Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas - DEDC7
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Navegando Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas - DEDC7 por Palavras-chave "Caatinga"
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- ItemA meliponicultura nos municípios de Senhor do Bonfim e Campo Formoso-BA(Universidade do Estado da Bahia, 2009) Batista, Nilza Carla Santos; Santos, Maria Elisa da Silva; Santos, Marcos Reis dos; Silva, Francisco Hilder Magalhães eEm virtude da importância econômica dos meliponíneos, tanto pelos serviços ao ecossistema, através da polinização, quanto pela comercialização dos seus produtos e pelo custo relativamente baixo do seu manejo, essas abelhas vêm sendo alvo de interesse de cientistas e produtores para criação, produção de mel e mais recentemente em polinização, biologia, genética e evolução. Este trabalho mostra a importância da meliponicultura como fator econômico em Campo Formoso e Senhor do Bonfim, BA e contribui para a sistematização de dados sobre meliponicultores e meliponicultura; o conhecimento das técnicas empregadas na manutenção de colônias e na extração de mel; e a contribuição da meliponicultura para a conservação da vegetação nativa. O objetivo geral desse trabalho foi investigar a relação existente entre a meliponicultura e a conservação da vegetação nativa e propor estratégias para um manejo sustentável das abelhas da tribo Meliponini, visto que a criação dessas abelhas de maneira racional oferece subsídios para fortalecimento de uma atividade econômica na região. O trabalho foi desenvolvido nos municípios de Campo Formoso e Senhor do Bonfim, Norte da Bahia, no período de dezembro de 2007 a fevereiro de 2009. Os dados foram coletados a partir de observação e entrevista que permitiram o entendimento dos seguintes aspectos: A abelha mandaçaia é a espécie preferida pelos criadores da região, em virtude da produção de mel e facilidade no manejo; A maioria dos criadores de Campo Formoso e Senhor do Bonfim- BA não pratica a criação de meliponíneos como renda principal, mas como atividade de lazer. Para um manejo adequado de meliponíneos é fundamental: A aquisição de caixas próprias para a criação dessas abelhas; o fortalecimento das espécies com a administração da alimentação artificial, principalmente na época de estiagem; a diminuição de captura de novos ninhos existente na natureza através das caixas–iscas e a realização da divisão de colônias. Para fortalecimento da meliponicultura faz-se as seguintes recomendações: A conservação da vegetação nativa na região e enriquecimento com árvores frutíferas para a manutenção dos meliponíneos no seu habitat; Recuperação de áreas degradadas; Melhoria na atualização dos meliponicultores a partir da realização de congressos, feiras sobre as abelhas sem ferrão e acompanhamentos dos produtores pelos órgãos responsáveis como, por exemplo, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S. A. (EBDA) da região em parceria com as Escolas Agrotécnicas e o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
- ItemHábitos de nidificação de abelhas nativas e princípios de conservação em áreas de caatinga no Povoado de Limoeiro, município de Campo Formoso, BA(2009) Nunes, Milene Rocha; Santos, Maria Elisa da Silva; Silva , Francisco Hilder Magalhães; Reis, Marcos dos SantosAs abelhas nativas sem ferrão são insetos eussociais, apresentando sociedades com várias gerações em um mesmo ninho, possuindo cuidado cooperativo com a prole e uma divisão de tarefas entre reprodutores e operárias. Entender a ecologia de nidificação desse grupo é uma estratégia que possibilita extrair informações, como diversidade de espécies existentes, abundância e raridade e susceptibilidade as ações antrópicas. Tais dados podem contribuir para o monitoramento de áreas naturais e elaboração de planos de manejo. Este trabalho teve como objetivos: Compreender a relação existente entre os hábitos de nidificação de abelhas nativas com princípios de conservação em áreas de caatinga no Povoado de Limoeiro, Campo Formoso BA; Estimar a abundância relativa dos ninhos encontrados; Identificar as espécies vegetais utilizadas como substrato para nidificação e Propor medidas que possibilitem a manutenção desses ninhos na natureza. As informações fornecidas a respeito da existência de abelhas nativas na região foram coletadas a partir de entrevistas junto aos meliponicultores do local e para verificar a presença de ninhos foram percorridas aleatoriamente trilhas pré-existentes. À medida que os ninhos eram encontrados marcavam-se seus pontos com GPS. Foram encontrados 31 ninhos pertencentes a 07 espécies. A espécie que apresentou maior número de ninhos e maior diversidade de substrato nidificado foi a Nannotrigona testaceicornis, conhecida na região como abelha Mosquito. O número de espécies encontrado se manteve na média quando comparado a estudos realizados na Bahia (7 a 18 espécies), e a quantidade de ninhos encontrados pode ser considerado um indicador de conservação. Das 07 espécies encontradas, Melipona anthidiodes e Tetragonisca angustula, são as mais criadas por membros da comunidade, no entanto essas espécies em ambiente natural quase não foram encontradas, o que se pode inferir que esses criadores as retiram da mata e as levam para compor suas criações. O conhecimento a respeito dos hábitos de nidificação das abelhas possibilitou formular ações em prol da sua conservação e das espécies de plantas. Entre essas recomenda-se a elaboração de planos locais para criação de abelhas nativas e manutenção no ambiente natural com a participação da comunidade a partir do conhecimento popular; As plantas nativas consideradas como bons substratos para fundação de ninhos das abelhas nativas devem ser incluídas em planos de recuperação ambiental na comunidade do Limoeiro aumentando assim os locais naturais de nidificação.
