Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH)
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) por Título
Agora exibindo 1 - 14 de 14
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAfetividade dos estudantes em relação à matemática e sua convivência com o erro(Universidade do Estado da Bahia , 2024-03-28) Viana, Esdriane Cabral; Amorim, Ricardo José Rocha; Lins, Leonardo Diego; Brito, Mirian Ferreira de; Duarte, Francisco Ricardo; Ribeiro, Marcelo Silva De SouzaNeste estudo, buscou-se compreender como o vínculo afetivo do estudante em relação ao erro matemático reverbera das vivências construídas nos anos escolares, a partir da adaptação transcultural e validação do “Cuestionario de Afectividad hacia y por el Error en Matemáticas (AEM)” para o contexto brasileiro. Há bastante tempo, a Educação Matemática tem estudado questões envolvendo a identificação, análise e interpretação de erros cometidos por estudantes. No entanto, ainda é pouco estudado o fato de que cometer erros em Matemática pode gerar afetividade negativa nos estudantes. No processo de estudar Matemática, cometer erros é praticamente inevitável, o que geralmente tem uma conotação negativa para os alunos e faz com que eles experimentem emoções e sentimentos negativos em relação à Matemática. Assim, a discussão da afetividade dos estudantes em relação à Matemática e sua convivência com o erro será atingida através da adaptação e validação, para o contexto brasileiro, do instrumento mexicano AEM. Esse instrumento foi desenvolvido para medir a afetividade do estudante em relação ao erro matemático e é constituído pela Escala do tipo Likert. O instrumento se baseia na relação entre a ocorrência de erros e as três dimensões da afetividade: emoções, crenças e atitudes. A confiabilidade do instrumento foi examinada através da consistência interna com alfa de Cronbach e os índices de fidedignidade composta. A validade do instrumento foi verificada por meio da análise fatorial confirmatória para mensurar o vínculo afetivo gerado pelas vivências relacionadas a erros matemáticos. Essa validação é importante para investigar a influência das experiências escolares no vínculo afetivo dos estudantes em relação aos erros matemáticos. O processo envolve garantir que os itens e dimensões do questionário sejam coerentes, considerando sua compreensibilidade, relevância e representatividade. A utilização do instrumento validado permitirá entender como as experiências vivenciadas afetam o vínculo afetivo em relação aos erros matemáticos. Os resultados podem embasar estratégias pedagógicas para promover uma abordagem construtiva aos erros, resultando em um vínculo afetivo mais saudável e maior engajamento dos estudantes na disciplina de Matemática. Considerando diferenças culturais, a adaptação transcultural do questionário é relevante. Ter um instrumento validado para avaliar a afetividade dos estudantes em relação aos erros matemáticos permitirá coletar dados confiáveis, compreender o vínculo afetivo e identificar necessidades e desafios para orientar intervenções educacionais.
- ItemAs relações de abastecimento de água urbana no agreste do semiárido brasileiro (SAB): dessedentação e hidro dependências por sistemas importadores(UNEB, 2023-05-29) Pinheiro Filho, João Domingos; Cunha, Maristela Casé Costa; Silva, Tâmara de Almeida e; Andrade, Wbaneide Martins de; Oliveira, Edivania Granja da SilvaEsta tese de doutorado tem como objetivo geral discutir os processos de transformações dos corpos hídricos urbanos em meio às mudanças dos sistemas no abastecimento de água em cidades do(s) Agreste(s) no Semiárido Brasileiro (SAB), a saber: Campina Grande/PB, Caruaru/PE e Feira de Santana/BA. Com uma abordagem qualitativa de análise das trajetórias históricas e uma perspectiva interdisciplinar, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, partindo de um levantamento nos repositórios acadêmicos de artigos, dissertações e teses. O trabalho também partiu de uma pesquisa documental de publicações técnicas, livros, reportagens, ATAs dos municípios, jornais, revistas, entre outros documentos. A técnica de coleta para a montagem da base bibliográfica envolveu o acesso a publicações diretamente nos periódicos e repositórios acadêmicos, em cada edição, assim como a busca por palavras-chave (“água”, “saneamento”, “abastecimento”, “semiárido”, “agreste”, as três cidades, entre outras), somando-se um total superior a 100 ambientes. Além disso, como fundamentação teórica, a pesquisa se baseou nas contribuições da Ecologia Humana (EH), da História Ambiental (HA) e da Sintaxe Espacial (SE), a partir, especialmente, de autores/as como: Alpina Begossi (1993); Luciano Bomfim (2016); Donald Worster (1991); José Augusto Drummond (1991); Gallini (2004); José Augusto Pádua e Alessandra Carvalho (2020); Gilmar Arruda (2015); David Viana (2015); Sandra Mello (2008), entre outros/as. O trabalho, portanto, estruturou-se a partir de três capítulos. O Capítulo 1, a partir de um estudo comparativo da análise dos registros documentais de trajetórias históricas das três cidades, buscou compreender a relação das transformações desses espaços urbanos com as fontes de abastecimento de água. Uma observação crítica das transformações é pensar como a dessedentação urbana ocorreu em meio à substituição das fontes históricas (originárias), constituindo escolhas à solução desafiadora por outras estratégias de captação hídrica. Dessa maneira, são evidenciados os percursos que culminam na estratégia em comum, a política pública caraterizada na hidrodependência progressivamente longitudinal e de característica por sistemas de abastecimento importadores de água. O Capítulo 2, contribuindo na compreensão das feições de desigualdades na estruturação do saneamento das cidades brasileiras, parte da categorização de sistema de abastecimento de água e da ocorrência de “intermitência”, que ocorre em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil, com maior incidência na região Nordeste. Para tanto, realizou-se uma abordagem histórica e exploratória de percurso focal do abastecimento urbano de água nas três cidades em foco. A pesquisa se alicerçou em fontes bibliográficas e documental, conteúdos produzidos por instituições públicas e privadas, dados recentes e informações históricas. Obteve-se, como resultado, um quadro síntese que demarca o trajeto de estruturação dos serviços, possibilitando caracterizar os sistemas de abastecimento de água em três das maiores cidades interioranas nordestinas. Por fim, o Capítulo 3 discorre sobre as alternâncias substitutivas do Rio Ipojuca, em Caruaru/PE, como fonte diante das alternativas de fontes de captação, incorrendo na análise da permanência da importação como condução para a “solução definitiva” do abastecimento urbana de água da cidade. O texto abrange desde os marcos iniciais da invasão europeia até o período recente, a partir de uma abordagem compromissada com a interdisciplinaridade dos diálogos, valoração da produção de conhecimento ao premente e persistente desafio da dessedentação. Para isso, recorreu-se a jornais, produções acadêmicas e de instituições relacionadas com a temática do abastecimento de água. Os resultados gerais envolvem o encaminhamento de sugestão à Consulta Pública n.º 12 / 2023, com a recomendação da “Intermitência” como indicador na avaliação de desempenho dos sistemas de abastecimento de água; a inscrição dos sítios arqueológicos históricos do Aqueduto do Menino e Aqueduto do Bobocão no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), na condição de Patrimônio Cultural material, junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); e, como parte da metodologia institucional do IPHAN-PE, produziu-se um curta-documentário do processo de cadastro dos sítios. Esta pesquisa, portanto, insere-se no conjunto das contribuições acadêmicas frente aos desafios da concentração populacional nas cidades em meio ao contexto das transformações globais advindas das mudanças climáticas, repercutindo diretamente sobre o esforço de manutenção dos fluxos perenes em resposta de oferta ao crescimento do consumo do abastecimento de água urbano.
- ItemBoletim informativo 2: pescadores e pescadores artesanais do cânion São Francisco(2020) Carvalho, Franklin Plassmann de; Marques, Juracy; Fialho, VâniaQuando em 2008 a Nova Cartografia Social do Brasil publicou o fascículo da Nova Cartografia dos Pescadores e Pescadoras Artesanais da região do Cânion São Francisco, grandes problemas ameaçavam a existência das famílias, como a perda do território pesqueiro em face ao avanço das pisciculturas intensivas em tanque rede e do turismo desordenado. Fluxo intenso de catamarãs circulando, pesca predatória, diminuição do pescado em face aos barramentos hidrelétricos, poluição intensa com manchas escuras de eutrofização aquática; estes foram alguns dos problemas mais apontados. Mas, o que mais vinha a impactar era a falta de visibilidade dos pescadores artesanais, sobretudo em áreas de domínio da Chesf, sendo assim ainda mais restritos em suas atividades pesqueiras.
- ItemCandomblé e umbanda no sertão: Cartografia Social dos Terreiros de Paulo Afonso(2009) Santos, Juracy Marques dos; Fernandes, Floriza Maria SenaQuais os rostos que estão nos terreiros de candomblé/ umbanda de Paulo Afonso? As peles observadas nas danças sagradas circulares têm a mesma diversidade das cores e texturas dos colares sobre os ombros afro-indígena-brasileiros que descansam em epidermes de algodão branco em forma de rendas. São faces indígenas, negras, brancas. Quantas almas nos terreiros de Paulo Afonso em contato com um mundo sagrado com nome de água, folha, fogo e metal!
