Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (MPED) - Jacobina
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (MPED) - Jacobina por Orientador "Miranda, Carmélia Aparecida Silva"
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- ItemComunidade quilombola de Mucambo dos Negros: identidade étnico-racial no Programa de Saúde na Escola – Miguel Calmon – BA(2020) Nascimento, Rita de Cassia Dias; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Oliveira, Iris Verena Santos de; Suto, Cleuma Sueli Santos; Conceição, Juvenal de CarvalhoEsta pesquisa tem como objetivo discutir sobre como os saberes populares de saúde da Comunidade Quilombola de Mucambo dos Negros podem contribuir para as práticas do Programa Saúde na Escola, na perspectiva étnico-racial no município de Miguel Calmon - BA. A referida Comunidade Quilombola pertence ao município de Miguel Calmon, distante a 365 km de Salvador. Observou-se que as comunidades quilombolas – com sua diversidade – trazem em comum vestígios dos valores civilizatórios de matriz afro-brasileira, que estão presentes em seus saberes populares. Percebeu-se que na Comunidade Quilombola de Mucambo dos Negros há um silenciamento das discussões sobre as relações étnico-raciais, coadunadas às ações incipientes e homogeneizadoras dos Poderes Públicos, em âmbito intersetorial – reflexo ainda da estrutura social pautada no “mito da democracia racial” que perpassa a sociedade. Neste vértice, entendemos que a intersetorialidade, sobretudo entre a Educação e a Saúde, é uma estratégia fundamental para fomentar reflexões e movimentações para novos olhares diante desta tácita realidade e suas variantes, a partir do eixo de Promoção dos Direitos Humanos e Cidadania contemplado nos princípios do Programa Saúde na Escola (PSE). O estudo realizou-se na comunidade com participação de 8 moradores da localidade, 7 professores da Educação Básica e 10 profissionais da saúde. Os arcabouços teóricos se fundamentaram em: Cruz (2015), Fiabani (2007), Hall (2006), Leite (1999), Miranda (2013), Munanga (2012), Nascimento (2016), Moura (2008), Portelli (2000), Sampaio (2011), Silva (2007), Vilaronga (2007) e Werneck (2016). Posteriormente, se expandiu, na etapa de campo, para outros autores, como: Almeida (2019), Goes (2020), Gomes (2019), Kilomba (2019), Lacerda (2018), Lima (2015), Medeiros (2018), Oliveira (2017), Ribeiro (2019) Santos (2018) e Tavares (2018). Tratou-se de uma pesquisa do tipo exploratória, de abordagem qualitativa, de cunho multimetodológico com uso da história oral e da pesquisa ação, pautada na perspectiva epistemológica pós-crítica. Como dispositivos utilizamos as entrevistas semiestruturadas e os Ateliês de Pesquisa, configurados como espaço de formação e autoformação, utilizados também como proposta de intervenção. Os dados engendrados foram sistematizados e analisados através da Análise de Conteúdo de Bardin, aliado ao software Iramuteq. A investigação concluiu que os saberes da comunidade e suas interfaces nas questões étnico-raciais possibilitaram uma motivação dos profissionais de ambas as áreas de conhecimentos, na busca de novos aprendizados e reflexões, por meio de Ciclos Formativos, a fim de efetivar as ações do Programa Saúde na Escola, ressignificando suas práxis na perspectiva étnico-racial, no decorrer do ano letivo, aliando o (re)conhecimento dos valores civilizatórios afro-brasileiros à promoção de saúde com reflexões e discussões sobre a temática, podendo oportunizar um impacto na equidade à saúde e bem-estar da população.
