Perfil do uso de anticoagulantes em pacientes com câncer ginecológico em um hospital de Salvador, Bahia
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Resumo
Introdução: Dentro das doenças cardiovasculares agudas, o tromboembolismo venoso (TEV) é uma das complicações mais comuns em pacientes com câncer ginecológico, pelo estado pró-trombótico e exposição a terapias vasculotóxicas. Objetivos: Discutir o perfil de uso de anticoagulantes para prevenção ou tratamento de TEV em pacientes com câncer ginecológico acompanhadas em um hospital especializado. Materiais e Método: Foi realizado um estudo transversal no Hospital da Mulher, localizado em Salvador, Bahia entre agosto de 2023 e 2024 (1 ano), constituído por análise de prontuários médicos para rastreamento do perfil de uso e também identificação de possíveis eventos adversos. Resultados e Discussão: Foram avaliados os prontuários eletrônicos de uma população de 2.865 mulheres, sendo selecionadas 117 pacientes, com média de idade de 57,20 anos. A neoplasia maligna de colo de útero (42,74%) foi a mais frequente, seguida pela neoplasia maligna de ovário (29,06%). Dentro das pacientes que apresentaram evento adverso, o anticoagulante mais utilizado foi a enoxaparina (40%) (p<0,0001). A cisplatina foi o antineoplásico mais frequente entre os pacientes que apresentaram TEV (20,4%), sem associação estatisticamente significativa. O escore de Onkotev apresentou uma performance preditória de risco tromboembólico melhor do que os escores de Khorana e Protecht. Conclusão: O presente estudo se configura como um dos primeiros na Bahia que buscou investigar o perfil do uso de anticoagulantes neste grupo. Não houve associação significativa entre a quimioterapia e o desfecho de TEV, o mesmo para os tipos de neoplasia, entretanto, a neoplasia maligna de colo de útero se apresentou como a que teve maior odds ratio desse desfecho.