Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu ( Mestrado Profissional) em Saúde Coletiva (MEPISCO)

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    Consumo de ultraprocessados por crianças e adolescentes e fatores associados: revisão sistemática
    (Universidade do Estado da Bahia, 2022) Nascimento, Aline Souza; Pereira, Marcos
    A alimentação contribui para o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Doenças crônicas não transmissíveis são cada vez mais frequentes nestas faixas etárias e, não coincidentemente, o consumo de alimentos industrializados também cresce neste público. O objetivo do estudo é avalizar o consumo de ultraprocessados, por crianças e adolescentes, e os fatores acossiados à esse consumo. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática para sumarização dos estudos encontrados e avaliação dos resultados. A revisão foi conduzida com base na recomendação PRISMA (Reporting to Systematic Reviews and Meta – analyses). O risco de viés dos estudos foi avaliado pela escala de New Castle – Ottawa. Resultados: Foram selecionadas 12 coortes para compor a revisão, sendo oito conduzidas no Brasil, uma na Inglaterra, uma na Holanda, uma em Portugal e uma na Nova Zelândia. O tempo de segmento dos estudos variou de 1 ano e 8 meses a 19 anos de acompanhamento. Nove estudos avaliaram crianças, dois estudaram adolescentes e um artigo, crianças e adolescentes. O consumo energético diário por ultraprocessados (AUP) foi apresentado em sete estudos e variou de 13,61% a 67,8%. O aumento do consumo do consumo de ultraprocessados, por crianças e adolescentes, predispõe ao aumento de peso, Índice de Massa Corporal (IMC) e Circunferência da cintura (CC). Além disso, pode alterar o perfil lipídico deste público negativamente, com aumento de LDL colesterol e triglicérides. A diminuição do tempo de aleitamento materno associa-se positivamente à introdução precoce de ultraprocessados em crianças. Conclusão: O alto consumo de ultraprocessados predispõe ao desenvolvimento de alterações à saúde de crianças e adolescentes, como a mudança de composição corporal e de perfil lipídico. Além disso, observou-se que a amamentação é fator preventivo de introdução precoce de ultraprocessados, na alimentação de crianças.
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    Funcionalidade e produção do cuidado na sindrome congenita do zika virus: um estudo quanti-qualitativo em um centro especializado em reabilitação II na Bahia
    (Universidade do Estado da Bahia, 2022) Fernandes, Denise Vasconcelos; Cavalcante Neto, Jorge Lopes; Souza, Márcio Costa de
    A Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZ) se expressa modificando a funcionalidade e as trajetórias de desenvolvimento das crianças ao longo da infância, com alterações na função motora grossa, na execução de atividades e no grau de participação social. O planejamento das intervenções e a oferta do cuidado baseado na família e no contexto social, tem sido um desafio no setor de saúde brasileiro. A Classificação Internacional de funcionalidade incapacidade e saúde (CIF) se apresenta como um referencial de modelo biopsicossocial e uma ferramenta significativa para o gerenciamento da funcionalidade e incapacidade. Portanto, essa dissertação foi composta por dois estudos e um produto técnico. O Estudo I, intitulado: Funcionalidade e Produção do cuidado em crianças com Síndrome Congênita do zika vírus atendidas em um Centro Especializado em Reabilitação na Bahia, Brasil teve como objetivo descrever o perfil de funcionalidade e a função motora grossa de crianças com Síndrome Congênita do Zika vírus atendidas em um Centro Especializado em Reabilitação na Bahia, Brasil. A idade média das crianças foi de 4,45 (±1,96) anos e todas (n=11, 100%) com diagnóstico de microcefalia. Destas, 91% (n=10) com comprometimento motor grave (GMFCS IV e V) e 9% (n=1) comprometimento motor leve (GMFCS I). Àquelas com comprometimento motor grave alcançaram menor pontuação média no item C – engatinhar e ajoelhar (0,57 ±0,78), enquanto àquelas com comprometimento leve alcançaram as maiores pontuações, em todas as dimensões (A, B, C, D e E). O perfil funcional demonstrou maiores prejuízos nas funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento, maiores dificuldades na mobilidade e cuidado pessoal, sendo os serviços, sistemas e políticas de saúde a maior barreira, e a família imediata o maior facilitador. O Estudo II, intitulado: Percepção das mães sobre o cuidado em crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus: um olhar sobre o diagnóstico, teve como objetivo: compreender a percepção das mães sobre o cuidado em crianças com SCZ, na perspectiva do diagnóstico. Para a maioria das participantes (4/7), a descoberta do diagnóstico se deu apenas no nascimento da criança e isto gerou nas mães sentimentos de desespero e medo. A maior parte delas (4/7) foram comunicadas do diagnóstico por parentes ou meios de comunicação local e não pela equipe de saúde responsável. Os achados demonstram que houve falhas na coordenação do cuidado à gestante e assistência no pré-natal, além de inadequada comunicação em saúde. O fortalecimento da rede de cuidados à gestante e atenção ao pré-natal, dos vínculos, a responsabilização e melhoria na disponibilidade de informações que respondam corretamente às necessidades é fundamental para garantir a cobertura das diversas demandas e a integralidade do cuidado. O Produto Técnico, intitulado: Projeto: Formação profissional para uso da CIF no CER II/Jacobina, Bahia que tem como objetivo implementar um programa de formação profissional pra o uso da Classificação Internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde no Centro Especializado em Reabilitação física e intelectual – CER II em Jacobina, Bahia. A formação poderá gerar um movimento de coprodução e cogestão do processo terapêutico dos indivíduos, possibilitando a operacionalização de um modelo interprofissional, baseado na perspectiva da CIF, e a estruturação de formas mais concretas de apoio e continuidade do cuidado a estas crianças. A compreensão das trajetórias funcionais de crianças com SCZ ratifica a importância do uso de ferramentas que sejam embasadas num modelo biopsicossocial e que permitam potencializar o modelo usuário centrado, onde a família passa a ser protagonista do processo.
