Navegando por Autor "Sodré, Liana Gonçalves Pontes"
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- ItemAprendizagem da lectoescrita das crianças no primeiro ano do ensino fundamental no Moodle(2013-12-18) Santos, Jocenildes Zacarias; Lima Junior, Arnaud Soares de; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Marinho, Ana Glória da Silva; Magalhães, André Ricardo; Dias, Adelaide Alves; Beltrão, Lícia Maria FreireO século XXI assinala mudanças em direção a um conjunto de condições sociais que estão reconstituindo os mapas culturais e geográficos do mundo, produzindo, ao mesmo tempo, novas formas de aprendizagem, de políticas pedagógicas e de ensino. As Tecnologias da Informação e Comunicação- TIC estão possibilitando romper com uma lógica linear de aprendizagem da lecto-escrita, apresentando espaços para interlocuções entre as crianças, os textos e as redes colaborativas e sociais. O processo dialógico de interação, entre a criança e esses espaços, se constitui articulando significados, dialogando, emergindo de uma perspectiva contextual na tentativa de responder às demandas do individual, dentro de um determinado contexto de produção de conhecimentos e, conseqüentemente, de aprendizagem. O contato da criança com a rede Internet por meio de chats, redes sociais, jogos online e games, possibilita o reconhecimento acerca de novas estruturas informacionais que podem contribuir de forma significativa na construção da sua aprendizagem. Nesse contexto, a tese tem por objetivo de estudo compreender, teoricamente as possibilidades de as criança no Primeiro Ano do Ensino Fundamental aprenderem a lectoescrita no contexto AVA- Moodle. Por conseguinte, nesta produção textual, essa aprendizagem é vista como um processo de construção e reconstrução da linguagem, que envolve o desejo, a socialização dos conhecimentos e as experiências apresentadas pelas mesmas, enquanto sujeitos históricos. Assim, parte-se da utilização da epistemologia da pesquisa qualitativa que compreende as experiências humanas elaboradas no cotidiano da ação-pensamento-ação, compreendendo que o objeto da pesquisa faz o seu desvelamento nas relações que estabelece entre as experiências existentes e o conhecimento.
- ItemAutonomia em episódios interativos entre professora e crianças da educação infantil(2015-05-13) Jauris, Roberta Bolzan; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Dias, Adelaide Alves; Reis, Minervira Joseli Espíndola; Hetkowski, Tânia MariaA pesquisa nasceu da inquietação quanto às práticas pedagógicas desenvolvidas por professores que atuam na Educação Infantil e aos direitos e possibilidades de autonomia das crianças nessa etapa da Educação Básica. Teve por objetivo analisar contextos interativos que envolvem crianças e professores e a possibilidade da autonomia das crianças no processo educacional, conforme três procedimentos distintos: 1) observações com registros no caderno de campo; 2) videogravações de episódios interativos entre professora/crianças, crianças/professora e crianças/crianças; 3) entrevistas semiestruturadas junto a professora e as crianças. Para a realização da pesquisa, recorreu-se aos pressupostos da abordagem qualitativa, como um estudo descritivo, partindo do princípio de que os participantes de uma determinada realidade educacional podem estar no centro da indagação, portanto, interlocutores privilegiados e sujeitos. A pesquisa foi realizada em uma instituição Municipal de Educação Infantil do município de Vitória da Conquista – Bahia, com uma professora e seis crianças de uma mesma turma, escolhidas aleatoriamente. Após as entrevistas com a professora, construiu-se um processo de interlocução com as crianças, mediado pelos vídeos, no propósito de discutir com cada uma a sua participação nas atividades. Para tratamento dos dados empregou-se o procedimento de análise de conteúdo, pois se pretendeu identificar os conteúdos manifestos que levassem a compreender o desenvolvimento da autonomia ou não das crianças no contexto escolar. Embora reconhecendo que, no dia a dia do processo educacional, é impossível aproveitar todas as contribuições das crianças, fica claro em todos os episódios gravados que a professora está mais atenta ao planejamento dos conteúdos e à forma estabelecida para trabalhar em sala de aula, do que em contar com a colaboração ou com as experiências dos educandos. Todas as seis crianças que participaram do estudo se confirmaram como sujeitos que falam, escutam e participam de escolhas. Mesmo com os diversos desafios presentes em instituições que historicamente se consolidaram como espaços educacionais, os conflitos se revelam, principalmente em relação às distâncias geracionais. Desse modo, conclui-se que a escola se afasta da realidade do contexto sociocultural das crianças, não as envolve no processo educacional, desconsidera suas iniciativas e questionamentos e, consequentemente, consolida um modelo de educação para a heteronomia.
