Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (MPED) - Jacobina
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- ItemPráticas discursivas docentes sobre as performances de gênero no contexto escolar(UNEB, 2019-07-30) Oliveira, Allisson Esdras Fernandes de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA pesquisa intitulada: “Práticas discursivas docentes sobre as performances de gênero no contexto escolar” toma como objeto de estudo as Práticas Discursivas de professores e professoras sobre as performances de gênero no contexto escolar. Busca compreender como as implicações socioculturais contribuem para o processo de constituição das performances de gênero. Para tanto, o embasamento teórico advém, principalmente, de uma perspectiva pós-estruturalista, no que se refere aos estudos de gênero em Butler (2010). O objetivo central da pesquisa é analisar como as práticas discursivas dos professores difundem e ou silenciam as performances de gênero no contexto da sala de aula. Optou-se como método a etnografia crítica por este possuir aderência com a proposta investigativa da pesquisa e ser um método fundado no campo da educação. Como lócus da pesquisa apresentamos uma escola pública de ensino Médio, do município de Xique-Xique, no estado da Bahia. Como dispositivos de pesquisa para a construção de dados, foram utilizadas entrevistas abertas, observações participantes com o uso do diário de bordo de modo a apresentar no decorrer das análises, maiores detalhes referentes às práticas discursivas dos professores participantes da pesquisa, num total de 10 docentes, sendo 3 homens e 7 mulheres. Como principais resultados da pesquisa, inferiu-se que a escola de modo geral, como instituição social, ainda reproduz certos discursos considerados arraigados em relação às questões referentes ao gênero e uma distante abordagem do tema durante as aulas. O estudo apontou ainda que segundo o coletivo docente, o Ateliê de Pesquisa contribuiu para a reflexãoação- reflexão das práticas pedagógicas, ao debaterem coletivamente sobre suas próprias narrativas advindas da entrevista , o que possibilitou novas estratégias acerca do trabalho com as performances de gênero no contexto escolar, considerando que as práticas discursivas dos professores e das professoras não dão ainda visibilidade as performances de gênero no contexto escolar, ao não abordarem de maneira frequente e participativa o levantamento de questões sobre o tema. A pesquisa marca ainda processos de transição de rupturas presentes nos discursos dos docentes no que se refere a normatividade de gênero. Outro dado apresentado é que se observou nas aulas e nos Atividades Complementares (AC) que ainda existem discursos preconceituosos no interior da escola, como também silenciamentos na abordagem das temáticas sobre gênero. Visualizou-se também um movimento que propõe mudanças no currículo escolar e a necessidade de formação em exercício, com os professores sobre o tema, tomando a escola como lócus da formação, bem como a importância de projetos didático-pedagógicos que envolvam a comunidade escolar como um todo, para realização de ações de combate ao preconceito e discriminação de gênero.
- ItemO fotográfico e a professoralidade: uma cartografia de aproximações e distanciamentos(UNEB, 2023-03-17) Lima, André Luiz de Araújo; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Gomes, Antenor Rita; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Sérgio Luiz Pereira da; Pereira , Marcos VillelaEsta pesquisa-experimento apresenta um processo de escrita cartográfica sobre a professoralidade, fissurada pelos modos operativos da fotografia, para traçar caminhos e movimentos de subjetivação em torno da formação do professor de arte. Como objetivo central, propõe-se interrogar como o fotográfico desenha/marca a professoralidade nas artes, tomando-o como paradigma de uma pedagogia do experimento. Adota o método cartográfico, privilegiando a imersão na experiência do pesquisador, forjando a pesquisa a partir de si, propondo uma investigação da docência em artes a partir da escrita de si, utilizando materiais autobiográficos, memórias e vivências em torno do fotográfico como fundamento para problematizar a professoralidade. Como dispositivos de construção dos dados, contou-se com o diário de bordo online, tensionado e vivenciado por uma pedagogia do experimento. Como dispositivo de análise é empregado o próprio método cartográfico na interface com as estratégias da esquizoanálise. Os achados centrais deste estudo apontam que o movimento da escrita cartográfica subverte a professoralidade pelas marcas do fotográfico, disparando problematizações sobre os processos de subjetivação do professor de arte. No contexto de dissenso e indisciplinaridade produzidos pelos experimentos desta pesquisa, observa-se à docência tomada como processo de experimentação desviante e multifocal, provocando cisões e eclosões de outras professoralidades, rachando identidades na direção de territórios nômades, reconectando o desejo a devires minoritários na invenção de si como obra de arte. Os experimentos produzidos por esta cartografia ainda apontam potencialidades de produção de estratégias e metodologias que servirão de base para a concepção da intervenção de campo como futuro desdobramento deste estudo.