- ItemCartografia dos conflitos socioambientais das serras da porção norte do sertão da Bahia(Universidade do Estado da Bahia , 2024-03-08) Santos, Robson Marques dos; Santos, Juracy Marques dos; Borges, João José de Santana; Santana, Cristiana de Cerqueira Silva; Maia, Ícaro Cardoso; Ribeiro, Marcelo Silva de SouzaCartografia dos Conflitos Socioambientais das Serras da Porção Norte do Sertão da Bahia intitula esta tese que se apresenta numa formatação multipaper, seguindo as diretrizes do Programa de Pós-graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental da Universidade do Estado da Bahia (PPGEcoH/UNEB). Seu principal objetivo foi identificar, analisar e descrever os conflitos socioambientais e as contribuições dos enunciados concretos escritos pelo Movimento Salve as Serras para a salvaguarda da socioecobiodiversidade1 das Serras da Porção Norte do Sertão da Bahia. Enquanto objetivos específicos: 1) revelar o estado da arte dos conflitos socioambientais nas serras do norte do Sertão da Bahia; 2) evidenciar as vozes sociais constitutivas dos embates entre os sujeitos que defendem, protegem e preservam a socioecobiodiversidade das serras da porção norte do sertão baiano e aqueles que projetam e/ou agem para a sua destruição; 3) descrever as contribuições do Movimento Salve as Serras no reconhecimento dos conflitos e impactos que envolvem os bens hídricos, minerários, os ventos, as queimadas e incêndios nas Serras da Porção Norte do Sertão da Bahia e 4) mapear situações heterogêneas fundantes das transformações das realidades empiricamente observáveis. Para as análises das cadeias textual-discursivas, a pesquisa adotou a abordagem teórico metodológica do plurilinguismo dialogizado do Círculo Bakhtiniano e assumiu suas categorias analíticas como ferramentas para examinar as construções ideológicas do Salve as Serras. O estudo resultou na produção de seis artigos, os dois primeiros revisam a literatura e os quatro últimos, analíticos, descrevem o estado da arte dos conflitos socioambientais nas Serras do Norte do Sertão da Bahia, evidenciam as vozes sociais constitutivas dos embates entre os sujeitos que defendem, protegem e preservam a socioecobiodiversidade e aqueles que projetam e/ou agem para a suadestruição e expõem as contribuições do Movimento Salve as Serras no reconhecimento dos conflitos e impactos que envolvem os bens hídricos, minerários, os ventos, as queimadas e incêndios nas Serras da Porção Norte do Sertão da Bahia.
- ItemEcologia e Biodiversidade do Semiárido Nordestino(2016) Andrade, Maria José Gomes de; Nogueira, Eliane Maria de Souza; Santos, Carlos Alberto Batista dosEste trabalho apresenta a composição florística e a análise dos tipos de hábitos de um afloramento rochoso no município de Puxinanã, Paraíba, Nordeste brasileiro. Foram realizados trabalhos de campo para coletas e observações ‘in loco’ mensalmente no período de Outubro/2011 a Setembro/2012. O processo de coleta e herborização seguiu os métodos usuais em estudos florísticos. As identificações foram baseadas em literatura especializada e/ou por especialistas. Foram encontradas 123 espécies em 41 famílias, das quais Fabaceae, com 17 espécies, é a mais diversa, seguida de Convolvulaceae, Malvaceae e Asteraceae (sete cada uma); Rubiaceae (seis) e Bromeliaceae/ Euphorbiaceae/ Lamiaceae (cinco cada). As demais famílias (34) estão representadas por uma a quatro espécies. A análise dos tipos de hábitos revelou a predominância do estrato herbáceo, representando 52,3% (64 spp.) da flora registrada, seguido do estrato arbustivo, o qual corresponde a 21,13% (26 spp.), o componente arbóreo engloba 2,43% (03 spp.) e as parasitas constituem 1,62% (02 spp.) do total de espécies encontradas no afloramento estudado.
- ItemEcologia e Biodiversidade do Semiárido Nordestino - Volume II - Plâncton e Zoologia(2016) Nogueira, Eliane Maria de Souza; Santos, Carlos Alberto Batista dos; Andrade, Maria José Gomes deEste capítulo apresenta a riqueza da comunidade planctônica presente nos reservatórios das Usinas Hidrelétricas Sobradinho, Itaparica, Complexo Paulo Afonso e Xingó, no São Francisco.
