Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)

O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) vem para ampliar a oferta ao Ensino de Pós-graduação à sociedade baiana, nordestina e nacional, com ênfase na valorização dos recursos naturais, territórios de identidade, bem como a sua relação com a saúde humana e animal, ampliando os estudos sobre Ciências Farmacêuticas e áreas afins, de forma integrada e interdisciplinar. A partir disso, esse Programa abraçará a valorização dos recursos naturais, a sua relação com a atenção à saúde, análise de variáveis que interferem no processo saúde/doença, assim como o avanço tecnológico e inovações. O Programa estará direcionado por duas grandes linhas: Linha 1) Prospecção de Fármacos e Recursos Naturais; e Linha 2) Avaliação de Fármacos, Biomarcadores, Produtos Naturais e Sintéticos. O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas, Mestrado Acadêmico, nasce para exercer relevante papel técnico, Científico e social. Para tal, proporcionará o aperfeiçoamento profissional de docentes e egressos da UNEB, demais Universidades e Faculdades do Estado da Bahia, região Nordeste e outras regiões do país, quicá, de outros países, assim como a inserção desses profissionais na pesquisa e mercado de trabalho.

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    Perfil do uso de anticoagulantes em pacientes com câncer ginecológico em um hospital de Salvador, Bahia
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-02-26) Santos, Marlane Marna Santos e; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Niño Jesus Fernandez; Teles, André Lacerda Braga; Silva Júnior, Geraldo Bezerra
    Introdução: Dentro das doenças cardiovasculares agudas, o tromboembolismo venoso (TEV) é uma das complicações mais comuns em pacientes com câncer ginecológico, pelo estado pró-trombótico e exposição a terapias vasculotóxicas. Objetivos: Discutir o perfil de uso de anticoagulantes para prevenção ou tratamento de TEV em pacientes com câncer ginecológico acompanhadas em um hospital especializado. Materiais e Método: Foi realizado um estudo transversal no Hospital da Mulher, localizado em Salvador, Bahia entre agosto de 2023 e 2024 (1 ano), constituído por análise de prontuários médicos para rastreamento do perfil de uso e também identificação de possíveis eventos adversos. Resultados e Discussão: Foram avaliados os prontuários eletrônicos de uma população de 2.865 mulheres, sendo selecionadas 117 pacientes, com média de idade de 57,20 anos. A neoplasia maligna de colo de útero (42,74%) foi a mais frequente, seguida pela neoplasia maligna de ovário (29,06%). Dentro das pacientes que apresentaram evento adverso, o anticoagulante mais utilizado foi a enoxaparina (40%) (p<0,0001). A cisplatina foi o antineoplásico mais frequente entre os pacientes que apresentaram TEV (20,4%), sem associação estatisticamente significativa. O escore de Onkotev apresentou uma performance preditória de risco tromboembólico melhor do que os escores de Khorana e Protecht. Conclusão: O presente estudo se configura como um dos primeiros na Bahia que buscou investigar o perfil do uso de anticoagulantes neste grupo. Não houve associação significativa entre a quimioterapia e o desfecho de TEV, o mesmo para os tipos de neoplasia, entretanto, a neoplasia maligna de colo de útero se apresentou como a que teve maior odds ratio desse desfecho.
