Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH)
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O Programa de Pós-graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) é de natureza interdisciplinar, possui os cursos em nível de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental) e tem por objetivo, formar profissionais que pretendam adquirir ou aprofundar conhecimentos na área de Ecologia Humana numa perspectiva multidisciplinar, objetivando preparar alunos (as) para a obtenção do título de Mestre e/ou Doutor, adquirindo as competências necessárias que lhes permitam desenvolver projetos de investigação no ramo científico da Ecologia Humana, bem como para planejamento e tomada de decisões no que concerne às complexas situacionalidades que envolve a relação de seres humanos com os ecossistemas, com a natureza, na atualidade, atuando na pesquisa e desenvolvimento na interface natureza e cultura.
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- ItemEcologia Humana e Sustentabilidade: Integrando Ambiente, Política e Sociedade para um Futuro Emancipatório(2025-05-04) Silva, Regivaldo José da; Barbosa, Anna Christina Freire; Santos, José Carlos Sales dos; Sales, Maria José DiasO presente estudo explora o papel da Ecologia Humana como campo interdisciplinar, com o objetivo de influenciar políticas públicas e práticas sustentáveis que promovam justiça social e equidade. A pesquisa investiga como as produções acadêmicas do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) têm impactado a formulação e implementação de políticas públicas ambientais, partindo da hipótese de que essas publicações exercem influência direta na criação desses mecanismos políticos voltados para as relações entre sistemas humanos e ecológicos. Para tanto, foi realizada revisão integrativa de 149 dissertações e 12 teses do PPGEcoH, publicadas entre 2012 e 2023, identificando tendências e lacunas no campo da Ecologia Humana. Os resultados destacam a importância da colaboração interdisciplinar, da participação comunitária e da valorização do conhecimento tradicional como pilares para práticas sustentáveis, reforçando a necessidade de políticas públicas que integrem dimensões sociais, culturais, econômicas e ambientais, adotando abordagens holísticas que respeitem as especificidades das comunidades locais. Ao adotar uma postura crítica e propositiva, a Ecologia Humana demonstra capacidade de influenciar políticas que atendam às demandas observadas, visto que as produções acadêmicas do PPGEcoH exercem influência direta nesse debate. A Ecologia Humana se consolida, assim, como uma ferramenta essencial para a compreensão das interações entre seres humanos e natureza. Para avançar, é imprescindível fortalecer a colaboração entre diferentes setores da sociedade, garantindo um equilíbrio harmonioso entre as demandas sociais e ecológicas e pavimentando o caminho para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
- ItemMetodologias ativas e educação ambiental: aportes e interações com a ecologia humana(UNEB, 2025-05-27) Santos, Florisvaldo Cavalcanti dos; Azevedo, Sérgio Luiz Malta de; Lima, Maria do Socorro Macedo Coelho; Amorim, Ricardo José Rocha; Santos, Juracy Marques dos; Silva, Cláudia Maria Lourenço da; Almeida, Maria do Socorro Pereira deNos últimos anos as ações antrópicas vêm se intensificando e, consequentemente, afetando o funcionamento do sistema ecológico, negativamente, fato que tem despertado preocupações e fomentado discussões na tentativa de encontrar soluções para a construção de um olhar alternativo aos padrões de consumo em massa e a destruição ambiental. A educação ambiental, diante de seu caráter transversal, permite ampliar a compreensão de inúmeras questões que envolvem o lugar de vida e ambiente em que se desenrola a existência planetária. Neste sentido, é importante romper com a inércia dos métodos tradicionais de ensino propiciando um saber integrado e conectado com a escola e com a vida dos alunos. Assim, as metodologias ativas como proposta educativa, são adequadas para a implementação de métodos em que os estudantes se posicionam como protagonistas do processo de construção de conhecimentos. Logo, o objetivo principal deste trabalho é investigar as práticas pedagógicas do Ensino Médio com o intuito de desvelar as metodologias ativas para o ensino/aprendizagem no campo da educação ambiental. À vista disso, foi utilizado o método indutivo, com abordagem qualitativa, e suplementarmente por abordagem quantitativa. Quanto à caracterização, a pesquisa se apresenta como explicativa e observacional não-participante, cujas fontes literárias são oriundas de artigos científicos completos, livros e teses. Outrossim, esta pesquisa também se caracteriza como estudo de caso, em que foram feitas comparações de dados por intermédio da estatística (metrificação elementar), para melhor suplementar a elucidação do comportamento humano. Como instrumentos, foram aplicados questionários e entrevistas semiestruturadas, ambos de forma presencial. O resultado colhido foi que as metodologias ativas aprimoram o processo de ensino/aprendizagem para uma educação ambiental transformadora, tornando este procedimento mais dinâmico e participativo, em que o estudante se torna protagonista, levando a uma mudança comportamental e à conscientização ecológica para uma convivência harmoniosa entre o ser humano e o meio ambiente natural.
