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- ItemO desmatamento no semiárido nordestino e o risco de desertificação: uma revisão narrativa(Universidade do Estado da Bahia, 1992-12-25) Silva, Maria Vitória de Melo; Nogueira, Eliane Maria de Souza; Vitória, Nadja Santos; Andrade, Wbaneide MartinsParte da vegetação natural do semiárido nordestino já foi degradada devido às ações antrópicas, e o desmatamento se constitui como uma das principais causas para este cenário desolador. Deste modo, o presente trabalho teve por objetivos inventariar o desmatamento e o processo de desertificação no semiárido nordestino, bem como identificar elementos ambientais relacionados com esses processos e ações mitigadoras. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica do tipo descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, sem necessidade de seguir protocolos padrões de revisão sistemática. Foram utilizadas as plataformas digitais com palavras chave que respondessem aos seguintes questionamentos: como está ocorrendo o desmatamento no bioma caatinga? Quais os elementos que estão nesse processo? Os resultados apontam que o desmatamento é um processo histórico cujas práticas são oriundas da ação antrópica e que trazem sérias implicações, tais como: empobrecimento do solo, êxodo rural, diminuição da biodiversidade, elevação da temperatura global, extinção de animais e plantas, redução da umidade do ar, desertificação, entre outros. Logo, ações voltadas para a redução do desmatamento na região e ao diagnóstico do avanço da desertificação, bem como desenvolvimento de medidas mitigadoras são indispensáveis, sendo extremamente necessário o empenho das instituições civis, privadas e dos centros de pesquisas, universidades para desenvolver e aprimorar estudos e ações que apresentem a real situação das áreas.
- ItemAnálise de ciclos isotópicos de O e C e da taxa de crescimento de Mussismilia hispida (Verrill, 1902) do arquipelago de Fernando de Noronha-PE(2021-09-08) Moraes, Fábio BritoCorais escleractínios são cnidários capazes de incorporar elementos traços em seu esqueleto, cuja análises geoquímicas podem demonstrar, com precisão, diversos fatores ambientais como temperatura, salinidade, cobertura de nuvem entre outros fatores ambientais. O Atlântico Sul Tropical ainda possui uma carência de estudos paleoclimáticos utilizando arquivos com base em corais. Este trabalho tem como objetivo estimar a taxa de crescimento através das análises de isótopos estáveis de δ13C e δ18O incorporados no esqueleto do coral Mussismilia hispida durante seu crescimento, do Arquipélago de Fernando de Noronha. Para tal, foi estudado uma colônia de M. hispida (18MHFN-BI1), sendo realizada amostragens a cada 0,4 mm com uma microfuradeira de mesa, o carbonato retirado para as análises foi armazenado e analisado por espectrometria de massa determinando os valores para os isótopos estáveis δ13C e δ18O. As médias obtidas para o δ13C foram (-1,88 ± 0,72‰) e δ18O (-4,44 ± 0,26‰). Além disso, foi estimada a taxa de crescimento médio (mm/ciclo) e o número de ciclos para 18MHFN-BI1 com total de 20 ciclos e crescimento médio de 2,52 ± 0,52 mm/ano. Demonstrando que para a utilização de corais como arquivo climático a espécie M. hispida possui uma taxa de crescimento suficiente para a obter informações de alta resolução apresentando uma confiabilidade de seu uso como arquivo natural necessário para expandir as pesquisas realizadas para outras regiões da costa brasileira.
- ItemRegime Hídrico em Plântulas de Spondias Tuberosa Arruda (Magnoliopsida: Anacardiaceae) no Semiárido Brasileiro(2021-12-09) Neves, Jeferson Silva Ferreira dasA Spondias tuberosa Arruda, conhecida popularmente como umbuzeiro apresenta elevada importância ambiental e socioeconômica regional pelo fato de ser empregada na alimentação humana e animal. Tem como importante característica a presença de altas concentrações de sais minerais e vitaminas que são fornecidas pelo fruto, além de ser uma espécie endêmica do Nordeste brasileiro. O objetivo desse trabalho foi avaliar as respostas de crescimento em plântulas de umbuzeiro Spondias tuberosa, submetidas à diferentes regimes hídricos. Os frutos foram coletados e beneficiados por meio da retirada manual da polpa e em seguida lavados em água corrente. Colocados para secar em temperatura ambiente a sombra durante 48h, após isso adicionados em sacos de papel pardo e armazenados em geladeira para posterior utilização nos experimentos. As plântulas foram obtidas a partir de sementes germinadas após 150 dias, sendo selecionadas e transplantadas para vasos de 700 ml perfurados na base, contendo 300mg.L-1 de substrato de areia e terra vegetal (1:1). Após o transplantio as mudas foram submetidas a três regimes de irrigação: T0 controle diário; T1 a cada 3 dias; e T2 a cada 5 dias. A quantidade de água de 200 mL-1 utilizada na irrigação durante 90 dias. Houve diferença estatística significativa apenas para as variáveis diâmetro do xilopódio e comprimento da raiz principal, para todas as demais variáveis de crescimento não houve diferença após o período de 90 dias em exposição aos regimes hídricos. Observou-se um aumento no xilopódio quando utilizou o regime hídrico de rega diária (tratamento controle) com diâmetro de 15,37 cm-1, para comprimento da raiz principal a maior média foi verificada no tratamento com rega a cada 5 dias. Mesmo não apresentando diferenças estatísticas, comprimento de parte aérea, número de folhas, área foliar, massa fresca de folha e caule e massa seca folha, caule e xilopódio, as maiores médias foram observadas com regime hídrico a cada três dias de rega. Já para massa seca de raiz e massa fresca de xilopódio a rega diária mostrou-se mais eficiente, somente para diâmetro do caule, a rega a cada cinco dias apresentou maior média. Conclui-se que o umbuzeiro adapta-se a qualquer regime hídrico, podendo ser ministrada uma rega a cada cinco dias durante o crescimento da plântula.