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    Avaliação da utilização de anti-inflamatório não esteroidais(AINEs) e triptanos por pacientes diagnosticados com enxaqueca em uma clínica escola multiprofissional
    (UNEB, 2025-02-25) Nascimento, Jéssica da Silva; Pires, Benjamim Leal Pires; Embiruçu, Emília Katiane; Freitas, Humberto Fonseca de
    Introdução: A enxaqueca é um distúrbio neurológico caracterizado por crises de cefaleia intensa, podendo ser classificada em enxaqueca com ou sem aura. O tratamento inclui anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e triptanos, que atuam nos receptores serotoninérgicos para aliviar os sintomas. No entanto, a eficácia desses medicamentos varia entre os pacientes, exigindo abordagens personalizadas. Fatores genéticos e metabólicos influenciam a resposta ao tratamento, com polimorfismos nas enzimas do citocromo P450 impactando a metabolização dos fármacos. Pacientes com enxaqueca crônica e comorbidades tendem a ter menor resposta aos tratamentos convencionais. A farmacogenética surge como uma estratégia promissora para personalizar a terapia e melhorar os resultados clínicos. Objetivos: Avaliar a utilização de AINES e triptanos em pacientes enxaquecosos atendidos em uma clínica escola e analisar fatores associados à resposta a esses medicamentos. Materiais e Métodos: O Projeto Livre da Enxaqueca oferece tratamento gratuito e multidisciplinar a pacientes com enxaqueca. O foco é o Gerenciamento da Terapia Medicamentosa (GTM), priorizando o uso de AINEs e, caso ineficazes, triptanos ou medicações profiláticas. Entre fevereiro e novembro de 2023, foram analisados prontuários de pacientes atendidos nesta clínica que utilizam AINEs e triptanos . Foram pesquisados nessa amostra fatores que podem influenciar o metabolismo desses fármacos, entre eles a presença de comorbidades e medicamentos utilizados para outros fins. Em paralelo, foi conduzida uma revisão sistemática, cujo protocolo foi registrado na plataforma PROSPERO (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/) para analisar a influência genética na resposta aos triptanos, considerando estudos observacionais etiológicos nas bases científicas PubMed, Web of Science e Embase, a qual foi submetida à revista Brain and Behavior (Editora Wiley, até o momento em análise). Resultados e Discussão: A análise dos prontuários do projeto "Livre de Enxaqueca" revelou um perfil homogêneo dos pacientes, composto exclusivamente por mulheres, com histórico de enxaqueca desde a adolescência. A frequência das crises variou entre 1 e mais de 4 episódios por mês, e 62,65% dos pacientes apresentavam comorbidades, como ansiedade, depressão, diabetes e hipertensão. O IMC médio indicou sobrepeso, sugerindo uma possível relação entre excesso de peso e a intensidade das crises. A hipertensão foi a comorbidade mais frequente (32,3%), seguida por transtornos de ansiedade (29%) e endometriose (16,1%). Já a dipirona foi o medicamento mais utilizado (80,6%) na diminuição das crises e também a principal causadora das reações alérgicas, relatadas por 26,47% dos pacientes. O uso contínuo de medicamentos como Losartana, Metformina e Fluoxetina foi frequente, destacando a necessidade de monitoramento para evitar interações adversas. Foram listadas e discutidas as possíveis influências dos medicamentos de uso contínuo e das comorbidades na eficiência dos AINEs e triptanos utilizados por esses pacientes. Destacou-se as possíveis interações entre AINEs e anti-hipertensivos e o risco da síndrome serotoninérgica quando se utilizam triptanos e antidepressivos. Quanto à revisão sistemática realizada, observou-se que há poucas evidências da influência de genes associados à baixa resposta ao uso de triptanos em pacientes com migrânea. Foi encontrada uma associação significativa porém pequena, para variantes dos genes SLC6A4, 5-HT1B,e COMT e a resposta aos triptanos, enquanto variantes dos genes CALCA e PRDM16 apresentaram evidências moderadas, e variantes dos genes GRIA1 e SCN1A apresentaram evidência limitada de não resposta. Isso indica a necessidade de mais pesquisas na área de farmacogenética que validem estudos de associação. Conclusões: Esse estudo conseguiu caracterizar o perfil dos pacientes atendidos na clínica escola entre Março 2023 a Setembro de 2024. O atendimento nessa clínica multiprofissional incluiu intervenções não farmacológicas e a manutenção do uso de AINEs em pacientes, após orientações, enquanto a utilização de triptanos foi menos expressiva. A revisão sistemática conduzida não encontrou evidências fortes que assegurem a utilização de testes genéticos pontuais para avaliar o risco de não resposta aos triptanos, porém estão sendo avaliados a utilização de pontuações de risco genético para esse fim.