- ItemO brincar na escola da criança que cursa o 1º ano do ensino fundamental Salvador(2014-08-25) Ponte, Adriana Eugênio de Souza; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Bichara, Ilka Dias; Souza, Elizeu Clementino de; Oliveira, Maria Olivia de Matos; Cordeiro, Karina de Oliveira Santos; Costa, Décio Bessa daO estudo se propôs a analisar o que dizem ou expressam as crianças sobre o brincar na escola, no 1º ano do Ensino Fundamental, no propósito de descrever como e porque o brincar está presente no espaço educacional que frequentam, tendo em vista que, a despeito dos limites e sanções impostos pela escola, persistem com estas atividades. O estudo contou com a colaboração de doze crianças de 6 e 7 anos, que frequentavam uma escola municipal de Salvador. Para o encaminhamento do estudo, nos baseamos nos procedimentos da metodologia da pesquisa qualitativa, utilizando como instrumentos: observações, que foram registradas em um diário de campo; fotografias das crianças brincando nas áreas externas; como também, entrevistas semiestruturadas ou interlocuções com as crianças, mediadas por fotografias contendo episódios de situações de brincadeira por elas vivenciadas. A pesquisa foi embasada na perspectiva sócio-histórica e nos estudos que vêm sendo realizados nessa mesma perspectiva sobre o fenômeno estudado, por acreditar que vivemos inseridos em relações sociais constituídas no curso das diferentes histórias humanas e nelas as crianças constroem seu processo de desenvolvimento. As análises revelaram que o brincar não é uma ação proibida na escola, porém o tempo permitido para que este fenômeno aconteça é bastante resumido e limitado na sua rotina. O estudo mostrou que o brincar esteve presente na sala e fora dela, ainda que na sala tenha se manifestado de forma discreta e/ou dissimulada sem a permissão da professora. Portanto, consideramos essencial que a escola reconheça o brincar como uma ação tão importante quanto propiciar um trabalho pedagógico, e ainda, que propicie condições para a participação efetiva da criança no processo de ensinar e aprender, dando espaço para ela expressar suas necessidades e que estas sejam respeitadas.
- ItemA criança como sujeito de direito: as interfaces das instituições comunitárias nas políticas de educação infantil(2007) Araújo, Ana Lúcia Soares da Conceição; Silva, Ronalda Barreto; Vasconcellos, Vera Maria Ramos; Sodré, Liana Gonçalves PontesO presente trabalho se constitui em uma proposta de investigação do mestrado de Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia, da linha Educação, Gestão e Desenvolvimento Local Sustentável. O objeto de estudo são as creches comunitárias que emergem de associações de bairro, focalizando as políticas públicas de Educação Infantil, buscando analisar a relação dessas instituições com as ações governamentais do município de Salvador, bem como as formas de intervenção da população no intuito de possibilitar o acesso e permanência das crianças de 0 a 06 anos nesse nível da educação básica. A escolha por essa faixa etária se deu por perceber constantes iniciativas dos moradores do bairro São Caetano (bairro periférico da capital) em prover o cumprimento do dispositivo legal do direito à educação da criança pequena. O percurso metodológico foi alicerçado em interpretação dinâmica da realidade, observando nos fatos as contradições e influências históricas, econômicas e sociais na compreensão do fenômeno estudado. Os procedimentos que ajudaram a compreender as implicações e fronteiras entre o papel do Estado e as instituições comunitárias na consecução das políticas de Educação Infantil foram entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os sujeitos da pesquisa que colaboraram com o processo investigativo foram gestores dos órgãos públicos vinculados à Educação Infantil, representantes de ONG’s, líderes da associação, profissionais e crianças das instituições comunitárias que auxiliaram na tessitura de como vem sendo implementado o acesso, expansão e a permanência das crianças nas creches e pré-escolas comunitárias. Como resultado constatou-se que a (re) configuração atual do papel do Estado tem mantido a transferência de responsabilidade para o âmbito privado na expansão da Educação Infantil no Município, caracterizado por um serviço que não atende às especificidades da infância, funcionando como antecipação do Ensino Fundamental ou como um espaço que “guarda” as crianças enquanto os membros da família cumprem a jornada de trabalho. Ademais, apesar de as instituições comunitárias assumirem parcela da educação das crianças de 0 a 06 anos das camadas menos favorecidas do Município de Salvador, existe uma descontinuidade no repasse dos recursos e a falta uma política pública de formação para os professores dessas instituições tem gerado um despreparo profissional que afetam os direitos fundamentais básicos da criança.
