Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)

O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) vem para ampliar a oferta ao Ensino de Pós-graduação à sociedade baiana, nordestina e nacional, com ênfase na valorização dos recursos naturais, territórios de identidade, bem como a sua relação com a saúde humana e animal, ampliando os estudos sobre Ciências Farmacêuticas e áreas afins, de forma integrada e interdisciplinar. A partir disso, esse Programa abraçará a valorização dos recursos naturais, a sua relação com a atenção à saúde, análise de variáveis que interferem no processo saúde/doença, assim como o avanço tecnológico e inovações. O Programa estará direcionado por duas grandes linhas: Linha 1) Prospecção de Fármacos e Recursos Naturais; e Linha 2) Avaliação de Fármacos, Biomarcadores, Produtos Naturais e Sintéticos. O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas, Mestrado Acadêmico, nasce para exercer relevante papel técnico, Científico e social. Para tal, proporcionará o aperfeiçoamento profissional de docentes e egressos da UNEB, demais Universidades e Faculdades do Estado da Bahia, região Nordeste e outras regiões do país, quicá, de outros países, assim como a inserção desses profissionais na pesquisa e mercado de trabalho.

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    Atividades biológicas de flavonoides isolados de Erythroxylum rimosum
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-03-10) Santos, Ivana Patricia dos; Ribeiro, Erika Maria de Oliveira; Guimarães, Elisalva Texeira; Migues, Vitor Hugo; Meira, Cassio Santana
    Introdução: Os flavonoides são metabólitos secundários produzidos pelas plantas e encontrados em relativa abundância, podendo ocorrer tanto na forma livre (aglicona) quanto ligados a açúcares (glicosídeos). Possuem diversas propriedades farmacológicas, destacando- se principalmente atividade imunomoduladora, antioxidante e antiparasitária, o que desperta grande interesse na indústria farmacêutica para o desenvolvimento de novos fármacos. Objetivos: Este trabalho objetiva explorar o potencial biológico dos flavonoides isolados de Erythroxylum rimosum por meio de ensaios in vitro, além de discutir a relação entre a estrutura desses compostos e suas atividades identificadas. Materiais e Métodos: Inicialmente, ensaios de citotoxicidade frente as células de mamíferos e a avaliação da viabilidade das formas promastigotas de L. braziliensis foram realizadas. A partir destes dados, foram determinados a CC50 e a IC50 dos flavonoides. A microscopia eletrônica de varredura foi empregada para verificar as possiveis alterações na morfologia das formas promastigotas de L. braziliensis após o tratamento. Estudos in silico avaliaram a interação dos flavonoides ERA 8.3 e ERA10 com a arginase de Leishmania por meio de docking molecular. O potencial antioxidante dos flavonoides, foi verificado através do ensaio de atividade antioxidante pelo metodo do radical DPPH e β-caroteno. Adicionalmente investigamos a capacidade dos flavonoides em inibir a enzima acetilcolinesterase. Resultados: Os flavonoides não apresentaram citotoxicidade significativa para células de mamíferos, exibiram CC50 > 100 μM, enquanto os flavonoides ERA8.3 e ERA10, glicosilados com açúcar de seis carbonos, inibiram as formas promastigotas de L. braziliensis com IC50 de 10,34 ± 0,7 μM e 10,14 ± 0,5 μM, respectivamente. Os flavonoides também foram capazes de reduzir o percentual de macrofagos infectados e a média do número de amastigostas após 24 horas de tratamento. Alterações morfologicas como perda da integridade da membrana, formação de bolhas e danos flagelares, foram observadas após análise ultraestrutural de promastigotas tratadas com ERA8.3 e ERA10. Os flavonoides presentaram atividade antioxidante, a quercetina apresentou o melhor valor de concentração inibitória (IC50 = 0,22 mg/mL), seguido pelo seu glicosídeo, ERA10 (IC50 = 0,42 mg/mL). Os flavonoides glicosilados, ligados a açúcar de cinco carbonos, exibiram atividade inibitória moderada frente a enzima acetilcolinesterase. Conclusão: Os resultados sugerem que os flavonoides em estudo apresentam importantes atividades antileishmania, antioxidante e de inibição da acetilcolinesterase. Estas atividades biológicas dos flavonoides estão intimamente associadas à sua estrutura química, sendo influenciada pela presença ou ausência de grupos funcionais, como hidroxilas e glicosídeos, localizados em posições específicas de sua estrutura básica.
