Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH)
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O Programa de Pós-graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) é de natureza interdisciplinar, possui os cursos em nível de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental) e tem por objetivo, formar profissionais que pretendam adquirir ou aprofundar conhecimentos na área de Ecologia Humana numa perspectiva multidisciplinar, objetivando preparar alunos (as) para a obtenção do título de Mestre e/ou Doutor, adquirindo as competências necessárias que lhes permitam desenvolver projetos de investigação no ramo científico da Ecologia Humana, bem como para planejamento e tomada de decisões no que concerne às complexas situacionalidades que envolve a relação de seres humanos com os ecossistemas, com a natureza, na atualidade, atuando na pesquisa e desenvolvimento na interface natureza e cultura.
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- ItemMetodologias ativas e educação ambiental: aportes e interações com a ecologia humana(UNEB, 2025-05-27) Santos, Florisvaldo Cavalcanti dos; Azevedo, Sérgio Luiz Malta de; Lima, Maria do Socorro Macedo Coelho; Amorim, Ricardo José Rocha; Santos, Juracy Marques dos; Silva, Cláudia Maria Lourenço da; Almeida, Maria do Socorro Pereira deNos últimos anos as ações antrópicas vêm se intensificando e, consequentemente, afetando o funcionamento do sistema ecológico, negativamente, fato que tem despertado preocupações e fomentado discussões na tentativa de encontrar soluções para a construção de um olhar alternativo aos padrões de consumo em massa e a destruição ambiental. A educação ambiental, diante de seu caráter transversal, permite ampliar a compreensão de inúmeras questões que envolvem o lugar de vida e ambiente em que se desenrola a existência planetária. Neste sentido, é importante romper com a inércia dos métodos tradicionais de ensino propiciando um saber integrado e conectado com a escola e com a vida dos alunos. Assim, as metodologias ativas como proposta educativa, são adequadas para a implementação de métodos em que os estudantes se posicionam como protagonistas do processo de construção de conhecimentos. Logo, o objetivo principal deste trabalho é investigar as práticas pedagógicas do Ensino Médio com o intuito de desvelar as metodologias ativas para o ensino/aprendizagem no campo da educação ambiental. À vista disso, foi utilizado o método indutivo, com abordagem qualitativa, e suplementarmente por abordagem quantitativa. Quanto à caracterização, a pesquisa se apresenta como explicativa e observacional não-participante, cujas fontes literárias são oriundas de artigos científicos completos, livros e teses. Outrossim, esta pesquisa também se caracteriza como estudo de caso, em que foram feitas comparações de dados por intermédio da estatística (metrificação elementar), para melhor suplementar a elucidação do comportamento humano. Como instrumentos, foram aplicados questionários e entrevistas semiestruturadas, ambos de forma presencial. O resultado colhido foi que as metodologias ativas aprimoram o processo de ensino/aprendizagem para uma educação ambiental transformadora, tornando este procedimento mais dinâmico e participativo, em que o estudante se torna protagonista, levando a uma mudança comportamental e à conscientização ecológica para uma convivência harmoniosa entre o ser humano e o meio ambiente natural.
- ItemUso da Aloe Vera em comunidades Quilombolas no Nordeste Brasileiro: uma revisão sistemática com metanálise(2023-09-18) Nicácio, Jandir Mendonça; Farias, Enos André de; Silva, Regivaldo José da; Pompeu, Ana Cristina Chagas; Almeida, Gabriela Macêdo Aretakis de; Almeida Neto, Miguel Santana de; Almeida, Carolina Alves Collier de; Barbosa, Anna Christina FreireA Aloe vera é uma espécie de planta suculenta conhecida como babosa, usada na medicina tradicional por diversos povos devido a suas propriedades terapêuticas. Este estudo visa investigar o uso da Aloe vera em comunidades quilombolas no Nordeste brasileiro,com foco nas formas de uso e em suas aplicações terapêuticas. Para tal, realizou-se uma busca sistemática em bases de dados científicas para identificar estudos relevantes sobre seu uso terapêutico. Os estudos incluídos foram analisados a partir de uma metanálise, onde foram identificadas as formas de uso da planta e as condições de saúde em que foi aplicada. Foram encontrados 12 estudos, nos quais se comprovou que a babosa é utilizada de diversas formas na medicina tradicional dessas comunidades Quilombolas, incluindo preparações como chá, suco, tintura, xaropes e loções. As condições de saúde tratadas foram amplas, abrangendo desde problemas dermatológicos até o câncer. A metanálise mostrou também uma frequência significativa de uso, com um tamanho de efeito de 41,6% nesta revisão. Destaca-se que o uso da babosa desempenha papel importante nas práticas religiosas e socioculturais das comunidades quilombolas. Concluiu-se que a Aloe vera é amplamente utilizada pelas comunidades quilombolas no Nordeste brasileiro, tanto para fins terapêuticos quanto como parte de suas tradições culturais e religiosas.
