Dissertações não defendidas na UNEB
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- ItemA formação linguística do alfabetizador e a avaliação da escrita no semi-árido(Univerdidade do Estado da Bahia, 2002-11-20) Santos, Cosme Batista dosMuitos textos escritos de divulgação científica que circulam nos cursos de formação continuada e/ou em serviço disponibilizam para os professores de língua materna, inclusive os alfabetizadores, variados conceitos lingüísticos. Se não é lícito assegurar que a circulação desses textos, em si, promove o letramento do professor de língua materna, esse fato, pelo menos, desenha um quadro revelador de que, mesmo nos contextos mais distantes, os conhecimentos lingüísticos estão, de alguma forma, compondo o repertório de leitura dos professores. Nesta pesquisa, especificamente, estamos analisando o impacto dos saberes lingüísticos lidos em curso de formação em serviço na avaliação da escrita por um grupo de 05 alfabetizadores-alunos em escolas públicas no semi-árido da Bahia. Estudos antecedentes, apoiados no conceito de letramento como práticas sociais contextualmente situadas, mostram que a atividade de retextualização, transposição e reformulação de saberes de um texto escrito acadêmico para outros textos ou, especificamente, para uma prática escolar tende a ser afetada por fatores lingüísticos, sociais e cognitivos diversos. Com base nesse conceito de letramento, esta investigação pressupõe que a mobilização de critérios lingüísticos na avaliação da escrita deve ser o resultado da formação lingüística desses professores, no entanto, tais critérios são reconfigurados sob a influência de variáveis ligadas a situação, por exemplo, o que está sendo avaliado, quem avalia e para quê/quem está sendo avaliado. Os resultados desta investigação devem ampliar as descobertas na área da formação do professor, revelando as estratégias de produção/ampliação de critérios lingüísticos nas práticas de avaliação/correção da escrita nas séries iniciais, bem como o impacto da formação lingüística no letramento do professor alfabetizador.
- ItemAvaliação do processo de gestão participativa de Recursos hídricos na bacia do rio Itapicuru: o caso da Microrregião de Jacobina - Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2004-07) Leal, Ione Oliveira Jatobá; Saito , Carlos Hiróo; Vianna, João Nildo de Souza; Andrade , Benedita Pereira deEste trabalho apresenta a discussão sobre o processo de gestão participativa dos recursos hídricos na bacia do rio Itapicuru — Bahia. Como estudo de caso, analisa o processo de implantação das Comissões de Usuários de Água - COMUA, na microrregião de Jacobina cujos municípios da área da bacia são os seguintes: Jacobina, Miguel Calmon, Caldeirão grande, Caem, Mirangaba, Capim Grosso, Quixabeira, Saúde e Serrolândia. Para tal finalidade foram apresentados os principais conceitos teóricos como: política de recursos hídricos, gestão de recursos hídricos, gestão participativa e Comissões de Usuários de Água, além de instrumentos como políticas do Estado da Bahia através do PGRH voltadas para buscar soluções através de um novo modelo de gestão participativa na bacia do rio Itapicuru. Foi realizado além do levantamento bibliográfico, análise dos projetos e planos de trabalhos das instituições contratadas pela SRH para implantação das COMUA, observação participante em reuniões, encontro de usuários de água da bacia e as entrevistas com representantes dos nove municípios que fazem parte do trabalho. Este estudo demonstra que o governo do Estado da Bahia foi o principal motivador e indutor para a busca da gestão participativa através da implantação de Comissões Municipais de Usuários de Água, apesar de certas limitações e restrições. No entanto, os resultados não foram totalmente alcançados devido à forma de implantação/mobilização, do perfil e objetivo da instituição envolvida no processo de mobilização, bem como da ausência de metodologia baseada na concepção teórica de empowerment.
- ItemUm olhar sobre a festa da Marujada em Jacobina(Universidade do Estado da Bahia, 1999) Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Avelino, Yvone DiasEsta pesquisa centra-se no estudo da versão jacobinense sobre os festejos das guerras de reconquista da Península Ibérica. A festa se realiza mesclando reminiscências dos festejos coloniais com a história local. A memória social atribui a um grupo de negros a origem desta manifestação. Foram esses, que no batuque, na construção de suas práticas sociais, do seu cotidiano e de suas subjetividades reinterpretaram a Marujada, dando-a uma nova roupagem. A memória jacobinense registra o início desta manifestação com as famílias Caranguejo e Labatut, que lá teriam começado seu batuque e construído um território povoado de fé e devoção a Santo Antônio e São Benedito. Utilizando a memória oral como fonte de análise, a Marujada é aqui interpretada no campo de compreensão que abrange: o pensar do homem comum que assume as personagens da festa, sua relação dentro desse espaço e suas representações sobre a própria História da cidade como instrumentalizadores para o entendimento da Festa da Marujada e identidade local em Jacobina.
