Campus XX - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) - Brumado
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- ItemDiálogo entre literatura, sociedade, educação e cinema: as formações identitária, cultural e social em Dona Flor e seus dois maridos, do autor baiano Jorge Amado(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-07) Miranda, Tamires Gomes; Aguiar, Valdirene Sertão Silva; Fernandes, Maria Angélica Rocha; Sampaio, Marcolino; Mendes, Luciana CanárioO presente Trabalho de Conclusão de Curso analisa a obra Dona Flor e Seus Dois Maridos (2012), de Jorge Amado, destacando sua contribuição para a compreensão das formações identitária, cultural e social que foi produzida no contexto baiano. A pesquisa investiga como a literatura pode ser utilizada como instrumento pedagógico, despertando nos alunos a leitura crítica da realidade, ao abordar temas como sincretismo religioso, violência simbólica, regionalismo e pluralidade cultural. A personagem Dona Flor é apresentada como a representação das contradições femininas entre tradição e desejo, revelando conflitos ainda presentes na sociedade contemporânea. A fundamentação teórica apoia-se em autores como Paulo Freire (1967, 1996), Antônio Candido (1995, 2011), Ilana Goldstein (2009, 2019) e Fernandes (2021), utilizando metodologia qualitativa, com base na análise literária e pesquisa bibliográfica. O estudo defende a literatura como caminho para a formação de sujeitos críticos, conscientes e culturalmente integrados.
- ItemSociedade, literatura e educação: uma reflexão sobre as representações de gênero na obra Gabriela, cravo e canela (1958) de Jorge Amado em diálogo com Úrsula (1859) de Maria Firmina dos Reis(2025-07-07) Vale, Camila Ferreira do; Fernandes, Maria Angélica Rocha; Mendes, Luciana Canário; Santos, Marcolino Sampaio dosEste artigo analisa a opressão feminina nas obras Gabriela, Cravo e Canela (1958), de Jorge Amado, em diálogo com Úrsula (1859), de Maria Firmina dos Reis, destacando a luta das personagens contra os limites impostos pela estrutura patriarcal. O objetivo é analisar as ideologias sociais e culturais sobre os papéis femininos e masculinos presentes na obra Gabriela, Cravo e Canela (1958), de Jorge Amado, evidenciando as representações de gênero e a forma como estas influenciam as interações entre os personagens e suas relações com a sociedade, além de refletir sobre como esses aspectos podem ser trabalhados no contexto escolar, promovendo reflexões críticas e a desconstrução de estereótipos de gênero entre os estudantes. A análise dialoga com as ideias de Paulo Freire sobre educação libertadora, ressaltando a importância entre Literatura e educação como instrumento de transformação social. A pesquisa revela que tanto Amado quanto Firmina denunciam a exclusão das mulheres e a manutenção da desigualdade social e de gênero, apontando para a relevância do debate sobre educação e liberdade feminina na literatura. A metodologia utilizada para tais discussões se fundamenta na obra de Amado citada anteriormente e na pesquisa bibliográfica de autores como Fernandes (2021), Freire (1967; 1970), Goldstein (2000, 2009), Ribeiro (1999), entre outros, tais autores serviram de base para a fundamentação teórica.