- ItemDescarte e reciclagem de embalagens plásticas de agrotóxicos(UNEB, 2025-05-15) Padilha Neto, Antonio de Santana; Santos, Maria Herbênia Lima Cruz; Amorim, Dinani Gomes; Silva, Aleksandro Ferreira da; Ferreira, Caliane Borges; Bedor, Cheila Nataly Galindo; Pacheco, Clecia Simone Gonçalves RosaO descarte inadequado de embalagens plásticas de agrotóxicos em regiões agrícolas, como o dipolo Petrolina-PE e Juazeiro-BA, representa um grave problema socioambiental, com impactos na saúde humana e nos ecossistemas. Este estudo analisou as práticas de manejo, a percepção dos riscos entre pequenos produtores rurais nessa região do semiárido nordestino brasileiro. Por meio de uma abordagem qualiquantitativa, combinando revisão bibliográfica e pesquisa de campo com agricultores associados, identificou-se que 43,3% das embalagens têm destinação inadequada, enquanto 40,7% dos produtores demonstram baixa conscientização sobre os riscos. Os resultados apontam para a ineficácia das ações educativas vigentes e a necessidade de programas estruturados de educação ambiental, assistência técnica e fiscalização mais eficaz. Conclui-se que a adoção de um modelo sustentável de gestão desses resíduos exige uma abordagem integrada, envolvendo poder público, setor agrícola e sociedade civil. O estudo contribui com subsídios para implementação de políticas públicas mais efetivas e abre novas perspectivas para pesquisas sobre descarte e reciclagem desses produtos na cadeia produtiva do agronegócio local.
- ItemA ecologia humana do benzimento: saberes ancestrais de cura no território baiano(UNEB, 2024-12-23) Bastos, Nayara Gomes; Andrade, Wbaneide Martins de; Santos, Carlos Alberto Batista dos; Almeida, Gracineide Selma Santos de; Santana, Iramaia de; Barros, Flávio Bezerra; Silva, Daniele Cristina De Oliveira Lima daEsta pesquisa apresenta os resultados da tese de doutorado sobre a Ecologia Humana do Benzimento na Bahia, tendo como objetivo caracterizar o etnoconhecimento e as práticas das pessoas que realizam benzimento em território baiano, com ênfase nos municípios de Andaraí, Lençóis e Mucugê, situados na Chapada Diamantina. A pesquisa foi dividida em duas etapas. A primeira consistiu em revisões integrativas da literatura, revisitando a trajetória desse conhecimento e oferecendo um panorama histórico e temático sobre o benzimento na Bahia. Nessa fase, foram construídos dois artigos que mapeiam o estado do conhecimento acadêmico sobre o tema na Bahia. O primeiro, ―A Geografia do Benzimento na Bahia: um olhar sobre as macrorregiões de saúde‖, analisou os estudos publicados entre 2010 e 2020, revelando a distribuição geográfica e os contextos socioambientais das práticas de benzimento no Estado, a partir das macrorregiões de saúde. O segundo, ―Etnobotânica do benzimento em território baiano: revisão integrativa‖, ampliou o período de análise até 2022, explorando a diversidade de plantas usadas nas benzeduras e as relações entre os benzedeiros e essas espécies vegetais. Na segunda etapa, da pesquisa de campo, desenvolvida em um contexto local, por meio de estudos de caso e pesquisas etnográficas, foi essencial para compreender as nuances que permeiam essa prática de cura ancestral. Realizada entre abril de 2022 e julho de 2023, nos municípios de Andaraí, Lençóis e Mucugê, a coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas individualizadas, conversas informais, observação participante e turnês guiadas, com 28 praticantes de benzimento, seguindo os aspectos éticos e legais necessários. A escolha dos participantes ocorreu através da técnica ―bola de neve‖. Como resultados dessa etapa, foram produzidos três artigos - um já publicado outro aceito para publicação e o último em processo de submissão -, que, juntos respondem as particularidades do tema. O artigo ―Parque Nacional da Chapada Diamantina: Etnobotânica do Benzimento e a Cura pelas Plantas‖, explora a diversidade botânica utilizada nos rituais de benzimento, evidenciando a íntima relação entre o saber ancestral e o uso sustentável das espécies locais. O artigo ―Tecendo Olhares sobre a Religiosidade nas Práticas de Benzimento em Comunidades do Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil‖, analisa a dimensão espiritual do benzimento, demonstrando como essa prática reflete cosmovisões religiosas plurais e como essas se interconectam através de um hibridismo religioso. Por fim o artigo ―Memória, Identidade e Saúde: as doenças combatidas pelo benzimento na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil‖, investiga as doenças tratadas por meio do benzimento e suas interpretações à luz dos saberes locais. Os resultados desses artigos demonstram que o benzimento, ao integrar conhecimento e espiritualidade, representa uma alternativa complementar ao sistema de saúde formal, além de ser um ato de resistência cultural frente à modernidade e a erosão dos saberes ancestrais. Contudo, à preservação dessa prática exige o reconhecimento de sua importância cultural, ecológica e científica. Essa pesquisa contribui de forma significativa para entender a trajetória desse saber ancestral no território baiano, ampliando o conhecimento existente sobre essa temática. Além disso, fornece subsídios para a formulação de políticas públicas, auxiliando na elaboração de novas estratégias e/ou aprimoramento das já existentes, a fim de valorizar e preservar esse conhecimento tradicional, promovendo a saúde das comunidades locais. Para além de uma pesquisa científica, esta tese é uma celebração aos mestres e mestras benzedeiras, honrando-os como guardiões de um saber que conecta corpo, mente, religiosidade e natureza, preservando valores e tradições que atravessam gerações.
- ItemEcologia algorítmica: análise sobre a influência de tecnologias sociais digitais no contexto rural(UNEB, 2023-11-29) Bitencourt, Ricardo Barbosa; Amorim, Dinani Gomes; Santos, Juracy Marques dos; Ribeiro, Marcelo Silva de Souza; Gomes, Alex Sandro; Oliveira, Francisco Kelsen de; Amorim, Ricardo José RochaA expansão tecnológica, ao longo da história, tem impulsionado mudanças significativas. Anteriormente, tais transformações eram mais notáveis em áreas urbanas, mas atualmente estão se disseminando em regiões rurais, mesmo com infraestrutura mais modesta. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo investigar as influências da presença de tecnologias inteligentes, como smartphones, com ou sem acesso à internet, no desenvolvimento humano em contextos rurais. O estudo adotou uma abordagem transversal e exploratória envolvendo pesquisa de campo e análise qualitativa de dados (Gibbs), tendo como arcabouço teórico a Teoria Bioecológica de Bronfenbrenner. O trabalho de campo foi conduzido nas comunidades rurais de Serra dos Morgados e Varzinha, localizadas no município de Jaguarari, na Bahia. O trabalho de campo ocorreu entre os anos de 2022 e 2023, consistindo em entrevistas abertas conduzidas com 24 participantes. Dentre esses, 22 que afirmaram possuir telefone celular foram convidados a responder a uma escala de dependência. A abordagem utilizada foi a técnica snowball, na qual a inclusão de novos participantes foi encerrada quando a saturação do tema foi alcançada nas entrevistas. É importante ressaltar que a participação dos entrevistados foi voluntária e recebeu a aprovação do comitê de ética em pesquisa da Universidade do Estado da Bahia. Os resultados da pesquisa indicam que, inicialmente, a influência das tecnologias digitais nas comunidades rurais não se diferencia significativamente das áreas urbanas, mesmo diante das limitações de conectividade. As gerações que cresceram sem acesso à internet percebem de forma peculiar as mudanças na dinâmica social com a introdução da tecnologia, notadamente na comunicação com familiares, amigos distantes e no ambiente de trabalho. Além disso, as políticas de modernização dos serviços públicos estão compelindo os indivíduos a adentrarem o universo digital, com poucas alternativas além das plataformas mediadas pela internet. Durante as entrevistas, os participantes descreveram o celular como um elemento essencial para a vida em comunidade. Mesmo aqueles que não possuíam o aparelho o consideraram, especialmente quando associado à internet, como um recurso indispensável. Por outro lado, algumas perspectivas críticas surgiram em relação ao uso excessivo, algo percebido como uma doença para os participantes. Com base na escala de dependência aplicada, observou-se que 5% obtiveram um resultado classificado como “Normal”, 64% como “Leve”, 27% como “Moderado” e outros 5% como “Grave”. Quanto ao gênero, os níveis de dependência variaram, com 45% das participantes femininas apresentando níveis “Leves”, 23% “Moderados” e 5% “Graves”, enquanto os participantes do gênero masculino mostraram 5% com nível “Normal”, 18% “Leve” e 5% “Moderado”.