Navegando por Autor "Sitja, Liege Maria Queiroz"
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- ItemAstúcias das diadorins-professoras-gestoras: narrativas sobre docência e gênero no sertão mundo IFBA(2020-05-28) Santos, Celina Rosa dos; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Givigi, Ana Cristina Nascimento; Sitja, Liege Maria QueirozEste estudo tem como objetivo compreender o processo formativo de professoras da Educação Profissional e Técnica, a partir de suas experiências em cargos de gestão no IFBA, dos sentidos atribuídos a estes modos-de-ser e aos desafios enfrentados diante de tal circunstância. O trabalho orientou-se pelas teorias da fenomenologia hermenêutica de Heidegger que auxiliaram na compreensão das narrativas que constituem a construção/projeto de si, no processo de formação enquanto devir constante, desde a educação não formal, a formação inicial, continuada e em exercício, bem como a especificidade da formação para a docência na Educação Profissional e Técnica, que abordam as dimensões pessoais, profissionais e organizacionais. A questão de gênero e a utilização da categoria mulher é refletida tendo como base as teorias da fenomenologia e do feminismo que permitem pensar as experiências vivenciadas e a luta contra as desigualdades de gênero, inclusive no ambiente profissional da docência. A pesquisa se inscreve nos estudos (auto)biográficos e tem como dispositivo as narrativas orais que foram analisadas à luz da hermenêutica compreensiva. Foram entrevistadas seis professoras-gestoras que ocuparam os cargos de gestão entre 2008 a 2018 no IFBA. Os resultados dessa investigação apontaram para uma compreensão ampliada de formação, não circunscrita à formação inicial e/ou continuada, mas como resultante de todo o percurso vivido pelas Diadorins-professoras-gestoras, pois nem todas tiveram formação para a docência, algo imprescindível para essa função. Desvelaram também que não há uma preocupação com a formação para a gestão, apesar de ser uma atividade docente, e que a atuação nos cargos de gestão é formativa, pois permite compreender melhor o funcionamento da instituição, melhorar as práticas docentes, a relação com os/as alunos/as e os/as servidores/as. Assinalaram também que a gestão é um espaço de corporificação masculina, mas que há formas astutas de se mover dentro dessa lógica.
- ItemA colonialidade do saber e a formação docente de Filosofia: cenários, experiências e desobediências epistêmicas(2021-11-30) Rosa, Francis Mary Soares Correia da; Souza, Sueli Ribeiro Mota; Tavares, José Newton Tomazzoni; Araújo, Miguel Almir Lima de; Sitja, Liege Maria Queiroz; Santos, Luciano CostaEsta tese objetiva elaborar uma visão crítica amparada nas Epistemologias do Sul sobre as diretivas curriculares da formação de professores/as de Filosofia no Brasil, partindo do pressuposto que tal formação se apresenta como fundamentalmente eurocentrada. Tendo como fundo maior esse objetivo, buscamos estabelecer uma análise de como a colonialidade do saber atua no processo de formação de professores/as no curso de Licenciatura em Filosofia da UEFS- Universidade Estadual de Feira de Santana, por meio do estudo de caso. Dessa forma, direciono minha reflexão crítica à constituição da formação desses/as docentes no contexto brasileiro, especificamente na UEFS, com o objetivo maior de compor um mapa dos aspectos do currículo que contribuem para ou desafiam a perspectiva eurocêntrica. Para tal, se fez necessário a constituição de uma pesquisa bibliográfica objetivando constituir categorias conceituais e aporte teórico crítico necessário aos anseios da tese, como os aspectos críticos à modernidade europeia, a forma como se reproduz a matriz colonial do poder, assim como a colonialidade do saber na Filosofia Abissal. Assim, por meio dos referenciais críticos das Epistemologias do Sul, estabeleço uma análise do curso de Filosofia supracitado, seu currículo e projeto pedagógico, dialogando por meio de entrevistas semiestruturadas com docentes e discentes da licenciatura em questão, egressos e ingressos. A partir disso, buscamos identificar por meio de metodologias ancoradas nas práticas decoloniais da pesquisa qualitativa em educação como o saber colonial e as desobediências epistêmicas estão atuando na formação filosófica dos discentes em formação do curso de licenciatura em Filosofia da respectiva universidade. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas e questionários semiestruturados.