- ItemA tribo caesalpinieae (leguminosae: caesalpinioideae) em áreas urbanas de Paulo Afonso, Bahia, Brasil(2021-12-17) Amâncio, Naiane VieiraLeguminosae Juss. inclui 795 gêneros e aproximadamente 20.000 espécies. No Brasil a família está representada por 253 gêneros e 3.025 espécies, dentre estas 1.576 são endêmicas e 979 são citadas para o estado da Bahia. O município de Paulo Afonso ocupa uma área de 1.700,40 km², está localizado na parte norte do bioma Caatinga no estado da Bahia. O clima do município é semiárido, bastante quente e seco, com precipitação média entre 500 e 600 mm/ano, a temperatura média elevada em torno de 32ºC podendo alcançar 35°C entre novembro e janeiro. Com o objetivo de conhecer a flora e, acrescentar informações que viabilizem ações para conservação e desenvolvimento sustentável da região, foi realizado o levantamento florístico da tribo Caesalpinieae em áreas urbanas do município de Paulo Afonso. As coletas foram realizadas mensalmente, no período de janeiro a agosto/2021. Durante as coletas foram feitas anotações sobre o hábito, porte, coloração das partes florais, período de floração e frutificação, casca, presença de látex e resina, cheiro, nome popular e frequência. O material testemunho encontra-se depositado no herbário da Universidade do Estado da Bahia – HUNEB (Coleção Paulo Afonso). As identificações dos espécimes foram realizadas através de consultas em bibliografias especializadas, seguida de análises do material em estereomicroscópio, ou por comparação com imagens de coleções-tipo, acessadas através das plataformas digitais. A tribo Caesalpinieae está representada na área de estudo por cinco gêneros, distribuídos em cinco espécies: Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw, Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P.Lewis var. pyramidale, Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf., Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz var. ferrea e Parkinsonia aculeata L. Os táxons com maiores representatividades foram: Ce. pyramidale var. pyramidale e D. regia, podendo ser facilmente encontradas em ambientes degradados. Os caracteres morfológicos mais relevantes para o reconhecimento dos gêneros e espécies foram: hábito, arquitetura da inflorescência, coloração, número e forma de estame, padrões de folhas, cálice e fruto. O tratamento taxonômico inclui chave de identificação, descrições, fotos, distribuição geográfica, fenologia reprodutiva e potencial econômico.
- ItemOcorrência e caracterização de galhas de insetos em áreas de caatinga do monumento natural do Rio São Francisco, Brasil(2022-06-27) Geissy Anny Batista de MeloA caatinga apresenta uma diversidade florística e fisionômica no Nordeste do Brasil, além disso, exibe peculiaridades na vegetação, como a presença de galhas, que são modificações anatômicas e estruturais do tecido vegetal, resultantes da ação de organismos indutores, como insetos. A mistura de diferentes tipos de fitofisionomias da Caatinga e as particularidades de alguns de seus ambientes sugere a possibilidade de haver uma diversidade de insetos galhadores associados às plantas da Caatinga, o conhecimento sobre a riqueza de galhas e sua distribuição em ambientes de caatinga ainda é insuficiente. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo, inventariar e caracterizar morfologicamente, pela primeira vez, a riqueza de galhas em duas áreas de caatinga do Monumento Natural (MONA) do rio São Francisco, visando diminuir a lacuna do conhecimento sobre as interações entre inseto galhador e sua planta hospedeira em ambientes de Caatinga e subsidiar futuros estudos ecológicos e biológicos nessa unidade de conservação. O trabalho foi realizado em duas áreas de caatinga arbustiva, situadas na Eco Fazenda Mundo Novo e no Povoado Rio do Sal, localizados nos municípios de Canindé do São Francisco (SE) e Paulo Afonso (BA), respectivamente. As coletas das galhas e suas plantas hospedeiras foram realizadas ao longo de diferentes trilhas preexistentes, entre os meses de agosto de 2019 a março 2020 e agosto e setembro de 2021, perfazendo um total de oito excursões contemplando as estações seca e chuvosa, sendo quatro no período seco (setembro a novembro) e quatro no início da estação chuvosa (dezembro a março). Foram registrados 19 morfotipos de galhas em 13 espécies de plantas pertencentes às famílias Bignoniaceae, Capparaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Sapindaceae e Verbenaceae. Do total de galhas registradas, a maioria ocorreu no período chuvoso (n=13). A maioria das galhas é verde (n=15), pilosa (n=10), ocorrendo isoladas (n=12). Todos os morfotipos registrados neste estudo são os primeiros registrados de galhas e suas plantas hospedeiras no MONA do Rio São Francisco. Registra-se ainda, pela primeira vez, a ocorrência de galhas nos botões florais de Cnidoscolus pubescens Pohl (Euphorbiaceae), demonstrando a importância de realizar estudos em áreas ainda não amostradas da Caatinga. Pretende-se com este estudo estimular futuras investigações, auxiliando na proteção e conservação desta unidade de conservação, aumentando consequentemente o conhecimento sobre a sua biodiversidade.
