Angústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais

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2020-06-11
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Resumo

Trata-se de uma pesquisa denominada Angústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais e que tem como objeto a angústia do professor, cujo construto da angústia foi analisado a partir da referência psicanalítica lacaniana. Desta forma, o tema foi consolidado pela seguinte inquietação: quais as representações sociais que o professor tem sobre a angústia na sua práxis pedagógica, e de que maneira esse afeto revela ser uma possibilidade desse professor sujeito perceber os (im)passes implicados e que repercute na educação contemporânea? Assim sendo, a pesquisa que aqui se apresenta tem por objetivo geral apreender as representações sociais sobre a angústia do professor, e de que forma passam a serem objetivadas e ancoradas à práxis pedagógica, no sentido de ressignificar as ações docentes desse sujeito professor. Os objetivos específicos versam: a) capturar os (im)passes que o afeto angústia revela na práxis pedagógica do professor implicados na educação contemporânea; b) identificar os aspectos psicossociais sobre a angústia do professor, e como este afeto pode ressignificar suas ações docentes; c) analisar as representações sociais da angústia do professor, no sentido de alavancar as objetivações e ancoragem que possibilitam o seu ato educativo. O traço metodológico se delineou guiado pela modalidade da pesquisa qualitativa em que foi elencado como lócus uma escola pública da rede federal, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano – IFBAIANO (Campus Governador Mangabeira-Ba). Os sujeitos professores do ensino médio de áreas distintas do conhecimento foram em número de 08 e de ambos os sexos, cujas representações sociais apreendidas a partir do objeto investigado geraram análises através da entrevista semiestruturada, desenho e grupo focal. Os dados obtidos frutos da coleta foram analisados sob a perspectiva da análise de discurso de vertente francesa. As representações sociais foram definidas como principal aporte para a escuta do professor acerca da angústia, valendo-se de sistemas socialmente elaborados, bem como dos processos de objetivação e ancoragem. A concepção teórica da pesquisa foi sustentada em: Moscovici (1978; 2003; 2011a; 2011b ;2012); Jodelet (2009; 2001; 1990;1989); Marková (2006; 2017); Alves-Mazzotti (1998 2000; 2002), no campo das representações sociais; Freud (200; 2014;2014); Lacan (2004); Laplanche (1996); Kierkegaard (2010); Miller (2007), no que diz respeito ao construto da angústia; Bauman (2012); Charlot (2013); Nóvoa (1995; 2007); Ornellas (2005; 2013; 2015; 2015), no que concerne à educação atual. A pesquisa revela que a angústia do professor observada na educação contemporânea está ancorada em representações sociais de: desinteresse do aluno, atualização, resiliência, docência compartilhada, indisciplina e desafio em ensinar/aprender.


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SILVA, Marcos Vinícius Paim da. Angústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais. 2020. 205 f.:il. Orientador(a): Maria de Lourdes Soares Ornellas. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade – PPGEduC. Departamento de Educação, Campus I. Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2020.
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