- ItemUso da Aloe Vera em comunidades Quilombolas no Nordeste Brasileiro: uma revisão sistemática com metanálise(2023-09-18) Nicácio, Jandir Mendonça; Farias, Enos André de; Silva, Regivaldo José da; Pompeu, Ana Cristina Chagas; Almeida, Gabriela Macêdo Aretakis de; Almeida Neto, Miguel Santana de; Almeida, Carolina Alves Collier de; Barbosa, Anna Christina FreireA Aloe vera é uma espécie de planta suculenta conhecida como babosa, usada na medicina tradicional por diversos povos devido a suas propriedades terapêuticas. Este estudo visa investigar o uso da Aloe vera em comunidades quilombolas no Nordeste brasileiro,com foco nas formas de uso e em suas aplicações terapêuticas. Para tal, realizou-se uma busca sistemática em bases de dados científicas para identificar estudos relevantes sobre seu uso terapêutico. Os estudos incluídos foram analisados a partir de uma metanálise, onde foram identificadas as formas de uso da planta e as condições de saúde em que foi aplicada. Foram encontrados 12 estudos, nos quais se comprovou que a babosa é utilizada de diversas formas na medicina tradicional dessas comunidades Quilombolas, incluindo preparações como chá, suco, tintura, xaropes e loções. As condições de saúde tratadas foram amplas, abrangendo desde problemas dermatológicos até o câncer. A metanálise mostrou também uma frequência significativa de uso, com um tamanho de efeito de 41,6% nesta revisão. Destaca-se que o uso da babosa desempenha papel importante nas práticas religiosas e socioculturais das comunidades quilombolas. Concluiu-se que a Aloe vera é amplamente utilizada pelas comunidades quilombolas no Nordeste brasileiro, tanto para fins terapêuticos quanto como parte de suas tradições culturais e religiosas.
- ItemDescarte e reciclagem de embalagens plásticas de agrotóxicos(UNEB, 2025-05-15) Padilha Neto, Antonio de Santana; Santos, Maria Herbênia Lima Cruz; Amorim, Dinani Gomes; Silva, Aleksandro Ferreira da; Ferreira, Caliane Borges; Bedor, Cheila Nataly Galindo; Pacheco, Clecia Simone Gonçalves RosaO descarte inadequado de embalagens plásticas de agrotóxicos em regiões agrícolas, como o dipolo Petrolina-PE e Juazeiro-BA, representa um grave problema socioambiental, com impactos na saúde humana e nos ecossistemas. Este estudo analisou as práticas de manejo, a percepção dos riscos entre pequenos produtores rurais nessa região do semiárido nordestino brasileiro. Por meio de uma abordagem qualiquantitativa, combinando revisão bibliográfica e pesquisa de campo com agricultores associados, identificou-se que 43,3% das embalagens têm destinação inadequada, enquanto 40,7% dos produtores demonstram baixa conscientização sobre os riscos. Os resultados apontam para a ineficácia das ações educativas vigentes e a necessidade de programas estruturados de educação ambiental, assistência técnica e fiscalização mais eficaz. Conclui-se que a adoção de um modelo sustentável de gestão desses resíduos exige uma abordagem integrada, envolvendo poder público, setor agrícola e sociedade civil. O estudo contribui com subsídios para implementação de políticas públicas mais efetivas e abre novas perspectivas para pesquisas sobre descarte e reciclagem desses produtos na cadeia produtiva do agronegócio local.
