O futebol, além de ser o esporte mais popular no Brasil, desempenhou um papel significativo na resistência cultural e política durante a ditadura militar (1964-1985). Este artigo examina como o futebol se tornou um veículo de expressão e resistência para diversas camadas da sociedade brasileira nesse período de repressão. A análise abrange a utilização do futebol como ferramenta de propaganda pelo regime militar e, simultaneamente, como uma plataforma de resistência e contestação por parte da população e de setores da mídia. Este estudo contribui para a compreensão da complexa relação entre esporte e política, destacando como o futebol, enquanto fenômeno social, pode simultaneamente reforçar e desafiar estruturas de poder. Ao revelar as múltiplas dimensões dessa relação, o artigo oferece uma nova perspectiva sobre a história política e cultural do Brasil durante um dos períodos mais conturbados de sua trajetória recente, dessa forma também compreende a dualidade do futebol como instrumento de controle e de subversão.