- ItemCuidado e saúde no terreiro Bandalecongo: orientando uma proposta de educação afrocentrada para a saúde no município do Juazeiro-BA(2018) Regis, Keith Emanuelle Matias; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Paz, Maria Glória da; Soares, Cecília Conceição Moreira; Conceição, Joanice SantosEsta pesquisa tem como objetivo compreender como os princípios e as concepções sobre saúde e cultura dos povos afrodescendentes de terreiro podem subsidiar processos de educação afrocentrada para a saúde. Acredita-se que esse caminho aponta possibilidades para o desenvolvimento de espaços de formação e afirmação da história, cultura e saberes da população afro-brasileira, auxiliando na construção de um projeto de ensino que assuma a função social da escola enquanto espaço de transformação e formação de sujeitos capazes de intervir em suas realidades, além de potencializar a condução de práticas educativas que promovam saúde para a população negra. Para isso, utilizaremos, como pressuposto epistemológico, a afrocentricidade, uma vez que ela tem se apresentado como recurso para o agenciamento e a valorização da história e cultura africana. O processo de pesquisa foi desenvolvido no Terreiro Bandalecongo, localizado no Bairro Palmares, no município de Juazeiro-BA, através da articulação com as instituições de educação em saúde (escolas e unidades de saúde) localizados nesse bairro e em bairros circunvizinhos. Assim, optamos pela pesquisa do tipo qualitativa, e nos baseamos no método conduzido pela pesquisa participativa e na teoria fundamentada em dados. A referida metodologia interage com o pesquisador e com o espaço de estudo, possibilitando a realização de uma pesquisa coletiva que, ao mesmo tempo, se configura como um processo educativo conscientizador, que também auxilia na produção de conhecimento que referenciada na história e nos saberes dos povos africanos e da diáspora. Para tanto, utilizamos, como dispositivos de produção de dados, fotografias, círculos de cultura e entrevistas sínteses, que foram analisadas segundo o processo de codificação da teoria fundamentada em dados e servirão para produção de um curta-metragem, que poderá ser utilizado como ferramenta mediadora em processos educativos. Nesse movimento, a afrocentricidade e as produções teóricas em torno da cosmovisão e práticas de saúde dos povos de terreiro nos auxiliaram com conceitos sensibilizantes para o desenvolvimento pde processos de comparação entre as categorias produzidas. No processo de análise, identificouse a existência de um processo de manutenção e resistência de um sistema de saúde africano e ancestral no Terreiro Bandalecongo, que promove estratégias de avaliação e cuidado para a população negra, enraizados na vivência comunitária, relação com a natureza, práticas de cuidado através de plantas e ervas medicinais, acolhimento e fortalecimento espiritual, provocando processos de promoção de saúde da população negra, fortalecimento de identidade africana, (re)orientação nos caminho e posição diante da vida e incentivo à organização e participação política na luta pela libertação e emancipação da população negra. Para isso, são desenvolvidas estratégias de educação que possibilitam autonomia, participação e vivência em rituais afro-brasileiros, promovendo condições de saúde e luta para a população africana da diáspora brasileira. Diante disso, planejou-se uma intervenção, de modo que as ações possibilitem a ampliação e divulgação do conhecimento produzido durante a pesquisa e fortaleça o movimento incentivado durante a aplicação da metodologia proposta. Destaca-se, por fim, que a intervenção foi planejada e realizada de forma coletiva junto aos participantes, durante o processo de pesquisa.
- ItemEducação em saúde na comunidade quilombola de Tijuaçu, Senhor do Bonfim – Bahia(2016-07-21) Almeida, Eliana do Sacramento de; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Paz, Maria Glória da; Lima, Carla Moura PereiraEsta dissertação discorre sobre a comunidade quilombola de Tijuaçu, grupo étnico de maior representatividade da região de Senhor do Bonfim-Bahia, em virtude da sua dimensão territorial e do seu contingente populacional; compreendida como um projeto político e coletivo de liberdade, onde permanece uma sociedade relativamente autônoma e com marcante presença das tradições africanas. A pesquisa apresentou como objetivo realizar um estudo investigativo sobre as práticas preventivas e curativas em saúde na comunidade de Tijuaçu, a fim de promover ações interdisciplinares, a partir das demandas da comunidade. Tratou-se de uma pesquisa-ação, de caráter exploratório, inspirada na abordagem fenomenológica Husserliana e contou com a participação de integrantes da comunidade, lideranças políticas e religiosas, professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental I da Escola Municipal Antônio José de Souza e profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família da localidade. Como instrumentos para