Planejamento estratégico de cidades e a sua repercussão na Península Ibérica e na América do Sul
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Resumo
O presente trabalho objetiva abordar os pilares do modelo de Planejamento Estratégico de Cidades, reportando a sua implementação em algumas cidades da Península Ibérica e da América do Sul. O Plano Estratégico de Cidades é apresentado por seus formuladores como uma resposta aos desafios impostos pela globalização, como o rápido processo de inovação tecnológica e a consequente crise urbana. Aqueles sustentam que o planejamento urbano tradicional é incapaz de sanar desafios referentes à crise urbana contemporânea. O modelo fundamenta-se no “Projeto de Cidade” que consiste em reforma urbana que qualifique-a competitivamente à rede mundial urbana e torne-a atrativa ao capital transnacional. São Francisco, nos Estados Unidos, foi a primeira cidade a implementar um Plano Estratégico de Cidade, mas foi em Barcelona, na Espanha, que o modelo ganhou notoriedade mundial e o interesse de várias cidades por seu método. Torna-se providencial para a sua consagração o City Marketing, configurando-se como um importante instrumento metodológico de difusão e formação do consenso. O Planejamento Estratégico de Cidades preza pelo “urbanismo de resultados”. Segue a política de prioridade de acordo com os interesses dos agentes urbanos que financiam e deliberam o plano. O modelo figura como marco que consolida a cooperação público-privada e homologa o setor privado na gestão urbana. Consubstancia-se em um artifício para vender a cidade ao capital transnacional, atendendo aos ditames do mercado em detrimento das necessidades sociais.