Aquisição de tolerância à estresses abióticos: contribuição dos genes da família terpeno sintase em mamona (Ricinus communis. L)
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Resumo
Das dificuldades que permeiam o estudo dos terpenos, destaca-se a complexidade que envolvem os genomas das espécies envolvidas e as restrições quanto ao estudo das vias biossintéticas para a maioria destes compostos. Este trabalho objetivou fornecer subsídios teóricos e metodológicos para a obtenção de linhagens de Ricinus communis com elevada tolerância à estresses abióticos que possam ser utilizadas em programas de melhoramento genético e para o desenvolvimento de cultivares que possam ser plantadas pelo pequeno agricultor rural, mediante caracterização bioquímica e molecular do comportamento de genes da família terpeno sintase. Os resultados obtidos neste trabalho identificaram 46 genes responsáveis pela produção de enzimas altamente especializadas e conhecidas como Terpeno sintase. .A localização subcelular, distribuição de éxons, íntrons, regiões regulatórias transcricionais bem como elementos cis promotores são relatados. A designação de subfamílias (TPS-a – TPS-g) são apresentadas de acordo com a classificação de motifs conservados encontrados nas sequências e estrutura dos genes. Foram encontrados em todos os genes domínios C-terminal e N-terminal no Pfan característicos das enzimas terpenos sintase (PF01397 e PF03936). Além disso, foram encontrados nos genes padrões de motifs conservados, DDXXD, DXDD, NSE/DTE e RRX8W. Sequências de TPS foram alinhadas frente outras espécies modelos e foi comprovado a presença do motif canônico DDXXD, essencial para a regulação enzimática que catalisa a primeira ionização em IPP e DMAPP. Para analisar os efeitos da temperatura (20, 30 e 35 °C), concentração salina (25 mM; 50 mM; e 100 mM de NaCl) e déficit hídrico (-0,2 MPa; -0,6 MPa e -1 MPa) em plântulas de Ricinus communis do genótipo Paraguaçú, foi medido o comprimento de raízes e hipocótilos e a massa seca das raízes, hipocótilos, endospermas e cotilédones após 72 horas de germinação e submetidas aos estresses. forma geral comprometeu a alocação de biomassa nas raízes, hipocótilos, endosperma e cotilédones. Os comprimentos das raízes e dos hipocótilos evidenciaram um desvio da normalidade quando expostas ao estresse térmico em 20°C e não houveram diferenças significativas no comprimento das raízes e hipocótilos expostos à 35°C. Com estes achados, podemos observar possíveis translocações de biomassa, transferências de recursos que darão suporte a planta para atravessar os períodos de estresse.