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    Análise do tratamento farmacológico na doença pulmonar obstrutiva crônica: comparação de protocolo clinico X estudo de vida real em uma unidade de saúde de atenção especializada de Salvador, Bahia, Brasil
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-19) Rocha, Gustavo Azevedo; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Santos Júnior, Anibal de Freitas; Souza, Márcio Costa de
    A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) se caracteriza por sintomas respiratórios persistentes, com limitação do fluxo aéreo, associada a uma resposta inflamatória anormal devido a exposição a partículas ou gases nocivos. O objetivo principal foi comparar os esquemas terapêuticos preconizados pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para a DPOC versus o oportunizado em um ambulatório público de pneumologia no estado da Bahia, Trata-se de um estudo de vida real, quantitativo, descritivo e comparativo, de corte transversal, onde serão avaliados os indivíduos portadores da DPOC bem como a prescrições de seu tratamento de acordo com o que propõe a Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (2022) sobre a classificação desses medicamentos para o tratamento da DPOC. Participaram desse estudo pacientes de ambos os sexos, atendidos ambulatorialmente em um serviço público estadual de referência para indivíduos portadores de doenças respiratórias na cidade de Salvador – BA que atenderam aos critérios de inclusão: Serem portadores de DPOC, com diagnóstico exposto em prontuário. Foram excluídos aqueles que se recusaram a participar da pesquisa, bem como os que possuíam algum impedimento neurocognitivo a exemplo do diagnóstico de Alzheimer. A coleta de dados aconteceu por meio de entrevista utilizando questionário elaborado pelos pesquisadores, contando com variáveis sóciodemográficas e sobre a doença, impacto clínico da doença através do Airways Questionnaire 20 (AQ20), grau de dispneia pela escala Medical Research Council (mMRC) modificada e o impacto dos sintomas no cotidiano dos pacientes através do COPD Assessment Test (CAT) versão português. A pesquisa só foi iniciada após aprovação pelo comitê de ética e pesquisa sob o número 6.250.690 de 2023. Para a análise dos dados foi utilizado o banco de dados estruturado no software Microsoft Office Excel, através do software SPSS. Participaram do estudo 101 pessoas, a maioria do sexo masculino, com idades que variavam entre 42 e 85 anos, e que se autodeclararam pardas e residentes em Salvador, possuíam ensino fundamental incompleto e recebiam menos de dois salários mínimos (< R$ 2.640,00). Os participantes foram classificados nos grupos A, B e D a respeito da DPOC, levando em consideração a classificação GOLD de 2022, 61 deles não apresentaram exacerbação nos últimos 12 meses e 88 não foram internados. Não houve impacto significativo sobre a qualidade de vida para aqueles que seguem ou não o protocolo. Ao ser utilizado o COPD Assessment Test, não houve diferença entre os grupos. Quanto a Medical Research Council, o grupo que segue o protocolo obteve mediana igual a 2, e aquele que não segue obteve mediana igual a um. Para nenhuma das variáveis estudadas foi possível observar diferenças estatísticas significativas quando comparado o grupo que seguiu o protocolo com o que não seguiu. Logo, apesar da existência de um protocolo que guia o tratamento medicamentoso da DPOC no país, a terapêutica substitutiva utilizada nesse estudo responde positivamente no que diz respeito ao controle da sintomatologia e consequentemente das exacerbações e internamentos, refletindo positivamente na qualidade de vida dos participantes.
