Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudos Territoriais (PROET)
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Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (PROET), ofertado pelo Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET), Campus I da UNEB, em Salvador, aprovado pelo Conselho Universitário (CONSU) por meio da Resolução nº. 1.328/2018, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) de 26/05/2018, recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), homologado e reconhecido pela portaria n° 0486/2018 do Ministério da Educação (MEC), publicado no Diário Oficial da União de 18/05/2020.
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- ItemManifestações culturais, representações e lugares na Feira de São Joaquim, Salvador/BA, após intervenção de 2012(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-14) Pereira, Rodrigo Oliveira Mato Grosso; Oliveira, Lysie dos Reis; Coelho Neto, Agripino Souza; Azevedo, Lívia Dias deA feira de São Joaquim, maior feira livre de Salvador, quando consideramos as suas antecessoras, feira do Sete e feira de Água de Meninos, possui cerca de 100 anos de existência. Conhecida por ser um centro onde é possível comprar itens relacionados ao candomblé e à umbanda, a feira é um dos domínios de Exu, orixá das encruzilhadas e da comunicação. A feira também se tornou parte do imaginário coletivo acerca do que é ser baiano, sendo palco de inúmeras representações de artistas como Carybé, Jorge Amado e Gilberto Gil. Esta produção colaborou para a construção da imagem da feira, que passa a ser percebida como local apto para o desenvolvimento social de pessoas da Bahia e de outros lugares do mundo. Ao mesmo tempo, a feira passou a ser descrita pelos jornais da cidade como um local insalubre, propício para o desenvolvimento de doenças. Apesar dessa visão negativa, a feira segue crescendo e se adequando às necessidades do cliente, que encontra ali a possibilidade de estabelecer relações. Partindo disto, após entrevistas com feirantes, percebe-se que o entendimento da feira enquanto lugar se torna possível, uma vez que a percepção de lugar é individual. Logo, considerando que cada feirante possui uma visão sobre a feira, foi possível perceber que muitos se sentiam parte da feira, enquanto outros viam ali apenas como local de trabalho. A opinião dos feirantes também mostra que, apesar das modificações na materialidade da feira, as manifestações culturais daquele espaço se mantém ativa, o que possibilita o seu registro como patrimônio imaterial de Salvador.
- ItemEntre espécies, galhos e troncos: narrativas sobre o Jardim Botânico de Salvador -BA(Universidade do Estado da Bahia, 0025-07-11) Nuernberg, Aline Paola; Santos, Simone Ribeiro; Torres, Eloiza Cristiane; Souza, Sírius Oliveira; Bomfim, Natanael ReisO Jardim Botânico de Salvador-BA, situado no bairro São Marcos, da capital baiana, é um remanescente do bioma Mata Atlântica que proporciona serviços ecossistêmicos e serve como lócus para realização de pesquisas científicas, promoção de ações educativas e lazer contemplativo. Conquanto, em 2021, no desenvolvimento da minha prática profissional, verifiquei que dentre os residentes das suas adjacências, nem todos o conheciam e/ou o haviam frequentado; uma parte, que sabia da sua existência, o chamava de Mata dos Oitis e uma parcela desconhecia sua atual natureza e que estava aberto para visitação; em compensação, ele foi/é o cenário da história de vida de algumas pessoas que por ali trabalham e residem. Tais constatações me mobilizaram a entender como são estabelecidas as relações entre os sujeitos que vivem e/ou trabalham nos bairros São Marcos, São Rafael e Nova Sussuarana com o Jardim Botânico de Salvador-BA, me levando a esta pesquisa que tem como objetivo compreender as percepções que os sujeitos que vivem/trabalham no entorno do Jardim Botânico de Salvador-BA têm sobre esse lugar. Para sua consecução adotei uma metodologia qualitativa, fundamentada na fenomenologia, com a realização de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, levantamento cartográfico e entrevista narrativa com 10 (dez) colaboradores, que correspondeu ao principal instrumento de recolha de dados, além da entrevista semiestruturada. Os resultados revelaram que a primeira iniciativa de constituição de um jardim botânico em Salvador ocorreu no final do século XIX, mas sem sucesso, e não havia qualquer relação com a atual área do Jardim Botânico de Salvador-BA. Esta, teve sua vegetação majoritariamente preservada, desde o período da colonização de Salvador-BA até a década de 1950, quando se iniciou a ocupação no entorno do Jardim Botânico de Salvador-BA, vigorando no crescente adensamento populacional nas áreas livres de construção e a realização de obras públicas. A concretização do Jardim Botânico de Salvador-BA decorreu em 2002 e, ao longo dos anos, decisões políticas foram responsáveis pela modificação do seu enquadramento legal e da sua finalidade, interferindo na sua gestão e estremecendo sua preservação. Apesar disso, a presente pesquisa demonstra que na percepção dos colaboradores, que é múltipla e diferenciada, particular à cada sujeito, o Jardim Botânico de Salvador-BA é um lugar que reúne trabalho, interações sociais, lazer, nostalgia, educação, bem-estar mental / físico / emocional, exploração de recursos naturais, patrimônio natural e senso de pertencimento.