- ItemAs ecologias do sertão e do (a) sertanejo (a): Um estudo topofóbico-topofílico do semiárido nordestino na representação (de) colonial de personagens do cenário artístico Brasileiro(2023-02-01) Sarmento, Elisângela Campos DamascenoAs ecologias do sertão e do sertanejo ambientam-se, nesta tese, nas obras O Sertanejo (2002) [1875], de José de Alencar, O Quinze (2012) [1930], de Rachel de Queiroz, Vidas Secas (2013) [1938], de Graciliano Ramos, e Asa Branca (1947), de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Desse modo, esta pesquisa tem como objetivo precípuo investigar, sob o método da Análise do Discurso de Linha Francesa e das perspectivas ecocrítica e zoocrítica - que estudam as imbricações entre Literatura e Ecologia/Zoologia respectivamente-, a topofobia e a topofilia nas obras em epígrafe, a fim de delinear as ecologias do sertanejo e do sertão, através de suas representações (de) coloniais, levando em conta as contribuições da Geografia Humanista para o campo da Ecologia Humana, dialogando, também, com Filosofia, Psicanálise, História, Sociologia, Antropologia, Educação e as perspectivas da (de) colonialidade, da ecologia de saberes, da interculturalidade e da convivência com o semiárido, com vistas a desvelar os fatores socioculturais e simbólicos que estão correlacionados às categorias de lugar, paisagem e território nas relações homem-ambiente. Sendo assim, os discursos presentes nas obras em exame demonstram que os sertanejos apresentam uma ambivalência de relações com o sertão, em virtude dos contrastes naturais da fitofisionomia da caatinga (seca, verde), das pulsões de morte e de vida, das forças apolíneas e dionisíacas e dos comportamentos competitivos e cooperativos que permeiam a essência humana, além dos sentimentos topofóbicos e topofílicos que coexistem na relação ser humano-ambiente, sinalizando que as mudanças do tempo e do ambiente alteram as emoções e as percepções do sertanejo frente à vida e ao próprio sertão. Ademais, verifica-se que, na representação do sertanejo, ocorre a predominância da colonialidade do poder, do saber e do ser, embora se evidenciem personagens (nos romances) e eu-lírico (na canção) contra-hegemônicos que apresentam uma resistência a esse legado de dominação e opressão. Portanto, a Ecocrítica e a Zoocrítica se configuram como férteis inspirações ao desvelamento das relações ser humano-ambiente e se projetam como áreas interdisciplinares, articulando-se com Geografia, Sociologia, Filosofia, Antropologia, Psicanálise e outras ciências afins, trazendo, assim, uma compreensão mais complexa e profunda dessas relações.
- ItemHistória e Epistemologia da Ecologia Humana(2021-03-30) Bomfim, Luciano Sérgio VentinEste livro é fruto de uma contínua e intensa experiência de aprendizagem de conhecer a Ecologia Humana. Longe de parecer um tratado ou manual, ele é a nossa história de aprendizagem. Nesse sentido, reflete nossas premissas, dificuldades e necessidades de aprendizagem. Ele também reflete a nossa busca acadêmica por construir um caminho de encontro entre o que se convencionou chamar de científico e toda uma diversidade de campos, experiências e racionalidades que o âmbito da cientificidade ainda não consegue se permitir apreender. Ele é também um diálogo salutar entre ciência e filosofia, razão e percepção, sensibilidade e historicidade, racionalidades e efetividade. Mas ele é, também, um mergulho no próprio campo da cientificidade, para além dos limites da disciplinaridade estrita e para aquém de qualquer determinatividade, pois é o simples “dispor-se” a uma nova aprendizagem. Partindo de uma suposição errada, de que as questões que aqui estão já haviam sido por nós explicadas, descobrimos, na busca da correção de uma má produção, um universo desconhecido que nos cabia compreender. E, assim, na tentativa de resolver os problemas desta produção, um simples artigo para publicação, fomos arrastados para um processo de construção que nos tomou todo tempo para realização desta experiência de pós-graduação. Lutando contra o que julgávamos não deveria ser nossa necessidade, consumimos tempo em demasia no atendimento de legalidades que nos consumiram a vida de adversidades. Assaltados por essa fatalidade, nosso exercício da racionalidade foi tomado por sensações de forte emotividade, que nos impediram, por um tempo, de nos dedicarmos à sua atividade. Passados os tempos de instabilidade, eis-nos mergulhados em um êxtase de busca e saciabilidade da cientificidade. Secundados por aquela que divide a nossa afetividade e, mais, por aqueles que iluminam a nossa espiritualidade, elementais (Orixás) e espíritos de bondade, mergulhamos em um oceano sem fim de aprendizagem. A experiência construída com esta pesquisa de pós-doutoramento transformou- nos não só intelectualmente, tornando-nos mais “sabido” – porém, necessariamente, não sábios – de aprendizagem, mas também psicologicamente, impondo-nos – em função da vida monástica que decidimos assumir, para dar conta do tamanho do desafio projetado – o desenvolvimento de atitudes que, antes, a nossa inteligência emocional não facultava. Esta experiência também despertou, inevitavelmente, as nossas vulnerabilidades espirituais, em um momento de insulamento social, acadêmico, cultural, e mediúnico. Superar as dores dessa experiência e nos tornarmos melhor do que antes não foi nada fácil, e nem deveria sê-lo, se ainda permanecia, em