construção dos dados foram utilizados questionário estruturado, entrevista semi-estruturada e grupo focal com intervenção na comunidade através do desenvolvimento de oficinas formativas para aprofundar as discussões. Para o tratamento dos dados quantitativos, foram utilizados os programas estatísticos Epi-Info 7 e BioEstat 5.3, além de planilhas e gráficos do Microsoft Excel; para os dados qualitativos, utilizou-se a análise textual e o software Tagul para confecção das nuvens de palavras. Realizou-se análise de conteúdo, segundo Bardin, através da triangulação de dados com discussões argumentadas à luz dos conhecimentos produzidos sobre identidade cultural, saúde da população negra e educação popular em saúde. Os resultados dos dados socioepidemiológicos apontaram para uma coerência entre a visão dos líderes e dos integrantes da comunidade em relação aos determinantes de vida e as condições de vulnerabilidades persistentes na comunidade, contudo demonstram divergência quanto às práticas preventivas e curativas de saúde envolvendo a utilização de ervas medicinais, rezas e benzeções. O conteúdo das oficinas foi analisado a partir de três categorias: cultura e tradição quilombola, saúde da população negra e de Tijuaçu, e educação popular em saúde como estratégia para melhoria das condições de vida. Foram constatados os seguintes aspectos: a comunidade quilombola de Tijuaçu vive, em sua maioria, em condições de vulnerabilidades persistentes e é privada de condições básicas de vida, a exemplo de moradias adequadas e saneamento e esgotamento sanitário; apresenta padrões alimentares inadequados; há ameaça de perda da identidade cultural; os integrantes da comunidade apresentam não somente, dificuldades de acesso aos serviços de saúde, mas integralidade da assistência comprometida por precariedade e/ou inexistência de serviços estruturados para referência; e a escola enfrenta dificuldades para atender aos discentes da comunidade em suas especificidades sociais e étnico-raciais. Acredita-se ser necessário intensificar ações de conscientização acercada cultura afro-brasileira e das práticas de medicina tradicionais, bem como na capacidade transformadora da educação em saúde para promover melhorias nas condições de vida e saúde da população de Tijuaçu. Deste modo, propomos, como desdobramentos da pesquisa, o monitoramento e apoio na execução e avaliação dos planos de intenções desenvolvidos nas oficinas formativas a serem implementados pelos professores e profissionais de saúde em parceria com a comunidade.
- ItemO lugar do currículo da educação do campo contextualizada no semiárido - ocupando espaços ocultos(2019) Araújo, Fredson Rodrigues ; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Maria do SocorroEsta pesquisa se ancora no contexto atual de debate sobre a Educação do Campo contextualizada no semiárido que vem ganhando força a partir dos movimentos sociais ligados ao campo, entre eles Sindicatos de Trabalhadores Rurais, associações, cooperativas, tendo como anseio a demanda por uma formação que contemple os saberes da mulher e do homem do campo, potencializando suas atividades por meio de processos e metodologias apropriadas à sua realidade. A partir dessa articulação da sociedade civil, o estado brasileiro nos últimos quinze anos, incorporou parte dessas experiências e práticas através de políticas públicas, materializadas por meio das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, instituídas pelo Ministério da Educação (MEC), em 2002. Nesta perspectiva, este trabalho tem por objetivo promover uma análise sobre o currículo desenvolvido na Educação do Campo contextualizada no semiárido, tendo como referência de análise a Escola Municipal Paulo Freire, com sede no Assentamento Caiçara, s/nº, Zona rural, e mais 03 anexos localizados nos Povoados de Novolândia, Algodão e Várzea Bonita, município de Serrolândia-BA. Pretende-se com esta pesquisa, construir de forma colaborativa uma proposta curricular que contemple as demandas das escolas do campo, tendo como base os agentes sociais que vivem no espaço rural, aqui entendido como campo. A metodologia desta pesquisa é de cunho qualitativo, dentro da área de conhecimento das Ciências Humanas, que contempla uma pesquisa aplicada voltada para a aquisição de conhecimentos com vistas a aplicação numa situação específica e o método a ser adotado é a Pesquisa-ação, que vem emergindo como uma metodologia de intervenção, desenvolvimento e mudanças no âmbito dos grupos, organizações e comunidades. No processo de análise dos dados foi adotado o procedimento de Análise de Conteúdo (BARDIN,2009). Almeja-se analisar de que forma a escola pesquisada tem garantido um currículo da Educação do Campo contextualizada no semiárido, à luz dos instrumentos legais vigentes e das experiências exitosas existentes. Assim, considera-se as vivências das pessoas envolvidas, o plano de ensino, a rotina de funcionamento da escola, sua filosofia, seus métodos e a pedagogia adotada pela unidade.
