Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC)

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    O projeto pedagógico do MST: a intenção e o gesto
    (Universidade do Estado da Bahia, 2003-04-20) Rodrigues, Rosana Mara Chaves; Nascimento, Antônio Dias; Germani, Guiomar Inez; Santos, Stella Rodrigues dos
    O presente estudo analisa o processo de implementação do Projeto Pedagógico do MST para as escolas dos assentamentos, nas escolas União e José Gomes Novais nos Projetos de Assentamento Paixão e União, situados no Município de Vitória da Conquista, na Região do Sudoeste da Bahia, com o objetivo de identificar que elementos importantes de resistência e de mudança emergem do confronto entre uma proposta educativa que se pretende transformadora, libertadora e inclusiva e a realidade local, estruturada segundo os padrões sociais e culturais que tendem a reproduzir a condição de dependência, submissão e exclusão.Para apreender essa temática, decidiu-se pelo Estudo de Caso, que permite um contato direto com a situação pesquisada. Como instrumentos de pesquisa, lançou-se mão de entrevistas semi-estruturadas, conversas informais, observação com registro em diário de campo e coleta de materiais produzidos pelos alunos.A fundamentação teórica para o estudo em questão calcou-se na idéia de escola como espaço de construção, transformação e libertação. Ao se analisar a proposta de educação do movimento, foram identificados, entre seus princípios, categorias propostas por Ernst Bloch, Antônio Gramsci e Paulo Freire, tais como as de utopia, transformação e libertação. No município de Vitória da Conquista, o MST tem estabelecido, junto à Prefeitura, canais de negociação, de modo a possibilitar a implementação do projeto na localidade, tendo já garantido autonomia para fazer uma pré-seleção dos professores que vão atuar em escolas de assentamentos para que, no mínimo, garantam a escolha de um professor sensível à sua proposta, e uma reunião quinzenal dos professores para estudar o projeto e planejar as aulas. Registra-se, no entanto, que há dificuldades para a transformação das rotinas das escolas, além de resistência dos professores e do grupo e da comunidade na adoção de novidades ou de engajamentos em projetos vindos de fora do grupo.
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    A contação de histórias e o enlace formativo para a práxis docente
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-31) Magalhães , Joselice de Cássia Carneiro; Oliveira, Rosemary Lapa; Beltrão, Licia Maria Freire; Silva , Ana Lúcia Gomes da
    A Contação de Histórias (CH), uma prática de oralidade da vida humana, atravessa tempos, espaços e permanece cultivada e adaptada aos diferentes meios de se apresentar e ensinar. Essa narrativa convoca para aprendizagens fundantes em torno da educação cidadã, com vivências de emoções e criações imaginárias, aproximação e interação com o outro, desenvolvendo o senso de coletividade. Esta dissertação é fruto de diálogo teórico na área da formação docente, com base na investigação de sentidos atribuídos à CH, por docentes e estudantes de Pedagogia da UNEB, para o enlace da práxis docente. O objetivo em compreender, no discurso desses docentes e estudantes da graduação, como as atribuições à CH se relacionam com a práxis docente, nas Formações Discursivas (FDs) constituídas no processo da formação docente. Como em gestos de uma ciranda, o estudo se desenvolveu durante as abordagens qualitativas da pesquisa, apoiado nos aportes teóricos e metodológicos para a circulação das aprendizagensnas FDs, sobre a CH e a docência, apreendidas no contexto de distanciamento social, da pandemia da Covid-19. Aproximou-se dos etnométodos etnográficos, segundo a concepção de Macedo (2015) e de outros, como Gatti (2005); na concepção de práxis de Paulo Freire (1979; 2011), de Gadotti (1994; 2000) e Sanchez Vàzquez (1977; 2007); e na contação de histórias, as referências principais foram Oliveira (2019; 2020), Santos (2013; 2018) e Apoema (2018). Foram realizados a observação e os estudos sobre a constituição do/a docente contador/a de histórias, no Seminário Temático de Educação I: Contação de Histórias (STE-I-CH) e grupo focal online, em encontros com oito colaboradores/as da pesquisa, participantes do curso. Os discursos proferidos no segundo espaço e