- ItemEnteroparasitos de importância médica entre escolares da zona rural de Paulo Afonso - BA(2022-07-11) Santos Filho, Marcelo Cerilo dosAs parasitoses intestinais constituem um grande problema de saúde pública mundial, sendo considerada uma das principais Doenças Tropicais Negligenciadas, estando sua prevalência associada a países em desenvolvimento. Os escolares, principalmente que residem em áreas rurais, consistem no grupo mais suscetíveis a infecção por enteroparasitos, devido aos hábitos de higiene precários, dependência de cuidados alheios, bem como, em virtude das condições sanitárias e de moradia fragilizadas presentes nessas regiões. Desse modo, este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de enteroparasitos em escolares de seis escolas da zona rural do município de Paulo Afonso – BA e correlacionar com fatores de risco socioeconômico-ambientais. As unidades de ensino selecionadas considerando a viabilidade de acesso e aceite da pesquisa foram: João Fernandes de Souza, Pedro Januário dos Santos, Manoel Pereira, Rui Barbosa, Antônio Ramalho e Rita Gomes de Sá, localizadas nas comunidades Açude, Caiçara II, Salgadinho, Caiçara I, Arrasta Pé e Malhada Grande, respectivamente. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade do Estado da Bahia, sob o parecer de nº 1.969.897 e pela Secretária Municipal de Educação. Para a coleta de dados acerca dos fatores de risco à aquisição de parasitos intestinais, foram administrados formulários semiestruturados, junto aos responsáveis, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O material coproparasitológico, amostra única por participante, foi recolhido dos escolares, após preenchimento do Termo do Assentimento do Menor, processado por sedimentação espontânea e analisado microscopicamente em triplicatas. A correlação foi realizada no Software SPSS, versão 25.0, através do teste qui-quadrado, com correção de teste exato de Fisher, em significância de 5%. No total, foram obtidas 55 amostras, destas 53,6% estavam positivas. A associação dos aspectos socioeconômico-ambientais com a ocorrência deu significância para faixa etária de 5-8 anos (p = 0,038) e renda familiar ≤ 1 salário mínimo (p = 0,026) diante disso, percebe-se que os escolares entre 5-8 anos de idade, bem como, que possuem renda familiar ≤ 1 salário mínimo, possuem uma maior probabilidade de se infectarem por parasitos intestinais, uma vez que populações de baixa renda têm mais difícil acesso a orientações sobre prevenção das enteroparasitoses e crianças nesta idade estão no período de exploração oral, que consiste em direcionar todos os objetos a boca. Portanto, faz-se necessário o desenvolvimento de ações de educação em saúde preventivas frente as parasitoses intestinais, visando mitigar o risco de reinfecções, bem como a exposição aos fatores de risco.
- ItemGestão de resídus sólidos: análise de hábitos e concepção dos discentes de ciências biológicas da UNEB Campus VIII(2022-07-12) Santos, Leonardo Souza LimaUm grande problema que atinge o planeta é o acumulo desenfreado e a má gestão dos resíduos sólidos produzidos pela sociedade atual. Avaliar como as pessoas percebem essa questão é muito importante pois ajuda a diagnosticar o nível de conscientização da população e possibilita a realização de ações de modo a fortalecer a educação ambiental entre as pessoas. Diante disso, esse estudo teve como objetivo realizar uma análise sobre os hábitos e concepção de discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia, Campus VIII acerca da gestão e o descarte de resíduos sólidos. Trata-se de uma pesquisa de abordagem descritiva de caráter qualitativo e quantitativo, realizada com discentes do 3° ao 9° períodos, do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia, DEDC VIII em Paulo Afonso, nos meses de agosto a setembro/2021. A coleta de dados foi executada através de um questionário semiestruturado e anônimo, autorizado pelos participantes através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os resultados revelaram que os discentes, participantes da pesquisa, cursaram a educação básica, em sua maioria, em escolas da rede pública de ensino, e nesse período, a maioria, informou não ter participado de projetos relacionados com o tema. Verificou-se que os participantes possuem uma percepção muito superficial sobre lixo, com confusões conceituais acerca do tema e pouco conhecimento sobre a política nacional de resíduos sólidos. Além disso, a maioria desconhece a destinação final do lixo na cidade que reside. No entanto, os participantes da pesquisa, por meio do questionário, demonstraram ter uma base de conhecimento satisfatória. Noventa e seis (96%) sabem separar correntemente os resíduos para reciclagem, 88% sabem a destinação final mais adequada dos resíduos sólidos e a maioria tem noção da importância de abordar essa temática com as crianças. Mesmo a Universidade e os docentes do curso de licenciatura em Ciências Biológicas disponibilizando bolsas e projetos de pesquisa e extensão, observou-se que 56% dos entrevistados, não participaram nem como bolsistas, nem como voluntários de trabalhos voltados para a temática Gestão de Resíduos Sólidos. Há necessidade de maior conscientização para um melhor desenvolvimento teórico e prático em relação a gestão dos resíduos sólidos na rede de educação básica e no ensino superior.
- ItemFitoplâncton e suas associações com a qualidade da água no reservatório de Itaparica, Submédio São Francisco(2022-07-14) Costa, Helen Jayne MacedoO fitoplâncton compõe a base da cadeia trófica aquática sendo responsável pela produção da maior parte do oxigênio disposto na água, espécies presentes nessa comunidade possuem capacidade de absorver nutrientes que alteram a distribuição populacional e assim considerados bioindicadores ambiental. O Nordeste sofre com a escassez de água fazendo-se necessário locais de armazenamento como os reservatórios tornando-se a principal fonte de recurso hídrico assim como também para múltiplos usos que pode interferir diretamente na qualidade da água. Com isso o objetivo do trabalho foi apontar indicadores fitoplanctônicos da qualidade da água presentes no reservatório de Itaparica no submédio São Francisco. Foram realizadas coletas a cada quatro meses no ano de 2017 em 12 estações, utilizando arrastos horizontais e verticais, sendo quantificados riqueza, densidade, abundância relativa, frequência de ocorrência e relacionando as espécies com a qualidade da água. O reservatório de Itaparica foi composto por 61 táxons infragenéricos, distribuídos em seis divisões: Chlorophyta (24), Cyanobacteria (14), Bacillariophyta (13), Euglenophyta (06), Dinophyta (2), Cryptophyta (2). Chlorophyta esteve afrente com maior rica. Na densidade, o total foi de 42.353 célula.mL-1, sendo janeiro o mês com a menor densidade obtendo 640 célula.mL-1 e abril um pico de 28.123 célula.mL-1 as espécies que contribuíram para essa elevação foram Microcystis aeruginosa e Aphanocapsa delicadissima, que contabilizaram 27.911 células.mL-1. Em abundância relativa as espécies Aphanocapsa delicatissima, Microcystiis aeroginosa, Microcystis sp e Raphidiopis raciborskii apresentaram-se dominantes. A ocorrência de cianobactérias é comum em regiões tropicais e subtropicais, devido a altas concentrações de nutrientes, causando diminuição da concentração de oxigênio, chamando atenção para o surgimento de espécies portadoras de toxinas. Com isso, fica evidente que os estudos e biomonitoramento faz-se necessário em ambientes como reservatórios, visto que estão suscetíveis ao surgimento de espécies potencialmente toxicas interferindo diretamente a qualidade da água.