- ItemPráticas docentes e diversidade na Escola Rural Quilombola de Lage dos Negros - Campo Formoso – BA(2017-08-01) Oliveira, Maria das Dores Brandão ; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Carvalho, Emanuela Oliveira; Jesus, Marta Lícia Teles Brito deO presente trabalho apresenta a pesquisa desenvolvida na escola Quilombola de Lage dos Negros, distrito de Campo Formoso- BA. Esta pesquisa teve como tema: Práticas Docentes e Diversidade na Escola Rural Quilombola de Lage dos Negros, Campo Formoso – BA. Esta ação se desencadeou das discussões em sala de aula com os alunos do Instituto de Educação Manancial Quilombola de Lage, onde atuo como professora do Curso de Pedagogia. O projeto desta pesquisa se firmou junto às orientações e apoio dos professores do Programa de Pós Graduação da Universidade do Estado da Bahia - PPED e Mestrado em Educação e DiversidadeMPED. Esta pesquisa teve como objetivo geral: Conhecer as práticas docentes dos professores que atuam na Escola Quilombola de Lage dos Negros, Campo Formoso – BA, observando se estas ações consideram a pluralidade cultural da comunidade quilombola de Lage, tal como definido pela Lei 11645/08. Em suas especificidades buscou: a)Diagnosticar nos documentos oficiais da Escola, a presença ou não, das culturas e manifestações culturais da comunidade de Lage dos Negros, com o intuito de descobrir se as práticas se coadunam com as informações trazidas nos documentos; b)Descobrir como se dão as práticas dos professores que lecionam na Escola Quilombola de Lage dos Negros; c) Oportunizar a articulação entre os docentes da Escola Rural Quilombola de Lage, para a realização de uma Tertúlia Dialógica Cultural, com a finalidade de fazer um levantamento das demandas de formação dos professores da escola, sobre a história e cultura Afro-brasileira em Lage; d) Potencializar as Tertúlias Dialógicas Culturais na Escola Quilombola a partir das demandas de formação com a intenção de que seja possível futuramente, a construção coletiva de um acervo histórico1 cultural do lugar, para ser usado pelos professores da escola e amplamente divulgado na comunidade. A metodologia se firmou numa pesquisa participante com abordagem de análise do conteúdo, trazendo como dispositivos de pesquisa: observação, entrevista semiestruturada, exame de documentos e diário de bordo, assim como a proposta de trabalho coletivo: oficina preparatória e a 1ª Tertúlia Dialógica Cultural, como meio de alcançar os objetivos esperados. A fundamentação teórica está amparada em contribuições significativas de especialistas na área temática, que desenvolveram ou desenvolvem grandes estudos e pesquisas na área da educação, transitando pelo contexto da diversidade, cultura, identidade, práticas docentes e educação quilombola. A Tertúlia veio com a introdução de uma oficina preparatória e se concretizou com um grande encontro dialógico com educadores, representantes da comunidade e presidentes das associações.
- ItemPráticas educativas nos espaços de educação não formal: uma teoria substantiva sobre a formação cidadã e vulnerabilidade social(2018) Oliveira, Maria Aparecida Monteiro ; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Nunes, Jacy Bandeira Almeida; Dourado, Emanuela Oliveira Carvalho; Feitosa, Rodolfo Rodrigo SantosDissertação oriunda dos estudos realizados no Mestrado Profissional em Educação e Diversidade do Programa de Pós-Graduação Educação e Diversidade da UNEB, DCH IV/Jacobina/BA. Insere-se nos debates que contemplam: a pedagogia freireana, os parâmetros de investigação da ação colaborativa e da Teoria Fundamentada em Dados. Tem como objetivo central gerar uma teoria substantiva sobre as contribuições das práticas educativas desenvolvidas nos espaços não formais em Jacobina, para a formação de crianças e adolescentes expostas à vulnerabilidade social. Os objetivos específicos são: a) Analisar os processos psicossociais que emergem nas práticas educativas dos educadores/associais que lidam com a vulnerabilidade social das crianças e adolescentes. b) Levantar os desafios e contribuições das práticas educativas dos educadores/as para a formação cidadã de crianças e adolescentes expostas à vulnerabilidade social. c) Identificar como a formação para a cidadania pode ser potencializada por meio das práticas educativas. d) Construir colaborativamente com os educadores, nos ciclos de formação reflexiva um conjunto de proposições/diretrizes sobre a temática. A perspectiva é de refletir sob o olhar de quem está inserido no processo, sobre as práticas de ensino/aprendizagem desenvolvidas em espaços alternativos de educação, a exemplo do Projeto de Acompanhamento de Crianças e Adolescentes (PACA). Reconhecendo a diversidade de sujeitos que circulam nas instituições educativas, permitindo a escuta minuciosa e