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    Estratégias de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó: metassíntese e análise lógica do nutrisus
    (Universidade do Estado da Bahia, 2021) Santos, Mairon Cerqueira dos; Rossi, Thaís Regis Aranha; Pereira, Ana Paula Chancharulo Moraes; França, Silvana Lima Guimarães; Santos, Sandra Maria Chaves
    A anemia ferropriva é um grave problema de saúde de pública que atinge um terço da população mundial, em especial as crianças menores de 02 anos, adolescentes, mulheres em idade fértil e gestantes. No Brasil, dentre as estratégias para prevenção e tratamento da anemiaestá incluída a fortificação com Múltiplos Micronutrientes em Pó(MNP), conhecida como NutriSUS, implantada em 2014. A estratégia NutriSUS tem sido implementada pela Atenção Básica em conjunto com as equipes escolares, em creches e unidades de educação infantil, através do Programa Saúde na Escola (PSE). Apesardas estratégias com MNP se mostrarem efetivas doponto de vista biológico em diferentes países,estudos têm evidenciado lacunas na implementação que interferem nos impactos esperados por estas intervenções. Apresente teve como objetivo analisar a produção científica sobre a oferta de MNP como resposta do Estado e a teoria da política NutriSUS/Brasil. No artigo 01 foi realizada uma metassíntese obedecendo as etapas deextração de constructos de primeira ordem, produção de constructos de segunda ordem e síntese interpretativa, a partir dos constructos de terceira ordem.O artigo 02 realizou uma análise lógica direta da estratégia NutriSUS, seguindo as etapas de construção do modelo lógico, a partir de documentos oficiais do NutriSUS; construção do modelo teórico conceitual, a partir da análise da síntese integrativa de evidências científicas e finalmente a comparação do modelo lógico com o modelo teórico conceitual. Os principais achados do artigo 01 apontaram que a confiança dos cuidadores na intervenção foi um fator decisivo para utilização dos MNP e as que crenças, tabus e informações de terceiros exerceram influência na aceitabilidade e adesão a intervenção. A escassez dos saches de MNP se mostrou influente para a descontinuidade das estratégias e baixa adesão pelos cuidadores,assim como foram identificadas limitações e potencialidades quanto à implementação tanto da equipe como da organização. Entre os principais resultados do artigo 02, a caracterização do modelo lógico identificou a falta de unicidade na descrição dos objetivos específicos da estratégia NutriSUS, a partir dos documentos orientadores para implementação da intervenção e o modelo teórico evidenciou a necessidade de avaliação da capacidade estrutural, a necessidade da estratégia estar atrelada a outras políticas existentes,de orientação contínua e mais eficaz para cuidadores,da identificação de indicadores críticos para detecção de desafios na implementação e necessidade de utilização do modelo lógico para monitorar e avaliar a evolução das atividades desenvolvidas na estratégia, realizando ajustes e correções necessárias em etapas críticas da intervenção, além do papel crítico dos trabalhadores em influenciar a compreensão do MNP. Conclui-se que as etapas concernentes a implementação das intervenções com MNP, incluindo a estratégia NutriSUS, necessitam de um desenho operacional criterioso, bem planejado e amparado na literatura, com vistas a garantia da continuidade da fortificação.