- ItemContribuições da segunda licenciatura em pedagogia para o exercício docente de professoras da Rede Pública Municipal de Feira de Santana-BA(Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-28) Rosa, Marcos da Silva da; Sitja, Liege Maria Queiroz; Silva, Fabrício Oliveira da; Anjos, Marineuza Matos dos; Rios, Jane Adriana Vasconcelos PachecoEssa dissertação objetivou perceber as mudanças epistemológicas, de atitudes e valores que foram construídas a partir das experiências vividas no curso da segunda licenciatura em Pedagogia, e que provocaram impacto na prática das professoras colaboradoras da investigação. Pretendeu-se compreender as transformações de sensibilidade pedagógica oportunizadas pela epistemologia do campo pedagógico, alcançadas através da segunda licenciatura em Pedagogia. Afinal, partiu-se da premissa que o ato formativo experienciado neste novo itinerário formativo teve relevância suficiente para marcar sua trajetória e prática profissional. Para tanto foram entrevistadas quatro professoras da rede municipal de Feira de Santana, já licenciadas, mas recorreram a uma segunda graduação em Pedagogia. Os objetivos específicos, foram três: a) compreender as motivações que levaram essas professoras a cursar uma nova licenciatura na área de educação; b) perceber, a partir da manifestação das colaboradoras da pesquisa, a contribuição da segunda graduação em Pedagogia para atuação nas diferentes etapas e segmentos da educação básica, seja do ponto de vista teórico, como prático; c)compreender as percepções e análises críticas que essa nova experiência formativa proporcionou às docentes, especialmente quanto aos sentidos da escola e da educação. A caminhada metodológica sustentou-se na fenomenologia por entender que esta permite a melhor percepção e compreensão dos fenômenos experenciados conscientemente. E teve em Max van Manen (1942) seu pilar principal, pedagogo, considerado o pioneiro da pedagogia fenomenológica e da pedagogia hermenêutica enquanto metodologia de pesquisa educacional. Seu interesse está voltado para a determinação do sentido, importância pedagógica e natureza dos fenômenos educacionais vivenciados no cotidiano. A Análise de Conteúdo e a entrevista fenomenológica completaram o arcabouço teórico-metodológico da pesquisa.
- ItemEntre fios narrativos, retalhos e costuras coletivas: documentação narrativa de experiências pedagógicas de professoras gestoras nos enredamentos da diversidade na escola(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-27) Nascimento , Leandro Gileno Militão; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Sampaio, Carmem Diolinda da Silva Sanches; Suárez , Daniel Hugo; Silva , Fabricio Oliveira da; Sitja, Liege Maria Queiroz; Costa , Livia Alessandra Fialho da CostaEsta tese é fruto de um trabalho coletivo que foi se constituindo uma pesquisaformação , fundamentada em princípios teóricos e metodológicos da pesquisa qualitativa. Objetiva compreender as experiências pedagógicas das professoras gestoras construídas na relação com a diversidade que atravessa o cotidiano escolar. Elas foram provocadas através da formação entre pares, tendo a Documentação Narrativa de Experiências Pedagógica- DNEP (Suárez, 2007, 2022) como dispositivo de pesquisa-ação-formação, além de ser interpretativa, narrativa, colaborativa e produtora de outras políticas de conhecimento para a docência. A pesquisa foi desenvolvida na Rede Municipal de Ensino de Salvador-BA na Gerência Regional de Educação do Cabula, tendo como colaboradoras doze professoras gestoras e eu único professor gestor do grupo. As professoras gestoras tornaram público o que fazem na escola, apresentaram experiências pedagógicas em contexto de diversidade, através das narrativas em uma auto/con/coformação pautada na horizontalidade e coletividade. Apresentaram relatos de experiências, mostrando o quanto elas fazem para garantir que a política das diferenças na escola possa ser discutida, trabalhada e questionada. Foram construídos treze relatos de experiências, sendo dois selecionados para realização de uma interpretação por meio da construção de tematizações pedagógicas em torno das histórias. (Dávila e Argani, 2020). Para isso utilizarei a “carta conversa” como uma criação ético-metodológica desta pesquisa para continuar a conversa com as professoras gestoras que será feito um diálogo com as colaboradoras que trouxeram narrativas de (re)existências e como essa diversidade atravessa a gestão escolar. A auto/con/coformação provocou autoria pedagógica e contribuiu para a construção de experiências pedagógicas na escola. Essas experiências desvelaram que as diversidades humanas e suas singularidades provocam um deslocamento entre saberes e não saberes e que ousam em buscar formas, modos de insurgir com ações que fogem do instituído. Elas utilizam o seu saberfazer para produzir outros conhecimentos que demarcam os fazeres instituintes construídos por ações coletivas e comunitárias.
