Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)

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    Perfil de uso de medicamentos e adesão terapêutica em indivíduos com Epidermólise Bolhosa em um centro de referência em Salvador-Bahia: estudo transversal
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-27) Araújo, Marta Moura; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Leite, Maria Efigênia de Queiroz
    Introdução A Epidermólise Bolhosa (EB) é uma doença rara, caracterizada por alterações nos tecido cutâneo e mucoso com a presença de lesões bolhosas e erosões da pele ocasionadas por mínimos traumas. As principais consequências são o prurido, infecção de pele, anemia, desnutrição crônica e dor. O tratamento é sintomático, com uso de coberturas especiais para as feridas, e uma gama de medicamentos para reduzir os sintomas apresentados. Na Bahia, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) é referência para tratamento da EB. Objetivo: Investigar o perfil de uso de medicamentos e a adesão terapêutica em indivíduos com EB na Bahia Método: Estudo transversal com os indivíduos atendidos com EB entre julho e dezembro de 2023. A gravidade da doença e a adesão terapêutica foram avaliadas, respectivamente, pelo Escore de Gravidade da Epidermólise Bolhosa de Birmingham (BEBS) e o Brief Medication Questionnaire (BMQ). Estatística descritiva e prevalência de uso de medicamentos foram descritos, agrupados por tipo de medicamento (anti-histamínicos, antibióticos, reposição de ferro, outras vitaminas e oligoelementos, analgesia e psicotrópicos). Análises multivariadas foram realizadas com a Regressão Linear Múltipla (RLM) e a Regressão de Poisson com variância robusta (RPVR). Resultados: Foram avaliados 48 pacientes, na maior parte crianças com faixa etária entre 1 a 11 anos (43,7%), sexo feminino (56,2%), pardas (41,6%), cuidadas pela genitora (58,3%) e com subtipo EB distrófico (66,6%). O uso de anti-histamínicos (50,0%), suplementação/reposição de ferro (50,0%) e vitaminas (39,5%) predominaram entre os avaliados. Em média(DP), os pacientes referiram usar, nos últimos sete dias, 2,4(1,8) medicamentos/dia, variando de 0 a 6 classes diferentes. Aqueles com EBD/EBJ usaram, em média(DP), o dobro de medicamentos/dia, comparados àqueles com EBS (2,7[1,7] vs. 1,3 [1,4];p=0,016). Observou-se uma associação significativa entre a gravidade da doença e o maior número de medicamentos (p<0,001). A adesão a todos os domínios do BMQ foi de 31,3%, sendo o domínio crença o mais aderente (31,3%) e o domínio recordação o menos aderente (47,9%) (p<0,001). Após ajuste para o tipo de cuidador e gravidade da doença, o número de medicamentos foi associado à não adesão em todos os domínios do BMQ (RP: 1,16: IC95%: 1,01 - 1,36;p=0,029). Conclusões: Foi observado o predomínio da polifarmácia entre os pacientes estudados e uma correlação entre o número de medicamentos e a gravidade da doença, o que se reflete no maior uso de medicamentos entre os pacientes com as formas distrófica recessiva e juncional. O uso de anti-histamínicos, vitaminas e suplementação de ferro predominaram entre os avaliados. A adesão terapêutica foi maior entre o domínio "crença" e entre os pacientes adultos que eram os próprios cuidadores. Um aumento no número de medicamentos utilizados foi associado a não adesão, após ajuste para gravidade da doença e cuidador responsável pela administração do medicamento.
