A organização dos espaços/ambientes de educação infantil sob a perspectiva das crianças e das professoras
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Resumo
O interesse pela pesquisa nasceu da experiência na coordenação pedagógica de uma instituição de Educação Infantil, na qual a inadequação da infraestrutura do espaço contribui para a carência de ambientes organizados para atender às especificidades das crianças. Teve por objetivo analisar a organização e os elementos presentes nos espaços/ambientes escolares, com a contribuição das crianças e das professoras. A principal questão que direcionou a problemática em estudo foi a seguinte: Como devem ser organizados os elementos presentes nos espaços/ambientes de uma instituição de Educação Infantil municipal sob a perspectiva das crianças e professoras? Para a realização do estudo, optamos pela abordagem da pesquisa de ordem qualitativa, com um estudo de caráter descritivo que nos permitiu adotar uma estratégia metodológica pautada em quatro procedimentos distintos: 1) observações com registros no caderno de campo; 2) questionário aplicado junto às professoras; 3) fotografias tiradas pelas crianças e professoras dos diferentes E/A da escola; 4) interlocução junto às crianças e professoras. A pesquisa foi realizada em uma escola de Educação Infantil no município de Ibicuí-Ba e contou com a participação de nove crianças e duas professoras como sujeitos informantes. O processo de interlocução usado junto aos sujeitos da pesquisa foi mediado pelo uso da fotografia, que permitiu a fluidez dos sujeitos, sobretudo das crianças, que se dispuseram a analisar de modo crítico todos os espaços que fotografaram, emitindo sua opinião sobre os mesmos. Para analisar os dados produzidos, empregamos o procedimento de análise de conteúdo de Bardin (2011), por nos permitir ter flexibilidade na organização dos dados e revisão teórica e favorecer o desvendar do discurso de maneira crítica através da inferência na interpretação das informações. Os resultados apontam tanto para a inadequação da infraestrutura dos espaços físicos e para a ausência de espaço para a brincadeira e o movimento, quanto para uma organização desses E/A caracterizada pela desconsideração do interesse das crianças.