- ItemMovimentos de humanização na formação profissional em um Curso de Medicina(2020-10-27) Andrade, Luciene Lessa; Sitja, Liege Maria Queiroz; Soares, Sandra Regina; Reis, Leonardo Rangel dos; Nascimento, Cristiane Santos; Ferreira, Maria da Conceição AlvesEsta pesquisa se insere no campo de formação do profissional de saúde e versa sobre movimentos de humanização na formação profissional em um curso de Medicina. A humanização na formação do profissional médico tem sido tema crescente de pesquisas, inclusive pelo humanismo estar preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Medicina. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender os sentidos que os professores do componente curricular Humanismo, Epistemologia, Psicologia e Ética Médica do curso de Medicina elaboram para a humanização como fundamento formativo. Para tanto, trouxe três questões de pesquisa: Como os docentes participantes da pesquisa concebem o profissional de medicina humanista? Quais intencionalidades se manifestam na prática pedagógica dos docentes do componente Humanismo, Epistemologia, Psicologia e Ética Médica na formação dos profissionais de medicina? Como percebem o papel do docente e sua colaboração para a formação profissional de médicos humanistas? O referencial teórico desta pesquisa contemplou reflexões sobre a saúde como campo de forças na concepção de Ser Humano na contemporaneidade, sobre o humanismo na formação do profissional médico e valores e atitudes requeridos para a formação médica, com base em autores como Tim Ingold (2019), Hans Jonas (2006), Manen (1998), Byung-Chul Han (2017), Soares, Fornari e Machado (2017), Trillo (2000), Pozo e Crespo (2009) e Rios (2009). Como caminho metodológico, este estudo envolveu uma pesquisa do tipo descritiva e exploratória, com uma abordagem qualitativa de análise. Para a produção dos dados, foram utilizadas a análise documental e a entrevista semiestruturada, constituída com temas abertos aplicados a sete professores do componente curricular de Humanismo, do curso de Medicina de uma IES privada da cidade de Salvador, Bahia. Através desse estudo, pude considerar que o longo caminho percorrido na formação do profissional médico se faz pela construção de conhecimentos compartilhados nas relações pedagógicas, em que os professores, suas motivações e subjetividades determinam sua potência para mudar valores e atitudes na formação do profissional médico. Os professores sempre podem criar movimentos capazes de envolver e apresentar novas formas de caminhar, sendo importante perceber que as intenções iniciais do estudante de Medicina não sejam sufocadas por uma prática com ênfase na doença. É necessário e possível desenvolver uma formação através de atos pedagógicos que envolvam empatia, respeito e solidariedade. Só é possível construir a humanização da relação médico-paciente começando pela humanização na relação professor-estudante. Professores compreendem o sentido dos movimentos de humanização e percebem como a inserção do humanismo na formação médica é importante, mas estamos, enquanto área de saúde, apenas no início da inserção do humanismo na formação. A formação representa a esperança de potencializar os anseios de todos quanto à formação de um profissional humanizado e, portanto, quanto à produção de saúde com atenção e gestão humanizadas.
