Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu ( Mestrado Profissional) em Saúde Coletiva (MEPISCO)

O Curso de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva – MEPISCO está vinculado academicamente ao Departamento de Ciências da Vida (DCV) – Campus I da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) como um Programa de Pós-graduação stricto sensu, aprovado por Resolução nº 1861/2016 do Conselho Universitário da UNEB. O MEPISCO orienta-se pelas normas específicas da pós-graduação, de acordo com a Portaria Normativa nº 17 do Ministério da Educação, de 28 de dezembro de 2009, o Estatuto e Regimento da UNEB, bem como este Regimento. Tem por finalidade a produção de conhecimentos, a atualização permanente dos avanços da ciência e das tecnologias, a capacitação e o aperfeiçoamento de profissionais na área saúde, bem como o desenvolvimento da pesquisa aplicada e a inovação tecnológica no campo da Saúde Coletiva.

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    A mulher em situação de violência sexual em um município do Nordeste brasileiro: com a fala, gestores e trabalhadores da saúde
    (Universidade do Estado da Bahia, 0024-09-23) Silveira, Liliane Mascarenhas; Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais; Gomes, Nardilene Pereira; Rossi, Thaís Regis Aranha
    A magnitude e a complexidade do fenômeno da violência sexual, do perfil das mulheres violentadas e das consequências na vida dessas mulheres exigem do Estado políticas públicas integradas e sistêmicas para o enfretamento desse problema social e de saúde com vistas a fomentar a organização da atenção integral, humanizada e intersetorial com ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação. Assim, este estudo analisou a atenção à saúde das mulheres vítimas de violência sexual a partir da percepção dos profissionais e gestores em um município da região Nordeste, buscando identificar as dificuldades e as facilidades na atenção às vítimas, bem como identificar na literatura as competências necessárias da equipe multiprofissional na assistência prestada a mulheres vítimas de violência sexual. A pesquisa teve como resultado, dois artigos e um produto técnico. O primeiro, do tipo revisão integrativa, sistematizou pesquisas que abordassem as competências necessárias para que profissionais de saúde prestem uma assistência qualificada e resolutiva às mulheres vítimas de violência sexual. O outro artigo apresenta os resultados da pesquisa de campo, estudo descritivo de natureza qualitativa. Para produção de dados, adotou-se fonte primária mediante a realização de 14 entrevistas semiestruturadas com membros da equipe gestora da Secretaria Municipal de Saúde e com profissionais da rede que atendem mulheres vítimas de violência sexual (Unidade de Saúde da Família, Unidade de Pronto Atendimento e unidade especializada). Para sistematização dos dados, utilizou-se o software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaire – IRaMuTeQ, que agrupou o corpus em quatro classes, as quais deram origem às categorias analíticas, a saber: Conceito de violência e o perfil das vítimas; Integração entre os serviços; Organização da atenção; e Acolhimento pela equipe de saúde. Os achados reafirmam a percepção dos profissionais e gestores quanto às dificuldades na atenção às mulheres vítimas de violência sexual, uma vez que se faz essencial o desenvolvimento das competências e habilidades necessárias para viabilizar cuidado integral e intersetorial. A partir dos resultados, elaborou-se o produto técnico que tem como propósito orientação à equipe multidisciplinar na atenção à saúde das mulheres vítimas de violência sexual.
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    Manual técnico manutenção e desenvolvimento da força muscular em idosos
    (2025-03-28) Machado, Helen Rocha; Santos, Douglas de Assis Teles
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    Percepções sobre o uso da profilaxia pré-exposição ao HIV entre adolescentes homens que fazem sexo com homens, travestis e mulheres trans em três capitais do Brasil.
