Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidade (PPGED) - Conceição do Coité

A ação do Programa de Pós-graduação em Educação e Diversidade (PPGED) iniciou em 2014, em nível Mestrado Profissional, no Departamento de Ciências Humanas (Campus IV) em Jacobina. Em 2017, o PPGED ampliou sua área de atuação ampliando seu polo educacional através da parceria com o Departamento de Educação (Campus XIV) em Conceição do Coité. O PPGED ocupa-se dos processos de formação e das práticas de educadores visando a preparação profissional para atuarem com as diversidades e singularidades socioeducativas e culturais. Concebe a docência como prática social contextualizada envolvendo questões políticas, históricas e culturais, enfatizando as práticas como elementos basilares dos processos de ensino e de aprendizagem. Volta-se para as políticas e práticas escolares, atentando para as questões locais em conexão com as demandas globais e a episteme contemporânea da formação. Representa uma tentativa de subsidiar práticas escolares pautadas na valorização das diferenças, do múltiplo, do inovador e do anverso.

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    O fazer pedagógico nas turmas multisseriadas em uma unidade escolar do município de Camaçari-BA.
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-07-19) Carvalho, Ana Carla Fagundes de; Oliveira, Iris Verena Santos de; Sodre, Maria Dorath Bento; Santos, Terciana Vidal Moura dos
    A pesquisa trata sobre as turmas multisseriadas que são caracterizadas pela junção de alunos de diferentes níveis de aprendizagem, em uma mesma turma, geralmente submetida à responsabilidade de um professor. Essas turmas se configuram como expressão da efetivação de direitos para os povos que habitam no campo, embora haja um consenso na atualidade entre professores que a forma que este ensino está organizado compromete a sua qualidade (Maia, 2021). Na rede de ensino do município de Camaçari-BA, há no total 103 escolas, 13 destas com turmas multisseriadas, e existem algumas iniciativas de formação continuada para os professores da rede, contudo são iniciativas que excluem as especificidades do fazer pedagógico para estas turmas. Em vista disso, esta dissertação teve como objetivo compreender as potencialidades do fazer pedagógico de professores nas turmas multisseriadas de uma escola pública do município de Camaçari-BA, a partir das práticas pedagógicas no cotidiano escolar. Para tanto, a escrita desta pesquisa foi inspirada nas escrevivências de Conceição Evaristo, e por isso, o texto foi desenvolvido no formato de cartas, explicitando a relação de intimidade entre a autora e suas interlocutoras. As cartas, enquanto recurso metodológico, coloca em discussão o lugar de pesquisadora negra em constante movimento de pesquisa com enfoque no fazer pedagógico, a partir de rodas conversas que foram realizadas com professoras que atuam em turmas multisseriadas. Percebemos que os materiais didáticos como os livros, não consideram a heterogeneidade presente nestas turmas, assim como tratam o tempo didático como simultâneo e linear desconsiderando os diferentes ritmos de aprendizagem. Para superar estas limitações esta pesquisa propõe enquanto intervenção, uma outra forma de organizar o trabalho pedagógico, a partir de Trilhas de saberes que considera a heterogeneidade enquanto potência e estabelece um diálogo com os diferentes ritmos de aprendizagens, a partir da troca de saberes entre pares na sala de aula, bem como compreende o tempo escolar para além dos padrões estabelecidos no ensino regular.
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    Professoralidades em cena: modos de tornar-se coordenadora pedagógica
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-03-21) Almeida, Girleide de Jesus; Silva, Zuleide Paiva da; Jeus, Rosane Meire Vieira de; Siilva, Aba Lúcia Gomes da; Miranda, Neurisâncela Marurício dos Santos
    Essa pesquisa traz em seu bojo a constituição de professoralidades da coordenação pedagógica a partir da reflexão de dilemas pedagógicos que emergem das experiências entre professores(as), gestão administrativa e pedagógica do Colégio Estadual Senhor do Bonfim, do município de Cansanção na Bahia, território do Sisal, no intuito de compreender como vem acontecendo esse processo de constituição de si, nessa relação que se constrói no cotidiano do espaço escolar. A pesquisa foi realizada a partir da conversa como metodologia, com a intenção de experienciar as ACs (Atividade complementar de planejamento), a partir desse outro modo de fazer, perceber como os dilemas pedagógicos da escola podem ser refletidos através dessas conversas, quais as intervenções poderão ser pensadas, e como isso reflete na experiência professoral. Foi preciso (re) tornar-se para perceber movimentos de constituição do tornar-se, desse eu que por ora escreve, e para isso, recorri à memória projetiva, visando trazer as marcas da professoralidade produzidas no ser, sendo. Neste trabalho, também foi realizada uma revisão da literatura, buscando analisar trabalhos que refletissem a coordenação pedagógica e professoralidades. Os trabalhos encontrados deram subsídios para construção/desconstrução desta pesquisa e permitiram a abertura de outros caminhos. De modo que, a pesquisa em seu desenvolvimento se mostrou interventiva, visto que, os círculos de com- versas feitos com os(as) professores(as) de cada área do conhecimento, nos momentos de ACs, serviram como uma importante ferramenta de planejamento e re/construção de uma nova prática pedagógica dentro da unidade escolar, bem como se mostraram como processo formativo de múltiplas experiências.