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    Atividades biológicas de flavonoides isolados de Erythroxylum rimosum
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-03-10) Santos, Ivana Patricia dos; Ribeiro, Erika Maria Oliveira; Guimarães, Elisalva Teixeira; Migues, Vitor Hugo; Meira, Cássio Santana
    Introdução: Os flavonoides são metabólitos secundários produzidos pelas plantas e encontrados em relativa abundância, podendo ocorrer tanto na forma livre (aglicona) quanto ligados a açúcares (glicosídeos). Possuem diversas propriedades farmacológicas, destacandose principalmente atividade imunomoduladora, antioxidante e antiparasitária, o que desperta grande interesse na indústria farmacêutica para o desenvolvimento de novos fármacos. Objetivos: Este trabalho objetiva explorar o potencial biológico dos flavonoides isolados de Erythroxylum rimosum por meio de ensaios in vitro, além de discutir a relação entre a estrutura desses compostos e suas atividades identificadas. Materiais e Métodos: Inicialmente, ensaios de citotoxicidade frente as células de mamíferos e a avaliação da viabilidade das formas promastigotas de L. braziliensis foram realizadas. A partir destes dados, foram determinados a CC50 e a IC50 dos flavonoides. A microscopia eletrônica de varredura foi empregada para verificar as possiveis alterações na morfologia das formas promastigotas de L. braziliensis após o tratamento. Estudos in silico avaliaram a interação dos flavonoides ERA 8.3 e ERA10 com a arginase de Leishmania por meio de docking molecular. O potencial antioxidante dos flavonoides, foi verificado através do ensaio de atividade antioxidante pelo metodo do radical DPPH e β-caroteno. Adicionalmente investigamos a capacidade dos flavonoides em inibir a enzima acetilcolinesterase. Resultados: Os flavonoides não apresentaram citotoxicidade significativa para células de mamíferos, exibiram CC50 > 100 μM, enquanto os flavonoides ERA8.3 e ERA10, glicosilados com açúcar de seis carbonos, inibiram as formas promastigotas de L. braziliensis com IC50 de 10,34 ± 0,7 μM e 10,14 ± 0,5 μM, respectivamente. Os flavonoides também foram capazes de reduzir o percentual de macrofagos infectados e a média do número de amastigostas após 24 horas de tratamento. Alterações morfologicas como perda da integridade da membrana, formação de bolhas e danos flagelares, foram observadas após análise ultraestrutural de promastigotas tratadas com ERA8.3 e ERA10. Os flavonoides presentaram atividade antioxidante, a quercetina apresentou o melhor valor de concentração inibitória (IC50 = 0,22 mg/mL), seguido pelo seu glicosídeo, ERA10 (IC50 = 0,42 mg/mL). Os flavonoides glicosilados, ligados a açúcar de cinco carbonos, exibiram atividade inibitória moderada frente a enzima acetilcolinesterase. Conclusão: Os resultados sugerem que os flavonoides em estudo apresentam importantes atividades antileishmania, antioxidante e de inibição da acetilcolinesterase. Estas atividades biológicas dos flavonoides estão intimamente associadas à sua estrutura química, sendo influenciada pela presença ou ausência de grupos funcionais, como hidroxilas e glicosídeos, localizados em posições específicas de sua estrutura básica.
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    Perfil do uso de anticoagulantes em pacientes com câncer ginecológico em um hospital de Salvador, Bahia
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-02-26) Santos, Marlane Marna Santos e; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Niño Jesus Fernandez; Teles, André Lacerda Braga; Silva Júnior, Geraldo Bezerra
    Introdução: Dentro das doenças cardiovasculares agudas, o tromboembolismo venoso (TEV) é uma das complicações mais comuns em pacientes com câncer ginecológico, pelo estado pró-trombótico e exposição a terapias vasculotóxicas. Objetivos: Discutir o perfil de uso de anticoagulantes para prevenção ou tratamento de TEV em pacientes com câncer ginecológico acompanhadas em um hospital especializado. Materiais e Método: Foi realizado um estudo transversal no Hospital da Mulher, localizado em Salvador, Bahia entre agosto de 2023 e 2024 (1 ano), constituído por análise de prontuários médicos para rastreamento do perfil de uso e também identificação de possíveis eventos adversos. Resultados e Discussão: Foram avaliados os prontuários eletrônicos de uma população de 2.865 mulheres, sendo selecionadas 117 pacientes, com média de idade de 57,20 anos. A neoplasia maligna de colo de útero (42,74%) foi a mais frequente, seguida pela neoplasia maligna de ovário (29,06%). Dentro das pacientes que apresentaram evento adverso, o anticoagulante mais utilizado foi a enoxaparina (40%) (p<0,0001). A cisplatina foi o antineoplásico mais frequente entre os pacientes que apresentaram TEV (20,4%), sem associação estatisticamente significativa. O escore de Onkotev apresentou uma performance preditória de risco tromboembólico melhor do que os escores de Khorana e Protecht. Conclusão: O presente estudo se configura como um dos primeiros na Bahia que buscou investigar o perfil do uso de anticoagulantes neste grupo. Não houve associação significativa entre a quimioterapia e o desfecho de TEV, o mesmo para os tipos de neoplasia, entretanto, a neoplasia maligna de colo de útero se apresentou como a que teve maior odds ratio desse desfecho.