- Item“Tu não é homem, não?”: o que a juventude pensa sobre masculinidades e gênero(UNEB, 2024-10-14) Nogueira, Marihen de Souza; Pinho, Maria José Souza; Botton , Fernando Bagiotto; Ferreira, Maria Jucilene LimaO presente estudo de mestrado intitulado “Tu não é homem, não? o que a juventude” pensa sobre masculinidades e gênero” investigou como os estudantes compreendem suas masculinidades, na estreita relação com gênero e sexualidade, analisando suas falas, posturas e comportamentos no ambiente da escola. A questão geral da pesquisa é o que os estudantes pensam sobre gênero e masculinidade e o objetivo geral é analisar essas percepções em articulação com os conceitos teórico. Compreende-se que as masculinidades compõem um aspecto estrutural dentro das sociedades patriarcais que moldam as identidades pessoais e as relações sociais. Esta pesquisa de caráter qualitativo, adotou como procedimento metodológico a realização de rodas de conversa com estudantes do Ensino Médio da escola pública estadual da cidade de Jacobina-Bahia. Foram estruturadas três rodas de conversa com estudantes do sexo masculino e foram analisados os relatos e respostas divididos em categorias de temáticas de análise. Diante dos relatos e das falas, verificou-se a presença de posicionamentos opostos aos discursos patriarcais, embora ainda existam ideias imersas em um modelo conservador de masculinidade. É a partir dessa percepção, que se conclui que o que os estudantes pensam sobre gênero e masculinidade constitui parte daquilo que apreendem no ambiente escolar, nas relações entre si, no seio familiar e nos espaços de socialização que participam. Foi possível compreender que o processo de desconstrução da masculinidade hegemônica implica uma posição educacional com um projeto contínuo que possibilite aos sujeitos vivenciar diversos modelos de ser homem, repensando as práticas e posicionamentos principalmente diante do contexto de violências que atinge as mulheres determinado pelas relações desiguais de gênero. Esta pesquisa tem como desdobramento a elaboração de um Curso de extensão, no qual serão aprofundados aspectos percebidos nesta pesquisa com a intenção de contribuir para as discussões de masculinidades na educação básica.