- ItemEducaçâo popular e contemporaneidade: caminhos, desafios e possibilidades(2009-08-27) Pereira, Ana Lúcia Nunes; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Gonçalves, Luíz Gonzaga; Fernandes, Eduardo José NunesNeste estudo, parte-se de reflexões sobre a nova revolução técnicocientífica que traz em seu bojo uma profunda mudança ao abranger não apenas a esfera tecnológica, mas toda a esfera da vida social e política, bem como por interferir nas relações sociais do trabalho, que vêm sofrendo transformações profundas. Diante de tais fatos e visando uma discussão sobre a educação popular (EP) neste novo contexto, desenvolvem-se análises das possibilidades que apontam para a educação popular frente a essas novas lutas localizadas na sociedade contemporânea. Utiliza-se como estratégia metodológica um estudo teórico, que permite colocar em diálogo diferentes teóricos e destaca-se como interlocutor privilegiado Paulo Freire. Assim sendo, apresenta-se, inicialmente, um pequeno memorial no qual se entrelaça a história da EP com os caminhos percorridos pela pesquisadora, ao mesmo tempo tecem-se considerações que justificam a escolha do tema. Em seguida, aborda-se o conceito de Educação Popular estruturada a partir de concepções de vida e histórias construídas pelas classes populares e relacionadas às mudanças e transformações da sociedade. Descreve-se ainda a história da EP no Brasil com vistas a desvelar seu percurso e seus novos desdobramentos e apontar a relação existente entre o trabalho e seus processos formativos. Como síntese propositiva para os caminhos que justificam a vigência da educação popular, relacionam-se três questões cruciais: a reinvenção da utopia e da esperança; a possibilidade de uma episteme do popular; e a reordenação de outros mundos de trabalho. Nas considerações finais, indica-se a formação do educador como elemento fundamental para concretização de novas propostas educativas que despontam no contexto da educação popular na contemporaneidade.
- ItemEscola para o trabalho, escola para a vida: o caso da escola família agrícola de Angical – Bahia(2005-12) Araujo, Sandra Regina Magalhães de; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Nascimento, Antônio Dias; Marques, Maria Ornélia; D’ávila, CristinaEste estudo tem o propósito de descrever e compreender uma experiência alternativa inovadora de educação do e no campo, através de uma instituição da rede de Escolas Famílias Agrícolas (EFA) — a Escola Família Agrícola José Nunes da Matta, mais conhecida como Escola Família Agrícola de Angical (EFAA), município localizado no extremo oeste do Estado da Bahia. Tem como objetivo compreender em que medida essa Escola, orientada pelos princípios metodológicos da Pedagogia da Alternância, constitui uma escola viável para fortalecer a agricultura familiar. Para apreender melhor a Escola Família Agrícola de Angical e sua política de educação sob a perspectiva do desenvolvimento e do fortalecimento da agricultura familiar e o que a diferencia enquanto uma política de educação do e no campo, definiu-se pelo Estudo de Caso e pela Observação Participante já que a abordagem qualitativa permite combinar diferentes métodos e técnicas de coleta de dados. Como instrumentos de pesquisa, lançou-se mão de técnicas de entrevista semi-estruturada individual e coletiva, conversas informais, observação direta com registro em caderno de campo. Ao se buscar compreender esta experiência alternativa de educação do e no campo, de origem francesa, e seu processo de implantação em território brasileiro, voltada para os filhos e filhas de pequenos produtores familiares rurais, a quem foi negado o direito a uma educação escolar integrada à concepção de desenvolvimento local e fortalecimento da agricultura familiar, foi necessário compreender também a luta histórica pelo acesso à terra e a permanência nesta pelos pequenos produtores familiares rurais em suas diferentes categorias, tanto em nível nacional como no município de Angical, campo empírico deste estudo. Para isso, autores como Graziano da Silva, Moisés Vinhas e José de Souza Martins, além de autores que escreveram e pesquisaram sobre a região sanfranciscana e o extremo oeste baiano, foram fundamentais para entender as razões que levaram a pequena produção rural ao processo de marginalização e exclusão das políticas agrárias públicas do desenvolvimento capitalista e o seu processo de resistência. Para entender essa experiência alternativa de educação, recorreu-se aos fundamentos teórico-metodológicos de autores franceses e do grande educador brasileiro Paulo Freire. O estudo sobre a EFA de Angical revelou que esta escola é de fato uma alternativa de educação escolar viável para o fortalecimento da agricultura familiar e, como tal, apresenta um diferencial para a política de educação do campo, revelada pelos achados da pesquisa. Contudo, alguns desafios precisam ser enfrentados pela EFAA para que esta escola se mantenha viva por muitos e muitos anos, levando esperança aos filhos e filhas dos pequenos produtores familiares rurais sob a perspectiva do desenvolvimento e do fortalecimento da agricultura familiar em seu meio histórico, social e cultural.