sensível das concepções dos sujeitos participantes diante da educação a qual estão envolvidos. Para tanto dialoga com Freire (1987; 1992; 1996; 2001; 1992; 2016; 2017) Brandão (2002), Gadotti (2000), Gohn (2004; 2005; 2006; 2009), Gentili (2007), Larrosa (2011), Tarozzi (2011), Charmaz (2009), Schön (2000), Zabala (1998); entre outros. A metodologia adotada segue as orientações epistêmicas da Teoria Fundamentada de Dados (TFD) e a abordagem da pesquisa qualitativa, consistindo-se num referencial interpretativo/colaborativo que considera as experiências vivenciadas pelos sujeitos sociais para a construção do conhecimento de bases teóricas substantivas. A pesquisa desenvolveu-se com os/as educadores/as sociais de três Casas integrantes do Projeto PACA: Casa Rebeca; Fazendinha José Josivan de Jesus e Casa Santa Luzia. Utilizou a análise documental como instrumento de construção de dados, bem como os diagramas, os ciclos reflexivos, entrevistas intensivas e os memorandos. Traz como produto final diretrizes para as práticas educativas nos espaços de educação Não Formal, desenvolvidas no cotidiano desses contextos e suas contribuições para a formação cidadã das crianças e adolescentes do bairro da Bananeira, cidade de Jacobina/BA. Os principais resultados obtidos apontam as práticas educativas e todas as experiências que nelas circundam (os desafios e fragilidades) como processos formativos que abrangem sentidos e significados construídos pelos habitantes desses espaços, em suas relações com o mundo que o cerca.
- ItemPráticas pedagógicas: identidade étnico-racial das Comunidades Quilombolas de Paus Altos e Gavião - Antônio Cardoso - Bahia(2017-12-15) Serra, Cleves de Oliveira; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Ximenes, Cristiana Ferreira Lyro; Jesus, Marta Lícia Teles Brito deEsta pesquisa tem como objetivo discutir sobre as práticas pedagógicas dos docentes que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental, nas escolas situadas nas comunidades quilombolas de Paus Altos e Gavião. Nessa perspectiva,nossa intenção é conhecer de que forma esses docentes dialogam com as questões étnico-raciais. O lócus investigativo constitui-se de três escolas: a Escola Municipal Santa Rita, Escola Municipal Eraldo Tinoco e a Escola Municipal Terezinha Neuman, localizadas no Município de Antônio Cardoso – Bahia. Os interlocutores são professores e estudantes das referidas escolas. Esta pesquisa surgiu a partir da observação dos dados do censo do IBGE de 2010, quando percebemos que o Município de Antônio Cardoso despontou como o primeiro município do Brasil em que mais da metade de sua população se autorreconheceu negra, com 50,65%. Outro fator que nos fez ter interesse pela temática, foi a vivência enquanto professor da Educação Básica na Escola Municipal Professor Fernando Barreiro Dantas, sendo que, a mesma oferta as séries finais do Ensino Fundamental e recebe estudantes oriundos das referidas comunidades quilombolas. As comunidades quilombolas de Paus Altos e Gavião foram certificadas no ano de 2010. A aludida pesquisa discute sobre as Práticas Pedagógicas, a cultura e a identidade étnico-racial dos estudantes quilombolas de Paus Altos e Gavião. Fizemos uma revisão bibliográfica (estado da arte) para sabermos sobre o que se tem investigado e publicado sobre a temática em questão. Já em campo, realizamos análise documental, observação e entrevistas. Destacamos que tanto a entrevista quanto a análise documental e a observação foram registradas no caderno de campo. Sendo assim, cruzamos os dados obtidos através dos documentos analisados com as entrevistas e as observações. Para o embasamento teórico dessa pesquisa, dialogamos com: FREIRE (2011), MIRANDA (2009), VEIGA (2003), PIMENTA (2002), MUNANGA (2008, 2012) CANDAU (2008), LEITE (2006), ARRUTI (2008), REIS (1996), HALL (2003, 2006), CASTELLS (2001), BARDIN (1997), YIN (2001). Diante da relevância social dessa temática, a mesma beneficiou-se da abordagem fenomenológico-hermenêutica, recorremos a pesquisa-participante como método para direcionar os nossos trabalhos, tendo em vista que dialogamos com os sujeitos da pesquisa, de modo que, estes foram coautores nessa caminhada e pensamos juntos na construção do produto de intervenção. Após as análises e considerações, concluímos que a intervenção seria um Curso de Formação continuada para professores das referidas escolas, focalizando a legislação e as políticas públicas para a educação escolar quilombola. O curso está sendo ofertado em seis módulos, que acontecem mensalmente. O referido Curso terá duração de 80 horas, sendo 48 horas presenciais e 32 horas de atividade dirigida. Esse curso visa a revisão do Projeto Político Pedagógico e elaboração deste, nas escolas parceiras que ainda não possuem Projeto Político Pedagógico.
