Do centro à margem: a concretude do sertão na poesia de Paulo Esdras
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Resumo
Este artigo propõe uma leitura da obra De versos sentidos, do poeta baiano Paulo Esdras, destacando como sua produção poética reinventa a tradição concretista brasileira a partir de uma perspectiva decolonial. A pesquisa, de natureza qualitativa e bibliográfica, analisa como o autor mobiliza elementos visuais, espaciais e tipográficos para construir sentidos que vão além da linguagem verbal, afirmando um pertencimento cultural ao sertão nordestino. Em sua escrita, o sertão não é ausência, mas presença viva e digna: território de resistência, identidade e memória. Ao incorporar vozes, imagens e saberes populares em sua poesia, Esdras desloca o centro da criação literária e propõe uma estética que valoriza a oralidade, a subjetividade e os símbolos da cultura local. Dessa forma, sua obra não apenas dialoga com a poesia concreta, mas a descoloniza, transformando o espaço da página em um campo sensível de resistência poética e cultural.