gravados em áudio, após análise em estudos teóricos de Orlandi (2009; 1987) foram adicionados às impressões e anotações próprias, no diário de campo, e compuseram, junto ao diálogo teórico, a tessitura deste texto. Os resultados são percebidos nas mudanças das FDs em torno do discurso pedagógico, estas, refletidas na relação da consciência da práxis, na qual a CH foi compreendida como aliada potencial, na criação imaginativa e no desenvolvimento de princípios e valorização dos saberes da multiculturalidade e das manifestações culturais, que existem, tanto no ambiente escolar quanto fora dele, saberes que estão adormecidos e anestesiados na educação atualmente, além de impulsionar docentes a promoverem ações pedagógicas com estimulação das expressividades corporais. Em conclusão, pode-se dizer que a prática pedagógica desenvolvida no STE-I-CH, em torno da CH e da intencionalidade da conscientização sobre a práxis docente, proporcionou experiência de aprendizagens para os/as colaboradores/as da pesquisa e, como docente em formação, sobretudo, através das FDs analisadas, houve o reconhecimento da importância da oralidade para as práticas docentes, implicada na formação docente, na perspectiva da criticidade em torno da educação e contemporaneidade. Essa leitura é uma provocação aos caminhos de desenvolvimento da prática pedagógica pela práxis e CH.
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    Se afeta, é afeto: representações sociais de professor sobre a (in)disciplina no ato de ensinar e aprender
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-26) Oliveira, Antonia Magaly Conceição de; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Câmara, Antonio da Silva; Pinto, Ivany do Nascimento; Santos, Luciano Costa
    A pesquisa nomeada “Se afeta, é afeto: representações sociais de professor sobre a (in)disciplina no ato de ensinar e aprender” objetiva apreender os afetos manifestos e latentes que se inscrevem nas representações sociais de professor sobre a (in)disciplina no ato de ensinar e aprender. A centralidade deste estudo referenda a escuta desses afetos e a identificação dos aspectos simbólicos que se ancoram nas manifestações subjetivas de professores sujeitos. O traço teórico desta investigação está referenciado em alguns conceitos da teoria psicanalítica freudiana e na abordagem processual da Teoria das Representações Sociais. A metodologia assenta-se em uma pesquisa qualitativa em educação, apropriando-se dos dispositivos de colheita: roda de conversa, entrevista semiestruturada e caderno afetivo. A Escola Municipal Pedro Paranhos, unidade da educação básica de Lauro de Freitas/BA, constitui o locus desta pesquisa e empresta os sujeitos: 7 (sete) professores(as) dos anos finais do ensino fundamental que lecionam nesta escola, selecionados(as) pela ordem do desejo. A análise das falas e das evidências vindas do campo empírico fundamenta-se na Análise do Discurso (AD) sob a vertente francesa. Ainda que muitos estudos já tenham teorizado a respeito da (in)disciplina, o tema mantém-se contemporâneo, inquietando inúmeros(as) professores(as) nas salas de aulas. A busca por uma abordagem com veia inovadora se corporifica na análise de afetos e da subjetivação para ampliação das perspectivas de conhecimento e intervenção. Os resultados apontam para um entendimento mais profundo do fenômeno da (in)disciplina, com reflexões e objetivações para práticas pedagógicas mais acolhedoras e estratégias de intervenção mais contextualizadas e afetivas. As unidades de análise fundantes para este estudo são: inquietação do(a) professor(a); brincar como (des)construção da (in)disiciplina; ausência da família no processo educativo; marcadores sociais; escola, lugar de transcender; uso das tecnologias em sala de aula; afetos ancorados à (in)disciplina em sala de aula; concepções, tratativas e (re)significações da (in)disciplina. A pesquisa revela que a (in)disciplina no ato de ensinar e aprender é ancorada nas representações sociais de tristeza, impotência, frustração, solidão, não saber o que fazer, cansaço, irritação, desafio, mal-estar, desânimo e compadecimento, afetos desprazerosos. Esta discursividade oportuniza reflexões e (re)criações do ato de ensinar e aprender, mediante outras escutas e novas representações sobre a (in)disciplina e os seus afetos vinculados.