- ItemEspécies de mimosa l. (leguminosae) endêmicas do domínio fitogeográfico caatinga na Bahia: uma revisão sistemática(2022-07-14) Varjão, Kaiane Bárbara LimaLeguminosae é a terceira maior família de plantas com flores, caracterizando-se como um grupo bem-sucedido que se sobressai por sua riqueza biológica, importância ecológica e econômica, além de ser a família com maior diversidade e número de espécies da flora brasileira. Na caatinga compreende quase um terço de toda a diversidade vegetal, sendo a família mais diversa. Taxonomicamente, foi dividida em seis subfamílias, de modo que a tradicional subfamília Mimosoideae está inserida como uma linhagem interna em Caesalpinoideae, formando o clado Mimosoid. O clado é composto por 3.300 espécies incluídas em 80 gêneros, cuja maior diversidade se encontra nos gêneros Inga Mill. (273 espécies) e Mimosa L. (93 espécies). Mimosa é um gênero monofilético e morfologicamente bem definido, embora estudos taxonômicos ainda sejam escassos e a classificação infragenérica proposta por Barneby (1991) não seja sustentada. No Brasil, Mimosa é o segundo gênero em número de espécies e um dos 20 mais diversificados da flora do país, além de apresentar importância econômica, ecológica, na medicina popular e em recuperação de áreas degradadas. Na Bahia, apresenta 36 espécies, das quais 11 são endêmicas da caatinga, com 9,4% do total constando na Lista das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do estado. Diante disto, foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática para as espécies do gênero Mimosa endêmicas do domínio fitogeográfico caatinga ocorrentes na Bahia, seguindo as recomendações do protocolo PRISMA, conduzida em três etapas: as 11 espécies do gênero endêmicas da Caatinga na Bahia foram levantadas na literatura; em seguida foram coletados dados a partir de pesquisas realizadas nas bases do Google Acadêmico, Periódicos Capes, PubMed, Scielo e Science Direct; logo após foi realizado o levantamento dos números cromossômicos das espécies nos bancos de dados digitais CCDB e IPCN. Por fim, os trabalhos foram analisados quanti e qualitativamente. Foram acessados 751 estudos, dos quais foram extraídos 274 através da seleção de títulos e verificação de conteúdo. A partir desses, foram excluídos 43,8% por duplicata, de forma que 56,2% trabalhos permaneceram para análise após a seleção. O levantamento bibliográfico aponta que, ainda que para o gênero como um todo o conhecimento científico disponível seja considerável, há uma evidente lacuna de publicações para além de diagnósticos de vegetação e descrições botânicas, principalmente com relação aos registros cromossômicos e análises citogenéticas. Para o gênero Mimosa, constam 82 espécies com contagens cromossômicas publicadas, o que representa apenas 13,83% do grupo, sendo a maioria diploides (2n = 2x = 26). Já para as 11 espécies do gênero, há contagem cromossômica apenas para a espécie M. ophthalmocentra (2n = 26), o que representa menos de 10% de dados cromossômicos disponíveis para a amostra. Portanto, a revisão sistemática associados aos critérios de seleção empregados evidencia a necessidade da ampliação das pesquisas relacionadas às espécies, para além dos estudos voltados para a biodiversidade, em especial no que tange ao seu conhecimento citogenético, uma vez que um estudo cariológico minucioso associado a análises bioinformática unidas a uma árvore filogenética bem consolidada pode ser bastante útil para o entendimento dos processos de evolução cromossômica e questões taxonômicas.
- ItemLaboratório de zoologia: Um espaço didático da UNEB Campus VIII- Paulo Afonso- BA.(2022-07-14) Barros, Laís Emília TorresO laboratório didático é um espaço que contribui para a aprendizagem prática, no qual o uso de modelos didáticos ou observação de exemplares de animais conservados em laboratório, é uma alternativa para a aproximação com a realidade aprendida na teoria. O presente trabalho buscou caracterizar e analisar a finalidade e utilização do Laboratório de Zoologia da Universidade do Estado da Bahia- Campus VIII e seus visitantes, situado no Município de Paulo Afonso- BA, a fim de demonstrar a importância do seu uso como espaço didático e como recurso de aprendizagem aos visitantes. Nesta pesquisa, é discutida as contribuições na aprendizagem fora do contexto escolar que o laboratório traz para os visitantes, que são estudantes e funcionários de diversas instituições públicas e particulares da cidade de Paulo Afonso e povoados vizinhos, a fim de compreender o papel da educação e a proposta de estudos neste ambiente. Trata-se de uma pesquisa documental, tendo por amostra o livro de frequência de assinaturas de visitantes ao laboratório de zoologia entre os anos de 2015 a 2019, informando a instituição do visitante e fotografias das coleções do espaço didático. Os resultados apontam que a maior abrangência de visitas é vinda de escolas públicas de Paulo Afonso-BA, de Ensino Fundamental, médio e técnico, onde possivelmente há poucos recursos didáticos para realização de atividades práticas de aprendizagem nas escolas. Deste modo, o laboratório cumpre um papel relevante no ensino de ciências no município de Paulo Afonso – BA.