- ItemFilosofia da educação nos cursos de pedagogia: um estudo sobre seus aspectos teórico-metodológicos.(2014-09-29) Pimentel, Edna Furukawa; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Gonçalves, Luiz Gonzaga; Hetkowski, Tânia Maria; Sá, Maria Roseli G. B. de; Queiroz, Delcele Mascarenhas; Costa, Décio Bessa daO estudo teve como objetivo analisar a forma como a disciplina Filosofia da Educação tem sido ministrada no interior dos cursos de pedagogia de uma universidade pública do estado da Bahia. Partiu-se da contextualização da disciplina, cujo foco foi apresentar os principais referenciais teórico-metodológicos e como eles influenciaram e continuam influenciando a educação brasileira. De posse das contribuições da abordagem qualitativa, procedeu-se à coleta de dados, utilizando, inicialmente, a análise dos projetos dos cursos e dos planos dos cursos de Filosofia da Educação, do período de 2011 a 2013, após o processo de reformulação curricular; em seguida, realizou-se a entrevista semiestruturada com os três docentes dos três campi da universidade selecionada. A pesquisa revelou que os docentes, em sua maioria, agem por influência, direta ou indireta, da concepção humanista moderna, cujo referencial se aproxima do pragmatismo. As principais motivações que levaram os docentes a adotar esse referencial foram: a relação entre a universidade e a prática de ensino de seus docentes; a questão do habitus professoral; e as estratégias de ensino que pouco colaboram para a promoção da práxis educacional. O estudo contribui para a reflexão sobre os elementos didáticos que envolvem a prática docente no ensino superior, explicitando suas contradições, equívocos e limites, mas também evidencia que os impasses podem e devem ser superados, pois os docentes apresentam a intenção de promover uma educação emancipatória, crítica, rigorosa, capaz de intervir na realidade social. Precisa-se começar a articular, de forma intencional e profunda, esses objetivos com um referencial teórico-metodológico coerente com tais propósitos.
- ItemFormação continuada docente na educação infantil e suas implicações na prática pedagógica(2018-04-06) Souza, Regiane Santana de; Oliveira, Maria Olívia de Matos; Canda, Cilene Nascimento Canda; Sodré, Liana Gonçalves PontesA presente pesquisa surgiu das inquietações acerca da qualidade do atendimento que é oferecido na Educação infantil, compreendendo a especificidade da docência e a atenção destinada à educação das crianças ao longo da história. Desse modo, este trabalho consiste na investigação sobre o processo de formação continuada do professor que atua Educação Infantil, norteado pelas seguintes questões: a formação continuada do professor da Educação Infantil possui implicações na sua prática pedagógica? Há articulação entre teoria e prática na formação continuada? Assim, a pesquisa teve como objetivo investigar sobre o processo de formação continuada do professor da Educação Infantil e suas implicações na articulação teórica e prática pedagógica. Apreciando a formação continuada que é desenvolvida nos Centros de Educação Infantil no município de Amargosa-BA. Esta pesquisa possui abordagem qualitativa e está caracterizada como Estudo de Caso; adotamos como base epistemológica a inspiração dialética e nos ancoramos em aportes teóricos que embasaram potencialmente as discussões. Os instrumentos utilizados para a produção dos dados foram a observação participante e a entrevista semiestruturada - com professoras e gestoras de dois Centros de Educação Infantil. A análise da pesquisa evidenciou que as docentes compreendem a formação continuada como fator que auxilia na construção de conhecimentos e embasamento para a prática. As implicações da formação continuada na prática pedagógica ocorrem de maneira satisfatória para a maioria das professoras, e favorecem as possibilidades de buscar estratégias para a prática diferenciada e refletirem sobre suas ações (práxis). À articulação entre teoria e prática apresenta-se insuficiente, com necessidade maior de trocas de experiências com colegas de outras instituições. Foram evidenciadas práticas pedagógicas expressivas e mediadoras das aprendizagens das crianças. Algumas contradições foram demonstradas entre as gestoras e docentes com relação à elaboração da formação continuada, desse modo, para superar possíveis desafios, é preciso favorecer um ambiente dialógico e colaborativo na instituição. De modo geral, considerando a proposta, a formação continuada possui implicações positivas na prática pedagógica. Todavia, considerando as constantes mudanças, precisamos ter o olhar atento e crítico, propondo sempre melhorias para o atendimento às crianças e valorização docente.