- ItemUma análise da atualidade social presente na parábola de Jesus intitulada O Filho Pródigo(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-22) Santos, Thaline de Medeiros; Santos, Marcolino Sampaio dos; Fernandes, Maria Angélica Rocha; Sant'Anna, Jaciara de OliveiraA literatura, considerada na academia como uma mistura entre arte e ciência, promove um campo vasto de análise. Nesse sentido, é possível classificar variadas artes literárias e diversos teóricos que as examinam, questionam, modificam e ratificam tudo o que os autores tematizam em suas obras. A partir disso, há um tipo de literatura pouco abordada nessa área educacional, que é a cristã: todo o regimento moral e ético do Cristianismo esboçado, em maior escala, na Bíblia de estudo pentecostal (2022). Sendo assim, este trabalho buscou analisar os aspectos sociais da atualidade que permeiam as ideologias do materialismo, do relativismo, da meritocracia, do patriarcado e das relações familiares que podem estar presentes quando se faz a leitura e interpretação da parábola de Jesus intitulada O Filho Pródigo (2022), descrita no Evangelho de Lucas, escrito entre os anos 60 e 63 do primeiro século. Ao observar tal narrativa alegórica, foi possível perceber que ela pode ser lida com um olhar voltado aos acontecimentos contemporâneos no sentido de uma moral, pois as parábolas de Jesus Cristo sempre enfatizam esse fator: promulgar um princípio. Portanto, a questão formada foi: quais fatos atuais estão presentes nessa parábola? Para isso, utilizou-se a metodologia bibliográfica-qualitativa, pois foi lida e analisada tal “estória” estabelecendo argumentos e teóricos que os ratificam, sendo os básicos Bauman (1999), Cabral (2005), Candido (1976), Donovan (2015) e Sandel (2020). Foi possível concluir, a partir de tal análise, que houve uma leitura discursiva durante tal pesquisa, pois foi configurado o autor (Jesus), seu texto (O Filho Pródigo), o leitor (a pesquisadora de tal monografia) e o seu mundo (as ideologias) na leitura e interpretação da narrativa, conseguindo, assim, responder o problema abordado. Assim, ressalta-se que se conseguiu chegar aos resultados esperados através da associação feita entre a trama, seus personagens, onde as analogias entre esses: o filho pródigo, o pai de família e o filho mais velho constituem as representações sociais das ideologias relativista/materialista, o patriarca honrado e a ideologia meritocrática respectivamente.
- ItemO sertanejo de vidas secas, os sertões e a relação autor-criador personagem: uma análise Bakhtiniana(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-08) Lima, Renara Moraes; Teixeira, Heurisgleides Sousa; Silva, Claudia Rocha da; Guimarães, Maria Aparecida de SouzaEste trabalho analisa como acontece a relação autor-personagem em Vidas secas (2023), de Graciliano Ramos, considerando o modo como o autor-criador representa o sertanejo Fabiano. Pretende também relacionar essa representação com a do sertanejo realizada por Euclides da Cunha, em Os sertões (1984). Nas duas obras em questão, o sertanejo é descrito com características semelhantes, como força, religiosidade, vulnerabilidade social, apego ao lugar onde mora, situação de pobreza. Em Graciliano, o narrador onisciente seletivo múltiplo, vê além do que a personagem é capaz, estando mais ciente de todo o contexto da estória que Fabiano, personagem principal; este, sem autonomia para se comunicar, utiliza uma linguagem precária, que o narrador procura traduzir em palavras. Já Euclides da Cunha representa o outro em uma linguagem científica, naturalista e crítica, narrando o sertanejo a partir da observação da realidade imposta naquele contexto vigente, sem possuir a onisciência que lhe permite ter o conhecimento do outro ou a preocupação da retratação do discurso do outro, a voz do outro. Esta análise é viável para entender como é feita a construção estética dessas duas obras na descrição do sertanejo e sua representação socioantropológica. Para tanto, faz-se uso de uma pesquisa bibliográfica e dos estudos teóricos de Bakhtin (1997), Friedman (2002), Bosi (2003), Bueno (2001), Rego e Pinzani (2013).