nós, a intensa necessidade de emancipação. Terminamos este livro com uma sensação de “completude”, como nunca havíamos sentido. Satisfeitos, não por termos feito o melhor, mas sim o possível dentro do campo das possibilidades, que sociohistoricamente nos fomos estabelecendo. O leitor encontrar-se-á com um livro por se fazer, naquilo que ele oferece e promete oferecer, pois é, como já dissemos, uma tentativa de aprendizagem. Falamos assim porque, em momento algum, tivemos a pretensão de figurar como a autoridade da História e Epistemologia da Ecologia Humana, pois há muitos grandes e graúdos que conseguem sustentar este papel, mas não nós. Preferimos, no entanto, assumir a responsabilidade de traduzir as citações em francês, inglês e alemão deste livro, sem que queiramos nos apresentar como autoridades nesses idiomas, mas tão somente em função de nossa necessidade de demonstrar, para o leitor, como nós entendemos cada um dos textos aqui arrolados. Procedendo assim, não transferiríamos a um tradutor a responsabilidade que apenas a nós caberia, pois foi no idioma original que tivemos acesso à bibliografia. Críticas ao que fizemos? Estas não faltarão, e assim é o que esperamos, pois, se tal não ocorrer, só podemos ter uma conclusão: que o trabalho que fizemos pouco ou nada instigou a curiosidade reflexiva dos ecólogos humanos.
- ItemPrevalência e fatores de risco associados à doença renal crônica em duas comunidades indígenas do nordeste brasileiro(Universidade do Estado da Bahia, 2023-08-22) Gomes, Orlando Vieira; Armstrong, Anderson da Costa; Lins Neto, Ernani Machado de Freitas; Lima, Artur Gomes Dias; Costa, Denise Maria do Nascimento; Fernandes, Gisele VajgelA doença renal crônica (DRC) é um sério problema de saúde global, especialmente em países com recursos limitados. As populações indígenas têm sido particularmente afetadas, enfrentando maior morbidade e mortalidade em idades mais jovens. Esta tese teve como objetivo descrever a prevalência de DRC e analisar os fatores de risco associados em duas etnias indígenas brasileiras do Vale do São Francisco, região Nordeste do Brasil: Truká (mais urbanizada) e Fulni-ô (menos urbanizada). A tese é produto de um projeto intitulado “Projeto de Aterosclerose em Indígenas” que foi realizado em duas etapas distintas. A primeira etapa ocorreu entre 2016 e 2017 e envolveu a análise de indivíduos de 30 a 70 anos de idade de ambas as etnias. Na segunda etapa do projeto, que ocorreu entre 2020 e 2022, analisamos exclusivamente os dados dos indígenas da etnia Truká com idade igual ou superior a 18 anos. Nessa etapa, o estudo teve inicialmente como foco a população acima de 60 anos de idade. Posteriormente, o escopo foi ampliado para abranger toda a população indígena com idade acima de 18 anos. A participação em ambas as etapas foi voluntária, e o projeto adotou um desenho transversal para seus estudos. A DRC foi definida da seguinte forma: na primeira etapa, a DRC foi considerada quando a taxa de filtração glomerular estimada era < 60 mL/min/1,73m²; na segunda etapa, a DRC foi definida como taxa de filtração glomerular estimada < 60 mL/min/1,73m² ou relação albumina-creatinina urinária > 30mg/g. Os resultados mostraram maior prevalência de DRC na população mais urbanizada, com 6,2% no grupo Truká e 3,3% no grupo Fulni-ô na primeira etapa. Na segunda etapa do estudo, a prevalência da DRC na população indígena Truká com mais de 60 anos foi de 26,6%. A doença foi mais comum em mulheres e aumentou com o avançar da idade. Hipertensão e diabetes foram comorbidades frequentes, presentes em 67,7% e 24,0% dos casos de DRC nessa faixa etária específica, e estavam significativamente associadas à doença. Na análise posterior com 1.654 indígenas Truká acima de 18 anos, a prevalência de DRC foi de 10%. Na análise univariada dessa população, DRC foi mais comum em mulheres (12,4% vs. 6,9%, p <0,001), idosos (OR 4,6, IC 95% 3,2-6,6), indivíduos com doença cardiovascular (OR 2,1, IC 95% 1,1-4,1) e dislipidêmicos (OR 1,6, IC 95% 1,1-2,4). Na análise multivariada, utilizando o modelo de regressão logística de Bernoulli, idade acima de 60 anos, sexo feminino e dislipidemia permaneceram associados à DRC. Diabetes, hipertensão e obesidade não se associaram significativamente à DRC na população indígena acima de 18 anos. Esses resultados surpreendentes levantam questionamentos sobre possíveis causas da DRC em indígenas avaliados. A hipótese de uma forma específica de DRC, conhecida como 'doença renal crônica de causa desconhecida', pode ser um fator subjacente no desenvolvimento da doença nessa população. Atividades agrícolas em condições climáticas adversas, exposição a pesticidas e desvantagens socioeconômicas podem estar relacionadas ao surgimento dessa apresentação de DRC. A predisposição genética também pode influenciar nesse contexto. Os achados têm implicações significativas para a saúde pública e abrem novas perspectivas para estudos futuros. Propõe-se medidas culturalmente adaptadas, incluindo educação em saúde, saneamento, nutrição, respeito à cultura indígena, acesso equitativo à saúde, e incentivo à pesquisa, incluindo investigação genética e estudo histopatológico através de biópsia renal. Integrar essas propostas na formação acadêmica dos profissionais de saúde pode proporcionar cuidados sensíveis para todos, independentemente da origem étnica, resultando em benefícios significativos.