- ItemRiscos a inundações na cidade de Jacobina (BA): integração entre suscetibilidades e vulnerabilidades(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-05) Silva, Wesley Lopes da; Franco, Gustavo Barreto; Góes, Liliane Matos; Vital, Saulo Roberto de Oliveira; Amorim, Raul ReisO uso e ocupação de áreas ambientalmente frágeis são processos recorrentes em muitas cidades brasileiras, resultando em riscos de desastres cada vez mais frequentes e severos. Nesse contexto, esta pesquisa tem como objetivo elaborar o zoneamento de risco a inundações na cidade de Jacobina (BA) a partir da integração entre os indicadores de suscetibilidade e vulnerabilidade da população. Em termos de metodologia, realizou-se pesquisa bibliográfica, levantamento documental e cartográfico, atividades de campo e processamento de dados no QGIS (versão 3.40), adotado como software gerenciador do Sistema de Informações Geográficas (SIG). Para o mapeamento de suscetibilidade, aplicou-se o modelo Height Above Nearest Drainage (HAND), analisou-se o mapeamento de propensão à inundação elaborado pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil (SEMPDEC) em 2024, além de fotointerpretação e atividades de campo. Já a classificação da vulnerabilidade foi estabelecida a partir das dimensões resiliência e infraestrutura, levando-se em conta variáveis por setores censitários obtidas a partir do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No QGIS, aplicou-se a metodologia de álgebra de mapas para realizar a interseção das camadas de suscetibilidade e vulnerabilidade, com o objetivo de estabelecer o zoneamento de riscos. Os resultados indicam que 3,78 km² da cidade de Jacobina apresentam algum grau de risco aos processos de inundação, correspondendo a 12,58% da área total de estudo. Dentre essas áreas, 17,20% foram classificadas como de muito alto risco, 37,04% como de alto risco, 24,88% como de médio risco e 20,90% como de baixo risco. Além disso, constatou-se que a cidade de Jacobina é marcada por processos de desigualdade e segregação socioespacial, refletidos especialmente nas áreas periféricas, que apresentam maiores índices de vulnerabilidade e, consequentemente, menor capacidade de resistência aos desastres hidrológicos. Por fim, depreende-se que o desequilíbrio entre as relações físico-naturais e socioeconômicas contribui para a formação de territórios de risco a inundações na cidade de Jacobina, evidenciando a urgência da utilização de dados e informações científicas nas políticas de ordenamento territorial e planejamento ambiental, com vistas à mitigação desses riscos.