- ItemNarrativas de professores sobre o programa saúde na escola: entre o dito e o dizer(2022-04-28) Cruz, André Luiz Correia da; Souza, Elizeu Clementino de; Santos, Lígia Amparo da Silva; Sitja, Liege Maria QueirozO estudo tem por objetivo compreender experiências e narrativas dos professores sobre o Programa Saúde na Escola (PSE), na rede pública de ensino do município de Dias D’Ávila (BA), com recorte para os educadores das turmas do Ensino Fundamental II. Adota princípios da pesquisa (auto)biográfica e da Educação em Saúde, com ênfase nas narrativas dos professores sobre o PSE. A pesquisa ancorase em experiências prévias do programa no município e centra-se na análise das ações de promoção da saúde na cidade de Dias D´Ávila, no que se refere às proposições do PSE, principalmente em relação aos diálogos com a comunidade escolar.
- ItemOs efeitos da política de formação continuada para a educação infantil na estética da professoralidade. O que nos revelam os cotidianos da docência?(Universidade do Estado da Bahia, 0024-08-29) Almeida, Veridiana dos Santos; Conceição, Ana Paula da Silva; Sitja, Liege Maria Queiroz; Cordeiro, Karina de Oliveira SantosA presente pesquisa tem como questão problematizadora: quais os efeitos da política de formação continuada institucionalizada para a educação infantil na estética da professoralidade e suas implicações na prática pedagógica, cujo objetivo geral versa por compreender os efeitos da política de formação continuada para a educação infantil na estética da professoralidade e suas implicações na prática docente, tendo como objetivos específicos: perscrutar os sentidos e significados atribuídos pelas professoras de educação infantil aos processos formativos institucionalizados; identificar indicativos da efetuação desses sentidos em exemplos/ações da prática cotidiana; descrever os elementos articulados à formação continuada que promovem/dificultam processos de mudança no pensar e no fazer docente. A intenção metodológica é pela abordagem qualitativa e terá como foco o estudo do conteúdo das experiências causadas pelos efeitos da política de formação na construção da professoralidade à luz da Fenomenologia, tendo como procedimento sistemático escolhido o estudo de caso, enquanto dispositivo de levantamento de informações as entrevistas fenomenológicas. As colaboradoras da pesquisa são professoras efetivas das creches e pré-escolas da rede municipal de ensino de Alagoinhas –BA. As informações levantadas foram submetidas às técnicas do Método Fenomenológico Empírico. A partir desta investigação foi possível inferir que os efeitos da politica de formação na estética da professoralidade possibilitam movimentos de recomposição e de novas composições, e que os sujeitos da formação não são afetados passivamente pelo processo formativo, uma vez que apreendem, elaboram, articulam a outras forças interagentes, fazem adaptações que se expressam na experiência e revelam a gradação da produção do conhecimento pedagógico especializado. Pode-se também depreender que a formação continuada institucionalizada precisa ser complementada pelas condições de desenvolvimento profissional em contexto, no cerne da escola, com tempos e espaços assegurados para o exercício de refletir sobre a própria prática e pensar as situações que emergem do cotidiano enquanto conteúdos potentes de formação. Sua relevância está centrada na contribuição científica para a ampliação das discussões no campo da formação de professores no tocante às propostas de formação continuada à educação infantil. A investigação a que se propõe esta pesquisa poderá também subsidiar a Secretaria da Educação em análise, reconfiguração e até mesmo criação de políticas públicas de formação continuada para essa etapa da educação básica.
