Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (PPGED) - Jacobina

A ação do Programa de Pós-graduação em Educação e Diversidade (PPGED) iniciou em 2014, em nível Mestrado Profissional, no Departamento de Ciências Humanas (Campus IV) em Jacobina. Em 2017, o PPGED ampliou sua área de atuação ampliando seu polo educacional através da parceria com o Departamento de Educação (Campus XIV) em Conceição do Coité. O PPGED ocupa-se dos processos de formação e das práticas de educadores visando a preparação profissional para atuarem com as diversidades e singularidades socioeducativas e culturais. Concebe a docência como prática social contextualizada envolvendo questões políticas, históricas e culturais, enfatizando as práticas como elementos basilares dos processos de ensino e de aprendizagem. Volta-se para as políticas e práticas escolares, atentando para as questões locais em conexão com as demandas globais e a episteme contemporânea da formação. Representa uma tentativa de subsidiar práticas escolares pautadas na valorização das diferenças, do múltiplo, do inovador e do anverso.

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 5 de 159
  • Item
    Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs): valorização cultural e a promoção da segurança alimentar e nutricional no âmbito do programa nacional de alimentação escolar em Senhor do Bonfim/Ba
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025) Santos, Ana Paula Leite; Pinho, Maria José Souza; Queiroz , Marlus Henrique; Ramos, Michael Daian Pacheco
    A alimentação escolar constitui-se como um instrumento estratégico para a promoção da saúde, da segurança alimentar e da valorização da cultura alimentar local, especialmente no semiárido nordestino. Nesse contexto, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) representam alternativas nutricionalmente relevantes, adaptadas ao ambiente e vinculadas a saberes tradicionais. Apesar de seu potencial nutricional e ecológico, as PANCs permanecem, em grande medida, à margem das políticas públicas. Sua introdução no contexto escolar dialoga com conceitos de educação, saúde integral e preservação de saberes culturais. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender como a inserção das PANCs na alimentação escolar pode contribuir para a valorização da cultura alimentar local e para a promoção da segurança alimentar e nutricional nas escolas públicas do município de Senhor do Bonfim/BA. A partir de uma abordagem qualitativa e interventiva, fundamentada na etnobiologia e na pesquisa-intervenção, estabeleceu-se diálogo com nutricionistas e merendeiras da rede municipal, revelando saberes populares, práticas alimentares enraizadas, desafios institucionais e possibilidades de inclusão dessas espécies no cardápio escolar. Os resultados evidenciaram que as narrativas das merendeiras revelam um repertório rico de conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas alimentícias, frequentemente invisibilizados nas políticas institucionais, mas pouco associado às PANCs como alternativa para a merenda escolar. As nutricionistas, por sua vez, demonstraram interesse, mas apontaram entraves estruturais, culturais e formativos para a efetiva inclusão dessas espécies nos cardápios. Assim, a pesquisa mostra que as PANCs não devem ser compreendidas apenas como alimentos alternativos, mas como instrumentos de resistência cultural, cuidado territorial e promoção da saúde integral. Além disso, destaca-se a necessidade de ampliar os espaços de escuta e valorização do protagonismo das merendeiras, cuja sabedoria prática constitui patrimônio alimentar. A elaboração do cardápio multimodal com PANCs, como produto educacional desta pesquisa, configurou-se como um marco prático e simbólico: sistematiza possibilidades concretas de utilização dessas plantas na alimentação escolar e atua como dispositivo pedagógico que articula educação nutricional, sustentabilidade e cultura alimentar. Sua proposta encontra-se em consonância com as diretrizes do PNAE e com os princípios da educação alimentar e nutricional crítica e emancipadora.
  • Item
    Quantas histórias têm as cartas de quem ousa se anunciar?: pedagogias feministas e epistemologias decoloniais
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024) Silva, Zuleide Paiva da; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sousa, Maria Lizandra Mendes de
    Queridas/es/os leitoras/us/es, a Coletânea Quantas histórias têm as cartas de quem ousa se anunciar? Pedagogias Feministas e Epistemologias Decoloniais é mais uma publicação fruto dos enlaces tecidos pelo componente “Epistemologias Feministas e Epistemologias Decoloniais”, ofertado no semestre 2023.2, na modalidade on-line pelo Programa de Pós-graduação em Educação e Diversidade (PPGED), na Universidade do Estado da Bahia, nos Campus IV/Jacobina e XIV, em Conceição do Coité. É um contínuo de possibilidades epistemológicas tecidas desde a sua primeira aparição “Experiências (Auto)Formativas Diarizadas na Educação Universitária: Pedagogias Feministas e Epistemologias Decoloniais”, em que polifonias feministas foram costuradas a partir do diário de pesquisa-bordo para (re)pensar outros caminhos, modos e formas de ensinagens-aprendizagens- -experiências, bem como performatizar um escrever-pesquisar nos enlaçamentos com o corpo que cria brechas, fendas e perfurações, ou seja, corpoescrevepesquisasente. Aqui, neste movimento de acontecimentos da sua segunda aparição é também movido por uma rede de afetospolíticoséticos.