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    Integração ensino-serviço-comunidade e atenção primaria a saúde no Brasil: contribuições para um diálogo
    (Universidade do Estado da Bahia, 2021) Vieira, Verônica Rita Pina; Vieira, Silvana Lima; Santos, Liliana; Mercês, Magno Conceição das
    Introdução: A integração ensino serviço tem sido pauta relevante na consolidação do Sistema Único de Saúde. Muito embora tenhamos várias interfaces neste campo, a articulação entre a assistência e docência nos espaços de práticas, ainda ressente de mecanismos de aperfeiçoamento efetivos. Objetivo: Analisar a produção cientifica relacionada a Integração Ensino-Serviço-Comunidade no contexto da Atenção Primária no Brasil. Método: Estudo documental e do tipo revisão sistemática, sobre a temática de Integração Ensino-Serviço-Comunidade no contexto da Atenção Primária no Brasil. Teve como fonte artigos, bibliografia, relatórios do Ministério da Saúde e literatura cinzenta. Resultados: Esta dissertação é composta por três produtos. Um que trata de análise teórica conceitual sobre a temática de Integração Ensino-Serviço-Comunidade no contexto da Atenção Primária no Brasil tendo como fonte artigos, bibliografia, relatórios do Ministério da Saúde e literatura cinzenta. O segundo produto resultado de uma revisão sistemática, com o objetivo de analisar a produção cientifica sobre integração ensinoserviço no contexto da APS e o terceiro produto, um guia prático direcionado aos sujeitos envolvidos com a temática, contendo conceitos, definições e postulados da Integração ensino-serviço e comunidade. A integração ensino-serviço e comunidade na atenção primária encontra constantes desafios relacionados ao sistema e serviços de saúde, profissionais, trabalhadores, docentes e discentes que utilizam seu campo para trabalho e prática. É um cenário que necessita de investimentos e discussões, de modo a fortalecer os pontos da rede e consequentemente do Sistema Único de Saúde. CONCLUSÃO: as produções cientificas que abordaram Integração Ensino-Serviço no contexto da Atenção Primária no Brasil encontram lacunas importantes quanto a recomendações que possam ser reproduzidas ou ajustadas com vistas ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde. As limitações do estudo se relacionaram com a diminuta produção relacionada à temática do controle social e interface com a integração ensino-serviço-comunidade, bem como produções que avancem do diagnóstico para exemplos práticos e bem-sucedidos, com repercussão para o sistema de saúde e usuários.
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    Formulação de políticas de saúde: um olhar sobre o legislativo baiano entre os anos de 2015 e 2020
    (Universidade do Estado da Bahia, 2021-08-31) Campos, Joanna Paroli Mangabeira; Souza, Márcio Costa de; Rossi, Thaís Regis Aranha; Jesus, Washington Luiz Abreu de
    Esta pesquisa tem por objetivo analisar a formulação de políticas de saúde no legislativo baiano entre os anos de 2015 e 2020. A metodologia utilizada foi de caráter qualitativo e exploratório, realizado através de pesquisa documental, a partir do acesso a informações públicas disponíveis no sítio eletrônico da Assembleia Legislativa da Bahia. No total, foram investigadas 20 atas de sessões plenárias virtuais, bem como 628 processos legislativos. Houve dois períodos de análise: janeiro de 2015 a janeiro de 2019; e outro de março a junho de 2020. Elaborou-se matrizes de análise, as quais continham as seguintes variáveis: data de entrada, tema, assunto, data final, tempo de tramitação, resultado, autor, data de nascimento, partido, bancada, naturalidade, classificação, IDH-M do local de nascimento, formação, posicionamento e status de tramitação. Os resultados foram apresentados sob a forma de artigos científicos, atribuídos pelo nome: “Produção legislativa em saúde na Bahia: uma análise dos agentes políticos e sua agenda nos anos de 2015 a 2019” e “Respostas do legislativo baiano à COVID-19: um retrato panorâmico dos primeiros meses de 2020”. Ambos tiveram achados apresentados e pormenorizados sob a forma de categorias empíricas a partir do referencial teórico. Por fim, concluiu-se que houve uma centralização excessiva do processo decisório no parlamento baiano, com o protagonismo do Executivo, dos partidos e lideranças, não sendo possível demonstrar alterações significativas com a transposição de arena física para virtual em 2020. Houve a formulação de políticas públicas de saúde relevantes, ainda que a produção legislativa tenha se revelado tímida. Durante a pandemia da Covid-19 houve predileção por legislar políticas de transferência de renda, com reforço às recomendações da OMS, a partir da aprovação de medidas sobre uso de proteção pessoal e distanciamento social. Considerando o Legislativo um campo fundamental para as democracias e o Sistema Único de Saúde (SUS), aponta-se a necessidade de estudos aprofundados sobre ele nos estados, acerca da dimensão do poder simbólico exercido pelos grupos de pressão, e da gênese das políticas de saúde.