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    Avaliação da utilização de anti-inflamatório não esteroidais(AINEs) e triptanos por pacientes diagnosticados com enxaqueca em uma clínica escola multiprofissional
    (UNEB, 2025-02-25) Nascimento, Jéssica da Silva; Pires, Benjamim Leal Pires; Embiruçu, Emília Katiane; Freitas, Humberto Fonseca de
    Introdução: A enxaqueca é um distúrbio neurológico caracterizado por crises de cefaleia intensa, podendo ser classificada em enxaqueca com ou sem aura. O tratamento inclui anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e triptanos, que atuam nos receptores serotoninérgicos para aliviar os sintomas. No entanto, a eficácia desses medicamentos varia entre os pacientes, exigindo abordagens personalizadas. Fatores genéticos e metabólicos influenciam a resposta ao tratamento, com polimorfismos nas enzimas do citocromo P450 impactando a metabolização dos fármacos. Pacientes com enxaqueca crônica e comorbidades tendem a ter menor resposta aos tratamentos convencionais. A farmacogenética surge como uma estratégia promissora para personalizar a terapia e melhorar os resultados clínicos. Objetivos: Avaliar a utilização de AINES e triptanos em pacientes enxaquecosos atendidos em uma clínica escola e analisar fatores associados à resposta a esses medicamentos. Materiais e Métodos: O Projeto Livre da Enxaqueca oferece tratamento gratuito e multidisciplinar a pacientes com enxaqueca. O foco é o Gerenciamento da Terapia Medicamentosa (GTM), priorizando o uso de AINEs e, caso ineficazes, triptanos ou medicações profiláticas. Entre fevereiro e novembro de 2023, foram analisados prontuários de pacientes atendidos nesta clínica que utilizam AINEs e triptanos . Foram pesquisados nessa amostra fatores que podem influenciar o metabolismo desses fármacos, entre eles a presença de comorbidades e medicamentos utilizados para outros fins. Em paralelo, foi conduzida uma revisão sistemática, cujo protocolo foi registrado na plataforma PROSPERO (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/) para analisar a influência genética na resposta aos triptanos, considerando estudos observacionais etiológicos nas bases científicas PubMed, Web of Science e Embase, a qual foi submetida à revista Brain and Behavior (Editora Wiley, até o momento em análise). Resultados e Discussão: A análise dos prontuários do projeto "Livre de Enxaqueca" revelou um perfil homogêneo dos pacientes, composto exclusivamente por mulheres, com histórico de enxaqueca desde a adolescência. A frequência das crises variou entre 1 e mais de 4 episódios por mês, e 62,65% dos pacientes apresentavam comorbidades, como ansiedade, depressão, diabetes e hipertensão. O IMC médio indicou sobrepeso, sugerindo uma possível relação entre excesso de peso e a intensidade das crises. A hipertensão foi a comorbidade mais frequente (32,3%), seguida por transtornos de ansiedade (29%) e endometriose (16,1%). Já a dipirona foi o medicamento mais utilizado (80,6%) na diminuição das crises e também a principal causadora das reações alérgicas, relatadas por 26,47% dos pacientes. O uso contínuo de medicamentos como Losartana, Metformina e Fluoxetina foi frequente, destacando a necessidade de monitoramento para evitar interações adversas. Foram listadas e discutidas as possíveis influências dos medicamentos de uso contínuo e das comorbidades na eficiência dos AINEs e triptanos utilizados por esses pacientes. Destacou-se as possíveis interações entre AINEs e anti-hipertensivos e o risco da síndrome serotoninérgica quando se utilizam triptanos e antidepressivos. Quanto à revisão sistemática realizada, observou-se que há poucas evidências da influência de genes associados à baixa resposta ao uso de triptanos em pacientes com migrânea. Foi encontrada uma associação significativa porém pequena, para variantes dos genes SLC6A4, 5-HT1B,e COMT e a resposta aos triptanos, enquanto variantes dos genes CALCA e PRDM16 apresentaram evidências moderadas, e variantes dos genes GRIA1 e SCN1A apresentaram evidência limitada de não resposta. Isso indica a necessidade de mais pesquisas na área de farmacogenética que validem estudos de associação. Conclusões: Esse estudo conseguiu caracterizar o perfil dos pacientes atendidos na clínica escola entre Março 2023 a Setembro de 2024. O atendimento nessa clínica multiprofissional incluiu intervenções não farmacológicas e a manutenção do uso de AINEs em pacientes, após orientações, enquanto a utilização de triptanos foi menos expressiva. A revisão sistemática conduzida não encontrou evidências fortes que assegurem a utilização de testes genéticos pontuais para avaliar o risco de não resposta aos triptanos, porém estão sendo avaliados a utilização de pontuações de risco genético para esse fim.
