Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudos Territoriais (PROET)
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Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (PROET), ofertado pelo Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET), Campus I da UNEB, em Salvador, aprovado pelo Conselho Universitário (CONSU) por meio da Resolução nº. 1.328/2018, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) de 26/05/2018, recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), homologado e reconhecido pela portaria n° 0486/2018 do Ministério da Educação (MEC), publicado no Diário Oficial da União de 18/05/2020.
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- ItemMapbiomas e o ensino de geografia: uma abordagem contextualizada do semiárido em Feira de Santana-Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 0019-08-25) Souza, Raquel Carvalho de; Souza, Sirius Oliveira; Santos, Simone Ribeiro; Valezio, Éverton ViníciusO Semiárido brasileiro, uma macrorregião que na Bahia abrange 258 municípios, enfrenta desafios socioeconômicos e ambientais, frequentemente agravados pela histórica concentração de recursos nas mãos de elites. Nesse interim, essa dissertação buscou analisar as potencialidades da plataforma MapBiomas para a contextualização de questões ambientais do município de Feira de Santana-BA no ensino de Geografia na Educação Básica, respondendo à questão norteadora: Qual a importância do MapBiomas para a contextualização de questões ambientais vinculadas ao semiárido no ensino de Geografia na Escola Básica? Nessa perspectiva, adotamos a plataforma MapBiomas como a base para a obtenção de dados ambientais para o município de Feira de Santana-BA, destacando a mudança de uso da cobertura da terra em suas diferentes classes ao longo dos últimos 30 anos. O percurso metodológico envolveu a aplicação de uma intervenção pedagógica na forma de oficina com estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Do ponto de vista metodológico, o estudo apoiou-se na abordagem qualitativa, utilizando o método de pesquisa-ação para promover uma intervenção direta e participativa. O percurso foi estruturado em oito etapas sistemáticas, culminando na aplicação de uma intervenção pedagógica na forma de oficina com estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Os resultados obtidos demonstram que a análise dos dados do MapBiomas no município de Feira de Santana-BA revelou uma redução significativa em classes de cobertura como a Formação Florestal, concomitante a um aumento da expansão urbana. A experiência prática com a plataforma comprovou sua eficácia como um dispositivo didático-pedagógico capaz de promover a aprendizagem significativa. Ao utilizarem o recurso, os estudantes desenvolveram uma compreensão mais aprofundada dos conceitos geográficos e uma maior conscientização crítica sobre os problemas ambientais e socioeconômicos que afetam o município. Conclui-se, portanto, que o MapBiomas é um recurso digital valioso, livre e atualizado, capaz de auxiliar professores de Geografia na implementação de práticas didáticopedagógicas que priorizam a interação com tecnologias e o desenvolvimento do pensamento crítico e autônomo em relação às questões territoriais e ambientais locais.
- ItemManifestações culturais, representações e lugares na Feira de São Joaquim, Salvador/BA, após intervenção de 2012(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-14) Pereira, Rodrigo Oliveira Mato Grosso; Oliveira, Lysie dos Reis; Coelho Neto, Agripino Souza; Azevedo, Lívia Dias deA feira de São Joaquim, maior feira livre de Salvador, quando consideramos as suas antecessoras, feira do Sete e feira de Água de Meninos, possui cerca de 100 anos de existência. Conhecida por ser um centro onde é possível comprar itens relacionados ao candomblé e à umbanda, a feira é um dos domínios de Exu, orixá das encruzilhadas e da comunicação. A feira também se tornou parte do imaginário coletivo acerca do que é ser baiano, sendo palco de inúmeras representações de artistas como Carybé, Jorge Amado e Gilberto Gil. Esta produção colaborou para a construção da imagem da feira, que passa a ser percebida como local apto para o desenvolvimento social de pessoas da Bahia e de outros lugares do mundo. Ao mesmo tempo, a feira passou a ser descrita pelos jornais da cidade como um local insalubre, propício para o desenvolvimento de doenças. Apesar dessa visão negativa, a feira segue crescendo e se adequando às necessidades do cliente, que encontra ali a possibilidade de estabelecer relações. Partindo disto, após entrevistas com feirantes, percebe-se que o entendimento da feira enquanto lugar se torna possível, uma vez que a percepção de lugar é individual. Logo, considerando que cada feirante possui uma visão sobre a feira, foi possível perceber que muitos se sentiam parte da feira, enquanto outros viam ali apenas como local de trabalho. A opinião dos feirantes também mostra que, apesar das modificações na materialidade da feira, as manifestações culturais daquele espaço se mantém ativa, o que possibilita o seu registro como patrimônio imaterial de Salvador.