- ItemPedagogia universitária: a potência da grupalidade como dispositivo formativo docente a partir da teoria de Pichonrivière(2021-11-09) Fontes, Norma Barbosa; Sitja, Liege Maria Queiroz; Silva, Denise Vieira da; Machado, Alvaro Lima; Miranda, Dayse Lago deO presente trabalho teve como objetivo compreender como a formação docente que integre processos formativos em coordenação de grupos - com os referenciais dos Grupos Operativos (GO) de Pichon-Rivière - contribui para a produção de uma estética de professoralidade, identificada na diferença que o sujeito produz em si mesmo. A questão norteadora deste estudo se definiu como: Quais estéticas da professoralidade foram produzidas e reconhecidas pelos docentes, a partir das experiências vividas nas suas práxis, quando em seu processo de formação continuada agregam a formação em GO de Pichon-Rivière? Trata-se de uma investigação de natureza qualitativa com o aporte epistemológico da fenomenologia hermenêutica, orientada por Max van Manen (2003), adotada ainda como referencial na análise dos achados. Como instrumento de pesquisa foi utilizada a entrevista fenomenológica, integrando cinco docentes do ensino superior. Para o quadro teórico que articula as categorias de pesquisa, tomou autores que são referenciais nos dois campos de conhecimento, aqui em congruência: a psicologia grupal e a educação e contemplou conceitos que no pensamento de Pichon-Rivière, gravitam em torno da grupalidade e sua associação com a pedagogia universitária. Os resultados apontaram que a potência que se identifica nesta aproximação foi construída na dinâmica da espiral em que circulam convergência e heterogeneidade; protagonismo e autonomia dos sujeitos; afiliação e produção de atitudes e valores que encontram eco nas demandas da sociedade. Com esse estudo a potência da grupalidade se insere no campo da pedagogia universitária como dispositivo formativo para a produção de ambiência de aprendizagem colaborativa, aguçando protagonismo e autonomia discente, provocando aprendizagens produzidas na heterogeneidade de pensamentos e respeito às singularidades dos sujeitos. Foi possível a discussão sobre os impactos que a formação em GO provocou nos docentes, ocasionando transformação em suas vidas e visão de mundo e compreender que integrar GO na formação docente potencializa a docência para novos desafios na educação frente à diversidade de perfis dos estudantes.
- ItemPercepções e atos de discentes universitários/as sobre a potência pedagógica das imagens no planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-28) Lopes, Willian Falcão; Sitja, Liege Maria Queiroz; Silva, Denise Vieira da; Soares, Emanoel Luís Roque; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Souza, Sueli Ribeiro MotaA presente tese acadêmica intencionou descrever e interpretar percepções e atos de discentes universitários/as sobre a potência pedagógica das imagens no planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo, tendo como campo empírico o Laboratório de Ensino de Geografia (LabEGeo) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), câmpus Vitória da Conquista-BA. Para tal intenção, foram propostas as seguintes questões problematizadoras: Como a experienciação discente coletiva-colaborativa com imagens é percebida, reconhecida e intencionalizada nos processos de ensino-aprendizagem? Como os/as discentes planejam relacionar nas ações do projeto de intervenção imagético-pedagógico as vivências de estudantes do Ensino Médio da escola básica com a experienciação coletiva-colaborativa com imagens? A investigação foi apoiada nas abordagens qualitativas de pesquisa fundamentadas nas correntes filosóficas Fenomenologia e Hermenêutica, tendo como Método o Fenomenológico de base Empírico-Interventiva (MFE-I). Para seu acontecer, foram selecionados oito discentes universitários/as da UESB regularmente cadastrados/as pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) como extensionistas no projeto “Educação Geográfica e Psicossocial das Imagens Contemporâneas (EduGeoPsIC)”, sendo três bolsistas de Geografia e cinco voluntários/as (um de História, um de Psicologia e três de Geografia), para que fossem vivenciadas entrevista fenomenológica, observação participativa dos momentos ou situações pedagógicas grupais de experienciação coletiva-colaborativa com imagens, e elaboração documental e implementação de um projeto de intervenção imagético-pedagógico, que foi construído por esses/as discentes nos momentos ou situações pedagógicas grupais e desenvolvido com trinta estudantes líderes de turmas do Ensino Médio regular e integral do Complexo Integrado de Educação Básica, Profissional e Tecnológica (CIEB). A arquitetura conceitual foi composta, principalmente, pelos conceitos de imagem, imaginação, imaginário, percepção-sensações, competências cognitivas, sociais e afetivas, Fenomenologia