- ItemPerfil da atividade de caça e uso da fauna silvestre na comunidade de Queixo D'antas, Campo Formoso, Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2010-09-11) Aguiar, Pâmela Roberta Dantas; Barreto, Rebeca Mascarenhas Fonseca; Santana, Cristiana de Cerqueira Silva; Rodrigues, Renato GarciaA fauna silvestre ainda hoje, é utilizada como fonte de alimento para as populações tradicionais. Entretanto, há pouco conhecimento sobre a atividade de caça no nordeste brasileiro. Nesse contexto, o referente estudo objetivou avaliar o perfil da atividade de caça e uso da fauna silvestre na comunidade de Queixo D’antas, localizada no Município de Campo Formoso, Bahia, Brasil. Foram realizadas 40 entrevistas semi-estruturadas em maio de 2010, sendo entrevistados 29 homens e 11 mulheres. A maioria dos entrevistados (67.5%) afirmou caçar, sendo que 55.17% caçam por subsistência e 37.93% caçam por diversão. Esse tipo de atividade é praticada mais pelos homens do que pelas mulheres. Entretanto, as atividades de caça não são influenciadas pela renda e pelo nível de escolaridade, podendo este quadro estar relacionado a motivos culturais. Dentre os animais mais caçados, foram citados: tatu-verdadeiro (Dasypus novemcinctus), tatu-peba (Euphractus sexcinctus), veado (Mazama sp.), mocó (Kerodon rupestres), caititu (Tayassu tajacu), tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), gato-do-mato (Leopardus pardalis), juriti (Leptotila rufoaxilla), codorna (Nothura boraquira), pombo (Zenaida auriculata) e teiú (Tupinambis sp). Os dados evidenciaram que o tatu-verdadeiro é considerado preferido para caçar (n=6). Desta forma, a elevada caça de tatu-verdadeiro pode ser explicada pela facilidade de encontrar este animal na região e por causa da sua carne, que é considerada saborosa pelos caçadores. Com relação aos métodos e técnicas de caça, foram apontados três tipos: o “uso da espingarda” (47,5%), seguida da “caça com cachorro” (40 %) e a utilização de armadilhas com 10% das citações. A redução da fauna silvestres na área de estudo também foi relatada pelos moradores, onde foram apontadas 16 espécies, sendo as mais mencionadas o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla; n=17) a onça (Panthera onca; n=7) e o tatu-verdadeiro (D. novemcinctus; n=3) sendo que para os motivos dessa redução foram atribuídos o excesso de caça (35%), o aumento da população humana (15%), e a migração da fauna silvestre (10%). Das espécies domesticadas citadas nas entrevistas como o passarinho (Passeriformes, n=8), jandaiá (Aratinga solstitialis, n= 2), rebançã ( Zenaida auriculata n=2), juriti ( Leptotila rufaxila, n= 2) e o papagaio ( Amazona Xanthops, n= 2) provavelmente algumas delas destinam-se ao comércio de animais vivos ou à manutenção como animais de estimação . Deste modo, foram registradas 15 receitas preparadas com a carne de caça, sendo que o animal mais citado no preparo foi o tatu-verdadeiro (32.5%). Contudo, os moradores da comunidade de Queixo D’antas têm o conhecimento a respeito da importância da conservação da fauna e flora do local, no entanto, a onça e a cobra foram os únicos animais apontados por eles como perigosos. Esses dados mostram a urgência da legalização da criação do Parque Nacional do Boqueirão da Onça (PNBO), assim como de trabalhos educativos na comunidade, uma vez que será importante para o manejo e conservação da biodiversidade local.