- ItemRelações étnico-raciais e de gênero no contexto das práticas pedagógicas: escrevivências e (re)invenções na educação básica(2020) Souza, Vaneza Oliveira ; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Oliveira, Iris Verena Santos de; Barros, Zelinda dos SantosEsta pesquisa tem como objeto de estudo as práticas pedagógicas que tratam sobre relações étnico-raciais e de gênero em uma escola estadual localizada no município de Iraquara-BA. O objetivo geral é compreender, a partir das narrativas da experiência docente, como se configuram as discussões sobre raça e gênero na escola lócus e suas principais implicações nas práticas pedagógicas das/os professoras/es. Para tanto, nos ancoramos na perspectiva epistemológica das teorias pós-críticas em educação e no método da etnoescrevivência que alia pressupostos da etnografia crítica e da escrevivência (EVARISTO, 2005; 2007; 2009; SOARES; MACHADO, 2017), compondo um caminho metodológico onde as narrativas da experiência ganham centralidade na investigação, a qual prevê problematização e intervenção sobre a realidade. A pesquisa é comunicada através de Cartas Pedagógicas, gênero que pressupõe aproximação, vivência, posicionalidade e interlocução com leitoras/es. Dialogamos com intelectuais, pesquisadoras e feministas negras como Akotirene (2018), Gomes (2002; 1996; 2012), hooks (2017), Kilomba (2019), Lima (2015) e outras/os. As/os participantes, coautoras/es da pesquisa, são professoras/es e alunas da instituição. Como dispositivo de interpretação de dados foi utilizada a escrevivência, construindo as interpretações a partir das redes de sentido que emergiram das narrativas das/os colaboradoras/es. Os resultados apontaram para a reinvenção da escola e sua movimentação transitória de mudanças através do projeto institucional que discute o tema das relações étnico-raciais, integrando também o tema gênero. A partir do projeto a escola tem possibilitado momentos formativos e vem afetando professoras/es de várias áreas do conhecimento na construção de práticas pedagógicas e curriculares com os temas durante parte significativa do ano letivo, em especial no ano 2019. As narrativas evidenciaram ainda que existe um movimento inicial de práticas pedagógicas que transgridem hegemonias raciais e de gênero, por um coletivo docente desejoso e atuante na descolonização do currículo e das relações escolares, que percebe os processos formativos como “espaçotempos” importantes para refletir e reelaborar o trabalho. As/os docentes colaboradoras/es narraram suas experiências com práticas pedagógicas insurgentes e mostraram-se abertas/os para escutar as estudantes e refletir sobre suas impressões e sugestões e reconfigurar essas práticas, (re)inventando seus modos de ser e estar na docência de forma autoral. Permanecem como desafios principais na escola, estabelecer diálogo entre as distintas áreas do conhecimento e componentes curriculares, romper as amarras do currículo determinado, ampliar análises interseccionais e afetar mais professores/es para trilhar o caminho de construção de práticas pedagógicas antirracistas e antissexistas como compromisso político durante todo ano letivo. A intervenção foi operacionalizada através do Ateliê de Pesquisa, dispositivo de construção de dados e alteração da realidade. Os desdobramentos do acompanhamento do campo integram as ações do projeto institucional e a formação do coletivo de mulheres/estudantes na escola em 2021-2022.
