Trabalhadores de rua: uso do solo urbano e apropriação do espaço público
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Resumo
A análise e compreensão das práticas cotidianas na cidade constituem-se como objetos de estudo da ciência do Urbanismo. Neste trabalho, ao buscar o entendimento sobre como se conforma o espaço urbano, considera-se que as diferentes apropriações do espaço resultam em diferenciações de usos do solo. As diversas necessidades criadas pelos diversos usos podem ser reveladoras de antagonismos e disputas, o que também se evidencia no espaço público, em sua qualidade de espaço de todos os cidadãos. A ideia principal é partir dessa perspectiva e analisar a forma pela qual os trabalhadores de rua utilizam o logradouro público para o desenvolvimento de sua atividade laboral na cidade de Salvador, tendo em vista que o espaço é um produto social, econômico e histórico. Considera-se, ainda, que a apropriação analisada acontece no espaço público da rua, em que aspectos conceituais são utilizados de modo a construir um lastro teórico que permitirá melhor entender o cotidiano analisado no estudo de caso, onde a teoria dos circuitos da economia de Milton Santos se configura como um elemento fundamental. Partindo tanto da teoria quanto das analises empíricas, a atividade dos trabalhadores de rua nos principais acessos da Estação da Lapa é estudada, tendo em vista que está é identificada como principal articuladora dos fluxos de pessoas que transitam na área em estudo. Pode-se considerar, por fim, que a atividade dos trabalhadores de rua está intimamente vinculada ao Centro de Salvador, pela própria estrutura no uso do solo que este possui, o que permite inferir que a mesma perdurará.