- Item“Gente pequena e gente grande” – o que dizem as crianças de um CMEI em Eunápolis- BA sobre ser criança e ser adulto(2014-04-24) Laurindo, Maria Jacilda da Silva Farias; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Brandão, Isabel Cristina de Jesus; Souza, Elizeu Clementino; Cordeiro, Karina de Oliveira SantosConsiderando como ponto de reflexão as especificidades que caracterizam as crianças em seus modos de vida, nos remetemos a analisar o que é ser criança e o que é ser adulto a partir das contribuições das crianças. Numa lógica adultocêntrica, muitas seriam as possibilidades de respostas a essa questão, no entanto, o intuito dessa pesquisa foi possibilitar outras respostas a partir da escuta de crianças. Como alternativa teórica, nos fundamentamos em estudos multidisciplinares, sobretudo os da filosofia da infância, os estudos socioculturais e os da psicologia e sociologia da infância, tomando as infâncias, e não mais a infância, como categorial social e as crianças a partir da ideia do acontecimento, ou seja, circunstanciadas em suas experiências e vivencias. Nos encaminhamentos metodológicos do trabalho de campo optamos por uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, adotando procedimentos que pudessem garantir a fala e a participação efetiva das crianças. Recorremos ao desenho infantil como estratégia de aproximação e recurso mediador para as interlocuções com as crianças. O trabalho de campo contou com a colaboração de 15 (quinze) crianças de 5 (cinco) anos de idade, de um Centro de Educação Infantil situado na cidade de Eunápolis- Ba. As informações obtidas foram organizadas e descritas através da análise de conteúdo. As interlocuções com as crianças e os indícios dos seus desenhos puderam revelar as atividades que distanciam e aproximam adultos de crianças. Os resultados da pesquisa apontam que, para as crianças, a infância, assim como a vida adulta, também é uma categoria geracional, atravessada por circunstâncias sociais, culturais, econômicas e políticas que as singulariza, o que coincide com a concepção de “infâncias” dos autores/teóricos tomados como base neste estudo. Em seus desenhos e suas falas deixaram evidente que ser criança é poder fazer coisas que adulto não faz e também ter a possibilidade de viver experiências prazerosas como: brincar e desenhar. Ressaltaram que a atividade do trabalho, o acesso aos bens do mundo letrado, o consumo, a constituição de uma família são elementos próprios da pessoa adulta. Os artefatos de mídia também foram citados em situações envolvendo crianças e adultos em seus lares, o que indica o quanto a complexa dinâmica da sociedade contemporânea, com seu aparato tecnológico, faz surgir uma nova ordem nas relações, encurtando as distancias entre o adulto e a criança. Nesse sentido, é pertinente dizer que as análises desse grupo de crianças deixaram indícios e possibilidades de se construir novas configurações e caminhos para as distancias ou aproximações geracionais, numa perspectiva dialógica e ética que respeite a criança em suas singularidades.