- ItemUsos e ocupações da área central da cidade de Ilhéus-Bahia: uma abordagem sobre espaços públicos.(Universidade do Estado da Bahia, 2025-05-27) Souza, Ramahany Argôlo Melquíades de; Castro, Janio Roque Barros de; Oliveira, Christian Denny Monteiro; Velame, Fábio Macêdo; Trindade, Gilmar ALvesA área central de algumas cidades médias do Brasil apresenta algumas especificidades na sua dinâmica espacial. No presente texto dissertativo, objetiva-se fazer uma análise da dinâmica espacial, da morfologia urbana e das diferentes formas de usos dos espaços públicos da área central de Ilhéus/Bahia, com ênfase nas Praças Dom Eduardo e Castro Alves. Para atender os objetivos propostos na pesquisa acadêmica que resultou na dissertação em tela, fez-se uso de um referencial teórico-conceitual assentado na morfologia urbana e nos espaços públicos, com ênfase nas especificidades das cidades médias. Fez-se uma análise crítica de documentos institucionais, como o atual plano diretor urbano (2006). Realizou-se também várias atividades de campo para observações, anotações e registros fotográficos. Uma das trilhas metodológica foi o zoneamento morfológico funcional urbano (Amorim Filho, 2007) e também o uso de encaminhamentos metodológicos adotados pelo arquiteto Jan Gehl (2013), cujo objetivo é a análise da qualidade do espaço público, centrando-se no protagonismo dos sujeitos sociais que fazem uso desses espaços. Constatou-se que a gestão municipal foi fundamental nos processos das transformações espacial da área central de Ilhéus, que é frequentada por turistas e moradores locais. Apresenta-se uma análise crítica sobre a qualidade das Praça Dom Eduardo e Praça Castro Alves, pelo viés da dimensão humana e também algumas proposições para o uso público e ocupação de algumas áreas livres de edificação. Acredita-se que os gestores públicos municipais devem estimular mais o uso da área central para o lazer, práticas esportivas e manifestações culturais locais/regionais e que as formas de gestão dessa área central devem ser feitas com a valorização da participação social, notadamente por coletivos sociais organizados.
- ItemGestão de recursos hídricos no Baixo Itapicuru (BA): efeitos sobre a sustentabilidade, o uso e cobertura da terra (2000 a 2021).(Universidade do Estado da Bahia, 0025-04-04) Costa, José Roberto da Trindade; Baitz, Ednice de Oliveira Fontes; Matos, Mara Rojane Barros de; Martins, Elisângela Rosemeri CurtiAdministrar recursos de maneira adequada às necessidades é atitude imperiosa quando se considera a preservação dos mesmos, com vistas à sustentabilidade. O equilíbrio entre as disponibilidades de água (seja ela de origem superficial ou subterrânea) e as demandas pelo seu uso (conforme os diversos tipos) configura o estado-da-arte na persecução dos objetivos do desenvolvimento sustentável. É de se esperar que desse balanço entre oferta e procura, naturalmente surjam conflitos. Nesse particular, a Gestão dos Recursos Hídricos surge como o “ponteiro da bússola”, norteando as ações, orientando os atores sociais envolvidos no processo, isto é, Poder Público, usuários da água e a sociedade civil. Organizados em conjunto, esses três atores compõem os Comitês de Bacia, órgão colegiado tripartite responsável pelas discussões e deliberações de interesse das Bacias Hidrográficas. Assim, buscou-se entender nesta pesquisa como a Gestão de Recursos Hídricos influenciou os resultados em termos de Sustentabilidade e Uso e Cobertura da Terra, para a região do Baixo curso do Rio Itapicuru (BA), entre os anos de 2000 e 2021. A metodologia de Pesquisa escolhida foi a Analítica, quanto ao seu Paradigma, buscando apresentar relações entre variáveis e fenômenos, ao investigar o conteúdo de documentos em busca de informações e dados geográficos, hidrológicos e socioeconômicos. Em relação à Abordagem escolhida, adotou-se a Qualitativa e, em termos de Nível, se situa no patamar Descritivo-Explicativo. Procurou-se realizar uma revisão da literatura do tipo “narrativa”, na qual se apresenta um relato da literatura no sentido de uma visão geral. O trabalho se desenvolveu principalmente com base em pesquisa bibliográfica e documental visando alcançar os objetivos propostos. Para a elaboração dos mapas temáticos e tratamento de dados geográficos, lançou-se mão da disciplina Geoprocessamento, a qual dispõe de geotecnologias digitais (softwares) de informações geográficas conhecidas como SIG. Os resultados da pesquisa, alcançados em função dos objetivos estipulados, demonstraram que a vigência de Planos de Recursos Hídricos enquanto Políticas Públicas, é fundamental para Sustentabilidade e para o Uso e Cobertura da Terra, na medida em que essas políticas se propõem a regulamentar o uso dos recursos hídricos e assim, de modo determinante, influenciam a utilização racional desses recursos, produzindo efeitos sobre os padrões de Sustentabilidade e de Uso e Cobertura da Terra, preservando-os para as futuras gerações.