- ItemRelações étnico-raciais e de gênero no contexto das práticas pedagógicas: escrevivências e (re)invenções na educação básica(2020) Souza, Vaneza Oliveira de; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Oliveira, Iris Verena Santos de; Barros, Zelinda dos SantosEsta pesquisa tem como objeto de estudo as práticas pedagógicas que tratam sobre relações étnico-raciais e de gênero em uma escola estadual localizada no município de Iraquara-BA. O objetivo geral é compreender, a partir das narrativas da experiência docente, como se configuram as discussões sobre raça e gênero na escola lócus e suas principais implicações nas práticas pedagógicas das/os professoras/es. Para tanto, nos ancoramos na perspectiva epistemológica das teorias pós-críticas em educação e no método da etnoescrevivência que alia pressupostos da etnografia crítica e da escrevivência (EVARISTO, 2005; 2007; 2009; SOARES; MACHADO, 2017), compondo um caminho metodológico onde as narrativas da experiência ganham centralidade na investigação, a qual prevê problematização e intervenção sobre a realidade. A pesquisa é comunicada através de Cartas Pedagógicas, gênero que pressupõe aproximação, vivência, posicionalidade e interlocução com leitoras/es. Dialogamos com intelectuais, pesquisadoras e feministas negras como Akotirene (2018), Gomes (2002; 1996; 2012), hooks (2017), Kilomba (2019), Lima (2015) e outras/os. As/os participantes, coautoras/es da pesquisa, são sete professoras, seis professores e quatro alunas da instituição. Os dispositivos de construção dos dados foram a observação participante, os Ateliês de Pesquisa, os diários de bordo e as projeções coletivas. Como procedimento de interpretação foi utilizada a escrevivência, construindo as interpretações a partir das redes de sentido que emergiram das narrativas das/os colaboradoras/es. Os resultados apontaram para a reinvenção da escola e sua movimentação transitória de mudanças através do projeto institucional que discute as relações étnico-raciais, integrando também gênero. A partir do projeto a escola tem possibilitado momentos formativos e vem afetando professoras/es de várias áreas do conhecimento na construção de práticas pedagógicas e curriculares sobre raça e gênero durante parte significativa do ano letivo, em especial no ano 2019. As narrativas evidenciaram ainda que existe um movimento inicial de práticas pedagógicas que transgridem hegemonias raciais e de gênero, por um coletivo docente desejoso e atuante na descolonização do currículo e das relações escolares, que percebe os processos formativos como “espaçotempos” importantes para refletir e reelaborar o trabalho. As/os docentes colaboradoras/es narraram suas experiências com práticas pedagógicas insurgentes e mostraram-se abertas/os para escutar as estudantes e refletir sobre suas impressões e sugestões e reconfigurar essas práticas, (re)inventando seus modos de ser e estar na docência de forma autoral. Permanecem como desafios principais na escola, estabelecer diálogo entre as distintas áreas do conhecimento e componentes curriculares, romper as amarras do currículo determinado, ampliar análises interseccionais e afetar mais professoras/es para trilhar o caminho de construção de práticas pedagógicas antirracistas e antissexistas como compromisso político durante todo ano letivo. A intervenção foi operacionalizada através do Ateliê de Pesquisa, dispositivo de construção de dados e alteração da realidade. Os desdobramentos do acompanhamento do campo integram as ações do projeto institucional e a formação do coletivo de mulheres/estudantes na escola em 2021-2022.