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    A Etnomatemática e o cotidiano: fazeres e saberes no ensinoaprendizagem da Matemática para os anos finais do Ensino Fundamental.
    (Univesidade do Estado da Bahia, 2024-06-26) Araújo, Suelen Mariane Evangelista; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Sousa, Olenêva Sanches; Ferreira, Maria Jucilene Lima
    Esta pesquisa tem como objetivo geral compreender os sentidos e significados que os professores de Matemática atribuem ao processo de ensinoaprendizagem do conhecimento Matemático, numa perspectiva Etnomatemática, nos anos finais do ensino fundamental, em uma escola municipal de Santaluz – BA. E assim perceber quais as relações e as contribuições que a Etnomatemática pode trazer para favorecer a aprendizagem Matemática e consequentemente contribuir com a valorização das culturas da região e desenvolvimento dos sujeitos e das comunidades. Para isso, almejou-se estabelecer, um diálogo entre os diversos autores sobre pontos relevantes à práxis do educador e a aprendizagem do estudante e de todos os envolvidos no processo. Tendo a pesquisa de cunho qualitativo fundamentou-se em alguns teóricos da Etnomatemática como Ubiratan D’Ambrosio, Olenêva Sanches, Paulo Guerdes, Rosa e Orey dentre outros, também se apoiou aos estudos cotidianista, de Nilda Alves, Ferraço, Inês Oliveira e com estudos de Rosane de Jesus, bem como trouxe estudos de Paulo Freire, Minayo, Ernane Carvalho dentre outros teóricos da educação. Para mais informações acerca da temática realizou-se consulta no repositório da Capes, depois realizou uma roda de conversa virtual com professores de Matemática de seguimentos diversos e de cidades diferentes pertencente ao território do Sisal na Bahia. Depois partiu para a produção de dados em lócus, onde participaram 4 professores de Matemática da escola da pesquisa e como metodologia utilizou observações das aulas e aplicação de questionário a esses professores. Por visualizar a Etnomatemática como uma possibilidade de avançar mais na aprendizagem Matemática, pois esta coopera no processo de ensinoaprendizagem, estimula a desenvolver a criatividade, construir um conhecimento reflexivo relacionando a linguagem formal da Matemática com as linguagens cotidiana segui adiante a pesquisa. E mediante os dados desta pesquisa em campo, percebeu-se que os professores tem conhecimentos básicos do que é Etnomatemática, buscam desenvolver aulas mais dinâmicas, relacionadas a vida dos alunos, mas que há algumas dificuldades em trazer esse cotidiano para as aulas e demonstrar o quanto as aulas podem contribuir no seu meio. Então para isso, deseja-se realizar cursos de formação continuada para professores de Matemática na perspectiva Etnomatemática e outras perspectivas da Educação Matemática para a efetivação do avanço tão desejado no ensinoaprendizagem da Matemática na instituição pesquisada, além de uma Feira do Conhecimento e/ou exposição do Conhecimento e a partir daí firmar projetos escolares que favoreçam a socialização dos saberes/fazeres dos diversos grupos ao qual os sujeitos envolvidos fazem parte.
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    A leitura e a escritura como experiência do devir no processo de ressignificação das identidades e da diferença dos(as) estudantes de Ensino Médio.