empírico-interventiva, planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo, e potência pedagógica. Como fechamento, imagino, com base nos achados da investigação e nas teses e dissertações estudadas durante a pesquisa, que a experienciação coletiva-colaborativa com imagens pode convocar os/as discentes universitários/as a planejar-sentir-agir de maneira mais integrada, cuidadosa, sensível e profunda, pois tal experienciação pode provocá-los/as a tencionarem os processos de ensino-aprendizagem de seus campos formativos disciplinares a se distanciarem de correntes epistêmicas mais cristalizadas e de práticas educativas reprodutoras de representações hegemônicas e colonialistas, para se aproximarem e produzirem epistemologias mais ativas, abertas e relacionadas com a vida, potencializadoras de tessituras vitais e de lógicas de racionalidades plurais capazes de produzir desterritorializações de verdades e crenças hegemonizantes. Ao mesmo tempo, implico atenção sobre o quanto a experienciação coletiva-colaborativa com imagens possibilita uma maior interação entre as pessoas de um grupo, e respectivamente o fortalecimento do vínculo entre elas. No ato de descrição e interpretação de uma imagem, a pessoa que a faz tende a falar tanto sobre o que se mostra quanto sobre si mesma, uma vez que se fundamenta em suas experiências mais íntimas para perceber o que desvela. Ao dispor o íntimo de suas experiências para outras pessoas, quando desvela uma imagem, a pessoa que a faz possibilita a instauração de uma abertura para produção de vínculos e trocas de experiências sobre o fenômeno vivenciado, o que tende a implicar em uma maior interação entre as pessoas de um grupo frente às diversas formas como esse fenômeno as afeta.
- ItemPráxis docente na saúde: narrativas de educadoras em contexto de formação(2023-04-24) Reis, Alessandra Martins dos; Souza, Elizeu Clementino de; Feria, Alcindo Antônio; Ó, Jorge Ramos do; Sitja, Liege Maria Queiroz; Cordeiro, Verbena Maria RochaA pesquisa emerge no contexto de formação de educadoras que atuam na pós-graduação na área da saúde, em modalidade de Programas de Residências em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. Discute sobre a formação em saúde na contemporaneidade; a construção da identidade docente na saúde; as trajetórias de construção da práxis pedagógica associadas às experiências de Educação Permanente em Saúde; as transformações do modelo de atenção e educação na saúde; e a perspectiva do saber da experiência das educadoras da saúde. Apresenta o contexto de inserção das educadoras que narraram suas histórias – as Residências em Saúde – e suas possibilidades de formação, a partir da pergunta de pesquisa: “de que maneira as educadoras constroem sua identidade e ressignificam suas práticas a partir de processos formativos em contexto de Programas de Residências em Saúde?”. Ancorada em princípios da pesquisa (auto)biográfica, o estudo configura-se como uma pesquisa narrativa e utiliza como dispositivo os memoriais de formação escritos em dois tempos, no período de 2017 e 2021, possibilitando momentos de formação através da participação na pesquisa. Teve como colaboradoras sete educadoras com formação inicial em Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Odontologia, que atuavam em um programa de Residência em Saúde, da região metropolitana de Salvador (BA), Brasil. As colaboradoras da pesquisa eram jovens educadoras, experientes na saúde e na educação, possuíam precárias condições de trabalho, condizentes com os retrocessos no financiamento público na saúde no Brasil, com perfil militante do SUS e de resistência em meio à crise política, econômica e social que abateu o país no período da pesquisa. A identidade docente se constituiu de maneira inusitada, a partir da necessidade da formação de trabalhadores da saúde no SUS, dos espaços de Educação Permanente em Saúde, do curso de especialização em Preceptoria no SUS, com influências dos seus percursos escolares e vivências familiares. Narraram as possibilidades de uma práxis transformadora que envolvia abertura à aprendizagem e ao erro, o reconhecimento do inacabamento da educadora, a constante articulação de novos conhecimentos a partir das necessidades que a realidade do SUS demandava. Uma práxis situada na transição reflexiva de paradigmas educacionais, o desenvolvimento de habilidades de comunicação, trabalho em equipe, interprofissionalidade, um fazer docente que articulava competências de campo da saúde e dos núcleos profissionais. Destacaram a relação com as metodologias, estratégias e tecnologias educacionais que buscavam promover a conexão da aprendizagem com aspectos significativos da realidade, integração de conhecimentos de outras áreas do conhecimento, intervenção na própria realidade, colaboração, cooperação em grupos, a aprendizagem significativa em contextos complexos nos territórios da Atenção Básica à Saúde do SUS.