- ItemA ecologia humana do benzimento: saberes ancestrais de cura no território baiano(UNEB, 2024-12-23) Bastos, Nayara Gomes; Andrade, Wbaneide Martins de; Santos, Carlos Alberto Batista dos; Almeida, Gracineide Selma Santos de; Santana, Iramaia de; Barros, Flávio Bezerra; Silva, Daniele Cristina De Oliveira Lima daEsta pesquisa apresenta os resultados da tese de doutorado sobre a Ecologia Humana do Benzimento na Bahia, tendo como objetivo caracterizar o etnoconhecimento e as práticas das pessoas que realizam benzimento em território baiano, com ênfase nos municípios de Andaraí, Lençóis e Mucugê, situados na Chapada Diamantina. A pesquisa foi dividida em duas etapas. A primeira consistiu em revisões integrativas da literatura, revisitando a trajetória desse conhecimento e oferecendo um panorama histórico e temático sobre o benzimento na Bahia. Nessa fase, foram construídos dois artigos que mapeiam o estado do conhecimento acadêmico sobre o tema na Bahia. O primeiro, ―A Geografia do Benzimento na Bahia: um olhar sobre as macrorregiões de saúde‖, analisou os estudos publicados entre 2010 e 2020, revelando a distribuição geográfica e os contextos socioambientais das práticas de benzimento no Estado, a partir das macrorregiões de saúde. O segundo, ―Etnobotânica do benzimento em território baiano: revisão integrativa‖, ampliou o período de análise até 2022, explorando a diversidade de plantas usadas nas benzeduras e as relações entre os benzedeiros e essas espécies vegetais. Na segunda etapa, da pesquisa de campo, desenvolvida em um contexto local, por meio de estudos de caso e pesquisas etnográficas, foi essencial para compreender as nuances que permeiam essa prática de cura ancestral. Realizada entre abril de 2022 e julho de 2023, nos municípios de Andaraí, Lençóis e Mucugê, a coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas individualizadas, conversas informais, observação participante e turnês guiadas, com 28 praticantes de benzimento, seguindo os aspectos éticos e legais necessários. A escolha dos participantes ocorreu através da técnica ―bola de neve‖. Como resultados dessa etapa, foram produzidos três artigos - um já publicado outro aceito para publicação e o último em processo de submissão -, que, juntos respondem as particularidades do tema. O artigo ―Parque Nacional da Chapada Diamantina: Etnobotânica do Benzimento e a Cura pelas Plantas‖, explora a diversidade botânica utilizada nos rituais de benzimento, evidenciando a íntima relação entre o saber ancestral e o uso sustentável das espécies locais. O artigo ―Tecendo Olhares sobre a Religiosidade nas Práticas de Benzimento em Comunidades do Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil‖, analisa a dimensão espiritual do benzimento, demonstrando como essa prática reflete cosmovisões religiosas plurais e como essas se interconectam através de um hibridismo religioso. Por fim o artigo ―Memória, Identidade e Saúde: as doenças combatidas pelo benzimento na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil‖, investiga as doenças tratadas por meio do benzimento e suas interpretações à luz dos saberes locais. Os resultados desses artigos demonstram que o benzimento, ao integrar conhecimento e espiritualidade, representa uma alternativa complementar ao sistema de saúde formal, além de ser um ato de resistência cultural frente à modernidade e a erosão dos saberes ancestrais. Contudo, à preservação dessa prática exige o reconhecimento de sua importância cultural, ecológica e científica. Essa pesquisa contribui de forma significativa para entender a trajetória desse saber ancestral no território baiano, ampliando o conhecimento existente sobre essa temática. Além disso, fornece subsídios para a formulação de políticas públicas, auxiliando na elaboração de novas estratégias e/ou aprimoramento das já existentes, a fim de valorizar e preservar esse conhecimento tradicional, promovendo a saúde das comunidades locais. Para além de uma pesquisa científica, esta tese é uma celebração aos mestres e mestras benzedeiras, honrando-os como guardiões de um saber que conecta corpo, mente, religiosidade e natureza, preservando valores e tradições que atravessam gerações.