Mercado Modelo: a autenticidade do artesanato, o patrimônio cultural imaterial e suas relações com o turismo
Data
Autores
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A crescente comercialização do artesanato (manual) como as "lembranças da Bahia" tem chamado atenção quanto à sua "autenticidade". No turismo cultural desenvolvido na capital baiana analisou-se o atrativo âncora, Mercado Modelo de Salvador, a fim de verificar a autenticidade do artesanato mercantilizado neste local e suas relações com o turismo. As influências da globalização, atualmente, evidenciam as tendências de consumos elevados, podendo perceber os reflexos no turismo, principalmente, pela proliferação de "arte para turistas" banalizando a essência da cultura local ou, contraditoriamente, ressaltando a necessidade de cultivar as tradições ligadas ao patrimônio cultural imaterial. Assim, deve-se ter um tratamento específico no que se referem às relações entre o turismo e o artesanato baiano. As tradições artesanais da Bahia são diversas e têm que ser geridas e monitoradas para estarem representadas em seu devido espaço, inclusive no maior centro de artesanato do país, o Mercado Modelo. Após o levantamento bibliográfico, aplicação de questionários com lojistas e freqüentadores, entrevistas a responsáveis pelo Mercado, chegou-se à conclusão que, nem todo artesanato comercializado possui vínculos com as raízes culturais da Bahia, que deve ser repensada a atual gestão do atrativo âncora, como também uma significativa parcela dos lojistas buscam em outros estados do país, os produtos que podem ser encontrados na Bahia.