Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (MPED) - Jacobina

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    Base nacional comum curricular: apagamentos e implicações da diversidade na formação em exercício da coordenação pedagógica
    (UNEB, 2021-11-30) Lima, Fábia Alves; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Silva , Fabrício Oliveira da; Oliveira , Iris Verena
    Esta pesquisa tem o propósito de compreender o papel da Coordenação Pedagógica (CP) como mediadora da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto de sua prática com o coletivo docente, frente ao planejamento didático-pedagógico de suas demandas diárias, a fim de identificar se este coletivo faz ou não vazar a diferença no referido documento. O delineamento metodológico ancora-se na abordagem qualitativa e se inspira no paradigma pós-crítico. Adota-se como método a (Net)etnocartografia, com o uso da bricolagem da etnografia, cartografia e netnografia, motivado pela cartografia de Deleuze e Guattari (1998, 2014, 2010), cujas pistas produzidas por meio das narrativas e imagens foram cartografadas a partir dos dispositivos Ateli(net) e Diário de Bordo, em que os fios dos episódios adotaram como procedimento de análise o próprio método (Net)etnocartográfico em processos de produções vida-formação na cibercultura, desenhadas como proposta de intervenção. A (Net) etnocartografia em interface online conecta movimentos de autorias singulares e coletivas, visando rasurar a BNCC no contexto da prática da Coordenação Pedagógica e buscar caminhos e bifurcações nos territórios onde habitam os sujeitos da pesquisa. As pistas-resultados apontam a ausência de políticas públicas para a formação da CP e discussão nas formações sobre temáticas do cotidiano que envolve gênero, raça, povos do campo, quilombolas, ciganos, comunidades tradicionais, entre outros, bem como uma BNCC que pretende o controle político do conhecimento por meio de um currículo único, o qual não é desejável em um país com dimensões (continental) territoriais, diversidade cultural e desigualdades sociais. A CP vê na processualidade da (Net) etnocartografia, via os seis (06) Ateli(net’s), pontos de conexão, contradições, atravessamentos e possibilidades de re-leituras dos espaços pedagógicos em proposições, teoricamente, enredadas pelos saberes que se articulam e se convertem em ações transformadoras, criadoras e ativas nos contextos de vida e com vidas do devir-outro, cujo rizoma-formação não tem começo e tampouco fim, pois se encontra sempre no meio e entre as linhas de fuga imperceptíveis, que se desdobrarão também na pós-defesa, criando fios que serão conectados, num ir e vir, sem simetria, experimentando as irregularidades da intuição e do inconsciente dos sujeitos, que sempre serão coautores desse trajeto de vida-pesquisa-trans-formação.
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    Desenvolvimento das aprendizagens na educação infantil: contribuições da neurociência
    (UNEB, 2024-06-28) Oliveira, Nádja Luana Barros Cavalcanti; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Carvalho, Fernanda Antoniolo Hammes de; Coelho, Patrícia Júlia Souza; Nunes, Jacy Bandeira Almeida
    Esta pesquisa de mestrado investigou o desenvolvimento das aprendizagens das crianças de 0 a 6 anos, tomando como fundamento teórico a aplicação dos conhecimentos de neurociência na Educação Infantil, tendo como contexto o Centro Municipal de Educação Infantil Olívia dos Santos Silva - CMEI Olívia, em Jacobina - BA. Partiu de duas questões investigativas: como vem acontecendo o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil na instituição CMEI Olívia, no município de Jacobina - BA? E como a neurociência pode contribuir para o desenvolvimento dessas aprendizagens? O objetivo geral consistiu em compreender o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil, tomando como fundamento o potencial das contribuições da neurociência. Entre os objetivos específicos, destacou-se: analisar os documentos legais e a literatura da área sobre o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil; cotejar as contribuições dos fundamentos da neurociência, com destaque para as funções executivas, dialogando com as práticas existentes e as novas orientações para o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil; inventariar os conhecimentos prévios das professoras acerca dos fundamentos e das práticas que elas já realizam; e gerar, colaborativamente, orientações teóricas e metodológicas para o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil do CMEI Olívia, através da realização de ateliês de formação. Utilizando a abordagem qualitativa e pesquisa colaborativa, ancoradas na reflexão da bricolagem como paradigma epistemológico, foram utilizados dispositivos de construção de dados, como análise documental, observações e entrevistas semiestruturadas. Para a análise dos dados, foi utilizada a Teoria Fundamentada em Dados (TFD). As participantes foram as professoras da Educação Infantil. Os resultados apontaram que o jogo e a atividade lúdica são metodologias de ensino já presentes em suas práticas. No entanto, foi identificado que uma parte das professoras desconhece os estudos de neurociência aplicados à educação e sinalizaram a necessidade de uma formação continuada específica nessa área. Como produto, foram propostas orientações teóricas e metodológicas para a construção de um plano de formação, através de ateliês formativos, intitulado “Otimizando o Aprendizado Infantil”, que será apresentado à Secretaria de Educação do Município de Jacobina como uma proposta de formação continuada para o município. Considera-se que a neurociência pode fornecer estratégias eficazes para aprimorar o ensino e a aprendizagem na Educação Infantil, promovendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.