- ItemFungos liquenizados do muro de pedras do aeroporto de Paulo Afonso - Bahia(2022-07-28) Sá, Sinara Maria da SilvaO reino Fungi é constituído por um grupo de organismos muito diverso, possuindo características distintivas, apresentando diferentes formas e cores. Os fungos podem ser liquenizados, vivendo em simbiose com um organismo fotossintético ou não liquenizados, sem nenhum tipo de associação. Os liquens são seres vivos formados pela associação entre um micobionte e um fotobionte, com diferentes formas morfológicas e crescimento em diversos substratos como córtex das árvores (corticícolas), sobre folhas (foliícolas), solo (terrícolas), junto com musgos (muscícolas) e sobre rochas (saxícolas). No bioma Caatinga, que é exclusivamente brasileiro, apresentando um clima semiárido com vegetação adaptada para os períodos de seca, pesquisas de cunho taxonômico e ecológico sobre liquens vêm sendo intensificadas nos últimos anos, mas ainda são limitadas. Visando minimizar essa lacuna, o presente trabalho teve por objetivo conhecer e identificar a comunidade liquênica presente no muro de pedras do Aeroporto de Paulo Afonso, sertão da Bahia, elaborando um Caderno Didático Ilustrado de liquens saxícolas afim de popularizar o conhecimento sobre os fungos. Para isso, foram realizadas expedições à campo no período de setembro, outubro/2021 e março, maio/2022 na área externa do muro do Aeroporto, totalizando 190 metros do muro. O material foi encaminhado para o Laboratório de Micologia da Universidade do Estado da Bahia: Coleção Didática, Herbário de Fungos e Coleção de Cultura de Fungos (MICOLAB - UNEB VIII) para caracterização morfológica e identificação dos táxons. Nesta pesquisa foram identificados sete táxons de liquens saxícolas distribuídos em cinco famílias, quatro ordens e cinco gêneros: Buellia De Not. (Caliciaceae, Caliciales), Caloplaca Th. Fr. (Teloschistaceae, Teloschistales), Peltula Nil. (Peltulaceae, Lichinales), Physcia (Schreb.) Michx. (Physciaceae, Caliciales), e Xanthoparmelia (Vain.) Hale. (Parmeliaceae, Lecanorales). Caloplaca é o gênero de liquens saxícolas mais abundante, Buellia e Physcia são frequentes, enquanto Peltula é pouco frequente. Pesquisas com liquens saxícolas são pouco realizadas e a diversidade pouco discutida, demonstrando a necessidade e a importância de estudos na região.
- ItemPrevalência do vírus da raiva em herbívoros no Estado da Bahia(2022-08-03) Silva, Gabriela RodriguesA raiva é uma zoonose infecciosa viral, comum a mamíferos, que ocorre mundialmente há mais de mil anos. Essa zoonose é considerada uma doença negligenciada, pois a sua eliminação é possível através de uma série de estratégias por meio da prevenção e controle. O objetivo do presente trabalho é buscar atentar-se na evolução temporal, identificar qual ano possui maior número de casos do vírus da raiva, qual a incidência do número de casos do vírus da raiva, a prevalência do vírus da raiva e suas implicações. A pesquisa se configura enquanto quali-quantitativa e para sua execução foram utilizados dados fornecidos pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) dos seguintes territórios: Bacia do Paramirim, Bacia do rio Corrente, Bacia do Rio Grande, Extremo Sul, IRECÊ, Itaparica, Litoral Sul, Médio Rio de Contas, Médio Sudoeste da Bahia, Metropolitano, Piemonte da Diamantina, Piemonte do Paraguaçu, Portal do Sertão, Recôncavo, Semi árido Nordeste II, Sertão do São Francisco, Sertão produtivo, Sisal, Sudoeste Baiano, Piemonte Norte do Itapicurú, Vale do Jiquiriçá, Baixo sul, Chapada Diamantina, Litoral norte e Agreste Baiano, Costa do Descobrimento, Bacia do Jacuípe, Velho Chico no estado da Bahia. Foi possível observar que os anos de 2007, 2008, 2009 e 2017 obtiveram os maiores índices de casos do vírus e que dos 27 territórios 3 apresentaram elevadas taxas e os demais apresentaram índices que variaram de 0 a 47 casos no decorrer do período estudado. Dessa forma, conclui-se que a atividade agropecuária em ecossistemas silvestre pode aumentar a incidência de animais hematófagos, o que pode aumentar a incidência do vírus da raiva nessa população e posteriormente se espalhar para outras espécies que compartilham do mesmo ecossistema, como mostrado nos territórios analisados na pesquisa que possuem grande quantidade de animais herbívoros, pois, tratam-se de ambientes rurais, o que consequentemente pode ter causados o aumento dessa população de hematófagos, aumentando os índices do vírus da raiva em herbívoros. .
