra, a escritora alerta para o genocídio da população negra, mostra como o corpo negro tem sido alvo de todas as formas de violências e denuncia o racismo presente na sociedade. Sendo assim, seguindo concepções teóricas de letramento e literatura, tendo como autores basilares Candido (2011), Soares (2008), Silva (2014), Duarte (2008), Fanon (2008), Hall (2014), Almeida (2019), Ribeiro (2019), Hooks (2019), Davis (2016) e Carneiro (2011). Além disso, o trabalho propõe práticas de letramento diferenciadas, criativas e que verdadeiramente provoquem mudanças significativas nas habilidades de leitura, escrita e compreensão textual nas aulas de língua portuguesa, a partir da introdução da temática racial na formação literária dos educandos da Educação Básica