Campus XXIII - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) - Seabra
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- Item“Eles vai à Seabra”: a 3ª pessoa do plural em tema(Universidade do Estado da Bahia, 2024-05-08) Viana, Juliene de Souza; Santos, Elias de Souza; Macêdo, Juliete Bastos; Silva, Manoel Crispiniano Alves daObjetivou-se, neste estudo, à luz do modelo teórico de estudo da mudança linguística (Weinreich, Labov; Herzog, 2006 [1986]), examinar o uso variável da concordância verbal de terceira pessoa do plural (CVP6) em dados do português falado em Seabra, município brasileiro do estado da Bahia. Com esse propósito, apresentam-se dados recolhidos com entrevistas sociolinguísticas pertencentes ao projeto Se abra à Chapada: coletando, explorando e mapeando dados sociolinguísticos (Santos, 2018-2023), e analisados utilizando-se da técnica de análise de dados denominada de regressão logística de efeitos mistos, para mostrar que tanto restrições linguísticas quanto sociais têm um papel importante na escolha da marca de concordância. Os resultados gerais apontam que a marcação explícita da CVP6 se correlaciona com a saliência fônica, em contextos não-acentuados, com o traço semântico, com sujeitos inanimados, com o paralelismo formal zero, com o sexo masculino e com os níveis de escolaridade média e universitária.
- Item“Posta, posteira, postão”: um estudo sociolinguístico do pararrotacismo em Vale do Paraíso, Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-16) Silva, Letícia Souza; Santos, Elias de Souza; Lopes, Carla Brandão; Silva, Jéssica Carneiro daInvestigamos, neste estudo, o fenômeno do pararrotacismo em Vale do Paraíso, à luz do modelo teórico de estudo da variação e mudança linguísticas (Weinreich; Labov e Herzog, 2006 [1968]). Objetivamos analisar quais efeitos linguísticos e sociais atuam nesse processo. Para tal, estratificamos 724 (cento e vinte e quatro) ocorrências suscetíveis ao pararrotacismo em entrevistas sociolinguísticas e inquéritos dialetais de 16 falantes representativos da comunidade de fala locus de recolha dos dados. Notamos que as variáveis sexo, faixa etária, nasalidade da sílaba alvo, extensão fonológica da palavra e tipo de discurso são favorecedoras do pararrotacismo. Esses achados reforçam a ideia de que a variação em perspectiva não se manifesta de forma aleatória, mas sim como um fenômeno estruturado e regido por princípios claros e objetivos, mediado por pressões internas e externas à linguagem.
- ItemLetramento racial a partir da literatura infantojuvenil negra: revisão sistemática(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-05) Souza, Michele de Oliveira; Santos, Aline Nery dos; Santos, Elias de Souza; Carvalho, Basilon Azevedo deNas últimas décadas, a pauta da equidade racial tem ganhado centralidade nos debates educacionais, sobretudo após a promulgação da Lei 10.639/2003, que torna obrigatória a abordagem da história e cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar. Ainda assim, o racismo estrutural persiste como um obstáculo à efetivação de práticas pedagógicas antirracistas, o que muitas vezes se reflete na invisibilização das identidades negras no ambiente escolar. A infância, enquanto etapa formativa crucial, exige atenção redobrada quanto à representação e valorização das múltiplas identidades que compõem a sociedade brasileira. Nesse contexto, a literatura infantojuvenil negra desponta como instrumento potente para a promoção do letramento racial, ao propiciar, por meio de narrativas e personagens negros protagonistas, a construção positiva da identidade racial desde os primeiros anos de escolarização. Com base nesse cenário, o presente artigo realiza uma revisão sistemática da produção científica nacional entre os anos de 2013 e 2023, com o intuito de identificar como o letramento racial vem sendo discutido e implementado por meio da literatura infantojuvenil negra. Para tanto, foram analisados estudos disponíveis nas bases SciELO, BDTD, CAPES Periódicos e Google Acadêmico, com a observância de critérios de recorte temporal, relevância temática e rigor metodológico. Os resultados revelam avanços significativos na valorização de obras negras, ao mesmo tempo em que denunciam fragilidades na formação docente e nas políticas públicas voltadas ao tema. Dessa forma considera-se que, mais do que um recurso didático, a literatura negra é ferramenta crítica de emancipação e enfrentamento ao racismo nas escolas.
- ItemA vocalização da lateral palatal em Renascimento dos Negros, Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2025-11-12) Araújo, Gisele Rodrigues de; Santos, Elias de Souza; Lopes, Carla Brandão; Silva, Jéssica Carneiro daAnalisou-se, com este estudo, o fenômeno variável conhecido como vocalização da lateral palatal na variedade linguística de Renascimento dos Negros, uma comunidade remanescente de quilombola, localizada em Iraquara, município brasileiro do estado da Bahia. Exemplos desse processo incluem formas como te[ʎ]a ~ te[j]a, o[ʎ]a ~ o[j]a e fo[ʎ]a ~ fo[j]a. Fundamentado no modelo teórico de estudo da variação e mudança linguística (Weinreich; Labov; Herzog, 2006 [1968]), o estudo utilizou-se de 12 entrevistas sociolinguísticas com amostras de fala espontânea, provenientes do banco de dados do projeto Se abra à Chapada: coletando, explorando e mapeando dados sociolinguísticos (Santos, 2018- 2023). A análise estatística, conduzida com o GoldVarb X (Sankoff; Tagliamonte; Smith, 2005), revelou que, dentre os 369 casos observados, 110 apresentaram vocalização, correspondendo a 30% do total. Os resultados indicam que a ocorrência do fenômeno está fortemente associada a fatores sociais e linguísticos, sendo mais frequente na fala de homens e falantes mais velhos, indicando estigma social e retração do processo, além de ser favorecido em palavras polissílabas e em verbos, o que sugere influência de fatores prosódicos e de frequência lexical.