- ItemDesvendando a cegueira botânica: elaboração do guia didático de organografia vegetal baseado em ilustrações digitais(2022-12-07) Silva, Luene Melo daEsta pesquisa é uma proposta educativa que propõe aprimorar os conceitos metodológicos do Ensino em Botânica necessários para a plena formação escolar em ciências oriundas do Ensino Fundamental e Médio, através da elaboração de um guia didático e interativo sobre organografia vegetal, utilizando como auxílio softwares que evidenciam a importância das ilustrações como ferramenta de transmissão universal do conhecimento. Nesta perspectiva, possui o objetivo de utilizar metodologias ativas, que auxiliem no combate a cegueira botânica, problema atual ocasionado pela redução da interação entre humanos e plantas, o que pode gerar uma insuficiência intelectiva em conseguir identificar as plantas inseridas nos espaços ou ambientes. A abordagem do conhecimento sobre a organografia dos vegetais é feita de maneira clara e criativa, de modo que o aluno consiga criar as suas representações mentais baseando-se no papel fundamental das relações cotidianas entre pessoas e plantas, propondo a compreensão de processos complexos que de outra forma seriam ininteligíveis. Este produto-pedagógico resultante desta pesquisa, poderá promover a ampliação do entendimento botânico por apresentar elementos que permitem a contextualização do objeto de estudo com a realidade, através da disponibilização de materiais complementares como, por exemplo, itens que trazem as principais curiosidades sobre determinado órgão vegetal explicitado com suas devidas referências em QR Code, utilizando sempre como exemplo a flora do bioma caatinga, para assim disseminar, também, conhecimento sobre esse ecossistema, tão característico do nordeste brasileiro. O guia-didático botânico, poderá interligar os estudantes, de maneira interativa, ao acesso a alguns sites e vídeos da web, linguagem totalmente compatível com a nova geração que usa o celular a todo momento, tornando-se uma ferramenta de fácil linguagem para ser utilizado pelo professor e aluno na troca de conhecimento e atualidades sobre a botânica.
- ItemDiversidade de plantas medicinais ocorrentes no bioma caatinga: uma revisão bibliográfica de cunho etnobotânico(2022-12-14) Silva, Itaynara SantosÉ notório o conhecimento popular a respeito do emprego plantas medicinais, dessa forma observa-se a importância do conhecimento popular a respeito das plantas e sobretudo da necessidade de estudos quem contribuam para o conhecimento das mesmas. Face à importância da temática, o presente estudou objetivou inventariar, por meio de uma pesquisa bibliográfica, a diversidade de plantas de uso medicinal no bioma Caatinga e as formas de uso dessas plantas medicinais. As partes mais utilizadas são as folhas, cascas e raízes, com destaque paras plantas utilizadas para tratamento de doenças majoritariamente respiratórias, circulatórias, digestórias e excretoras, além de outras. Já os chás se destacaram como a forma de uso mais predominante. Dentro dessas partes vegetais, foram inventariadas 233 espécies, pertencentes à 78 famílias botânicas. Nesse levantamento, pode ser refletido o elevado potencial medicinal, revelando a importância de futuros estudos científicos mais acurados sobre as propriedades, métodos extrativos e a presença de metabólitos secundários.
- ItemAnatomia foliar comparada de licurizeiro (Syagrus coronata (Mart.) Becc.) cultivado IN VITRO, EX VITRO E IN VIVO(2022-12-20) Pereira, Ellie JoséSyagrus coronata (Mart.) Becc. (Arecaceae) (Licurizeiro), é uma palmeira de extrema importância ecológica e socioeconômica, com distribuição na região semiárida do Brasil. Com dificuldades na propagação natural, devido à dormência em seu fruto, a micropropagação torna-se viável para espécie. Neste contexto, foram comparadas por meio de análises anatômicas, folhas de Licurizeiros cultivadas in vitro, ex vitro e in vivo. Os frutos coletados, foram beneficiados com a retirada da polpa e quebra do endosperma, para que os embriões fossem isolados em meio de cultura, sendo mantido por 90 dias em ambiente com luminosidade e temperatura controlados. As plantas ex vitro foram cultivadas em vasos contendo vermiculita, e cobertos com saco plástico por 45 dias, sendo que no 15º dia iniciou-se a perfuração nos sacos, permanecendo nas mesmas condições laboratoriais da cultura in vitro. Já as folhas de Licurizeiro in vivo foram coletadas na região do povoado Juá, em Paulo Afonso, Bahia. Utilizou-se cinco folhas por ambiente de cultivo e cinco cortes por folha, totalizando 25 repetições. Seções foram clarificadas em hipoclorito de sódio 20% (v/v), por um período de 3 a 5 minutos. A coloração foi realizada com azul de toluidina a 1% e para a montagem das lâminas semipermanentes foi utilizada água glicerinada 50% (v/v). Fotomicrografias foram utilizadas para as realizações das análises e descrições das estruturas. A morfometria da epiderme adaxial, abaxial e mesofilo foram realizadas com auxílio do software LeicaPro. Os dados avaliados, foram submetidos a análise de variância, comparando-se as médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o software estatístico Sisvar 5.6. Os resultados apresentaram diferenças quanto aos tecidos que compõe o mesofilo. Observou- se que para todos os ambientes, as folhas são hipoestomáticas, com estômatos do tipo tetracítico, células epidérmicas com paredes celulares lisas, epidermes unisseriadas, hipoderme também unisseriada e células buliformes próximas aos tecidos condutores, mesofilo do tipo homogêneo, característicos de monocotiledôneas. Observou-se, que nas plantas in vitro pouco tecido de sustentação do tipo esclerênquima na subepiderme, já nas folhas ex vitro, verificou-se início de formação e tecido completamente formado e bem desenvolvido em plantas in vivo. Quanto ao sistema vascular, observa-se para todos os ambientes, xilema e floema, sendo que nervura central em folhas in vivo, verificou-se um sistema vascular mais desenvolvido e com vários vasos. Quanto as análises morfométricas, observou-se diferenças estatísticas somente para a espessura do mesofilo, onde folhas in vivo, como já esperado, apresentou maior espessura. Conclui-se que os diferentes ambientes, não alteram as espessuras e características anatômicas das epidermes das folhas de Licuri. O mesofilo das folhas de plantas in vivo é mais espesso, com maior desenvolvimento de tecido de sustentação do tipo esclerênquima subepidérmico. Folhas in vivo, demonstram maior adaptação de seus tecidos ao ambiente com maior luminosidade.
