Produção do espaço urbano e valorização imobiliária: uma análise da localidade Stiep entre 1980 e 2005
Data
Autores
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O espaço urbano das cidades capitalistas é caracterizado por usos diferenciados e sua produção é resultado da ação dos agentes de desenvolvimento urbano que objetivam satisfazer os seus interesses, mas que, em geral, partem para, em obtendo uma parcela da terra urbana, adquirir, a partir dela, algum tipo de renda. Como nenhuma parcela de terra da cidade é igual às outras, surgem as especificidades inerentes a cada uma, e assim elas tornam-se o que alguns autores chamam de “raridades”. Aliado ao fato do crescimento populacional nas cidades capitalistas – que geram um aumento do consumo do solo urbano –, atribui-se valor à terra urbana e passa-se a considerá-la como uma mercadoria, e a depender das amenidades que dispõe, poderá oferecer uma maior ou menor renda da terra ao seu proprietário. É neste contexto que estuda-se a localidade STIEP, mais um exemplo do que acontece na cidade de Salvador: uma parcela da terra urbana, inicialmente com pouco valor e sem infra-estrutura, e que após a atuação do Estado, no que diz respeito à disponibilização de infra-estrutura urbana e serviços públicos, tem os seus benefícios aproveitados pelos demais agentes produtores do espaço urbano, principalmente no quesito valorização fundiária e imobiliária.