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    Retratos de mulheres sertanejas: entre imagens, histórias de vida e artes de si
    (UNEB, 2023-09-28) Mendes, Iane Rocha; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Gomes, Antenor Rita; Gomes, Gislene Moreira; Vasconcelos , Jane Adriana; Ávila , Maria Auxiliadora
    Esta pesquisa toma como objeto de estudo as artes de si e histórias de vida das mulheres sertanejas ao tempo que busca analisar como as imagens podem potencializar o reconhecimento destas artes de si e histórias de vida na composição de perspectivas formacionais para a diversidade. Traz no seu objetivo geral, (Re)conhecer as mulheres sertanejas através de suas imagens, histórias de vida e artes de si a fim de visibilizar as perspectivas formacionais para a diversidade. A pesquisa investiga as trajetórias das mulheres sertanejas, explorando suas imagens e histórias de vida para (des)velar suas potencialidades e analisar como essas imagens e narrativas podem fortalecer perspectivas formativas para e pela diversidade. Para isso, são realizados A(r)teliês de pesquisa, que funcionam como espaços de formação colaborativa. Nesses ateliês, as mulheres sertanejas participantes têm a oportunidade de produzir narrativas de si por meio de imagens, utilizando o diário de campo e a escuta como dispositivos de construção dos dados. Metodologicamente, a pesquisa está alinhada à abordagem narrativa, considerando a narrativa tanto como o objeto de estudo quanto a forma de análise. Os A(r)teliês de pesquisa são utilizados como uma proposta de planejamento projetivo e interventivo com as colaboradoras, que são mulheres sertanejas do Departamento de Ciências Humanas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus IV – Jacobina, pertencentes à microrregião de Jacobina-BA. Os resultados obtidos indicam um reconhecimento crescente da importância dos saberes e fazeres artísticos das mulheres sertanejas, bem como uma desconstrução das imagens estereotipadas associadas ao sertão, apontando ainda novos modos de habitá-lo.
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    Clube deleit(ura): uma aventura literária pelas histórias de leitores e leitoras
    (UNEB, 2024-03-20) Santana, Senaria Oliveira da Silva; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Vilas Boas, Fabíola Silva de Oliveira; Coutinho , Ilmara Valois Bacelar Figueiredo
    Esta pesquisa tem como objeto de estudo o processo de formação de leitoras e leitores literários, participantes do Clube Deleit(ura), que acontece no Colégio Estadual Berilo Vilas Boas, situado no interior da Bahia, na cidade de São José do Jacuípe, no território de identidade da Bacia do Jacuípe. Para tanto, o objetivo geral é compreender o processo de formação leitora literária desses/as colaboradores/as a partir das suas narrativas de vida, com foco nas experiências das histórias de leituras literárias, e como o Clube Deleit(ura) tem contribuído para essa formação. Do ponto de vista teórico, toma-se a Sociologia da Leitura para tratar das histórias de leitura, com base nos estudos de Roger Chartier, Robert Darnton, Chantal Horellou-Lafarge, Monique Segré e Márcia Abreu. Para discutir a formação leitora, recorre-se às investigações de Rildo Cosson, Regina Zilberman, Marisa Lajolo, Michèle Petit, Daniel Pennac, dentre outros/as. Diante dessa perspectiva, tem-se como base metodológica a abordagem qualitativa, sendo uma pesquisa narrativa que utiliza a História Oral como método, embasada nos estudos de Lucilia Delgado, Jovchelovitch e Bauer. Para tanto, realizaram-se grupos de discussões pautados nas ideias de Wivian Weller, com o intuito de abranger as ações do Clube Deleit(ura), os seus modos de promoção do diálogo, a participação de seus integrantes e a sua contribuição para a formação leitora, bem como entrevistas narrativas para suscitar a singularidade de suas histórias de leitura e de vida. Constatamos a relevância que a leitura literária tem para os/as participantes do Clube Deleit(ura) como um lugar de vivências e acolhimentos, além da importância das práticas sociais de leitura no espaço educacional. Como produto, apresentamos o Lê-Cast: histórias de leitoras e leitores, podcast que se propõe a tratar de questões relacionadas às histórias de leitura e o desenvolvimento de comportamentos leitores na Educação Básica, a fim de contribuir para a formação de quem as narra e, ao mesmo tempo, de quem as escuta.