- ItemCaracterização morfológica, níveis de infestações e fenologia das galhas induzidas em Croton heliotropiifolius Kunth (EUPHORBIACEAE) ocorrente na Região Semiárida da Bahia(2022-12-20) Teixeira Hora, ThaisEste trabalho objetivou analisar e caracterizar morfologicamente as galhas presentes em Croton heliotropiifolius Kunth (Euphorbiaceae) que crescem na Caatinga do povoado de São José (Paulo Afonso, BA), observando o nível de infestação e a fenologia das galhas, visando ampliar o conhecimento sobre a diversidade e a fisiologia das galhas observadas na Bahia. Para tanto foram selecionados 10 indivíduos de C. heliotropiifolius que cresce em uma área de caatinga antropizada, considerando os critérios de presença e abundância de galhas, a localização da população, bem como a conservação da vegetação. As galhas foram caracterizadas quanto à cor, indumento, tamanho, formato, número de câmaras e a sua localização na planta hospedeira. O padrão de distribuição e o índice de infestação foram analisados por meio da contagem direta das galhas em cada um dos cinco ramos marcados dos 10 indivíduos C. heliotropiifolius e o registro da sua localização quanto à superfície foliar (apical, mediana e basal) e à região da planta (apical mediana basal). O número médio de galhas não diferiu estatisticamente entre as regiões da copa da planta e entre as regiões da folha. Para as análises fenológicas, a população de Croton heliotropiifolius foi acompanhada em visitas quinzenais à área, no período de agosto 2021 a agosto de 2022, contabilizando 22 visitas, contando em média 527 galhas. As galhas foliares induzidas por Cecidomyiidae em C. heliotropiifolius ocorrem tanto na face adaxial quanto abaxial das folhas na maioria das vezes agrupadas (80%), possuindo apenas uma câmara larval. São globoides, amareladas quando jovens e marrons quando maduras. São induzidas predominantemente na região apical das folhas (55%), mas ocorrem ainda na região mediana (25%) e basal (20%). No entanto, o nível de infestação foi maior na estação chuvosa quando comparada a estação seca, demonstrando que a precipitação influenciou positivamente o índice de infestação. Foi observando um aumento de 50% do número de galhas durante a estação chuvosa. Isso ocorreu devido à queda das folhas durante a estação seca, não sendo possível observar galhas nesse período, o que demonstra o efeito da sazonalidade na população de insetos galhadores. Os dados desse trabalho serão unidos a resultados que vem sendo obtidos em outras regiões da Bahia e farão parte de um estudo mais amplo.
- ItemFungos queratinofílicos em areia do Parque Belvedere, Balneário Prainha e Prainha do Centenário (Rio São Francisco) no Município de Paulo Afonso, Bahia(2022-12-26) Silva, Tâmiris Brito Matos daOs fungos queratinofílicos possuem um papel relevante no ecossistema, realizando a degradação da queratina. Em seres humanos, a colonização desses fungos tem se tornado cada vez mais frequente, levando a dermatofitoses. No sertão baiano, são escassas as pesquisas com dermatófitos queratinofílicos. Com intuito de minimizar essa lacuna, a presente pesquisa foi realizada na cidade de Paulo Afonso, região norte da Bahia onde foram coletadas amostras de areia de três localidades: I) Parque Belvedere; II) Balneário Prainha e III) Prainha do Centenário em dois pontos estratégicos onde havia maior fluxo de circulação de pessoas, animais e resíduos sólidos, perfazendo um total de três pontos por coleta. Foi realizada a técnica utilizando iscas de queratina, cabelo e unha humanos para isolamento dos fungos. Em todo o material examinado, obtido das três localidades, foi possível isolar fungos nos fios de cabelo e fragmentos de unha. O cabelo é comumente utilizado em pesquisas para isolar fungos dermatófitos e queratinofílicos. Dentre as amostras positivas, analisadas e repicadas foram encontrados os seguintes fungos anamórficos (fase assexual): Penicillium sp., Rhizopus sp., Mucor sp., Fusarium sp., Aureobasidium sp., Curvularia sp. e esporos clamidosporos. Os gêneros Rhizopus, Mucor e Aureobasidium foram encontrados nas três localidades. O gênero Fusarium foi registrado em todas as amostras de cabelo (Balneário Prainha, Prainha do Centenário e Belvedere) e unha (Prainha do Centenário). Com os resultados obtidos foi elaborada uma cartilha educativa com o propósito de propagar o conhecimento acerca dos fungos queratinofílicos, utilizando uma linguagem simples para produzir compreensão aos alunos e professores da educação básica. A qualidade ambiental das prainhas e parques em uma cidade turística é de suma importância para a saúde pública, pois quando o solo está contaminado pode conter agentes etiológicos causadores de doenças.