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-10-31) Silva, Fábio Carneiro da; Rego, Adrino Eysen; Gomes, Antenor Rita; Cordeiro, Marcia de Freitas
    Este estudo propõe compreender a função da leitura e da escritura como experiência do devir no processo de ressignificação das identidades e da diferença dos(as) estudantes de Ensino Médio. Nesse aspecto, percebemos que nenhuma escritura é neutra, já que há sempre uma motivação, um reflexo das identidades, da diferença, das multiplicidades e dos investimentos libidinais do(a) autor(a) e do(a) leitor(a) do discurso. Sendo assim, partimos do seguinte questionamento: de que maneira a leitura e a escritura como experiência do devir podem contribuir com o processo de ressignificação das identidades e da diferença dos(as) estudantes de Ensino Médio? Trata-se de uma pesquisa qualitativa de base colaborativa e conta com a participação de um(a) gestor(as), um(a) coordenador(a) pedagógico(a), três alunos(as) e quatro professores(as) de Língua Portuguesa do Ensino Médio no Colégio Polivalente de Conceição do Coité/BA, cidade situada no Território do Sisal no semiárido baiano. Para melhor fundamentarmos as discussões acerca do objeto de estudo, dialogamos basicamente com as categorias e os autores(as) a seguir, tais quais, leitura, escritura, identidade, diferença, presença, ausência, logocentrismo, fonocentrismo, suplementariedade, arquiescritura, desconstrução, significado transcendental, rizoma, multiplicidade, desejo e devir, entre as quais nos pautamos basicamente em DERRIDA (1973, 1991 e 2005); HALL (2011), SILVA (2012); SILVA E SANTOS (2022); DELEUZE e GUATARRI (1995). Os instrumentos utilizados na pesquisa foram o questionário e a entrevista semiestruturada. Realizamos, também, cinco oficinas com os sujeitos da pesquisa visando trabalhar colaborativamente e dialogar com eles a respeito da proposta e dos objetivos de nosso estudo. Com o propósito de assegurar a concretização do produto da pesquisa, algumas sequências didáticas foram criadas e intitulada: O desejo, a multiplicidade e a diferença na leitura e na escritura: ressignificando identidades. Ao considerarmos os significados da leitura e da escritura como uma experiência do devir, esperamos que os(as) alunos(as), gestores(as), coordenadores(as) pedagógicos(as) e professores(as) de Língua Portuguesa do Ensino Médio possam ressignificar a si e o mundo, ao vivenciarem uma educação leitora, escritora descentrada e rizomática, valorizando a multiplicidade de perspectivas na compreensão e produção de discursos. Com efeito, esses sujeitos podem tornar-se capazes de operar o múltiplo, sem se acrescentar como uma dimensão superior, pois, é somente dessa maneira que o uno faz parte da multiplicidade, estando sempre subtraído dela. Sendo assim, acreditamos que a ausência de um centro ou de uma origem nas práticas de leitura e de escritura faça com que a significação se estabeleça mediante uma operação de diferenças, criando possibilidades para os sujeitos desenvolverem diferentes maneiras de pensar e de agir no contexto educacional, promovendo uma formação escolar plural, acolhedora, sustentável, inclusiva e ética.
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    A prática pedagógica e os multiletramentos na cultura digital: um estudo com professoras do ensino médio do Colégio Polivalente de Conceição do Coité.
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-22) Santos, Maria Aparecida Mota; Carvalho Filho, José Ernane Carneiro; Silva, Obdália Santana Ferraz; Gomes, Antenor RIta; Garcia, Rosineide Pereira Mubarack
    O presente estudo visa observar as práticas pedagógicas das docentes que atuam na área de Linguagens do ensino médio, no Colégio Polivalente de Conceição do Coité, no contexto da cultura digital, tendo como referência as atividades letivas ocorridas no período após as aulas remotas. A questão norteadora que originou a investigação é: como os multiletramentos são trabalhados nas práticas pedagógicas do ensino médio do Colégio Polivalente de Conceição do Coité, no contexto da cultura digital? Por conseguinte, o objetivo geral consiste em compreender como os multiletramentos são trabalhados nas práticas pedagógicas do ensino médio do Colégio Polivalente de Conceição do Coité, no contexto da cultura digital. Para o desenvolvimento do trabalho, a metodologia escolhida foi a abordagem qualitativa, através da pesquisa colaborativa, por apresentar uma proposta formativa apoiada em sessões reflexivas e possibilitar às participantes o papel de coconstrutoras das atividades realizadas. Os dispositivos utilizados foram a entrevista semiestruturada e a observação colaborativa, associada ao diário de campo. O corpus construído durante a pesquisa foi analisado e interpretado segundo os princípios da Análise Textual Discursiva. Tal análise teve como base as seguintes categorias teóricas: prática pedagógica, cultura digital e multiletramentos. A pesquisa contou com cinco professoras colaboradoras da área de Linguagens que atuam no Colégio Polivalente de Conceição do Coité. Como proposta de intervenção, foram realizadas oficinas com o objetivo de discutir o conceito de multiletramentos e permitir a reflexão e a troca de experiências com relação à ação pedagógica mediada pelas tecnologias digitais e fundamentada nos multiletramentos, com o objetivo de contribuir para a formação continuada das docentes da referida unidade de ensino, em contexto de pós-pandemia. Como produto da intervenção, foi sugerida a produção de propostas didático-metodológicas de forma colaborativa. Como resultado da pesquisa, foi possível perceber que as condições de uso das tecnologias digitais no ambiente escolar dependem da quantidade de artefatos disponíveis em bom estado de conservação e da qualidade da conexão com a internet, pois quando tais requisitos não são obedecidos, prejudica a atividade docente. Constatou-se também a importância do processo de formação continuada para que as partícipes do estudo possam empregar as tecnologias digitais de forma didática. Tal processo ocorre predominantemente por vias informais, com o auxílio da comunidade escolar e de cursos e plataformas educativas por elas pesquisadas na Web. As educadoras não conheciam a teoria dos multiletramentos em profundidade e as suas práticas pedagógicas mesclam a metodologia tradicional, apoiada na aula expositiva, com outras que promovem a autonomia e a colaboração dos(das) estudantes, a partir do uso dos recursos tecnológicos.