- ItemAs Raízes da Ecologia Humana(2017) Alvim, Ronaldo Gomes; Marques, JuracyPrezado leitor, colega de profissão, alunos e interessados pelo tema. É com grande prazer que mais uma vez disponibilizamos um livro sobre Ecologia Humana. Há muito, temos visto a grande dificuldade de se encontrar textos, artigos, capítulos e livros sobre este tema que para nós, organizadores, é extremamente fascinante. Ele é complexo e ao mesmo tempo simples, é uma área de estudo que nasce a partir do diálogo com várias disciplinas. É mesmo um campo de investigação adisciplinar. Na verdade, não é fácil trabalhar nesta área, pois o ecólogo humano tem que sair da sua zona de conforto e quem não tem expertise para explorar uma floresta de conhecimento de outras áreas, seguramente terá dificuldade de atuar com o campo da Ecologia Humana. No Brasil, embora os primeiros livros remontem a primeira metade do século passado, esta área de pesquisa realmente veio a ser posta em prática de forma mais efetiva, neste século. Esta condição fez com que nos dedicássemos mais na estruturação desse campo de conhecimento no nosso país, dando um grande impulso nas teorias, com cursos de mestrado e doutorado e, consequentemente, atividades de pesquisa, mas também, realizando análises práticas, experimentando modelos, consolidando uma Ecologia Humana brasileira enraizada às investigações que estão em curso em toda a América Latina. Como marco político desses esforços, devemos celebrar a criação da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (SABEH) e a Rede Latino Americana de Ecologia Humana (RELAEH). Com estes passos nos aproximamos mais das amplas redes mundiais da Ecologia Humana, a exemplo do grupo Norte- Americano e Europeu. Estamos cientes das nossas dificuldades técnicas, econômicas e educacionais, mas sabemos, também, que os futuros ecólogos humanos brasileiros, poderão contribuir, em muito, para a evolução desta área de estudo em nível internacional, pois Brasil não é apenas um país continental em nível de território, mais com uma sociobiodiversidade singular que, certamente, marcam a história da Ecologia Humana em todo o mundo. Partindo desta perspectiva, nós, Juracy Marques e Ronaldo Gomes Alvim, organizadores deste livro, como podem observar, dois apaixonados pelo tema, resolvemos dar uma contribuição para nossos alunos e demais interessados na Ecologia Humana, trazendo ao público, algumas áreas do conhecimento que tiveram e ainda tem forte influencia nos seus conceitos, métodos, e outras diferentes formas de sua aplicação. Para isso, buscamos a colaboração de profissionais de grande qualificação técnica nas suas áreas de conhecimento e suas interfaces com a Ecologia Humana para que pudessem contribuir conosco na construção dessa obra. Os conhecimentos que eles aqui proporcionaram para nós e para você são, sem dúvida, de grande valor acadêmico e, ousaríamos em dizer, que para qualquer estudioso do tema, o terá como material de consulta. Queremos aqui agradecer aos nossos pioneiros escritores como Donald Pierson, Fernando de Ávila-Pires, Paulo de Almeida Machado, Maria José Araújo Lima, Alpina Begossi, Alfredo Wagner, que além de contribuir para nosso conhecimento, são eternamente, importantes fontes de pesquisa. Esperamos que você leitor tenha o mesmo prazer que nós, organizadores e escritores, obtivemos ao ler cada linha, parágrafo, página e capítulo do livro que apelidamos de As Raízes da Ecologia Humana.