- ItemGeometria e educação infantil: múltiplas imagens, distintos olhares(2008) Santana, Mirian Brito de; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Martins, Maria Cristina; Sonneville, Jacques Jules; Oliveira, Maria Olívia de MatosOs conhecimentos geométricos foram fundamentais para os seres humanos no desenvolvimento das mais diversas atividades que realizaram ao longo da história. Na educação, porém, esta ciência encontra-se sem espaço definido, mesmo quando pesquisas já apontam para a sua necessidade nos currículos escolares, desde a etapa inicial, para auxiliar na consolidação dos conhecimentos. Partindo deste pressuposto, procuramos estudar os conhecimentos geométricos presentes numa das etapas mais importantes da escolarização - a educação infantil, e verificar se estes conhecimentos eram visíveis para as professoras das turmas pesquisadas e para alunos e alunas do Curso de Licenciatura em Matemática. Realizamos um estudo a partir de imagens das atividades diárias de três turmas de educação infantil de uma escola pública do município de Senhor do Bonfim (Bahia, Brasil) e optamos por uma abordagem descritiva e qualitativa através de grupos focais. Estas imagens foram submetidas às professoras das turmas envolvidas, e também aos alunos e às alunas do segundo ano do Curso de Licenciatura em Matemática da UNEB. A pesquisa nos mostrou que as crianças (seja em atividades usualmente desenvolvidas na escola, como a escrita, a leitura e a pintura; seja em atividades que envolvem jogos e brincadeiras; ou mesmo nos intervalos das aulas) usam os conhecimentos originários da geometria e constroem relações geométricas. Também mostrou que as professoras e os alunos e as alunas do curso de Licenciatura em Matemática estão distantes de visualizar grande parte dos conhecimentos geométricos. Acreditamos que a ausência da geometria nas diferentes etapas da educação os impedem de identificá-los. Verificamos, ainda, que a reunião destes grupos num único grupo focal possibilitou não só identificar mais conhecimentos das crianças em relação à geometria, como entrever os benefícios que estes conhecimentos poderão trazer para a formação das crianças. Destacamos, além disso, que um grande desafio a vencer é a construção de currículos locais ou regionais livres das atuais amarras impostas por um sistema baseado apenas nos conteúdos assinalados no Referencial ou nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
- Item“Na hora de chover a gente não vai brincar né”? crianças, professoras e o brincar na educação infantil: sentidos e significados(2015-07-17) Almeida, Márcia Tereza Fonseca; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Zão, Emília Vilarinho Rodrigues Barros; Bichara, Ilka Dias; Souza, Elizeu Clementino de; Santos, Jocenildes ZacariasO estudo buscou depreender as concepções das crianças e das professoras sobre o brincar em uma instituição de Educação Infantil, no sentido de verificar aproximações e distanciamentos que possibilitassem que o brincar emergisse como espaço de criação, de produção de conhecimento e de crítica no processo educacional. Realizamos uma pesquisa descritiva em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) no município de Salvador-BA, tendo como pressuposto teórico a perspectiva sócio-histórica e a Sociologia da Infância, entre as contribuições de estudiosos que têm se dedicado aos estudos sobre o brincar e formação de professoras(es) de Educação Infantil. Os colaboradores da pesquisa foram 12 crianças de três a cinco anos, seis professoras e uma coordenadora. Para a produção dos dados recorremos à observação direta, aos registros das atividades do brincar na rotina da instituição, bem como utilizamos duas diferentes estratégias metodológicas, considerando as especificidades dos sujeitos da investigação. Para cada criança solicitamos dois desenhos e durante a consecução dos mesmos realizamos seis perguntas, que podiam ser desdobradas em perguntas subsequentes. Com as professoras fizemos entrevistas narrativas desenvolvidas a partir de sete eixos. As análises revelaram que as crianças do CMEI construíram uma ideia de que o brincar só é permitido fora do espaço da sala (na área livre), por ser um espaço em que os adultos não interferem na condução das atividades nem se preocupam com a organização de brinquedos ou outros objetos. Para as professoras os sentidos e os significados sobre o brincar apresentavam três perspectivas diferentes: como uma atividade que deveria ser utilizada como pretexto para ensinar algum conteúdo; como uma atividade importante para o desenvolvimento das crianças e como uma atividade que deveria ser planejada pelas professoras. Dentre outros aspectos, o estudo apontou que há uma necessidade de investimento na formação inicial e continuada das professoras de Educação Infantil a fim de que essas profissionais possam analisar o brincar como uma forma de expressão das crianças, concebendo-as como protagonistas do espaço escolar e que suas brincadeiras sejam vistas como formas de expressão e análise do seu cotidiano. Indica também que o brincar deve estar presente nos diferentes espaços da Educação Infantil, dando uma atenção especial ao papel da brinquedoteca como espaço para e das crianças.