    (Universidade do Estado da bahia, 2024-06-05) Seixas, Suelen Ribeiro; Sousa, Laio Magno Santos de; Galvão, Nila Mara Smith; Bonfim, Camila Barreto; Dourado, Maria Ines Costa
    Introdução: As percepções sobre a PrEP são multifacetadas e influenciadas por informações diversas, podendo estar associadas à decisão sobre o início do uso da PrEP. Assim, o objetivo foi descrever padrões de percepções da PrEP e verificar sua associação com o início da PrEP entre adolescentes homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e mulheres trans (TrMT), bem como elaborar um material instrutivo sobre o esclarecimento das percepções que podem estar relacionadas à prevenção por meio da PrEP. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com dados da linha de base do estudo PrEP1519, que foi uma coorte de demonstração da efetividade da PrEP oral diária, entre adolescentes HSH e TrMT, com idade entre 15 e 19 anos, residentes em três cidades brasileiras. A presente análise incluiu adolescentes inscritos no estudo de fevereiro/2019 a fevereiro/2023. A análise de classes latentes (LCA, em inglês) foi utilizada para identificar padrões de percepção da PrEP, com base em oito indicadores binários observados, com respostas do tipo concordo ou discordo. A análise de regressão logística foi realizada para estimar odds ratios ajustadas (aOR) da associação entre a percepção da PrEP e o início de uso da PrEP. Resultados: Foram incluídos no estudo 1.477 adolescentes, a maioria foi HSH (91,0%), na faixa etária de 18 a 19 anos (74,5%), autodeclarados com cor da pele preta/parda (72,0%) e, em sua maioria, iniciaram a PrEP em até 30 dias após a primeira consulta (81,4%). A minoria concordou com afirmações (indicadores) que apontavam para uma percepção negativa da PrEP: trata-se do mesmo medicamento para o tratamento do HIV (33,2%), tem muitos efeitos colaterais (26,0%), pode impactar negativamente a imagem de quem usa (24,6%), é exclusiva para HSH ou TrMT (14,0%) e para pessoas com elevado número de parceiros (11,0%), é incômodo tomar medicamentos para prevenção (10,0%), possui interações com outros medicamentos e hormônios (9,0%), e é um inconveniente que a PrEP seja igual ao tratamento do HIV (8,0%). A LCA identificou duas classes de indivíduos com relação à percepção sobre a PrEP: percepção positiva (N =1.348; 93,2%) e percepção negativa (N=99; 6,8%). Na análise multivariada, observou-se que adolescentes com percepção positiva da PrEP tiveram maior chance de iniciar a PrEP (aOR: 2,49: 1,39-4,47), após ajuste por potenciais fatores de confusão. Conclusão: O estudo mostrou que a minoria dos adolescentes concordou com indicadores de percepção negativa da PrEP, bem como a associação entre a percepção sobre a profilaxia e o início do seu uso. Com base nos resultados deste estudo, uma cartilha informativa com informações aos adolescentes sobre o uso da prevenção combinada, com destaque para o uso da PrEP, foi elaborada.
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    Cartilha educativa: percepções e crenças sobre o uso da Profilaxia Pré Exposição ao HIV (PrEP)
    (2024-06-05) Seixas, Suelen Ribeiro; Sousa, Laio Magno Santos de
    A concepção da construção da cartilha informativa nasceu inicialmente da necessidade de promover informações qualificadas aos adolescentes homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e mulheres trans (TrMT) que frequentavam a Clínica do Projeto PrEP1519 na cidade de Salvador-BA. Entretanto, pensamos que esse material poderá oferecer suporte técnico tanto aos potenciais usuários de PrEP do Sistema Único de Saúde (SUS) em geral, quanto aos profissionais de saúde que acolhem esses usuários. A elaboração desta cartilha teve como objetivo elaborar um material instrutivo sobre o esclarecimento de percepções que podem estar relacionadas à prevenção por meio da PrEP, bem como orientar sobre a prevenção combinada aos adolescentes HSH e TrMT. Esse material gráfico foi elaborado a partir dos nossos resultados empíricos, visando abordar as principais percepções e crenças dos adolescentes HSH e TrMT encontradas. Observamos que uns alguns adolescentes concordaram com percepções e crenças negativas e equivocadas sobre o uso da PrEP, e que isso impactou o início do uso deles desta tecnologia. A construção desse material foi realizada através de uma pesquisa bibliográfica sobre a prevenção combinada ao HIV. O processo de criação ocorreu no período de imersão na clínica de PrEP durante o mestrado. Esses relatos foram utilizados para simplificar e tornar o conteúdo da cartilha mais acessível. O material inicialmente proposto foi discutido e apresentado aos profissionais da clínica e educadores de par da clínica, os quais fizeram sugestões que foram incorporadas nessa versão final. Portanto, a cartilha que foi produzida aborda informações aos adolescentes sobre o uso da prevenção combinada em geral, mas com destaque para o uso da PrEP e aspectos sobre percepção de risco de infecção pelo HIV. Adicionalmente, a cartilha orienta serviços que disponibilizam a PrEP na cidade de Salvador-BA.