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    Produtos de cannabis: inovações farmacêuticas
    (UNEB, 2024-08-29) Lima, Vanessa Castro Felix; Alves, Isabel Almeida; Motta, Milleno Dantas; Paz, Odailson Santos Paz
    Este trabalho aborda os produtos de cannabis sob duas perspectivas interligadas: inovações farmacêuticas e judicialização. Inicialmente, explora-se o avanço nas tecnologias de liberação de medicamentos à base de cannabis, com foco em sistemas inovadores como vesículas extracelulares, microneedles e emulsões, que visam melhorar a biodisponibilidade e estabilidade dos canabinoides, ampliando seu uso terapêutico. Esses sistemas são desenvolvidos para superar limitações farmacocinéticas, como a baixa solubilidade dos canabinoides, possibilitando uma administração mais eficaz e segura para condições médicas, como dor crônica e hipertensão pulmonar.Além das inovações, o trabalho analisa a judicialização relacionada ao fornecimento de produtos de cannabis no estado da Bahia entre 2015 e 2024. Os dados mostram um aumento significativo das demandas judiciais, especialmente a partir de 2020, refletindo as lacunas na regulamentação e no acesso a esses produtos. O estudo também revela os desafios enfrentados no sistema de saúde pública e no sistema judiciário, incluindo a falta de uniformidade regulatória entre os estados e os altos custos administrativos. A judicialização reflete a busca por acesso a terapias inovadoras em meio a um cenário regulatório ainda fragmentado. Diante desse contexto, o artigo destaca a necessidade de políticas públicas e regulamentações mais claras e consistentes, tanto para facilitar o acesso equitativo aos produtos de cannabis medicinal quanto para apoiar a incorporação dessas inovações farmacêuticas no sistema de saúde. A integração dessas abordagens pode contribuir para maior eficiência no tratamento de pacientes e para a redução das disparidades no acesso a esses produtos, especialmente em um ambiente de crescente demanda. Palavras-chave: Fitocanabinoides; Patentes; Sistemas de Liberação de Fármacos; Judicialização da Saúde; Judicialização na Obtenção de Medicamentos; Cannabis sativa.
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    Avaliação do efeito do óleo essencial do capim-santo - Cymbopogon citratus (DC) Stapf- sobre a contratilidade e atividade elétrica do coração de cobaia (Cavia porcellus)
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-09-27) Pinheiro, Grazielle Ribeiro de Queiroz; Gondim, Antonio Nei Santana; Santos Junior, Aníbal de Freitas; Vasconcelos, Carla Maria Lins de
    Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte no mundo. Este fato faz com que a busca por novos fármacos com potencial efeito no sistema cardiovascular seja de grande interesse. Vários estudos demosntraram os efeitos da planta Cymbopogon citratus (DC) Stapf (C. citratus), popularmente conhecida como capim-limão no sistema cardiovascular, entre eles, os efeitos hipotensor e vasodilatador. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo investigar a atividade contrátil, antiarrítmica e os possíveis mecanismos de ação do óleo essencial do C.citratus (OECC) sobre o músculo cardíaco, bem como seu o efeito sobre a corrente de canais iônicos de sódio (NaV 1.5) e cálcio (CaV 1.2) dependentes de voltagem. Materiais e métodos: Para os experimentos de contratilidade foram utilizados átrios esquerdos e direitos isolados de cobaia (Cavia porcellus) montados em cuba para órgão isolado. Para os experimentos de eletrofisiologia, utilizou-se células embrionárias de rim humano, linhagem 293 (HEK293), nas quais os canais NaV1.5 humano foram transitoriamente expressos, usando um sistema de expressão heteróloga. Para as medidas de corrente do CaV1.2, foram utilizados cardiomiócitos de cobaia. As medidas eletrofisiológicas foram realizadas por meio da configuração whole-cell da técnica de patch-clamp. Resultados e discussão: Os resultados demonstraram que o OECC possui efeito inotrópico e cronotrópico negativo, de modo dependente de concentração e parcialmente reversível. O valor da IC50 (concentração que induz metade do efeito máximo) para redução da força de contração foi de 106,8 ± 32,15 μg/mL (n=5). Para a frequência cardíaca o valor da IC50 foi de 210,5 ± 28,44 μg/mL (n=8). Ainda foi possível observar que o OECC possui atividade arritmogênica, o qual induziu o surgimento de contrações espontâneas, conhecidas como extrassístoles, em 4 de um total de 5 átrios estudados. Além disso, o OECC apresentou atividade proarrítmica, pois diminuiu o tempo de início das arritmias induzidas por ouabaína em 67,79% (n=4). Houve uma redução na amplitude do pico de INa e ICa-L de maneira dependente de concentração, com IC50 =216,2± 42,28 μg/mL (n=3-4) e IC50=132,8 ± 45,65 μg/mL (n=9), respectivamente. Ainda, o OECC deslocou a curva de ativação do CaV1.2. Conclusão: O OECC apresentou efeito cardiodepressor, por inibir as correntes de Na+ e Ca2+. O OECC também demosntrou possuir atividade arritmogênica.