- ItemNarrativas de crianças da educação infantil de Escola Rural Multisseriada do Território do Sisal-BA(2019-04-30) Coelho, Patrícia Júlia Souza; Souza, Elizeu Clementino de; Abramowicz, Ananete; Pereira, Maria Teresa Jacinto Sarmento; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Rios, Jane Adriana Vasconcelos PachecoA pesquisa analisou as narrativas das crianças de Educação Infantil sobre a escola rural, com ênfase nas aprendizagens experienciais vivenciadas no cotidiano da Escola Municipal José Carneiro de Oliveira, localizada no Território do Sisal – BA e também em outros contextos educativos: família e comunidade. Essa investigação, vinculada ao projeto de pesquisa e inovação educacional Multisseriação e Trabalho Docente: diferenças, cotidiano escolar e ritos de passagem (GRAFHO-UNEB), também buscou, em seu desenrolar, identificar os modos como as crianças vivem as suas infâncias; apreender as concepções do que é ser criança na escola de Educação Infantil rural; analisar as aprendizagens experienciais vivenciadas pelas crianças em seu contexto sociocultural, especificamente na escola rural; e reconhecer a capacidade reflexiva das crianças sobre as experiências vivenciadas em seu contexto sociocultural. Esta pesquisa, de base qualitativa, dialogou com categorias relacionadas à sociologia da infância e à pesquisa (auto)biográfica. Dois eixos de análises mobilizaram este estudo, tendo como centralidade as narrativas de seis crianças: os modos de ser e viver suas infâncias e as aprendizagens experienciais vivenciadas pelas crianças no cotidiano escolar e em outros espaços educativos. As experiências vivenciadas pelas crianças e narradas por elas, nas rodas de conversa e nos diálogos narrativos individuais, ratificaram a importância do protagonismo infantil no processo formativo das crianças, principalmente na escola, para fomentar suas aprendizagens experienciais. Considerando o que as crianças disseram sobre a escola, foi possível, pela análise interpretativa-compreensiva, inferir que este espaço educativo tinha relevância em suas trajetórias de vida-formação, na medida em que possibilitava, conforme as narrativas infantis, a experiência da cultura de pares, através de situações que envolviam a interação e as brincadeiras. Contudo, este estudo revelou que tais experiências precisam ter mais destaque na sistematização das práticas educativas destinadas aos (às) meninos (as) que frequentam escolas rurais de Educação Infantil, a fim de potencializar, de forma contextualizada às suas histórias de vida-formação e às experiências vivenciadas em sua realidade sociocultural, o processo de constituição de aprendizagens experienciais das crianças. A tese corrobora que as narrativas das crianças sobre suas infâncias e sobre suas experiências indicam possibilidades para que se pense em práticas educativas escolares mais articuladas à cultura da infância, validando, nesse processo, as identidades das crianças e da cultura local e fomentando, assim, o processo de constituição das aprendizagens experienciais das crianças que vivem nas diversas ruralidades.
- ItemOra fada, ora bruxa: um diálogo entre crianças hospitalizadas e a literatura infantil de Sylvia Orthof(2013) Moura, Glaucia Silva de; Cordeiro, Verbena Maria Rocha; Besnosik, Maria Helena da Rocha; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Coutinho, Maria Antônia RamosEsse estudo objetivou descrever e analisar as reações, expressões e palavras de crianças hospitalizadas, a partir da Literatura Infantil de Sylvia Orthof, mediada pela contação de histórias. O lócus de ação deste estudo foi o Hospital Martagão Gesteira, localizado no bairro do Tororó em Salvador, espaço escolhido por ser referência no atendimento às crianças. Trata-se de uma pesquisa empírica de natureza qualitativa que descreve e analisa um contexto social que demanda cuidados especiais. Teve como proposta metodológica uma prática cultural de leitura - contação de histórias - a partir de três obras selecionadas de Sylvia Orthof, a saber, Maria-vai-com-as-outras, Tumebune o vaga-lume e Uxa, ora fada, ora bruxa, instrumentos desta pesquisa. Privilegiou-se também a interlocução com as crianças hospitalizadas como procedimento metodológico, para perceber suas reações a partir da narrativa orthofiana. Essa pesquisa assumiu como perspectiva teórica que toda criança, hospitalizada ou não, deve ser vista como um sujeito social, um ser em desenvolvimento, que carrega consigo ideias, pensamentos, opiniões e sentimentos que devem ser respeitados e valorizados, e que o brincar, elemento constitutivo da formação das crianças, está intrinsecamente ligado ao imaginário e à exploração fantasiosa de narrativas infantis.