- ItemRefigurar a vida-profissão: (auto)biografia, condições de trabalho e adoecimento(2021-03-23) Sousa, Rosiane Costa de; Souza, Elizeu Clementino de; Assunção, Ada Ávila; Araújo, Tânia Maria; Sitja, Liege Maria Queiroz; Farias, Maria de Lourdes Soares Ornellas; Ramos, Michael Daian PachecoEsta tese se inscreve no campo da pesquisa (auto)biográfica, tendo como centralidade discussões sobre a relação entre processos de adoecimento, condições de trabalho docente e refiguração da vida-profissão, e como objetivos: 1. analisar processos de adoecimento de professores(as) do Ensino Fundamental e suas relações com as condições de trabalho; e 2. discutir como esses(as) professores(as) refiguram a vida-profissão mediadas pelo método (auto)biográfico, através de disposições que constroem para conviver com a doença e dos cuidados de si. Optou-se pelo método (auto)biográfico, utilizando-se a escrita de si como dispositivo metodológico. Este estudo se tece com as narrativas de cinco professores(as) da Rede Pública Municipal de Ensino de Valença (BA). A partir de uma leitura interpretativa-compreensiva das narrativas, sete unidades temáticas ganham relevo: origem social, entrada na profissão docente, gênero, cotidiano docente, experiências do adoecer, necessidade de reconhecimento e estratégias de defesa. Essas narrativas revelam modos e significados de viver experiências do adoecer no território do exercício docente, com a apresentação de diversos determinantes, gerais e específicos, no que tange à relação entre processos de adoecimento e as condições de trabalho docente. Com a análise cruzada, identificou-se como as professoras e o professor relacionam processos de adoecimento às suas condições de trabalho e, também, os seguintes problemas de saúde: quadros de angústia, estresse, trombose, dor de cabeça, deslocamento de mandíbula, enjoo, problema de voz, hipertensão arterial, problemas mentais. Suas narrativas evidenciaram possíveis implicações que o adoecimento laboral suscita – solicitação de mudança para outra escola, desejo de abandono da profissão, afastamento para tratamento, desvio de função – e pistas de ações possíveis para enfrentamentos em situações de acometimento de doenças e sofrimento patológico. Por fim, com base num projeto de refiguração da vida-profissão, esta tese propõe modos de reexistir na vida e no território docente, mediante estratégias de convivência com a doença e disposições de cuidado de si.
- ItemSer-na-roça: ruralidade da presença e experiência do ser-docente(2022-03-21) Mota, Charles Maycon De Almeida; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Guimarães, Carlos Roberto; Silva, Fabricio Oliveira da; Vazquez, Luis Gabriel Porta; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sitja, Liege Maria QueirozEsta pesquisa está ancorada na Pesquisa Narrativa com ênfase no movimento biográfico-narrativo por trazer sua centralidade a partir dos processos de vida das pessoas que vivem em contextos rurais, propondo-se um movimento de compreensão que leve em conta suas subjetividades pessoais. Busco entender como professores/as que atuam em escolas da roça constituem a presentificação do ser-na-roça para significar sua existência, bem como, produzem experiências de ser-docente numa perspectiva de afirmar uma vida autêntica que é manifestado no ente que habita espaços rurais. O estudo utiliza como método a Pesquisa Narrativa associada à abordagem qualitativa por possibilitar pensar a respeito da construção de uma concepção de ruralidade da presença que institui o ser-na-roça a partir dos estudos de Heidegger (2015) e das poesias de Manoel de Barros (1999, 2001, 2009, 2015, 2016, 2018). Este estudo ancora-se nas bases da fenomenologia e da hermenêutica por buscar compreender o ser em seu contexto de vida e os sentidos atribuídos à sua condição de existir em contextos rurais. A pesquisa foi desenvolvida nas escolas rurais do município, a partir de entrevistas narrativas e etnografias da roça constituídas por registros realizados ao longo da pesquisa com minhas narrativas sobre a experiência. Estes são dispositivos de pesquisa que trouxeram