  • Item
    Biblioteca escolar e órbita social: formação do/a leitor/a literário/a
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024) Rios, Éttore Pablo Vilaronga; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Cunha, Rúbia Mara de Sousa Lapa; Lima, Rita de Cássia Brêda Mascarenhas
    Este trabalho tem por objetivo compreender qual é o papel da biblioteca escolar na formação do/a leitor/a literário/a no Colégio Municipal Francisco Machado dos Santos, Capim Grosso – BA, analisando a situação em que se encontra este espaço de leitura a partir dos projetos desenvolvidos nessa Unidade Escolar. A trilha metodológica está pautada na pesquisa-ação, com abordagem qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas e rodas de conversa, sendo a análise de conteúdo o dispositivo de triagem dos dados produzidos e a análise documental a base de interpretação das leis (Programa Nacional de Incentivo à Leitura, Programa Nacional Sala de Leitura, Pró-Ler, Programa Nacional Biblioteca da Escola, Plano Nacional do Livro e Leitura e Lei de Universalização das Bibliotecas Escolares). No que concerne ao aporte teórico, partimos do Realismo Crítico como pressuposto epistemológico e a Sociologia da Leitura como base teórica e campo de reflexão principal para discussão dos eixos temáticos biblioteca, políticas públicas para o livro, a leitura e a biblioteca e formação leitora literária, tomando como base os estudos de Teresa Colomer, Eliane Fioravante, Matthew Battles, Chantal Horellou-Lafarge e Monique Segré, entre outros. Neste trabalho pudemos verificar o protagonismo da biblioteca escolar na formação do/da leitor/a literário/a e os prejuízos sociais que a obstrução do acesso a este espaço pode causar no processo leitor, seja no espaço escolar ou na influência que a órbita social exerce no individuo em formação. Verificamos, também, que o acesso por si só não garante a formação, sendo necessária a efetiva presença e atuação da figura do/da mediador/a de leitura e o real funcionamento das políticas públicas do livro e da leitura.
  • Item
    Enfrentamento da violência contra a mulher: produção de vídeo para ações educativas com homens
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-05-08) Vieira , Josenilda Correia; Pinho, Maria José Souza; Miranda, Helga Porto; Portela , Yeda Maria Aguiar
    O enfrentamento da violência contra a mulher e o combate ao feminicídio no Brasil é um grande desafio devido aos altos índices e à sua complexidade. Essa questão, reconhecida como uma das violações de direitos humanos mais persistentes, é influenciada por um modelo patriarcal que perpetua o machismo e a violência. Este trabalho propõe a produção de um vídeo socioeducativo voltado para homens, com o objetivo de prevenir e combater a violência doméstica e familiar de gênero e tem como questão norteadora: Como os policiais militares da Ronda Maria da Penha do município de Jacobina-BA, atuantes na fiscalização de medidas protetivas de urgência (MPUs), de homens obrigados pela justiça a cumprirem essas medidas cautelares, compreendem, atuam e acompanham os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher? Este estudo tem como objetivo geral: promover a sensibilização e a reflexão entre homens, por meio do desenvolvimento e implementação de um vídeo socioeducativo, contribuindo para a prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher e fortalecendo a atuação dos policiais da Ronda Maria da Penha. Os objetivos específicos são: compreender as influências históricas da cultura do patriarcado nas relações desiguais de poder entre homens e mulheres; discutir a relação entre comportamentos machistas e violência doméstica e familiar contra a mulher; produzir um vídeo socioeducativo sobre violência doméstica e familiar para ser utilizado em ações educativas com homens. A investigação teve uma abordagem qualitativa, tendo como procedimento para a coleta de dados, a entrevista com policiais militares da Ronda Maria da Penha do município de Jacobina-BA, atuantes na fiscalização de medidas protetivas de urgência de homens autores de violência doméstica e familiar contra a mulher. Para o tratamento desses dados, realizou-se a análise de conteúdo. O contexto da pesquisa foi na unidade da Ronda Maria da Penha (RMP), localizada na Sede do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), este tem atuação no município de Jacobina-BA desde o ano de 2017. As entrevistas revelaram que fatores como machismo, desigualdade de gênero, questões socioculturais e socioeconômicas dos agressores são determinantes para a manutenção da violência. Nesse contexto, a educação de gênero é vista como estratégia essencial, sendo consenso entre os participantes que a mudança deve ser promovida tanto entre homens quanto mulheres. O produto serve como material de sensibilização e orientação para homens, especialmente aqueles em processo de recuperação e reeducação judicial. Sua divulgação pode ser ampliada para escolas, empresas e organizações da sociedade civil. As políticas de apoio às mulheres devem incluir ações educativas voltadas aos homens, especialmente aos autores de violência doméstica e familiar, pois essas iniciativas podem ajudar a promover mudanças de comportamento e relações mais equilibradas.
  • Item
    A produção acadêmica sobre o currículo e a Educação do Campo
    (2022-10-17) Costa, Edineide Vitor; Ramos, Michael Daian Pacheco
    A trajetória da educação do campo não é linear. Após inúmeras pausas e percalços, nos anos 90, os movimentos sociais, organizações e universidades, voltam a se articular na luta pela educação de qualidade para o campo. Assim, o objetivo deste estudo é mapear a produção do conhecimento relacionada ao currículo e Educação do Campo na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações-BDTD. Para isso, realizou-se o Estado da Arte das pesquisas disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Para a coleta de dados utilizou-se o método de busca simples por assunto com os descritores “currículo and educação do campo”, que foi extraída da literatura científica que embasou a pesquisa. Os dados foram coletados entre junho e julho de 2021, e o resultado inicial dessa coleta apontou a existência de 203 trabalhos publicados entre 2007 e 2020. Excluídos os trabalhos repetidos e que não estavam disponíveis para download, restaram 191 pesquisas, sendo 145 dissertações de mestrado e 46 teses de doutorado, após análises, com foco na leitura dos títulos e resumos restaram 92 pesquisas relacionadas com a discussão sobre currículo e Educação do Campo, compondo nossa amostra final. Nota-se certa convergência nos estudos abordados, que transitam entre a constituição da Educação do Campo como direito, suas contradições, a necessidade de desenvolver projetos e políticas públicas específicas para cada realidade rural, o papel do professor e de sua compreensão do campo e a importância de um currículo que contemple os princípios da Educação do Campo e a diversidade presente nesses espaços.