- ItemEntre espécies, galhos e troncos: narrativas sobre o Jardim Botânico de Salvador -BA(Universidade do Estado da Bahia, 0025-07-11) Nuernberg, Aline Paola; Santos, Simone Ribeiro; Torres, Eloiza Cristiane; Souza, Sírius Oliveira; Bomfim, Natanael ReisO Jardim Botânico de Salvador-BA, situado no bairro São Marcos, da capital baiana, é um remanescente do bioma Mata Atlântica que proporciona serviços ecossistêmicos e serve como lócus para realização de pesquisas científicas, promoção de ações educativas e lazer contemplativo. Conquanto, em 2021, no desenvolvimento da minha prática profissional, verifiquei que dentre os residentes das suas adjacências, nem todos o conheciam e/ou o haviam frequentado; uma parte, que sabia da sua existência, o chamava de Mata dos Oitis e uma parcela desconhecia sua atual natureza e que estava aberto para visitação; em compensação, ele foi/é o cenário da história de vida de algumas pessoas que por ali trabalham e residem. Tais constatações me mobilizaram a entender como são estabelecidas as relações entre os sujeitos que vivem e/ou trabalham nos bairros São Marcos, São Rafael e Nova Sussuarana com o Jardim Botânico de Salvador-BA, me levando a esta pesquisa que tem como objetivo compreender as percepções que os sujeitos que vivem/trabalham no entorno do Jardim Botânico de Salvador-BA têm sobre esse lugar. Para sua consecução adotei uma metodologia qualitativa, fundamentada na fenomenologia, com a realização de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, levantamento cartográfico e entrevista narrativa com 10 (dez) colaboradores, que correspondeu ao principal instrumento de recolha de dados, além da entrevista semiestruturada. Os resultados revelaram que a primeira iniciativa de constituição de um jardim botânico em Salvador ocorreu no final do século XIX, mas sem sucesso, e não havia qualquer relação com a atual área do Jardim Botânico de Salvador-BA. Esta, teve sua vegetação majoritariamente preservada, desde o período da colonização de Salvador-BA até a década de 1950, quando se iniciou a ocupação no entorno do Jardim Botânico de Salvador-BA, vigorando no crescente adensamento populacional nas áreas livres de construção e a realização de obras públicas. A concretização do Jardim Botânico de Salvador-BA decorreu em 2002 e, ao longo dos anos, decisões políticas foram responsáveis pela modificação do seu enquadramento legal e da sua finalidade, interferindo na sua gestão e estremecendo sua preservação. Apesar disso, a presente pesquisa demonstra que na percepção dos colaboradores, que é múltipla e diferenciada, particular à cada sujeito, o Jardim Botânico de Salvador-BA é um lugar que reúne trabalho, interações sociais, lazer, nostalgia, educação, bem-estar mental / físico / emocional, exploração de recursos naturais, patrimônio natural e senso de pertencimento.