condições para a compreensão dos modos de ser-viver-na-roça a partir da presentificação do ente que constitui o ser-na-roça. Cada processo desenvolvido para a recolha das narrativas com os respectivos dispositivos de pesquisa foram possibilidades para pensar narrativamente o habitar a roça e a profissão docente neste espaço. Esta pesquisa desencadeou questões provocativas em relação aos sentidos e significâncias atribuídas aos modos de ser-na-roça, considerando como relevante o movimento de autobioformação como espaço que possibilitou repensar nosso processo de vida-formação-profissão no sentido que possa valorizar os modos de habitar a roça. Esta pesquisa contou com quatro professores/as colaboradores/as, sendo estes/as professores/as do Ensino Fundamental de escolas rurais e moradores/as das comunidades rurais. Concluiu-se que a ruralidade da presença representa o assenhoramento de diversas ruralidades que as pessoas da roça produzem e que as experiências do ser-docente vão sendo produzidas conforme os modos que cada professor/a mobiliza e traduz os sentidos dos acontecimentos que os/as envolvem nesse processo de habitar a roça, possibilitando condições para trans-ver o rural habitado e a profissão docente na roça.
- ItemVir-a-ser professor/a de química na educação básica: narrativas, experiências e aprendizagens docentes na formação inicial(Universidade do Estado da Bahia, 2023-07-31) Adorni, Dulcinéia da Silva; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Dorneles, Aline Machado; Silva, Fabrício Oliveira da; Ferraz, Rita de Cássia Souza Nascimento; Silva, Eliene Maria da; Sitja, Liege Maria QueirozA pesquisa aqui apresentada visou compreender o processo de constituição de sentidos da docência para a Educação Básica desenvolvido na trajetória de formação inicial dos/as licenciandos/as em Química a partir das experiências formativas e aprendizagens docentes. Adotou-se como base epistemológica a pesquisa (auto)biográfica, especificamente com as narrativas de formação construídas através do Ateliê Reflexivo e do Memorial de Formação. Os/as colaboradores/as foram oito estudantes do Curso de Licenciatura em Química da UESB, Campus de Itapetinga, matriculados no componente curricular Estágio I O estudo transitou pelas narrativas institucionais para compreender como os sentidos históricos da origem da Licenciatura em Química no Brasil e no Estado da Bahia refletem no processo de constituição de sentidos da docência pelos/as licenciandos/as. Buscou se compreender as políticas de sentido na Licenciatura em Química e as aprendizagens para a docência na interface com os componentes curriculares. Das narrativas de formação dos/as estudantes emergiu o desencontro existente entre as experiências vividas no cotidiano da formação inicial e o processo de vir a ser professor/a de Química. Este desencontro aparece nas fissuras que caracterizam o curso, compartimentalizando o em duas áreas de conhecimento Química e Educação Por outro lado, o movimento narrativo desvelou, nas fissuras do cotidiano da aprendizagem docente, o entre lugar, considerando a formação para a docência como o acontecimento que marca a experiência formativa. Assumir essa fissura não se trata de compreender a licenciatura como compartimentalizada ou fragmentada, mas sim assentada em um território de fronteira no qual a formação do/a químico/a e a formação do/a professor/a têm seu ponto de encontro e dialogicidade a partir de suas singularidades. Neste lugar têm a possibilidade de se entrelaçarem e se movimentarem para a formação do/a professor/a de Química para atuação na Educação Básica. As narrativas de formação dos/as colaboradores/as desvelaram que o vir a ser docente de Química acontece no entre lugar construído na fronteira entre Educação e Química por meio de atos de currículo que possibilitam o processo de constituição de identidade(s) c compreendendo se os a atos de currículo como a materialidade colocada em movimento por meio de todos os componentes curriculares, práticas pedagógicas, relações e experiências formativas vividas no espaço e no tempo acadêmico s da formação inicial.