- ItemAs máscaras do silenciamento: uma análise da violência contra a mulher negra em Um Defeito de Cor de Ana Maria Gonçalves.(Universidade do Estado da Bahia , 2025-08-08) Silva, Jamille Souza da; Silva, Claudia Rocha da; Teixeira, Heurisgleides Souza; Araujo, Igor Eduardo dos SantosEste trabalho tem como objetivo analisar o romance Um Defeito de Cor (2024), de Ana Maria Gonçalves, sob a perspectiva da condição do silenciamento social que historicamente é estabelecido às mulheres negras. Além disso, aborda outras formas de violência das quais essas mulheres foram (e ainda são) vítimas, tais como a violência física, praticadas por homens (e também mulheres) desde antes do tráfico transatlântico. A metodologia utilizada para realizar este estudo é de cunho bibliográfico e adota uma abordagem qualitativa, fundamentada nas considerações teóricas de Spivak (2010), Kilomba (2019), Carneiro (2020), Gonzalez (1982), Evaristo (2009; 2020; 2024) e hooks (1995). A análise se concentrou em fragmentos específicos do romance, como a inspiração em Luiza Mahin, que destaca a representação e resistência feminina no processo de luta contra a escravidão; o relato da diáspora africana através de Kehinde; a imposição dos padrões eurocêntricos e suas consequências; e as estratégias utilizadas para driblá-los; bem como as demarcações do silenciamento e da violência como consequência da condição de ser uma mulher negra e/ou escravizada. Um defeito de cor (2024), é uma contranarrativa frente à história única apregoada pela classe dominante no Brasil, por meio da desconstrução das narrativas hegemônicas e da visibilização das experiências e vivências das mulheres negras.
- ItemRodrigo S.M.: O problema da mediação do narrador intelectual junto ao seu outro de classe em A hora da estrela(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-08) Santos, Maria Rita da Anunciação Bonfim; Luz, Reane da Silva; Teixeira, Heurisgleides Sousa; Leal , Baktalaia de Lins Andrade; Salgado, Maria Luiza TeixeiraEste trabalho busca fazer uma análise teórico-literária do livro A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector, o qual, inserido pelo universo da metanarrativa permite que a história seja lida em dois planos: no primeiro, Rodrigo S.M. é narrador onisciente seletivo e, afirmando escrever uma narrativa, ocupa a função de autor-criador da história e de Macabéa. No segundo, ele é um personagem-autor e possui Clarice Lispector como sua autora-criadora. A análise feita parte da concepção teórica de que há um narrador que domina e cria sua personagem conforme seu desejo, mas que, para representar o outro de classe, necessita fazê-lo com ética, o que muitas vezes pode constituir uma falha narrativa, falha esta que Clarice expõe nesse romance. Ademais é objetivo deste estudo compreender como essa construção ocorre ao mesmo tempo em que sua narrativa. O campo de atuação do narrador, aspectos sociais e teóricos foram abordados tendo por base a sustentação teórico-metodológica de estudos feitos por Mikhail Bakhtin (1997), Norman Friedman (2002) e Regina Delcastagnè (2000), que realizaram estudos sobre a relação narrador-personagem dentro da atividade estética literária, bem como sua leitura social.
- ItemDo centro à margem: a concretude do sertão na poesia de Paulo Esdras(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-08) Carneiro, Bianca Naely Pereira; Teixeira, Heurisgleides Sousa; Silva, Claudia Rocha da; Piloto, Luzimare AlmeidaEste artigo propõe uma leitura da obra De versos sentidos, do poeta baiano Paulo Esdras, destacando como sua produção poética reinventa a tradição concretista brasileira a partir de uma perspectiva decolonial. A pesquisa, de natureza qualitativa e bibliográfica, analisa como o autor mobiliza elementos visuais, espaciais e tipográficos para construir sentidos que vão além da linguagem verbal, afirmando um pertencimento cultural ao sertão nordestino. Em sua escrita, o sertão não é ausência, mas presença viva e digna: território de resistência, identidade e memória. Ao incorporar vozes, imagens e saberes populares em sua poesia, Esdras desloca o centro da criação literária e propõe uma estética que valoriza a oralidade, a subjetividade e os símbolos da cultura local. Dessa forma, sua obra não apenas dialoga com a poesia concreta, mas a descoloniza, transformando o espaço da página em um campo sensível de resistência poética e cultural.