Licenciatura em História - DCH5

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    Memórias vivas: cara, cantos e encantos – polivalente de Conceição do Almeida –Ba, de 1972 a 1985.
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-05) Santos, Luciano Silva; Assis, Nancy Rita Sento Sé de; Souza , Edinaldo Antonio Oliveira; Franco, Silene Arcanja
    Este artigo busca analisar as motivações e estratégias que nortearam a política educacional brasileira nos anos de 1964 a 1985. Período marcado pela governança do regime civil-militar, que entre outros meios, se utilizou da educação que em princípio baseia-se no ato libertador para implementar e consolidação de seu projeto de poder. Ao analisar o projeto das Escolas Polivalente e sua inserção na trama da ditadura civil-militar. Estabelecendo o Polivalente de Conceição do Almeida como célula norteadora das investigações, questionamos, o que representou para os sujeitos que compõem a cidade de Conceição do Almeida, em especial os membros da referida escola a implementação deste projeto. Assim sendo, realizou-se pesquisas bibliográficas buscando observar o que já foi publicado na literatura acerca deste contexto histórico. E mais, investigamos o processo de formação da Escola Polivalente de Conceição do Almeida-Ba, a partir das memorias e percepções experimentadas por sua comunidade escolar. Consequentemente, este trabalho se organiza em três tópicos: o primeiro traz uma análise da implantação das Escolas Polivalentes no Brasil, com foco na Escola Polivalente de Conceição do Almeida, Bahia, no contexto da Ditadura Civil-Militar (1964-1985), que visavam integrar o ensino regular e profissionalizante; o segundo apresenta breve panorama histórico da educação brasileira, desde o período pré-1964 até à implementação da Pedagogia Tecnicista ; o terceiro, e último, aborda a memória dos agentes protagonistas da escola Polivalente de Conceição do Almeida, como uma construção particular e coletiva dos envolvidos. Conclui-se, desta forma, que a proposta educacional era um arcabouço do imperialismo norte-americano, que se utilizou do acordo USAID/MEC, usando a educação para fins econômicos do capitalismo norte-americano no Brasil. Conclui, ainda, que o projeto de escolas Polivalentes apresentava uma trajetória diferenciada em comparação às demais escolas na sua proposta pedagógica/curricular, ao integrar ensino regular e profissionalizante, aliando teoria e prática na formação dos alunos.
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    Ensino de história nos presídios: uma ferramenta de autodescobrimento para reinclusão na sociedade
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-04) Conegundes, Lucas Silva Bispo; Santos, Angela Cristina Guimarães; Neto, Geraldo Barbosa; Santos, Hamilton Rodrigues dos
    Este trabalho analisou as possibilidades do ensino de História como ferramenta de transformação e reinserção social dentro do sistema prisional brasileiro. A premissa dessa pesquisa partiu de que o cárcere, historicamente, tem sido mais um espaço de punição do quede reabilitação, e que a lógica do encarceramento em massa é sustentada por interesses políticos, econômicos e sociais que perpetuam desigualdades estruturais. Nesse sentido, os conceitos discutidos foram poder, justiça e controle ao longo da história, relacionando-os com a consolidação da prisão como instrumento de contenção dos considerados desviantes. De modo complementar, a relação entre urbanização e criminalidade também foi abordada, demonstrando como o crescimento desordenado das cidades ampliou vulnerabilidades sociais e impactou diretamente a dinâmica criminal. Cabe ainda destacar que a função da educação no sistema prisional foi problematizada, questionando se ela é promovida como direito ou apenas como medida paliativa. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, fundamentada em revisão bibliográfica e análise crítica de dados empíricos. Foram utilizadas publicações acadêmicas à criminologia crítica, ao racismo estrutural e ao sistema penal brasileiro, com destaque para autores como Michel Foucault, especialmente sua análise sobre os mecanismos de controle e disciplina no sistema penal, conforme desenvolvido em “Vigiar e Punir: história da violência nas prisões”. Complementarmente, foram examinados dados estatísticos disponíveis no Anuário Brasileiro de Segurança Pública (edição de 2024) e no Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (SISDEPEN), com foco na caracterização da população carcerária brasileira segundo recortes de raça, gênero, escolaridade e origem territorial. O estudo do contexto histórico-social das cadeias evidenciou que a prisão é, desde sua origem, marcada por fracassos sistemáticos em suas promessas de regeneração. Ainda assim, a permanência e expansão do sistema prisional revelam os interesses que sustentam sua existência, possibilitando entender o quanto as estruturas sociais o mantem, ou seja, do ponto de vista histórico chega-se à conclusão de que, ao analisar o perfil socioeconômico predominante entre os encarcerados — majoritariamente homens negros, de baixa, oriundos periferia, e com vínculos precários com o mercado de trabalho — é possível compreender o encarceramento em massa como uma continuidade histórica de processos de exclusão social, racial e de gênero, profundamente enraizados no legado escravocrata e nas desigualdades estruturais do pós-abolição. Sendo assim, o ensino de História pode desempenhar um papel essencial na reconstrução da identidade dos apenados, ao oferecer subsídios para que compreendam sua trajetória individual em relação à coletividade. Por fim, o objetivo principal desse trabalho foi demonstrar como o autoconhecimento e o reconhecimento do outro tem contribuído, para o processo de reinserção e para a construção de novas possibilidades de existência fora da lógica punitiva.
