Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado Acadêmico) em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) por Orientador "Farias, Maria de Lourdes Soares Ornellas"
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- ItemAuctoritas inter-rogada: docência (re)inventada(2017-05-05) Cortizo, Telma Lima; Farias, Maria de Lourdes Soares Ornellas; Pereira, Marcelo Ricardo; Macedo, Roberto Sidnei Alves; Farias, Larissa Soares Ornellas; Oliveira, Maria Olivia de MatosA pesquisa doutoral nomeada de Auctoristas inter-rogada: docência (re)inventada é uma pesquisa fundada nos pressupostos teóricos metodológicos e epistemológicos da pisicanálise e educação, na medida em que trabalhou construtos da função paterna, pulsão de vida e morte, sujeito suposto saber e transferência, dentre outros. Tem como objetivo analisar a (des)autorização docente na escola contemporânea, buscando desvelar suas implicações no saber docente. O panorama social descortinado pela globalização, sustentado por um processo de modernização que expandiu de forma mais acelerada desde meados do século XX, repercute em profundas transformações no estar social contemporâneo. O culto a imagem intensificado pelas novas redes de informação e a busca incessante do hedonismo constituiu mudanças significativas nas formas de se relacionar. A modernidade líquida (Bauman, 2011); o processo de desencaixe (Giddens, 1991); o fim das metanarrativas (Lyotard, 2002) e a dessimbolização do mundo (Dufour, 2005) anunciam a inscrição de um cenário, cujos pilares acedem para formas de organizações mais flexíveis, híbridas e autónomas. No rastro da indiferença afirmada por Lipovetsky (2014), em que professor e aluno são tomados cada vez mais como iguais e o desejo de saber se constitui num cenário esvaziado de sentidos, a problemática se inscreve: de que maneira a (des)autorização docente se constitui na escola contemporânea e quais suas implicações no saber docente? O referencial teórico estudado teve como aporte Kojève (2006); Arendt (2011); Foucault (2012, 2016); Freud(1996); Lacan(1975); Pereira (2008); Ornellas(2011); Bauman (2011); Giddens (2011); Nóvoa (1999); Canário (2005); Gatti(2010), dentre outros. Nesse sentido, a abordagem qualitativa apresentou-se como metodologia de pesquisa que possibilitou apreender o entendimento e a interpretação dos atos dos sujeitos implicados. A ênfase foi no Estudo de Caso (YIN, 2005), por ser um estudo complexo de uma instância particular, que permitiu analisar o fenômeno em profundidade. Os dispositivos de coleta de dados utilizados foram: observação, entrevista semiestruturada e conversações. Os sujeitos foram selecionados pelo critério do desejo, perfazendo o total de sete advindos do ensino médio. O locus da pesquisa foi uma escola pública da rede estadual da cidade de Salvador, de porte grande, localizada num bairro central da cidade. Foram construídas unidades de análise, as quais tiveram como suporte a análise do discurso de vertente francesa. Os resultaram revelaram professores implicados e responsáveis com o saber docente, que mesmo sem se dizerem desautorizados ou adoecidos, apresentaram durante a aplicação dos dispositivos de coleta de dados, resquícios de uma autoridade inter-rogada, em grande medida, pelo lugar e posição assumidos cotidianamente diante do (a) aluno (a), acompanhados pelos desafios de um social complexo. O caos escolar expressa-se na indisciplina, na dispersão, na indiferença, no tédio, nos parcos recursos da docência esvaziada de significados e significantes para si e para o (a) aluno (a). Assim, a desvalorização, a solidão, a escuta e a transferência se apresentaram como ausência de reconhecimento da profissão. Portanto, a tese aqui defendida refere a (des)autorização docente na escola contemporânea como percursos constitutivos ambivalentes inscritos em tempos de liquidez tendo como referente a autoridade continuamente inter-rogada. Nesse sentido, postula-se o investimento na palavra e na escuta das singularidades como princípios que permitam emergir a autoria, o reconhecimento, o respeito e a valorização profissional, quiçá, por essa via, a docência possa ser (re)inventada.
- ItemEstilo: capulho de algodão no colo do sujeito-bebê em impasse constitutivo(2020-05-04) Menezes, Eliana de Jesus; Farias, Maria de Lourdes Soares Ornellas; Kupfer, Maria Cristina Machado; Fernandes, Andrea Hortelio; Hetkowski, Tânia Maria; Farias, Larissa Soares OrnellasA presente pesquisa nomeada: Estilo: capulho de algodão no colo do sujeito-bebê em impasse constitutivo tem como objeto de estudo o estilo de professor frente ao sujeito-bebê em impasse constitutivo. Apresenta como objetivo geral investigar de que maneira o professor, com seu estilo, ocupa uma posição de agente primordial para o bebê em impasse constitutivo, com vistas ao advir do sujeito na ambiência da creche. Torna-se recorrente o número cada vez maior da entrada de bebês no universo da creche nos últimos anos. Com isso, ocorre uma travessia precoce do espaço privado da família para o público, o que pode deixar marcas de rompimento do laço familiar no cuidar e educar do bebê. Portanto, nesse contexto de passagem se demarca a presença de bebês com dificuldades no seu encontro com o professor em uma via de sofrimento psíquico. No entanto, o professor com seu estilo e em sua práxis, na ambiência da creche, pode permitir uma continuidade do laço, exercendo a função de agente primordial nessa passagem, de modo que o bebê possa advir como sujeito em constituição. Diante de tal assertiva, ousamos inscrever que a referida tese está assentada na base teórica da Psicanálise e Educação e levantar algumas questões que nortearão a presente pesquisa: De que maneira o professor, com seu estilo, ocupa uma posição de agente primordial para o bebê em impasse constitutivo? O que pode fazer um professor para contribuir com o advir do sujeito na ambiência da creche? Nesta investigação, a abordagem foi qualitativa, com viés de Estudo de Caso, inspirada nos eixos teóricos da metodologia IRDI. O lócus foi em uma Unidade de Educação Infantil de 0 a 3 anos (creche), na cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte. Os sujeitos foram 02 (duas) professoras entre 5 a 15 anos em exercício docente em creches e 04 (quatro) bebês de 1(um) a 2 (dois) anos de idade em impasse constitutivo no berçário. Os dispositivos de coleta de dados foram: observação, entrevista em profundidade e a roda flutuante. A análise dos dados obtidos foi inspirada na Análise de Discurso de vertente francesa. A pesquisa apontou que o estilo está presente no educar, brincar e olhar das professoras, podendo ser nomeado como brincante, escópico, maternante e regido pelos eixos constitutivos do sujeito, pela via da ambivalência, traduzida na função maternante, no laço transferencial entre a professora e o bebê, na transmissão da lei paterna, demarcando que ao assumir uma posição ambivalente e de falta, a professora, agente primordial, com seu estilo, sua marca pode permitir ao sujeito-bebê, em impasse constitutivo, enredar-se nas tramas do desejo na ambiência da creche.