- ItemTrabalho feminino na agricultura familiar na ride Petrolina/Juazeiro(UNEB, 2024-07-22) Nascimento, Deise Cristiane do; Santos, Maria Herbênia Lima Cruz; Martins, Lindete Miria Vieira; Paz, Cristiane Domingos da; Pereira, Sidclay Cordeiro; Pereira Filho, AntonioA agricultura familiar é caracterizada pela interação entre terra, trabalho e família, sendo que o trabalho feminino desempenha um papel importante na garantia da subsistência e no desenvolvimento socioeconômico das famílias rurais. As práticas agrícolas conduzidas pelas agricultoras promovem o uso sustentável dos recursos naturais, contribuindo para a preservação ambiental e a continuidade das atividades agrícolas. Apesar de sua participação expressiva, elas enfrentam desafios que as invisibilizam e limitam suas oportunidades de obter uma renda justa e equitativa. Dessa forma, esta tese busca responder às seguintes questões: de que forma o trabalho feminino na agricultura familiar na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (Ride) do Polo Petrolina/PE e Juazeiro/BA contribui para a sustentabilidade econômica, social e ambiental dessas comunidades? Como esse trabalho influencia o bem-estar social e a autonomia feminina no meio rural? A hipótese central é que o trabalho realizado por elas contribui significativamente para a sustentabilidade econômica, social e ambiental do meio rural, bem como para sua autonomia econômica. Nesse contexto, o objetivo geral é analisar o trabalho feminino na agricultura familiar na Ride. Além disso, pretende-se: examinar a evolução e o acesso ao crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) por mulheres; caracterizar o perfil socioeconômico das agricultoras; analisar a dinâmica socioeconômica e as atividades pluriativas desenvolvidas nas comunidades rurais; e identificar as práticas agrícolas adotadas. Para alcançar esses objetivos, a metodologia adotada incluiu revisão bibliográfica sistemática, revisão documental e pesquisa de campo. Os dados foram extraídos do Censo Agropecuário 2017, da Matriz de Dados do Crédito Rural do Banco Central, do Censo Demográfico de 2022 e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A pesquisa de campo foi realizada em 2023 por meio de entrevistas com agricultores(as) dos Projetos Públicos de Irrigação (PPIs) Maria Tereza, localizado em Petrolina (PE), e Salitre, em Juazeiro (BA), com 89 e 75 agricultores(as), respectivamente. A análise do acesso ao crédito, do perfil socioeconômico, das fontes de renda e das práticas de gestão dos recursos naturais revela informações importantes sobre a situação das mulheres na agricultura familiar. Observou-se que, em comparação com os homens, elas têm acesso significativamente menor ao crédito do Pronaf em todas as regiões do país, dificultando sua autonomia econômica. Em termos educacionais, enfrentam maiores dificuldades devido ao envolvimento em múltiplas atividades. Sua principal fonte de renda é obtida por meio das atividades desenvolvidas fora do estabelecimento. Além disso, em mais da metade dos municípios da Ride dirigidos por agricultoras, a produção é destinada principalmente para o consumo próprio e de pessoas com laços de parentesco com o produtor. No que diz respeito ao tipo de agricultura, elas estão mais engajadas na produção agroecológica e orgânica. Os resultados sobre o trabalho feminino na agricultura fornecem subsídios para o desenvolvimento de ações e políticas públicas que visem a redução das desigualdades.
- ItemA voz do Tempo: os ventos do Terreiro Bandalecongo(2017) Marques, Juracy; Alves, Maria Rosa Almeida; Marques, RobsonEste talvez seja o mais desafiador exercício a que tenha me submetido nos últimos anos, senão de toda a minha vida enquanto pesquisador: tentar organizar palavras e dar-lhes os merecidos sentidos, dedicando-as aos rabiscos e contornos para o desenho das impressões primeiras de um convite para a leitura desta obra, que se organiza sob os esforços de pesquisadores comprometidos. Não seria difícil evidenciar o currículo individual dos acadêmicos que se empenharam para a realização deste projeto, mas percebo como de maior contributo a gratidão destes por serem agraciados quando do acesso aos conhecimentos e saberes, seja nos terreiros (in locus), ou mesmo em bibliografias disponíveis. O fato é que considero todo o empenho da equipe do Projeto Nova Cartografia Social dos Povos Tradicionais uma responsabilidade social e acadêmica que, a contento, está sendo realizada. Desta vez os esforços foram direcionados para a evidenciação de um fenômeno, dentre tantos outros que ocorrem nas religiões de matriz africana, por uns, chamado de Iroco, por outros, Tempo. Para este prenúncio da obra pode parecer pertinente um breve acesso à memória das viagens em navios, de um continente a outro, onde sonhos, corpos e almas foram e ainda são (trans) feridos pelo poder cortante e sangrento de