Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Profissional) em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Profissional) em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT) por Autor "Bomfim, Luciano Sérgio Ventin"
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- ItemAgroecologia em nós(UNEB, ) Bomfim, Luciano Sérgio Ventin; Barros, Edonilce da Rocha; Loiola, Marcos Victor do CarmoPensar a Agroecologia é sempre nutrir-se de ideias, sentimentos, expectativas, projetos e emoções emancipatórias. “Agroecologizar-se” é pôr-se resilientemente em um contexto ecológico mergulhado em profundos desequilíbrios, orientados por uma utopia eficiente que demarca a convicção da possibilidade objetiva da superação, pois ela está ancorada na sobriedade e na convicção de que a essência do ser humano não é a alienação imposta pelo Capital, mas sim que ele próprio é uma produção do ser humano e, sendo assim, a superação de sua lógica reificante está posta objetivamente na premissa inelutável de que a vida é uma produção humana. Dessa forma, o ser humano é o único sujeito, enquanto coletivo, capaz de transformar não só a natureza/sociedade, mas também a si mesmo. Agroecologia em nós é uma expressão que explicita o processo que cada um dos autores deste livro vem passando ao longo de suas vidas. Um processo esculpido com lutas sem fim contra a reprodução da lógica reificante do Capital em suas práxis sociais, as quais foram desenvolvidas por uma oposição intransigente contra as diversas formas de alienação do ser humano impostas pela forma capitalista de produção da vida em sociedade, bem como contra sua auloalienação. Não temos a pretensão de, com nossas ações, revolucionar o mundo, mas sim de participar intransigentemente de sua revolução para atendimento das demandas de autorrealização do ser humano. Nesse sentido, esta obra revela-se como mais uma de nossas iniciativas de não aceitar o falso imperativo do determinismo da inevitabilidade do desequilíbrio ambiental, bem como da tragédia ecológica que se abate sobre nosso planeta. Gaia não foi criada para negar a vida, mas sim para gerar vida, criá-la, reproduzi-la, embelezá-la e emancipá-la continuamente. Gaia é nossa destinação, não só nossa criação. Gaia é nosso sentido, esperança e fé raciocinada e intuída de que o mundo há de ser melhor – enfim, de que ele será o espelho de nossa imagem autorrealizada, de uma espécie que se humanizou, que de si mesma se apropriou, revolucionando o mundo. Nesse sentido o diálogo com a Carta Encíclica Laudato Si’ é a participação em rede em um movimento emancipatório no mundo, de construção consciente da transição ecológica em curso no planeta que, seguindo a força em ação do paradigma emergente da complexidade, tem gerado movimentos sociais diversos, responsáveis por mudanças favoráveis ao planeta nos mais diversos setores da vida em sociedade, da normatização legal à conscientização, cada vez maior, da imprescindível necessidade de cuidar de Gaia, porque ela é vida, vida que gera nossa vida e é por esta gerada. Esperamos enormemente que nossos textos tenham a potencialidade de provocar reflexões salutares no campo da vida, da natureza, da sociedade – enfim, do meio ambiente que criamos.