- ItemRelações étnico-raciais no contexto das práticas pedagógicas do Colégio Municipal Antônio Marculino Vieira em Aguada Nova, Lapão (BA).(2016-07-20) Pires, Tânia Cavalcante; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Paz, Maria Glória da; Sousa, Ione Celeste Jesus deA pesquisa intitulada: “Relações Étnico-Raciais no Contexto das Práticas Pedagógicas do Colégio Municipal Antônio Marculino Vieira em Aguada Nova, Lapão (BA)”, resultou da minha interação nas práticas pedagógicas no Ensino Fundamental II, como professora e coordenadora pedagógica dessa instituição, lócus da pesquisa. Como questão problema, temos sido provocadas a pensar como a educação das relações étnico-raciais expressas a partir da promulgação das Leis n.º 10.639/03 e n.º 11.645/08, tem se efetivado nas práticas pedagógicas do Colégio Municipal Antônio Marculino Vieira. Assim, temos como objetivo geral investigar as práticas pedagógicas, analisando-as sob a perspectiva étnico-racial, considerando a predominância da cultura quilombola entre os discentes. Especificamente, pretendemos identificar a relação de pertencimento étnico-cultural dos(as) alunos(as) enquanto quilombolas e a influência na aprendizagem; por conseguinte, investigar o predomínio da cultura existente nas comunidades quilombolas em relação às práticas pedagógicas desenvolvidas na unidade escolar. A metodologia configura-se numa pesquisa do tipo etnográfica, com abordagem de análise compreensiva e interpretativa, a partir da utilização dos seguintes dispositivos de pesquisa: observação participante, questionário, entrevista semiestruturada e grupos dialogais. Para a fundamentação teórica, utilizamos as contribuições de pesquisadores, a exemplo de Gomes (2008), Hall (2005), Munanga (1996, 2012), Santos (2006), Silva (2005), por considerá-los indispensáveis para as discussões na temática pesquisada, além de documentos legais como, por exemplo, a Lei 11.645/08. O Colégio Municipal Antônio Marculino Vieira atende um público composto por: adolescentes, jovens, adultos e idosos, moradores de comunidades quilombolas que se encontram em processo de escolarização e aprendizagem da educação formal, com contexto socioeconômico agrário e cultura de matriz africana. Esta pesquisa apresenta, enquanto proposta de intervenção, a implantação de um Grupo de Estudos e Trabalhos em Educação e Relações Étnico-Raciais – MAAFRO, que visa a formação continuada docente, objetivando fomentar a promoção de práticas pedagógicas que valorizem a educação com respeito à diversidade cultural.
- ItemSer e não ver/ver e não ser: a questão racial e o silêncio no colégio estadual de Junco(2018) Lopes, Renata Freitas; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Soares, Cecília Conceição Moreira; Barros, Zelinda dos SantosEste texto apresenta os resultados da pesquisa desenvolvida no âmbito do Colégio Estadual de Junco, que buscou investigar o silêncio pedagógico e institucional sobre os temas relacionados às questões étnico-raciais em seu espaço e a relação deste silêncio na percepção da identidade racial dos alunos que compõem sua clientela, através de um estudo de caso utilizando os instrumentos e técnicas da etnometodologia e da pesquisa participante, bem como a pesquisa documental. Constatamos através dos discursos do alunado, presentes em questionários de pesquisa, que existe realmente uma ausência desses temas nas ações do Colégio, e que a situação do aluno afrodescendente não é levada em consideração dentro do trabalho pedagógico do CEJ. Tal situação, também verificada nos documentos institucionais, nos leva a afirmar que a Lei 10.639\03 não se efetiva na unidade, colaborando para que situações de discriminação e preconceitos ainda sejam veiculadas através de discursos e silêncios no espaço escolar, contribuindo para o processo de negação desses alunos acerca de sua própria identidade. Buscamos, no texto, apresentar revisão bibliográfica ancorada em pesquisas e autores que discutem as relações étnico raciais como Munanga (1994, 1996, 2004) Gomes (2003, 2005), Cavalleiro (2003, 2005), os processos de reconhecimento da identidade cultural com Hall (2003,2004), Ferreira (2009) ,e os conceitos de cultura escolar como Barroso (1996), Viñao Frago (2000) e Julia (2001) buscando a compreensão de como se elaboram e sistematizam as construções sobre as diferenças raciais, e, de que forma são representadas no espaço escolar, as contribuições da população e da cultura negra na formação do país. Pretendemos, dessa forma, articular as noções de identidade racial dos sujeitos com a percepção do espaço da escola como território de construção de representações e identidades coletivas. Entendemos o espaço do Colégio Estadual de Junco, como um organismo único, que recebe e reproduz, através de seus alunos, o todo cultural no qual se insere e, percebemos que o discurso isonômico muito interfere no complexo processo de construção das identidades e nas relações estabelecidas entre os sujeitos. Acreditamos que, a partir deste trabalho, teremos possibilidade de colaborar com uma nova postura política diante da questão racial no lócus da pesquisa, contribuindo com a efetivação das Leis 10.639\03 e 11.645/08, na medida em que trazemos ao espaço escolar a visão plural diante da questão racial, e a compreensão dos desdobramentos desta com as questões sociais, culturais, históricas e políticas de nosso alunado.