um ser da mesma espécie que subjuga (va) e mata (va) seus semelhantes por posses. Tantas foram as caminhadas e os açoites por veredas e ambientes distintos, mas comuns a todos que, das matas, das águas, dos ares e da terra representações sagradas foram estabelecendo relações para uma nova ordem do e no Universo. Orixás, Espíritos, Caboclos, Nkisis e Encantados fizeram e fazem da dor, da perda e até mesmo da morte, o (re)nascimento, carregando também o anonimato, as descobertas, as criações, os sonhos e os prazeres das músicas e das danças em rituais. Transformaram e continuam a transformar a repressão e a hostilidade em locomotivas mágicas, encantadas, visíveis e invisíveis que conduzem também a existência humana por trilhos misteriosos de cantos e encantos com sons de atabaques, berimbaus, tambores, palmas e vozes. Eles percorreram e ainda se movimentam nos trilhos sobre (dor)mentes, por estações que aqui no sertão também são chamados de centros, roças, terreiros, barracões, ocas, árvores e templos sagrados, dentre outros. Não vejo risco algum embarcar nesta vagem. Aconselho que mergulhem nesta história de corpo e alma por se tratar também de confissões e relatos muito particulares desde a morada primeira na África, passando pelas margens litorâneas, adentrando nos interiores até suas moradas nos Sertões. E é no Sertão baiano, na cidade de Juazeiro que a equipe da Nova Cartografia Social dos Povos Tradicionais ancora seus barcos às margens do São Francisco, sela seus jumentos, e, com seus apetrechos proseiam com pais e mães de santo, Yalorixás, babalorixas, ogãs, ekedis, makotas, filhos e filhas de santo, enfim ouve das pessoas de candomblé, umbanda e cruzado relatos de pertencimento das e nas religiões de matriz africana. Neste livro queremos dar Voz ao Tempo, senão escutar o sons do seus caminhos. Queremos destacar que a voz não é a palavra. A palavra é uma das manifestações da voz. O que conseguimos traduzir aqui se faz a partir da tradição oral das pessoas que vivem o cotidiano dos terreiros de candomblé e umbanda nos Sertões do nosso Brasil, dos quais, destacamos o Terreiro Bandalecongo regido pelo Tempo. Mais especificamente, esta equipe desvenda os encantos e segredos do Orixá Tempo; localiza o Terreiro Bandalecongo no bairro Palmares I, mais conhecido como Quidé, e que tem como Yalorixá Maria da Paixão (Mãe Maria de Tempo) para que você, leitor, possa também ser parte desta narrativa.
- ItemA Zooterapia do povo indígena Pankararú no Semiárido Pernambucano(2017) Santos, Carlos Alberto Batista; Lima, Jaciara Raquel Barbosa DeA pós-modernidade descortinou uma constelação de discussões acaloradas sobre a utilização dos recursos naturais, emergindo com bastante vigor a questão da sustentabilidade, devido a aceleração ao consumismo, dentro de interesses pautados numa lógica da reprodução do capital, que vem se mostrando extremamente predatória ao meio ambiente, causando graves problemas ambientais, ou como prefere o importante pesquisador mexicano Enrique Leff, “uma crise civilizatória”. O ser humano é espécie que, de modo consciente, mais transforma, adapta e se adapta às condições ambientais. Nesse diapasão, estudos sobre o uso dos recursos naturais pelos povos tradicionais ganham relevância, devido às suas relações mais harmônicas e sustentáveis com os elementos da natureza, como afirmou Elionor Ostrom, Prêmio Nobel de economia. O trabalho que ora temos o prazer de prefaciar, vem justamente valorizar as percepções do povo Pankararu dos elementos naturais que os cercam, numa perspectiva êmica, oferecendo aos pesquisadores das mais distintas áreas do conhecimento importante subsídio para compreensão do saber/fazer desse povo. Os conhecimentos sobre os usos de animais com fins terapêuticos detidos pelo povo Pankararu, foram/ são transmitidos oralmente, de geração a geração, e vêm ganhando a atenção dos centros acadêmicos, principalmente no âmbito das etnociências. Compactuando-se com uma nova mentalidade de ressignificações de “conhecimentos válidos”, o presente trabalho aborda as experiências do povo Pankararu, no tocante aos usos da fauna com fins terapêuticos, abrindo espaço para a valorização dos conhecimentos tradicionais. As pesquisas empreendidas nessa empreitada vêm contribuir, de modo significativo, para acrescentar subsídios para uma melhor compreensão dessas práticas tradicionais. Corrobora para a confirmação de uma grande biodiversidade da caatinga (51 espécies animais foram detectadas na área estudada), e os usos sustentáveis desses recursos, além de, talvez mais importante, as simbologias intrínsecas nos elementos naturais utilizadas nas práticas curativas, como relacionar partes dos organismos utilizados às doenças específicas. Os resultados dessa pesquisa são, sem dúvidas, importantes contribuições para pesquisas posteriores, tanto para as etnociências, como outras áreas de estudos.