Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu ( Mestrado Profissional) em Saúde Coletiva (MEPISCO)
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O Curso de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva – MEPISCO está vinculado academicamente ao Departamento de Ciências da Vida (DCV) – Campus I da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) como um Programa de Pós-graduação stricto sensu, aprovado por Resolução nº 1861/2016 do Conselho Universitário da UNEB. O MEPISCO orienta-se pelas normas específicas da pós-graduação, de acordo com a Portaria Normativa nº 17 do Ministério da Educação, de 28 de dezembro de 2009, o Estatuto e Regimento da UNEB, bem como este Regimento. Tem por finalidade a produção de conhecimentos, a atualização permanente dos avanços da ciência e das tecnologias, a capacitação e o aperfeiçoamento de profissionais na área saúde, bem como o desenvolvimento da pesquisa aplicada e a inovação tecnológica no campo da Saúde Coletiva.
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu ( Mestrado Profissional) em Saúde Coletiva (MEPISCO) por Palavras-chave "adolescentes"
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- ItemIniquidades étnico-raciais na testagem para HIV entre adolescentes homens que fazem sexo com homens, travestis e mulheres trans em três capitais brasileiras(UNEB, 2023-04-25) França, Marcus Vinicius Sacramento; Sousa, Laio Magno Santos de; Ferreira, Suiane Costa; Ramos, Dandara de Oliveira; Dourado, Maria Inês CostaHomens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans e travestis (TrMT) ainda constituem populações com alta taxa de detecção e vulnerabilidade para HIV/aids. Adicionalmente, adolescentes e pessoas negras apresentam vulnerabilidades específicas, relacionadas ao aumento de casos, na última década. Neste contexto, a testagem para HIV dentro da estratégia de prevenção combinada mostra-se como tecnologia importante para interromper a cadeia de transmissão do HIV. Estudos internacionais evidenciam iniquidades étnico-raciais na prevenção ao HIV em HSH e TrMT, no entanto, há carência de estudos analisando a realidade brasileira, especificamente em adolescentes. Diante disso, esta dissertação apresenta dois produtos: um estudo de corte transversal aninhado a coorte PrEP1519 e um guia para profissionais da atenção primária à saúde sobre prevenção combinada ao HIV. O primeiro buscou analisar a associação entre raça/cor de pele e o uso de teste de HIV na vida entre adolescentes HSH(AHSH) e TrMT(ATrMT) de três capitais brasileiras, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. Para isto, realizou-se um estudo de corte transversal aninhado à coorte PreP1519.Conduziu-se análise descritiva da população e bivariada das covariáveis e desfecho. Posteriormente, realizou-se análise de regressão logística múltipla com estimativa de odds ratio ajustada (ORaj) e intervalos de confiança de 95 % (IC95%). Adolescentes brancos testaram mais que pretos e pardos (64,0% vs. 53,8%, respectivamente, valor de P=0,001). A prevalência de testagem foi maior entre os brancos (64,0%), seguida dos pardos (55,9%) e pretos (52,2%) (valor de P=0,003). Na análise de regressão logística múltipla, observou-se que adolescentes brancos testaram mais que pretos e pardos (64,0% vs. 53,7%, respectivamente, P=0,001). A prevalência de testagem foi maior entre os brancos (64,0%), seguida dos pardos (55,9%) e pretos (52,2%) (valor de P=0,003). Na análise de regressão logística múltipla, observou-se uma chance 26% menor dos AHSH negros (ORaj: 0,74%; IC95%: 0,55-0,98) e 38% menor em ATrMT (ORaj: 0,62; IC95%: 0,45 – 0,87) terem sido testados na vida em comparação com os brancos, com IC: 95%. Nesse estudo, a raça/cor de pele aparenta determinar a menor chance de uso de teste de HIV na vida entre AHSH e ATrMT, chamando atenção para o papel do racismo no acesso aos serviços de saúde. Além disso, esse trabalho resultou em um produto técnico busca orientar profissionais sobre prevenção combinada, com enfoque em minorias sexuais, adolescentes e população negra, por meio de casos envolvendo essa população e prevenção ao HIV.
- ItemPercepções sobre o uso da profilaxia pré-exposição ao HIV entre adolescentes homens que fazem sexo com homens, travestis e mulheres trans em três capitais do Brasil.(Universidade do Estado da bahia, 2024-06-05) Seixas, Suelen Ribeiro; Sousa, Laio Magno Santos de; Galvão, Nila Mara Smith; Bonfim, Camila Barreto; Dourado, Maria Ines CostaIntrodução: As percepções sobre a PrEP são multifacetadas e influenciadas por informações diversas, podendo estar associadas à decisão sobre o início do uso da PrEP. Assim, o objetivo foi descrever padrões de percepções da PrEP e verificar sua associação com o início da PrEP entre adolescentes homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e mulheres trans (TrMT), bem como elaborar um material instrutivo sobre o esclarecimento das percepções que podem estar relacionadas à prevenção por meio da PrEP. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com dados da linha de base do estudo PrEP1519, que foi uma coorte de demonstração da efetividade da PrEP oral diária, entre adolescentes HSH e TrMT, com idade entre 15 e 19 anos, residentes em três cidades brasileiras. A presente análise incluiu adolescentes inscritos no estudo de fevereiro/2019 a fevereiro/2023. A análise de classes latentes (LCA, em inglês) foi utilizada para identificar padrões de percepção da PrEP, com base em oito indicadores binários observados, com respostas do tipo concordo ou discordo. A análise de regressão logística foi realizada para estimar odds ratios ajustadas (aOR) da associação entre a percepção da PrEP e o início de uso da PrEP. Resultados: Foram incluídos no estudo 1.477 adolescentes, a maioria foi HSH (91,0%), na faixa etária de 18 a 19 anos (74,5%), autodeclarados com cor da pele preta/parda (72,0%) e, em sua maioria, iniciaram a PrEP em até 30 dias após a primeira consulta (81,4%). A minoria concordou com afirmações (indicadores) que apontavam para uma percepção negativa da PrEP: trata-se do mesmo medicamento para o tratamento do HIV (33,2%), tem muitos efeitos colaterais (26,0%), pode impactar negativamente a imagem de quem usa (24,6%), é exclusiva para HSH ou TrMT (14,0%) e para pessoas com elevado número de parceiros (11,0%), é incômodo tomar medicamentos para prevenção (10,0%), possui interações com outros medicamentos e hormônios (9,0%), e é um inconveniente que a PrEP seja igual ao tratamento do HIV (8,0%). A LCA identificou duas classes de indivíduos com relação à percepção sobre a PrEP: percepção positiva (N =1.348; 93,2%) e percepção negativa (N=99; 6,8%). Na análise multivariada, observou-se que adolescentes com percepção positiva da PrEP tiveram maior chance de iniciar a PrEP (aOR: 2,49: 1,39-4,47), após ajuste por potenciais fatores de confusão. Conclusão: O estudo mostrou que a minoria dos adolescentes concordou com indicadores de percepção negativa da PrEP, bem como a associação entre a percepção sobre a profilaxia e o início do seu uso. Com base nos resultados deste estudo, uma cartilha informativa com informações aos adolescentes sobre o uso da prevenção combinada, com destaque para o uso da PrEP, foi elaborada.