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    Iniquidades étnico-raciais na testagem para HIV entre adolescentes homens que fazem sexo com homens, travestis e mulheres trans em três capitais brasileiras
    (UNEB, 2023-04-25) França, Marcus Vinicius Sacramento; Sousa, Laio Magno Santos de; Ferreira, Suiane Costa; Ramos, Dandara de Oliveira; Dourado, Maria Inês Costa
    Homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans e travestis (TrMT) ainda constituem populações com alta taxa de detecção e vulnerabilidade para HIV/aids. Adicionalmente, adolescentes e pessoas negras apresentam vulnerabilidades específicas, relacionadas ao aumento de casos, na última década. Neste contexto, a testagem para HIV dentro da estratégia de prevenção combinada mostra-se como tecnologia importante para interromper a cadeia de transmissão do HIV. Estudos internacionais evidenciam iniquidades étnico-raciais na prevenção ao HIV em HSH e TrMT, no entanto, há carência de estudos analisando a realidade brasileira, especificamente em adolescentes. Diante disso, esta dissertação apresenta dois produtos: um estudo de corte transversal aninhado a coorte PrEP1519 e um guia para profissionais da atenção primária à saúde sobre prevenção combinada ao HIV. O primeiro buscou analisar a associação entre raça/cor de pele e o uso de teste de HIV na vida entre adolescentes HSH(AHSH) e TrMT(ATrMT) de três capitais brasileiras, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. Para isto, realizou-se um estudo de corte transversal aninhado à coorte PreP1519.Conduziu-se análise descritiva da população e bivariada das covariáveis e desfecho. Posteriormente, realizou-se análise de regressão logística múltipla com estimativa de odds ratio ajustada (ORaj) e intervalos de confiança de 95 % (IC95%). Adolescentes brancos testaram mais que pretos e pardos (64,0% vs. 53,8%, respectivamente, valor de P=0,001). A prevalência de testagem foi maior entre os brancos (64,0%), seguida dos pardos (55,9%) e pretos (52,2%) (valor de P=0,003). Na análise de regressão logística múltipla, observou-se que adolescentes brancos testaram mais que pretos e pardos (64,0% vs. 53,7%, respectivamente, P=0,001). A prevalência de testagem foi maior entre os brancos (64,0%), seguida dos pardos (55,9%) e pretos (52,2%) (valor de P=0,003). Na análise de regressão logística múltipla, observou-se uma chance 26% menor dos AHSH negros (ORaj: 0,74%; IC95%: 0,55-0,98) e 38% menor em ATrMT (ORaj: 0,62; IC95%: 0,45 – 0,87) terem sido testados na vida em comparação com os brancos, com IC: 95%. Nesse estudo, a raça/cor de pele aparenta determinar a menor chance de uso de teste de HIV na vida entre AHSH e ATrMT, chamando atenção para o papel do racismo no acesso aos serviços de saúde. Além disso, esse trabalho resultou em um produto técnico busca orientar profissionais sobre prevenção combinada, com enfoque em minorias sexuais, adolescentes e população negra, por meio de casos envolvendo essa população e prevenção ao HIV.