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    Análise do tratamento farmacológico na doença pulmonar obstrutiva crônica: comparação de protocolo clinico X estudo de vida real em uma unidade de saúde de atenção especializada de Salvador, Bahia, Brasil
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-19) Rocha, Gustavo Azevedo; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Santos Júnior, Anibal de Freitas; Souza, Márcio Costa de
    A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) se caracteriza por sintomas respiratórios persistentes, com limitação do fluxo aéreo, associada a uma resposta inflamatória anormal devido a exposição a partículas ou gases nocivos. O objetivo principal foi comparar os esquemas terapêuticos preconizados pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para a DPOC versus o oportunizado em um ambulatório público de pneumologia no estado da Bahia, Trata-se de um estudo de vida real, quantitativo, descritivo e comparativo, de corte transversal, onde serão avaliados os indivíduos portadores da DPOC bem como a prescrições de seu tratamento de acordo com o que propõe a Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (2022) sobre a classificação desses medicamentos para o tratamento da DPOC. Participaram desse estudo pacientes de ambos os sexos, atendidos ambulatorialmente em um serviço público estadual de referência para indivíduos portadores de doenças respiratórias na cidade de Salvador – BA que atenderam aos critérios de inclusão: Serem portadores de DPOC, com diagnóstico exposto em prontuário. Foram excluídos aqueles que se recusaram a participar da pesquisa, bem como os que possuíam algum impedimento neurocognitivo a exemplo do diagnóstico de Alzheimer. A coleta de dados aconteceu por meio de entrevista utilizando questionário elaborado pelos pesquisadores, contando com variáveis sóciodemográficas e sobre a doença, impacto clínico da doença através do Airways Questionnaire 20 (AQ20), grau de dispneia pela escala Medical Research Council (mMRC) modificada e o impacto dos sintomas no cotidiano dos pacientes através do COPD Assessment Test (CAT) versão português. A pesquisa só foi iniciada após aprovação pelo comitê de ética e pesquisa sob o número 6.250.690 de 2023. Para a análise dos dados foi utilizado o banco de dados estruturado no software Microsoft Office Excel, através do software SPSS. Participaram do estudo 101 pessoas, a maioria do sexo masculino, com idades que variavam entre 42 e 85 anos, e que se autodeclararam pardas e residentes em Salvador, possuíam ensino fundamental incompleto e recebiam menos de dois salários mínimos (< R$ 2.640,00). Os participantes foram classificados nos grupos A, B e D a respeito da DPOC, levando em consideração a classificação GOLD de 2022, 61 deles não apresentaram exacerbação nos últimos 12 meses e 88 não foram internados. Não houve impacto significativo sobre a qualidade de vida para aqueles que seguem ou não o protocolo. Ao ser utilizado o COPD Assessment Test, não houve diferença entre os grupos. Quanto a Medical Research Council, o grupo que segue o protocolo obteve mediana igual a 2, e aquele que não segue obteve mediana igual a um. Para nenhuma das variáveis estudadas foi possível observar diferenças estatísticas significativas quando comparado o grupo que seguiu o protocolo com o que não seguiu. Logo, apesar da existência de um protocolo que guia o tratamento medicamentoso da DPOC no país, a terapêutica substitutiva utilizada nesse estudo responde positivamente no que diz respeito ao controle da sintomatologia e consequentemente das exacerbações e internamentos, refletindo positivamente na qualidade de vida dos participantes.