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    Condições de trabalho de mulheres coordenadoras pedagógicas na/da educação básica
    (Universidade do Estado da Bahia, 2023-08-18) Santos, Arielma Galvão dos; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Silva, Fabricio Oliveira da; Sales, Mary Valda Souza
    Esta pesquisa teve como objetivo compreender as condições de trabalho de professoras coordenadoras pedagógicas de unidades escolares da Educação Básica, no município de Salvador. O estudo foi desenvolvido com Coordenadoras Pedagógicas do Núcleo Territorial 26 – NTE 26, do polo Brotas. A Conversa foi adotada como metodologia de pesquisa, tendo como dispositivo as rodas de conversa, como espaços narrativos com o objetivo de propiciar e revelar as interpretações das professoras coordenadoras pedagógicas sobre as condições de trabalho e questões de gênero. O trabalho utilizou a abordagem hermenêutica para analisar de forma interpretativa-compreensiva os discursos colhidos durante a pesquisa de campo. Os resultados revelaram as condições de trabalho das professoras coordenadoras pedagógicas e que a opressão de gênero também se materializa através de precárias condições de trabalho. As coordenadoras pedagógicas compreendem que existem desigualdades e preconceitos de gênero e que as mulheres são atravessadas pelas questões de gênero na vivência das condições de trabalho na/da educação básica. É preciso melhorar as condições de trabalho docente, reconhecer as diferenças, bem como combater a precarização e as desigualdades social e historicamente construídas entre homens e mulheres.
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    Modos de ser professor/a na educação profissional técnica integrada: o tecer da vida-profissão
    (Universidade do Estado da Bahia, 2021-08-19) Silva, Lúcia Maria Menezes; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Prado, Guilherme do Val Toledo; Menezes, Graziela Ninck Dias; Silva, Ana Lúcia Gomes da
    Esta pesquisa busca compreender os modos como se constituem as identidades docentes dos professores bacharéis que atuam na Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino da Bahia. A pesquisa analisou como as experiências de vida, formação e profissão contribuíram na tessitura dos modos de ser professor, a partir da constituição das identidades docentes, na trajetória de formação profissional, na inserção no mercado de trabalho e na atuação na Educação Profissional. A pesquisa foi desenvolvida no Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão Severino Vieira (CEEPSV), em Salvador, envolvendo duas professoras e três professores bacharéis. O estudo tem natureza qualitativa e foi desenvolvido a partir da Pesquisa Narrativa, utilizando-se de entrevistas narrativas como dispositivo da pesquisa. A análise dos dados fundamentou-se nos pressupostos hermenêuticos com a finalidade de compreender os sentidos produzidos pelos professores colaboradores da pesquisa, sobre suas trajetórias de vida-profissão e no contexto da docência. O estudo revelou que em suas trajetórias de vida-formação-profissão, os docentes bacharéis chegaram à docência pelos movimentos da vida-trabalho, não por uma construção formativa para a referida profissão, e, com o tempo, tornam-se de fato professores e constituem a sua identidade docente a partir das diversas socializações realizadas/construídas no cotidiano da escola, ficando em formação permanente, aliado às oportunidades familiares, às experiências profissionais e sociais de cada docente, aliados aos seus próprios processos internos de construção das suas identidades contribuíram com a constituição das identidades pessoal e profissional. Revelou, ainda, que os docentes das disciplinas técnicas são selecionados para exercer as suas atividades na Educação Profissional Técnica por meio de contratação temporária, podendo permanecer ou não em uma mesma escola. Nesse sentido, no movimento das identidades, atravessam do não-lugar para o entre-lugar, às vezes ocupando duas profissões, duas formações. Ser e não ser professor. O estudo também demonstrou como os marcadores sociais das diferenças agregaram às composições da identidade docente desveladas pela constituição de si como docente. Diante das narrativas dos docentes, o estudo revela a necessidade de adensar a formação continuada para os/as docentes que atuam nesta modalidade de educação. Há necessidade de estabelecer um plano de formação continuada para esses profissionais, uma vez que em seus contextos as escolas que ofertam educação profissional integrada assumem identidades próprias, conectadas aos Territórios de Identidade as quais fazem parte.