- ItemComunidade fitoplanctônica no reservatório de Itaparica, Submédio São Francisco: Bioindicador da Qualidade Hídrica(2022-12-29) Santos, Rita de Kássia Pereira dosO estudo do fitoplâncton é importante para a ciência, sobretudo para o conhecimento das características limnológicas dos sistemas aquáticos, pois são considerados bons biomarcadores ambientais e auxiliam na prevenção de problemas que afetam os usos dos reservatórios. Este estudo, objetivou analisar a composição fitoplanctônica do reservatório de Itaparica, submédio São Francisco, através da riqueza, frequência de ocorrência, densidade e abundância relativa, buscando entender a estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica. As coletas foram realizadas trimestralmente entre os meses de junho de 2019 a março de 2021, em doze pontos amostrais. A classificação dos táxons ocorreu por meio de características morfométricas e morfológicas. A riqueza taxonômica esteve representada por 174 táxons infragenéricos distribuídos em sete grupos, Cyanobacteria com 57 táxons, Chlorophyta com 75 táxons, Euglenophyta com 4 táxons, Dinophyta com 5 táxons, Cryptophyta com 2 táxons, Chrysophyceae com 2 táxons e Bacillariophyceae com 29 táxons. Dos 174 táxons classificados, 105 foram pouco frequentes (61%), 39 foram frequentes (32%), 29 foram esporádicos (17%) e nenhum táxons foi classificado como muito frequente. A densidade total do fitoplâncton foi de 737.749 célula.mL-1, sendo as Cyanobacteria mais representantes, com 703.997 célula.mL-1. Das espécies relacionadas às condições ambientais tivemos Aulacoseira granulata e Pinnularia sp. (Bacillariophyceae). O monitoramento e a pesquisa, trabalham diretamente com a produção de dados das regiões semiáridas do Nordeste, onde não há literatura suficiente sobre o tema deste trabalho.
- ItemFitoplâncton como indicador de qualidade de água no Reservatório Poço Da Cruz (PE), receptor das águas de transposição do Rio São Francisco(2022-12-30) Santos, Werla Mirela Ferreira dosA escassez de água e a necessidade de atender a múltiplas necessidades estão entre as principais questões de preocupação e debate em todo o mundo. A busca de soluções e alternativas para manter o ciclo produtivo e a qualidade de vida das populações está diretamente correlacionada com os meios de abastecimento de água em quantidade e qualidade. Desta forma, uma das alternativas mais eficazes é a construção de reservatórios, que são utilizados para suprir as necessidades causadas pelas secas no semiárido brasileiro e em outras regiões do Brasil. O monitoramento da qualidade da água dos reservatórios e rios fornece dados para monitorar as variabilidades físicas, químicas e biológicas presentes em cada local. A utilização do fitoplâncton como indicador de qualidade de água decorre da sua sensibilidade às variações ambientais e nutricionais, bem como da sua capacidade de responder rapidamente às mais diversas alterações ambientais, desta forma, o objetivo deste trabalho foi conhecer as características da comunidade fitoplanctônica, bem como, apontar espécies diretamente relacionadas a qualidade da água do reservatório Poço da Cruz (PE), receptor das águas do Projeto de Transposição do rio São Francisco. As coletas foram realizadas no período de julho de 2018, junho de 2019, setembro de 2019 e junho de 2020, sendo quantificados riqueza, densidade, frequência de ocorrência e abundância relativa. A composição florística apresentou 31 táxons infragenéricos, distribuídos em Chlorophyta (19), Cyanobacteria (6), Bacillariophyta (2), Euglenophyta (4) e Cryptophyta (2). A densidade total foi de 12.276 de célula. mL-1. Julho de 2018 foi o mês com a menor densidade, 57 célula.mL-1 e junho de 2019 apresentou maior valor, com 7.023 célula.mL-1. Tendo em vista a ocorrência de espécies potencialmente produtoras de toxinas (Raphidiopsis raciborskii), recomenda-se o monitoramento constante do reservatório Poço da Cruz (PE), afim se obter conhecimento para implementar os planos de gerenciamento entre bacias que estão interligadas e manter sob controle possíveis florações de cianobactérias bem como monitorar a qualidade da água.
- ItemComposição do fitoplâncton no reservatório de Sobradinho, submédio São Francisco, como indicador da qualidade da água(2022-12-30) Ramos, Luciana FerreiraO fitoplâncton abrange organismos fotossintetizantes, que vivem flutuantes na coluna d’água, apresentando adaptações para viver hora em parte ou, hora de forma contínua em águas abertas, sendo considerados como um dos principais produtores primários nos ecossistemas aquáticos. Compreender a dinâmica da comunidade fitoplanctônica nos ecossistemas aquáticos, contribui para evidenciar as flutuações temporais e espaciais, por meio da sua composição e biomassa, indicando assim, as diversas variações naturais que podem ocorrer nesses ambientes. O objetivo deste trabalho foi indicar espécies fitoplanctônicas como indicadoras da qualidade da água no reservatório de Sobradinho, submédio São Francisco. As amostragens foram realizadas em 13 estações, coletadas com garrafas de polipropileno com capacidade de 1L e preservadas com lugol acético, entre os anos de 2019 e 2021. Os organismos foram identificados ao menor nível taxonômico, sempre que possível, por meio de microscópio óptico, listados e quantificados para realização das análises. Durante o período de monitoramento, a comunidade fitoplanctônica esteve composta por 171 táxons infragenéricos, distribuídos nas divisões Chlorophyta (81), Cyanobacteria (42), Bacillariophyta (30), Euglenophyta (10), Dinophyta (05), Cryptophyta (01), Chrysophyceae (01) e (Xanthophyceae) (01). A frequência de ocorrência foi representada pela categoria frequente por apenas três espécies: Limnococcus limneticus, Microcystis aeruginosa e Fragilaria crotonensis. Em relação a abundância relativa esteve representada por: Aphanizomenon gracille, Dolichospermum circinale, Radiocystis fernandoi, Aphanocapsa koordersii, Aphanocapsa delicatissima, Fragilaria crotonensis, Aulacoseira granulata var. angustíssima, Trachelomonas volvocina, Ceratium furcoides e Cryptomonas sp. A maior densidade total dos organismos se deu a divisão Cyanobacteria, com um total de 3.029.072 célula.mL-1. Durante o estudo, foi observado variação espacial e temporal dos organismos, observando uma composição similar aos demais reservatórios do semiárido do Nordeste. A dinâmica da comunidade fitoplanctônica acerca da carga de resíduos empregados, podem contribuir de forma negativa a qualidade da água no reservatório em questão. Incitando a necessidade de biomonitoramento desse ecossistema.