Ora fada, ora bruxa: um diálogo entre crianças hospitalizadas e a literatura infantil de Sylvia Orthof
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Resumo
Esse estudo objetivou descrever e analisar as reações, expressões e palavras de crianças hospitalizadas, a partir da Literatura Infantil de Sylvia Orthof, mediada pela contação de histórias. O lócus de ação deste estudo foi o Hospital Martagão Gesteira, localizado no bairro do Tororó em Salvador, espaço escolhido por ser referência no atendimento às crianças. Trata-se de uma pesquisa empírica de natureza qualitativa que descreve e analisa um contexto social que demanda cuidados especiais. Teve como proposta metodológica uma prática cultural de leitura - contação de histórias - a partir de três obras selecionadas de Sylvia Orthof, a saber, Maria-vai-com-as-outras, Tumebune o vaga-lume e Uxa, ora fada, ora bruxa, instrumentos desta pesquisa. Privilegiou-se também a interlocução com as crianças hospitalizadas como procedimento metodológico, para perceber suas reações a partir da narrativa orthofiana. Essa pesquisa assumiu como perspectiva teórica que toda criança, hospitalizada ou não, deve ser vista como um sujeito social, um ser em desenvolvimento, que carrega consigo ideias, pensamentos, opiniões e sentimentos que devem ser respeitados e valorizados, e que o brincar, elemento constitutivo da formação das crianças, está intrinsecamente ligado ao imaginário e à exploração fantasiosa de narrativas infantis.