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    Avaliação in vitro de inéditos complexos de rutênio contendo o ligante 1H-indazol como potenciais agentes antiparasitários e citotóxicos
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-21) Cezar, Isabela Santos; Meira, Cássio Santana; Sá, Denise Santos de; Guimaraes, Elisalva Teixeira; Santos Filho, Osvaldo Andrade
    Introdução: Diferentes problemas de saúde pública atingem e debilitam indivíduos em todo o mundo, entre eles, o câncer, segunda principal causa de óbito no mundo e doenças negligenciadas endêmicas nas Américas, como as leishmanioses e a doença de Chagas. Tais doenças possuem tratamento de eficácia limitada e a fisiopatologia atrelada a elas justifica e fortalece a necessidade da descoberta de novos candidatos terapêuticos. Nesse contexto, os complexos de rutênio se inserem como possibilidade terapêutica para tratar essas diferentes enfermidades. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade citotóxica, leishmanicida e tripanocida dos complexos metálicos cis-[RuCl2(phen)2] (FOR020), cis-[RuCl(indz)(phen)2]+PF6-(FOR022) e cis-[Ru(indz)2(phen)2]2+(PF6-)2 (FOR0E2) e compreender o mecanismo de ação tripanocida. Materiais e Métodos: A citotoxicidade dos complexos foi avaliada em células tumorais prostáticas (PC-3 e LnCap), hepática (HepG2), leucêmica (HL-60) e colorretal (HCT116) e em cardiomiócitos (H9c2), fibroblastos (MRC-5) e macrófagos peritoneais, linhagens não cancerosas, pelo método de AlamarBlue. A avaliação da atividade leishmanicida em amastigotas e promastigotas de Leishmania amazonensis também utilizou o método de AlamarBlue. A ação anti-Trypanosoma cruzi foi investigada a partir da contagem de tripomastigotas viáveis (cepa Y) em câmara de Neubauer e expresso em valores de concentração inibitória de 50% (CI50). Em adição, ensaios de microscopia eletrônica e de citometria de fluxo utilizando marcador de despolarização mitocondrial (Rodamina123) e de produção superóxido mitocondrial (MitoSox) foram realizados utilizando tripomastigotas tratadas com o complexo FOR0E2. Resultados e Discussão: O FOR0E2 apresentou o melhor perfil citotóxico, leishmanicida e tripanocida, devido a presença de duas moléculas do ligante biologicamente ativo 1H-indazol em sua estrutura. Demonstrou atividade citotóxica com CI50, variando de 10,7 a 25,2 μM para as células cancerosas HL-60 e HCT116, respectivamente. Em adição, apresentou atividade antiparasitária frente as formas promastigotas e amastigotas de L. amazonensis, com valores de CI50 de 5,7 μM e 1,6 μM respectivamente, com um maior índice de seletividade (IS; 5,3) para formas amastigotas. Por fim, o FOR0E2 foi o complexo mais potente e seletivo frente as formas tripomastigotas de T. cruzi com valor de CI50 de 0,3 μM, sendo mais ativo que o benzonidazol (CI50 = 12,5 μM). O tratamento induziu alterações morfológicas na mitocôndria, o que é reforçado por uma significativa despolarização mitocondrial e aumento na produção de superóxido mitocondrial, indicando a mitocôndria como um alvo-chave do complexo. Conclusão: O complexo FOR0E2 demonstrou atividade citotóxica e antiparasitária, sendo a atividade tripanocida relacionada a alterações mitocondriais.
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    Perfil de adesão ao tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB) em usuários atendidos nas unidades de saúde do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário do Município de Salvador - Bahia
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-27) Ramos, Magno Oliveira; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Ferreira, Júnia Raquel Dutra
    A adesão dos usuários em uso de medicamentos de ILTB requer mais estudos, tendo em vista que o indivíduo não tratado corretamente contribui para a proliferação do bacilo. Poucos estudos de adesão aos fármacos na ILTB foram desenvolvidos, muito embora o tratamento já esteja consolidado pela literatura. Muitas pesquisas concentram-se na perspectiva do diagnóstico, tratamento, epidemiologia, incidência da doença, efeitos adversos e colaterais. A não adesão ao tratamento farmacológico é um problema de saúde pública e deve ser entendida como um dos maiores obstáculos para um cuidado bem-sucedido. A elevada prevalência e incidência de ILTB no mundo faz com que a doença ainda não seja erradicada e um problema de saúde pública. Desta forma, este estudo tem como objetivo estudar a adesão ao tratamento medicamentoso em usuários diagnosticados com ILTB acompanhados nas unidades de saúde do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário do Município de Salvador, Bahia. A amostra foi por conveniência, composta por 34 usuários em tratamento de ILTB no período de março a setembro de 2023. Aplicou-se um questionário de coleta das variáveis sociodemográficas e clínicas para ambos os sexos; em seguida, com base no Teste de Morisky-Green, classificou-se os usuários em aderentes, menos aderentes e não aderentes. Para as análises dos dados foi utilizado o programa estatístico IBM SPSS® Statistics versão 29.0.1. Grande parte dos usuários (82,4%; N=24) foi considerada aderente, enquanto 17,6% (N=6) foi considerada pouca aderente. Não se obteve usuários não aderentes. Considerando-se o teste do Qui-quadrado, a adesão ao tratamento da ILTB está relacionada com algumas variáveis sociodemográficas e clínicas selecionadas, sendo as mais expressivas o aparecimento de RAMs (p=0,031); as dificuldades para retirar os medicamentos (p=0,020); e a participação em grupos de tuberculose (p=0,043). Os resultados demonstram a necessidade de melhor condução do tratamento da ILTB no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador. É válida a iniciativa de realizar futuras pesquisas com objetivo de aprofundar este trabalho.
