O presente estudo objetiva analisar as influências e reflexos do modo de produção capitalista dentro da produção espacial, dentro do contexto dialético entre sociedade versus espaço e vice-versa. Como objetivos específicos buscou estudar as principais características e os reflexos espaciais da divisão social do trabalho, verificar as principais características da influencia do modo de produção capitalista no processo de formação do espaço urbano. Os autores trabalhados aparecem, neste trabalho, organizados pela proximidade de seus raciocínios, e, mais especificamente, suas considerações sobre a própria influência do capitalismo dentro da produção e das relações espaciais. Consideramos como base para o trabalho quatro autores, que no nosso julgamento, tem importantes contribuições, como Lefebvre, Harvey, Santos e Carlos. Vale ressaltar, também, que o entendimento da dinâmica espacial é de extrema importância para o Urbanismo, já que podemos entendê-lo como um campo do conhecimento multi e interdisciplinar voltado ao ordenamento da cidade, de suas atividades distribuídas no território a fim de que seja alcançada uma melhor qualidade de vida para a população. Temos que o espaço, pode ser considerando não mais como palco das ações dos agentes sociais, econômicos, políticos e culturais. O espaço é também ator nesses processos. O processo de produção do espaço é permeado por uma grande complexidade, uma vez que diversos fatores e interesses estão envolvidos. E nesse jogo de interesses, os interesses do Estado e do Capital se convergem, provocando assim, o que alguns autores denominam de “conflitos urbanos”