A meliponicultura nos municípios de Senhor do Bonfim e Campo Formoso-BA
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Resumo
Em virtude da importância econômica dos meliponíneos, tanto pelos serviços ao ecossistema, através da polinização, quanto pela comercialização dos seus produtos e pelo custo relativamente baixo do seu manejo, essas abelhas vêm sendo alvo de interesse de cientistas e produtores para criação, produção de mel e mais recentemente em polinização, biologia, genética e evolução. Este trabalho mostra a importância da meliponicultura como fator econômico em Campo Formoso e Senhor do Bonfim, BA e contribui para a sistematização de dados sobre meliponicultores e meliponicultura; o conhecimento das técnicas empregadas na manutenção de colônias e na extração de mel; e a contribuição da meliponicultura para a conservação da vegetação nativa. O objetivo geral desse trabalho foi investigar a relação existente entre a meliponicultura e a conservação da vegetação nativa e propor estratégias para um manejo sustentável das abelhas da tribo Meliponini, visto que a criação dessas abelhas de maneira racional oferece subsídios para fortalecimento de uma atividade econômica na região. O trabalho foi desenvolvido nos municípios de Campo Formoso e Senhor do Bonfim, Norte da Bahia, no período de dezembro de 2007 a fevereiro de 2009. Os dados foram coletados a partir de observação e entrevista que permitiram o entendimento dos seguintes aspectos: A abelha mandaçaia é a espécie preferida pelos criadores da região, em virtude da produção de mel e facilidade no manejo; A maioria dos criadores de Campo Formoso e Senhor do Bonfim- BA não pratica a criação de meliponíneos como renda principal, mas como atividade de lazer. Para um manejo adequado de meliponíneos é fundamental: A aquisição de caixas próprias para a criação dessas abelhas; o fortalecimento das espécies com a administração da alimentação artificial, principalmente na época de estiagem; a diminuição de captura de novos ninhos existente na natureza através das caixas–iscas e a realização da divisão de colônias. Para fortalecimento da meliponicultura faz-se as seguintes recomendações: A conservação da vegetação nativa na região e enriquecimento com árvores frutíferas para a manutenção dos meliponíneos no seu habitat; Recuperação de áreas degradadas; Melhoria na atualização dos meliponicultores a partir da realização de congressos, feiras sobre as abelhas sem ferrão e acompanhamentos dos produtores pelos órgãos responsáveis como, por exemplo, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S. A. (EBDA) da região em parceria com as Escolas Agrotécnicas e o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).