O zoneamento das áreas de preservação ambiental como instrumento de manutenção biodiversidade e dos serviços ambientais nos espaços urbanos: o caso de Praia do Forte - BA
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Resumo
Nas áreas urbanas, o avanço da estrutura edificada sobre os ecossistemas naturais ocasiona uma série de impactos na sua capacidade de recompor seus ciclos e elementos naturais. Particularmente, nos países em desenvolvimento como o Brasil, que tem experimentado um rápido crescimento urbano em um curto período e carecem de integração entre as políticas de desenvolvimento urbano e preservação ambiental. Diante do cenário global de perda de biodiversidade e qualidade de vida nas áreas urbanas, a criação de zonas destinadas a preservação ambiental em quantidades suficientes é fundamental para que se equilibre a relação entre cidade e meio ambiente. Por esse motivo, este trabalho tem como objetivo principal propor critérios para avaliar se a quantidade e a disposição espacial de zonas de preservação ambientais favorecem a manutenção da biodiversidade e dos serviços ambientais nos espaços urbanos. Como estudo de caso, aplicou-se os critérios propostos em Praia do Forte com intuito de avaliar se as zonas de proteção rigorosa do local de fato favorecem a preservação do meio ecossistema local. No início da década de 1970 a localidade estudada possuía características de uma pequena vila de pescadores, e de maneira gradual se transformou em um dos principais complexos turísticos e imobiliários do Brasil. Durante o desenvolvimento da urbanização do local, impulsionado pelo capital turístico e imobiliário, uma grande quantidade de cobertura vegetal nativa foi suprimida. Porém, os gestores locais sempre buscaram ligar a imagem de Praia do Forte a preservação ambiental. Os critérios propostos na presente pesquisa permitiram avaliar se o discurso ambientalista de fato se refletiu em um zoneamento que favorece a preservação do ecossistema de Praia do Forte. Como resultado, verificou-se que Praia do Forte precisa incluir 227 hectares de área verde na sua zona de preservação rigorosa e que a prioridade deve ser conectar as duas principais unidades de conservação do local - a Reserva de Sapiranga e o Parque Klaus Peters.