- ItemEscola Polivalente San Diego: um estudo de caso na história e memória da educação brasileira em Salvador Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2005-10-07) Araújo, José Alfredo de; Heredia, Edmundo Aníbal; Menezes , Jaci Maria Ferraz de; Santana , Charles D'AlmeidaA educação, como sabemos, é política e ideológica, e, como parte da história humana, é produto de seu tempo. Ou seja, a educação para formar o sujeito histórico, por meio das escolas oficiais, tem estado historicamente de acordo com as necessidades e os interesses dos grupos dominantes em sociedade. No caso brasileiro aqui estudado, a história tem provado que, quando a educação é voltada para a formação do povo, do trabalhador, ela é diferente daqui já que é dada aos mais privilegiados. Portanto, se a educação é política e ideológica, é importante, então, pensar a escola e conseqüentemente a educação não de uma forma historicamente linear, mas percebê-la em ciclos históricos, momentos históricos onde as questões políticas, econômicas, sociais e culturais vão influenciando o modelo de escola e educação que será colocado em prática. Assim, neste trabalho, procura-se resgatar por meio da história e memória da educação brasileira e baiana, as relações políticas internacionais que levaram à criação e à implantação do modelo de educação e Escola Polivalente no Brasil e, conseqüentemente, a implantação da Escola Polivalente San Diego, nos Alagados. Faz-se necessário, portanto, saber se sua criação foi conseqüência da política internacional da Aliança para o Progresso e o Regime Militar instalado no Brasil pós-1964. Para se obter tal resposta, foi escolhido o espaço temporal de 1946, data em que se iniciou o processo de invasão dos Alagados (local em que foi implantada a Escola Polivalente San Diego), passando pela década de 60, quando a Aliança para o Progresso intensificou sua política de ajuda ao Brasil por meio das agências financiadoras, e entre elas destacando-se, neste trabalho, a USAID, que financiou os projetos de educação no Regime Militar implantado em 1964 no Brasil. Finalmente, para a compreensão do problema deste trabalho chega-se à década de 70, especificamente 1972, quando então foi criada a Escola Polivalente San Diego, objeto desta pesquisa. Neste periodo histórico, procura-se deixar claras as diversas relações políticas internacionais que levaram à criação e à implantação da Escola Polivalente San Diego nos Alagados, bairro do Uruguai em Salvador, Bahia.
- ItemProcessos de retextualização e ensino de língua materna: uma experiência com alunos de escola pública no semiárido baiano(Universidade do Estado da Bahia, 2001-02) Santos, Cosme Batista dos; Signorini, Inês; Machado, Ana Rachel; Kleiman, ÂngelaEste trabalho investiga, numa escola pública do semi-árido baiano, os processos de retextualização utilizados por alunos de 5 e 7a séries para transformar uma narrativa oral em uma narrativa escrita e, ainda, a relação entre esses processos e as práticas de ensino de língua materna privilegiadas nas respectivas séries cursadas por esses alunos. Para desenvolver o estudo, levantamos, inicialmente, a hipótese de que as narrativas escritas, resultantes da retextualização, deveriam variar em função da modalidade, considerando a especificidade da escrita em relação à fala, principalmente na sua forma de representação, e em função do interlocutor, considerando a necessidade de explicitação de determinados aspectos do texto falado, visando um leitor genérico e distanciado da situação imediata de produção/recepção. No entanto, após a realização da experiência com alunos de 5a e 7a dos turnos matutino e noturno, constatamos que as mudanças realizadas por esses alunos variaram de uma série a outra e, em algumas situações, de um turno a outro. Comparando os resultados obtidos nas duas séries, constatamos que os alunos das séries mais elevadas demonstraram mais habilidades na seleção dos processos de retextualização. Além disso, comparando os resultados obtidos nos dois turnos, constatamos que determinadas mudanças foram realizadas mais adequadamente e com mais freqüência pelos alunos do turno matutino. Esse fato nos levou a investigar e a concluir que a configuração dos processos de retextualização utilizados pelos alunos variou não só em função dos aspectos situacionais ligados à modalidade e à interlocução, mas também em função de variáveis ligadas a escolarização, tais como: a) a mudança de série e b) as práticas escolares de ensino de língua materna privilegiadas em cada série e turno.