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    Avaliação do efeito dos inibidores de SGLT2 sobre o peso corporal de pacientes com diabetes mellitus tipo 2: uma revisão sistemática e metanálise
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-05) Oliveira, Luciano Pereira de, Luciano; Giuffrida, Fernando de Mello Almada , Fernando; Silva, Genoile Oliveira Santana, Genoile; Santos, Pablo de Moura, Pablo
    Introdução: Os inibidores do cotransportador de sódio-glicose - 2 (iSGLT2) são uma nova classe de medicamentos hipoglicemiantes, que têm a função de tratar o diabetes mellitus 2, mas que também induzem a perda de peso. Esse estudo voltou-se à construção de revisão sistemática acerca da avaliação do efeito dos iSGLT2 sobre o peso corporal de pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Objetivos: O objetivo geral deste estudo foi o de investigar os efeitos dos iSGLT2 na perda de peso em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Já quanto aos objetivos específicos, buscou-se: 1 – Fazer um levantamento da literatura que trata dos principais ensaios clínicos com pacientes que fazem uso dos iSGLT2; 2 - Identificar nos estudos os resultados do uso dos iSGLT2 na perda de peso corporal em pacientes com DM2; e, 3 - Avaliar os índices de perda de peso com o uso dos iSGLT2 em pacientes com DM2. Materiais e Métodos: Foi realizada uma Revisão Sistemática da literatura registrada no PROSPERO com o número CRD42023468618, que avaliou as evidências disponíveis acerca do efeito dos iSGLT2 sobre o peso corporal de pacientes com DM2. Como bases de dados foram consultadas: PubMed, Embase e Cochrane, nas quais foram buscados ensaios clínicos randomizados (ECRs), publicados em língua inglesa, que incluíssem em seus registros pacientes com DM2 alocados para iSGLT2. O recorte temporal deu-se de janeiro de 2018 a junho de 2023. Seguiu-se o protocolo PRISMA e a estratégia PICOS na definição da pesquisa. Para a avaliação qualitativa dos estudos utilizou-se a ferramenta de avaliação do risco de viés Rob 2; uma metanálise foi feita para dar maior confiabilidade aos resultados no que se refere a homogeneidade dos estudos. Resultados e Discussões: Essa Revisão sistemática demonstrou que os ECRs analisados trazem em suas conclusões o aspecto positivo do uso dos inibidores por diabetes com DM2, principalmente no que se refere a perda de peso. Além disso, o uso prolongado de medicamentos com efeitos no ganho de peso também foi associado à baixa durabilidade do tratamento, o que é de fundamental importância para o tratamento do diabetes, pois a questão principal não é a obtenção do controle glicêmico, mas sim a manutenção a longo prazo da eficácia terapêutica. Conclusões: Com a investigação feita no que se refere aos iSGT2 na perda de peso, é inegável que os iSGLT2 surgem como uma nova classe de medicamentos com benefícios que vão além da redução da glicose, por conta das suas características altamente seletivas. O levantamento da literatura feita nesse estudo evidencia sua redução no peso corporal. Com a metanálise comprovou-se que a perda de peso não é significativa clinicamente, mas é de grande importância estatística. Contudo, novas pesquisas se fazem necessárias a fim de avaliar aspectos que ainda não estão bem esclarecidos, bem como, reforçar aqueles já descobertos.
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    Eficácia da estimulação transcraniana por corrente contínua associada a antidepressivos no tratamento de pessoas com transtorno depressivo maior: uma revisão sistemática
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-05) Silva , Roberto Menezes da; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Comper, Maria Luiza Caires
    Introdução: A estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) é uma técnica de neuromodulação de baixa intensidade que pode produzir uma resposta clinicamente significativa em pacientes com transtorno depressivo maior (TDM). Parece ser uma estratégia adicional útil a terapia com antidepressivos para potencializar a melhora do sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM. Objetivo: Investigar se a tDCS combinado com o antidepressivo é eficaz na melhora do sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, com busca realizada nas bases de dados Embase, SCOPUS, Medline/PubMed e Science Direct. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que investigaram a eficácia da tDCS associado a antidepressivos em comparação com antidepressivos associados ou não ao placebo. Os desfechos analisados foram sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida das pessoas com TDM. A ferramenta Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials 2.0 foi aplicada para avaliação do risco de viés. Resultados: Foram analisados três ensaios clínicos randomizados, totalizando 211 participantes, com risco de viés variando entre baixo e incerto. Houve melhora significativa favorável ao tDCS associado a antidepressivos nos sinais eletroencefalográficos no sono REM, porém não houve diferença significativa nos sintomas psicomotores e qualidade de vida. Conclusão: Há evidências iniciais com baixo risco de viés de que a tDCS associada ao medicamento antidepressivo é eficaz na mudança nos sinais eletroencefalográficos durante o sono REM, porém não é eficaz no tratamento de sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM.