Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidade (PPGED) - Conceição do Coité

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    Abordagens da Geografia Urbana: uma proposição didática a partir de filmes no Centro Municipal de Educação Santa Rita de Cássia.
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-10-03) Martins , Ely Makeise Araujo dos Santos; Andriano Eysen, Rego; Portugal, Jussara Fraga; Almeida, Lorena Ferreira de Souza
    Esta dissertação situa-se no âmbito das pesquisas que discutem o ensino de geografia e o cinema, numa perspectiva de novas aprendizagens sobre o fenômeno da Geografia urbana no Centro Municipal de Educação Santa Rita de Cássia, com alunos/as do 7° ano dos anos finais do ensino fundamental, a partir da análise de duas películas fílmicas: Mauá, o imperador e o rei e, Trash: a esperança vem do lixo. Tem como compreender como a linguagem cinematográfica pode potencializar o ensino/aprendizagem da Geografia urbana em sala de aula. A questão que nos moveu foi: Como a linguagem cinematográfica pode potencializar o ensino/aprendizagem da Geografia urbana em sala de aula? Nessa perspectiva, a investigação teve como aporte metodológico a abordagem qualitativa colaborativa, baseado em Ibiapina, (2006) e Flick, (2009). Com efeito, fizemos uma revisão bibliográfica elegendo alguns teóricos da Geografia Cultural, a exemplo de: Claval, (1997), Corrêa (2007, 2009), Cosgrove, (1983), Rosendahl (2007), Sauer, (1931). Nas discussões sobre urbanização, esta investigação esteve pautada em estudiosos/as, como: Santos, 1997; Carlos, (2013); Calvalcante (2008), Lefebvre, (2002); Sposito, (2004); Sposito, (2006). Certamente, para tratar dos diálogos relacionados ao cinema e a Geografia, temos o embasamento dos(as) autores(as) como: (Portugal, (2013); Oliveira, (2011); Morin, (2002); Cousin, (2012); Duarte, (2002), dentre outros(as) autores(as) que deram embasamento teórico e metodológico para a identificação da importância do filme no ensino da Geografia urbana, considerando-o como instrumento responsável por um ensino lúdico e potente na formação crítica/reflexiva do(da) estudante no seu processo de formação crítica. Como produto, foi criada uma página no instagram com a participação dos(as) alunos(as), onde será divulgado dicas de filmes que possa ser correlacionados com conceitos geográficos, a partir dos momentos experienciados durante a participação nos Ateliês Geo-cinematográficos, com o propósito de fazer os educandos refletirem acerca da utilização do cinema em sala de aula como suporte didático-pedagógico para potencializar a compreensão dos conceitos, temas, fenômenos e processos da geografia urbana, assim, oportunizando uma formação crítica/reflexiva a partir do cinema.
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    Negrinfância: por uma prática pedagógica antirracista com professoras de educação infantil em Valente (BA)
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-06) Santos, Maria Cristina Moura; Oliveira, Iris Verena Santos; Santos, Núbia de Oliveira; Pereira, Isabelle Sanches
    A dissertação em foco apresenta elementos da escrevivências no diálogo entre uma professora negra-educadora-pesquisadora – autora deste material – e professoras colaboradoras, participantes da pesquisa, na qual deixam perceptíveis algumas semelhanças e diferenças no tocante à conscientização docente quanto a uma educação antirracista no contexto educacional público infantil. A partir dessa interação, constatou-se a necessidade de uma rede de articulação e diálogos para o fortalecimento mútuo de práticas antirracistas e saberes no que diz respeito à infância negra. Nesse sentido, as escrevivências na perspectiva de Conceição Evaristo foram acessadas como operador teórico-metodológico, buscando autoria nesse “escreviver-acadêmico” que enaltece não só a escrita negra, feminina e pobre, mas também por valorizar o pensamento e a reflexão atravessadas por uma coletividade, já que a escola é um lugar de construção coletiva de saberes, vivências, (re)existência e (re)significação. Sendo assim, a pesquisa teve como objetivo compreender as práticas pedagógicas das professoras da Educação Infantil, atentando-se para os tratamentos e/ou silenciamentos em relação às questões étnico-raciais e foi realizada junto às professoras do Centro Municipal de Educação Infantil Encantos do Saber (CMEIS), em Valente (BA). Para tanto, o presente estudo recorreu à discussão sobre a educação crítica, emancipatória e como prática de liberdade na perspectiva de Paulo Freire (1989; 2021) e bell hooks (2017; 2021), assim como também pautou-se nas discussões a respeito da mulher negra e as questões étnico-raciais em Lelia Gonzalez (1984) e sobre a infância negra a partir de Nilma Lino Gomes (2019; 2021) e Eliana Cavalleiro (2001). O método investigativo do estudo transcorreu pela conversa (SAMPAIO; RIBEIRO e SOUZA, 2018), a qual vem potencializar uma rasura que há nos pressupostos da pesquisa qualitativa, oportunizando acessar-aprender-compartilhar como modo insurgente de pesquisar. Frente a isso, portanto, ficou perceptível que a pesquisa em questão provocou questionamentos e reflexões às docentes participantes no tocante às questões raciais, bem como emergiu a possibilidade de continuidade dessas conversas-escritas sobre a infância negra no semiárido baiano como produto desta dissertação, fazendo com que a percepção dessas e de outras docentes seja sensibilizada.
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    Currículo-encruzilhada na EJA: trilhas de processos educativos estudantis
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-25) Fragoso, Rafaela de Fátima Santana Mota; Oliveira, Iris Verena Santos de; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Silva, Paulo de Tássio Borges da
    O presente estudo, desenvolvido nas turmas de Educação de Jovens e Adultos do Colégio Estadual do Açudinho em Conceição do Coité na Bahia, teve como intuito compreender a maneira como o currículo produzido a partir da atuação das/os estudantes da EJA, na encruzilhada entre os seus saberes e as práticas escolares, impacta o cotidiano escolar, intencionando o desenvolvimento de ações que procurem visibilizar as suas construções culturais. Embasaram teoricamente esta pesquisa as autoras Iris Verena Oliveira, Elizabeth Macedo e Alice Casimiro Lopes, com as quais foi realizado um diálogo entre os seus saberes e as discussões apresentadas no âmbito do currículo, conhecimento e seus deslocamentos. E para pensar nestes deslocamentos, principalmente no que diz respeito ao conhecimento que, nesta perspectiva, perde a sua centralidade no currículo, foi adotada a noção de Encruzilhada como operador conceitual, baseando-se nas ideias de Leda Martins. Esta investigação teve como operador teórico-metodológico as “Escrevivências”, conceito cunhado por Conceição Evaristo, que serviu de ferramenta de estudo, acionando a conversa como forma de compartilhamento de experiências e informações de si, narrativas que dão corporeidade às histórias de vida, não representando apenas um único eu, mas as histórias de muitas. A partir de todo o processo investigativo foi possível perceber a complexidade que forma as nossas turmas de EJA e toda a diferença que se apresenta, além da riqueza de aprendizagens que acontecem todos os dias nas escolas noturnas para além do que é registrado nos diários escolares. Assim, como fruto de toda a investigação, foi elaborado o produto da pesquisa, o projeto pedagógico interdisciplinar “Escrevivendo na EJA”, que diante de tantas vivências atravessadas pelo gênero e racialidade, se propõe a pensar sobre como a produção de autoras negras pode impactar as práticas educativas na EJA.
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    Cenas de ficção e desejo: cartografando os traços do currículo-desejante cemeviano
    (2024-03-27) Silva , Albert Henrique de Jesus
    A presente pesquisa aciona um currículo em movimento a partir do território existencial do Centro Municipal de Educação de Valilândia (CEMEV), isto é, um currículo-desejante coexistente com as performances/improvisações da negritude cemeviana. Desejo, neste contexto, mobiliza-se enquanto produção, excesso, criação de mundos outros. Logo, um currículo-desejante se manifesta em sua não-localização, acontecimento que estar-sendo experimentado por personagens negros cemevianos como um meio de rasurar uma concepção ontológica/epistemológica de sujeito moderno-colonial. Para isso, busco acionar uma cartografia dos rastros deste currículo-desejante, manifestadas por meio dos rabiscos e borrões produzidos nas paredes brancas do CEMEV e que se estendem por todo o seu território físico-existencial. A cartografia, neste cenário, é produzida por linhas de fuga que estão em constante movimentação, ou seja, os rabiscos nas paredes dos banheiros, salas de aula, cadeiras, mesas e muros da escola que se conectam, num movimento ficcional/imaginativo, com as movimentações dos personagens cemevianos por estradas de chão e espaços físicos do território de Valilândia. Deste modo, uma cartografia que rompe com uma lógica representacional da linguagem, desvirtuando o movimento interpretativo e, por isso, criando os seus próprios conceitos. Em suma, trata-se de questionar uma noção de humanidade que coloca o homem branco num lugar confortável, enquanto os corpos negros estão delegados a uma não-humanidade/não-ser, fora de uma concepção ontológica de ser humano. Logo, manifestam-se performances que encenam um mundo para além deste que conhecemos por meio do movimento de ficcionar/inventar mundos outros, mundo negro. Para isso, tenciono um diálogo entre o pensamento de Deleuze e Guattari, visando mobilizar conceitos de uma filosofia da diferença/esquizoanalítica e o pensamento negro radical, sensibilizando os escritos estético-políticos de Fred Moten, Denise Ferreira da Silva e Frank Wilderson III. Por fim, proponho acionar a fotografia dos rastros do currículo-desejante como meio de ficcionar mundos e produzir outros modos de existência.
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    Saberes e fazeres em saúde na interface com a educação popular: experiência de mulheres no Quilombo de Trindade Biritinga (BA)
    (Universidade do Estado da Bahia, 0024-04-29) Meireles, Gercilene; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Lima , Jamile da Silva; Carvalho, Sandra Maria Gadelha
    Saúde e Educação são referências para a produção da vida em sua totalidade. Nesse contexto, o caminho a ser seguido não pode prescindir da perspectiva da emancipação humana. As relações entre saúde popular e processos educativos perpassam o cuidado, a forma amorosa e respeitosa de interagir e reconhecer o(a) outro(a) em suas singularidades e diversidades. Estes são sinais reveladores, que apontam os desafios e limites que perpassam, especialmente, o campo da educação e saúde, principalmente no contexto atual, onde existe uma síndrome civilizatória contemporânea, marcada pelo descuido e descaso com a produção da vida. Essa síndrome (Boff, 2014) afeta a humanidade e a natureza com a lógica social capitalista, a qual prioriza interesses econômicos e lucrativos em detrimento da vida. Face a esse argumento, tem-se a seguinte indagação: de que modo os saberes e fazeres de mulheres no Quilombo de Trindade, localizado no município de Biritinga, na Bahia, potencializam práticas educativas não escolares, ao desenvolverem situações de cura e cuidado em saúde individual e coletiva? Quanto ao objeto, a pesquisa se propõe a analisar os saberes e fazeres em saúde individual e coletiva pelas mulheres no Quilombo de Trindade, bem como suas potencialidades educativas para as relações sociais e de saúde no quilombo. Quanto à metodologia, realizou-se, inicialmente, uma revisão sistemática para fins de apropriação da atualidade do tema. Este trabalho se constitui de uma pesquisa de natureza participante-ação e de abordagem quanti-qualitativa. Realizou-se, no campo empírico, a observação participante, entrevistas coletivas e roda de conversa, por meio do dispositivo intitulado Tenda do Conto (Gadelha, 2015), com oito interlocutores(as) da pesquisa. Esse processo oportunizou um encontro de diálogo e reflexão com as mulheres no Quilombo de Trindade que, por meio de suas falas, expressaram suas vivências, experiências e as práticas de cura, cuidado e formação em saúde individual e coletiva. No caminho percorrido, foi possível perceber a ausência de políticas públicas de saúde no Brasil, no âmbito do SUS, que atendam as especificidades e particularidades em saúde para os territórios quilombolas. Verificou-se, ainda, que os territórios da Atenção Básica (AB), no município, são marcados pelos interesses hegemônicos do capital, responsável por produzir na população do campo e quilombola desigualdades sociais em saúde extremas. A Estratégia Saúde da Família (ESF), a qual é atribuída a capacidade organizacional no planejamento da assistência à saúde de qualidade no território estudado, ainda se encontra marcada por iniciativa hegemônica, questão que compromete o protagonismo social das mulheres no quilombo e a capacidade do território para a efetividade de uma atenção integral à saúde da população quilombola. No Quilombo de Trindade, por meio da observação participante, constatamos um distanciamento entre os saberes técnicos dos profissionais de saúde e os saberes e fazeres em saúde de nossas interlocutoras, existindo, portanto, maior valorização da medicina convencional em detrimento dos saberes tradicionais quilombolas. Desse percurso, surge um projeto de intervenção, por meio da Tenda do Conto, que visa fortalecer os saberes e fazeres em saúde das mulheres no Quilombo de Trindade, abrindo caminhos de diálogo e entrelaçamento de saber, com práticas educativas (não escolar). Assim, os resultados apontam que as potencialidades das práticas de cura e cuidado em saúde individual e coletiva, desenvolvidas pelas interlocutoras da pesquisa, que se materializam no uso das plantas medicinais e espiritualidade, fortalecem a identidade das mulheres quilombolas, as quais são portadoras de práxis libertadoras, pautada na emancipação humana e transformação social, na medida em que socializam, divulgam e repassam a outras gerações seus saberes e fazeres, e têm o cuidado consigo mesmo e com o outro, como fundamento do seu agir humano, em que valores como partilha e solidariedade são essenciais em uma sociedade tão individualista como a nossa