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    Bordado-narrativa da/na formação de professoras: (des)fazimentos
    (UNEB, 2024-05-29) Mendes, Naiane Rocha; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Santos, Dina Maria Rosário dos; Fernandi, Kyria Rebeca Neiva de Lima
    O presente memorial formativo interroga o currículo de formação de professores no Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, da Universidade do Estado da Bahia, tomando o atravessamento com as diversidades, em especial com as deficiências como ponto de partida. Essa escrita reflexiva borda as experiências da autora na formação inicial e na formação continuada de professores a partir de cenas narrativas. Ancora-se no paradigma epistemológico pós-crítico numa perspectiva qualitativa e interventiva, elegendo a pesquisa-(form)ação narrativa/narração como método. Como procedimento de análise produziram-se, a partir dos dispositivos de pesquisa, análises narrativas sob a égide dos desfazimentos. Parte-se da questão suleadora - Como a deficiência tem atravessado o currículo da formação de professores? - para se declarar os objetivos: 1) Partilhar narrativas, conversas e vivências atravessadas pela deficiência tomada como diversidade na formação de professores e 2) Rebordar práticas inclusivas na formação de professores atravessada pelo acolhimento da deficiência. A análise dos dados aponta para a potência das co-autorias, do diálogo com a comunidade externa e sua participação nas formações, bem como dos grupos e das ações de pesquisa e extensão que vem atravessando os meus processos formativos pela auto, eco e heteroformação. Esse movimento de fazer pesquisa com o outro acompanha a autora desde a graduação como pesquisadora do Programa Afirmativa (PROAF), se desdobrando em espaços formativos promovidos pela pesquisa e pela extensão que esgarçam o currículo abrindo espaço para a inclusão e diversidade. Além dessas potências, a análise aponta a pouca efetivação das políticas de acessibilidade e inclusão no DCH-IV Jacobina, a ausência da comunidade acadêmica nas formações ofertadas, a falta de adesão docente nas propostas de formação sobre acessibilidade e práticas pedagógicas, a desresponsabilização e terceirização dos estudantes com deficiência para os núcleos de apoio, salas especializadas e mediadores, a invisibilidade do estudante com deficiência na universidade e na educação básica, o desfazimento do presencial bordando práticas pedagógicas híbridas, a dificuldade do coletivo para registrar e compartilhar narrativas e a articulação entre graduação e pós-graduação como movimento potente de adensar e interrogar a formação. Como contribuições e encaminhamentos a partir do campo e seus desdobramentos, destacamos as produções dos memoriais de formação pelas co-autorias, graduação e pós-graduação, a continuidade das propostas de extensão pelas redes colaborativas e a proposta de se criar formas de circular o material produzido pelo Grupo de Estudos em Educação Inclusiva e Especial (GEEDICE) para além das publicações acadêmicas buscando construir um repositório online composto com narrativas, práticas e experiências das praticantes que vão bordando o processo formativo dessa pesquisa e de outras pesquisas do grupo pela dimensão (auto)formativa.