- ItemA organização dos espaços/ambientes de educação infantil sob a perspectiva das crianças e das professoras(2016-05-30) Santana, Djanira Ribeiro; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Cordeiro, Karina de Oliveira Santos; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Oliveira, Maria Olívia de MatosO interesse pela pesquisa nasceu da experiência na coordenação pedagógica de uma instituição de Educação Infantil, na qual a inadequação da infraestrutura do espaço contribui para a carência de ambientes organizados para atender às especificidades das crianças. Teve por objetivo analisar a organização e os elementos presentes nos espaços/ambientes escolares, com a contribuição das crianças e das professoras. A principal questão que direcionou a problemática em estudo foi a seguinte: Como devem ser organizados os elementos presentes nos espaços/ambientes de uma instituição de Educação Infantil municipal sob a perspectiva das crianças e professoras? Para a realização do estudo, optamos pela abordagem da pesquisa de ordem qualitativa, com um estudo de caráter descritivo que nos permitiu adotar uma estratégia metodológica pautada em quatro procedimentos distintos: 1) observações com registros no caderno de campo; 2) questionário aplicado junto às professoras; 3) fotografias tiradas pelas crianças e professoras dos diferentes E/A da escola; 4) interlocução junto às crianças e professoras. A pesquisa foi realizada em uma escola de Educação Infantil no município de Ibicuí-Ba e contou com a participação de nove crianças e duas professoras como sujeitos informantes. O processo de interlocução usado junto aos sujeitos da pesquisa foi mediado pelo uso da fotografia, que permitiu a fluidez dos sujeitos, sobretudo das crianças, que se dispuseram a analisar de modo crítico todos os espaços que fotografaram, emitindo sua opinião sobre os mesmos. Para analisar os dados produzidos, empregamos o procedimento de análise de conteúdo de Bardin (2011), por nos permitir ter flexibilidade na organização dos dados e revisão teórica e favorecer o desvendar do discurso de maneira crítica através da inferência na interpretação das informações. Os resultados apontam tanto para a inadequação da infraestrutura dos espaços físicos e para a ausência de espaço para a brincadeira e o movimento, quanto para uma organização desses E/A caracterizada pela desconsideração do interesse das crianças.
- ItemPráticas pedagógicas na educação infantil: questões e desafios apontados no estado da arte(2017-03-30) Oliveira, Maria Da Paixão de; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Soares, Leila da França Soares; Pimentel, Edna Furukawa; Souza, Elizeu ClementinoEsta presente pesquisa estabelece um estado da arte sobre práticas pedagógicas na educação infantil, tendo por objetivo mapear a produção científica do tema a partir de um recorte teórico e temporal dos últimos 10 anos (2006 a 2016), para isso utilizou-se as plataformas online do IBICT, Anped e SBPC. A problematização da pesquisa propõe uma análise e discussão sobre o distanciamento entre o que conhece teoricamente sobre práticas pedagógicas na educação infantil e as suas várias formas de acontecerem no contexto educativo. Para que esse trabalho possa atender ao que se preconiza sobre coerência teórica seus estudos estão voltados para a abordagem sócio histórica fundamentada nos estudos de Bakhtin (1993) e Vygotsky (2005). Como resultados a pesquisa revelou que o discurso sobre práticas pedagógicas está fortemente atrelado ao discurso sobre currículo e formação continuada, bem como o desenvolvimento de práticas docentes coerentes com o que vem sendo direcionando nos documentos oficiais.
- ItemO que dizem e expressam as crianças de uma instituição de educação infantil sobre as práticas pedagógicas de suas professoras(2016-02-26) Oliveira, Ronilda Rodrigues da Silva; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Brandão, Isabel Cristina de Jesus; Souza, Elizeu Clementino de; Santos, Jocenildes ZacariasA presente pesquisa de cunho sócio-histórico e abordagem qualitativa trata de um estudo que tem as crianças como sujeitos protagonistas, pois estas se mostraram capazes de desvelar o problema exposto, que consistia na análise delas acerca das práticas pedagógicas das professoras de uma instituição de educação infantil do município de Vitória da Conquista-BA. Como instrumentos de pesquisa, utilizamos: observações das crianças na instituição, com registros no caderno de campo, e interlocuções com oito crianças de cinco turmas de 5 anos, com o uso do desenho enquanto recurso mediador do processo de interlocução com as crianças. Os dados produzidos foram analisados a partir da análise de conteúdo de Bardin (2011). O estudo permitiu verificar um aspecto apontado por todas as crianças, que diz respeito ao uso excessivo de tarefas de escrita. A centralidade das tarefas nas práticas pedagógicas das professoras demonstrou uma característica escolarizante que tem acompanhado a educação infantil, principalmente as crianças que estão deixando essa etapa da educação básica. Ao contrário das propostas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, as professoras dessa instituição antecipam os conteúdos do ensino fundamental porque entendem que as crianças precisam aprender a ler e a escrever, enquanto que, em contrapartida, os cuidados e as brincadeiras ficam quase que invisíveis para essas crianças. O uso do brinquedo foi visto como momento de entretenimento das crianças enquanto as professoras preparam outras atividades para a turma, já que trabalham sem o auxílio de uma monitora. Notamos que a rotina das crianças foi elaborada com base em uma visão adultocêntrica, dificultando a participação delas nas atividades propostas. Diante dos aspectos apontados pelo estudo, ressaltamos a necessidade de uma revisão crítica da organização do tempo, do espaço e das relações entre as professoras e as crianças, bem como das atribuições definidas para monitoras e professoras.