- ItemRiscos a inundações na cidade de Jacobina (BA): integração entre suscetibilidades e vulnerabilidades(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-05) Silva, Wesley Lopes da; Franco, Gustavo Barreto; Góes, Liliane Matos; Vital, Saulo Roberto de Oliveira; Amorim, Raul ReisO uso e ocupação de áreas ambientalmente frágeis são processos recorrentes em muitas cidades brasileiras, resultando em riscos de desastres cada vez mais frequentes e severos. Nesse contexto, esta pesquisa tem como objetivo elaborar o zoneamento de risco a inundações na cidade de Jacobina (BA) a partir da integração entre os indicadores de suscetibilidade e vulnerabilidade da população. Em termos de metodologia, realizou-se pesquisa bibliográfica, levantamento documental e cartográfico, atividades de campo e processamento de dados no QGIS (versão 3.40), adotado como software gerenciador do Sistema de Informações Geográficas (SIG). Para o mapeamento de suscetibilidade, aplicou-se o modelo Height Above Nearest Drainage (HAND), analisou-se o mapeamento de propensão à inundação elaborado pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil (SEMPDEC) em 2024, além de fotointerpretação e atividades de campo. Já a classificação da vulnerabilidade foi estabelecida a partir das dimensões resiliência e infraestrutura, levando-se em conta variáveis por setores censitários obtidas a partir do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No QGIS, aplicou-se a metodologia de álgebra de mapas para realizar a interseção das camadas de suscetibilidade e vulnerabilidade, com o objetivo de estabelecer o zoneamento de riscos. Os resultados indicam que 3,78 km² da cidade de Jacobina apresentam algum grau de risco aos processos de inundação, correspondendo a 12,58% da área total de estudo. Dentre essas áreas, 17,20% foram classificadas como de muito alto risco, 37,04% como de alto risco, 24,88% como de médio risco e 20,90% como de baixo risco. Além disso, constatou-se que a cidade de Jacobina é marcada por processos de desigualdade e segregação socioespacial, refletidos especialmente nas áreas periféricas, que apresentam maiores índices de vulnerabilidade e, consequentemente, menor capacidade de resistência aos desastres hidrológicos. Por fim, depreende-se que o desequilíbrio entre as relações físico-naturais e socioeconômicas contribui para a formação de territórios de risco a inundações na cidade de Jacobina, evidenciando a urgência da utilização de dados e informações científicas nas políticas de ordenamento territorial e planejamento ambiental, com vistas à mitigação desses riscos.
- ItemUsos e ocupações da área central da cidade de Ilhéus-Bahia: uma abordagem sobre espaços públicos.(Universidade do Estado da Bahia, 2025-05-27) Souza, Ramahany Argôlo Melquíades de; Castro, Janio Roque Barros de; Oliveira, Christian Denny Monteiro; Velame, Fábio Macêdo; Trindade, Gilmar ALvesA área central de algumas cidades médias do Brasil apresenta algumas especificidades na sua dinâmica espacial. No presente texto dissertativo, objetiva-se fazer uma análise da dinâmica espacial, da morfologia urbana e das diferentes formas de usos dos espaços públicos da área central de Ilhéus/Bahia, com ênfase nas Praças Dom Eduardo e Castro Alves. Para atender os objetivos propostos na pesquisa acadêmica que resultou na dissertação em tela, fez-se uso de um referencial teórico-conceitual assentado na morfologia urbana e nos espaços públicos, com ênfase nas especificidades das cidades médias. Fez-se uma análise crítica de documentos institucionais, como o atual plano diretor urbano (2006). Realizou-se também várias atividades de campo para observações, anotações e registros fotográficos. Uma das trilhas metodológica foi o zoneamento morfológico funcional urbano (Amorim Filho, 2007) e também o uso de encaminhamentos metodológicos adotados pelo arquiteto Jan Gehl (2013), cujo objetivo é a análise da qualidade do espaço público, centrando-se no protagonismo dos sujeitos sociais que fazem uso desses espaços. Constatou-se que a gestão municipal foi fundamental nos processos das transformações espacial da área central de Ilhéus, que é frequentada por turistas e moradores locais. Apresenta-se uma análise crítica sobre a qualidade das Praça Dom Eduardo e Praça Castro Alves, pelo viés da dimensão humana e também algumas proposições para o uso público e ocupação de algumas áreas livres de edificação. Acredita-se que os gestores públicos municipais devem estimular mais o uso da área central para o lazer, práticas esportivas e manifestações culturais locais/regionais e que as formas de gestão dessa área central devem ser feitas com a valorização da participação social, notadamente por coletivos sociais organizados.