- ItemBase nacional comum curricular: apagamentos e implicações da diversidade na formação em exercício da coordenação pedagógica(UNEB, 2021-11-30) Lima, Fábia Alves; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Silva , Fabrício Oliveira da; Oliveira , Iris VerenaEsta pesquisa tem o propósito de compreender o papel da Coordenação Pedagógica (CP) como mediadora da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto de sua prática com o coletivo docente, frente ao planejamento didático-pedagógico de suas demandas diárias, a fim de identificar se este coletivo faz ou não vazar a diferença no referido documento. O delineamento metodológico ancora-se na abordagem qualitativa e se inspira no paradigma pós-crítico. Adota-se como método a (Net)etnocartografia, com o uso da bricolagem da etnografia, cartografia e netnografia, motivado pela cartografia de Deleuze e Guattari (1998, 2014, 2010), cujas pistas produzidas por meio das narrativas e imagens foram cartografadas a partir dos dispositivos Ateli(net) e Diário de Bordo, em que os fios dos episódios adotaram como procedimento de análise o próprio método (Net)etnocartográfico em processos de produções vida-formação na cibercultura, desenhadas como proposta de intervenção. A (Net) etnocartografia em interface online conecta movimentos de autorias singulares e coletivas, visando rasurar a BNCC no contexto da prática da Coordenação Pedagógica e buscar caminhos e bifurcações nos territórios onde habitam os sujeitos da pesquisa. As pistas-resultados apontam a ausência de políticas públicas para a formação da CP e discussão nas formações sobre temáticas do cotidiano que envolve gênero, raça, povos do campo, quilombolas, ciganos, comunidades tradicionais, entre outros, bem como uma BNCC que pretende o controle político do conhecimento por meio de um currículo único, o qual não é desejável em um país com dimensões (continental) territoriais, diversidade cultural e desigualdades sociais. A CP vê na processualidade da (Net) etnocartografia, via os seis (06) Ateli(net’s), pontos de conexão, contradições, atravessamentos e possibilidades de re-leituras dos espaços pedagógicos em proposições, teoricamente, enredadas pelos saberes que se articulam e se convertem em ações transformadoras, criadoras e ativas nos contextos de vida e com vidas do devir-outro, cujo rizoma-formação não tem começo e tampouco fim, pois se encontra sempre no meio e entre as linhas de fuga imperceptíveis, que se desdobrarão também na pós-defesa, criando fios que serão conectados, num ir e vir, sem simetria, experimentando as irregularidades da intuição e do inconsciente dos sujeitos, que sempre serão coautores desse trajeto de vida-pesquisa-trans-formação.
- ItemDesenvolvimento das aprendizagens na educação infantil: contribuições da neurociência(UNEB, 2024-06-28) Oliveira, Nádja Luana Barros Cavalcanti; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Carvalho, Fernanda Antoniolo Hammes de; Coelho, Patrícia Júlia Souza; Nunes, Jacy Bandeira AlmeidaEsta pesquisa de mestrado investigou o desenvolvimento das aprendizagens das crianças de 0 a 6 anos, tomando como fundamento teórico a aplicação dos conhecimentos de neurociência na Educação Infantil, tendo como contexto o Centro Municipal de Educação Infantil Olívia dos Santos Silva - CMEI Olívia, em Jacobina - BA. Partiu de duas questões investigativas: como vem acontecendo o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil na instituição CMEI Olívia, no município de Jacobina - BA? E como a neurociência pode contribuir para o desenvolvimento dessas aprendizagens? O objetivo geral consistiu em compreender o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil, tomando como fundamento o potencial das contribuições da neurociência. Entre os objetivos específicos, destacou-se: analisar os documentos legais e a literatura da área sobre o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil; cotejar as contribuições dos fundamentos da neurociência, com destaque para as funções executivas, dialogando com as práticas existentes e as novas orientações para o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil; inventariar os conhecimentos prévios das professoras acerca dos fundamentos e das práticas que elas já realizam; e gerar, colaborativamente, orientações teóricas e metodológicas para o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil do CMEI Olívia, através da realização de ateliês de formação. Utilizando a abordagem qualitativa e pesquisa colaborativa, ancoradas na reflexão da bricolagem como paradigma epistemológico, foram utilizados dispositivos de construção de dados, como análise documental, observações e entrevistas semiestruturadas. Para a análise dos dados, foi utilizada a Teoria Fundamentada em Dados (TFD). As participantes foram as professoras da Educação Infantil. Os resultados apontaram que o jogo e a atividade lúdica são metodologias de ensino já presentes em suas práticas. No entanto, foi identificado que uma parte das professoras desconhece os estudos de neurociência aplicados à educação e sinalizaram a necessidade de uma formação continuada específica nessa área. Como produto, foram propostas orientações teóricas e metodológicas para a construção de um plano de formação, através de ateliês formativos, intitulado “Otimizando o Aprendizado Infantil”, que será apresentado à Secretaria de Educação do Município de Jacobina como uma proposta de formação continuada para o município. Considera-se que a neurociência pode fornecer estratégias eficazes para aprimorar o ensino e a aprendizagem na Educação Infantil, promovendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.