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    Visibilidade das religiões de matriz africana a partir da atividade ceramista no distrito de Maragogipinho
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-03-13) Jesus , Cíntia Santos de; Silva, Johny Guimaraes da; Machado , Ana Rita Araújo; Santos , Hamilton Rodrigues dos
    O trabalho teve por objetivo desenvolver um projeto de documentário em curtametragem, com aproximadamente 20 (vinte) minutos de duração, trazendo lume à visibilidade das Religiões de Matriz Africana a partir da atividade ceramista no distrito de Maragogipinho. É produto de uma atividade de pesquisa acerca da relevância da prática oleira para a valorização da Ancestralidade Negra, que se refere à herança cultural, histórica, genética e identitária ligada aos povos africanos e seus descendentes. A arte ceramista que enaltece a religiosidade africana, ganha protagonismo com uma personalidade do dístrito, o senhor Almir Lemos de Nazaré, natural do município de Aratuípe, filho de pais oleiros, herança esta herdada de seus avós, teve sua infância marcada pela dinâmica do trabalho nas olarias do distrito de Maragogipinho, descrevendo em seus relatos o papel dos meninos e meninas naquele contexto, que era carregar o barro e prepará-lo para ser levado ao torno. Também teve essa etapa de sua vida marcada por muitas viagens para participar das feiras que ocorriam em todo o Recôncavo Baiano, onde era feita a comercialização das peças produzidas a partir do barro.
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    Desvelando as relações de gênero em inquéritos policiais: violência contra a mulher em São Miguel das Matas- BA (2007-2014).
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-03-12) Silva, Íris de Almeida; Lima, Fernanda de Souza; Santos , Angela Cristina Guimarães; Vasconcelos , Vânia Nara Pereira
    Este trabalho analisa, a partir de uma perspectiva histórica, as implicações da violência nas relações afetivas de mulheres na cidade de São Miguel das Matas/ Bahia no período de 2007 a 2014, por meio do estudo de quatro inquéritos policiais arquivados na Delegacia da cidade. A pesquisa objetivou refletir sobre o porquê a violência sofrida pelas mulheres é constantemente normalizada e como esse fenômeno impacta nas relações conjugais, sociais, familiares e econômicas de mulheres inseridas em um contexto de violência. Além disso, o trabalho analisou como os mecanismos de defesa estão atuando na proteção dessas mulheres. Com esse intuito, foi utilizada a metodologia de pesquisa exploratória/ qualitativa, a fim de estabelecer uma maior proximidade com o objeto de estudo. Por meio dos inquéritos policiais analisados, ficou evidente que o machismo, patriarcalismo e a misoginia, ainda estão entranhadas nas relações afetivas e se caracterizam como aparatos para a manutenção da desigualdade entre os gêneros.
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    As mulheres de assunção entre o espaço público e o privado: a arbitrariedade dos discursos impressos no contexto da guerra do Paraguai (1853-1868)
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-18) Santos, Alecia Oliveira; Borges, Italo Nelli; Neto, Geraldo Barbosa; Vasconcelos, Tânia Mara Pereira
    Esta produção textual tem por objetivo apresentar uma análise das diferentes representações construídas sobre as mulheres paraguaias nos espaços públicos e privados, por meio da imprensa, antes e durante a guerra do Paraguai (1853-1868). Para tanto, foi selecionado, como fonte principal, um tradicional periódico, El Semanário de Avisos y Conocimientos Utils, que funcionava como folha oficial do Estado paraguaio. Durante seus primeiros anos de circulação, antes da guerra, as mulheres malmente apareciam na sua redação, e quando eram mencionadas, costumavam ser atribuídas somente ao espaço privado do lar. Entretando, após a eclosão do conflito, esse jornal dedicou muitas páginas para incentivar a participação das mulheres na vida pública. Nesse sentido, essa arbitrariedade do Estado, travestida de nacionalismo, atravessou o cotidiano feminino, colocando sobre elas novas demandas. A atuação e engajamento das mulheres foi muito importante nesse período, apesar de estarem sobrecarregadas, algumas viram nesse contexto a possibilidade de adquirirem direitos diante de uma sociedade patriarcal que as reduzia, pejorativamente, somente à esfera privada.