Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)
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O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) vem para ampliar a oferta ao Ensino de Pós-graduação à sociedade baiana, nordestina e nacional, com ênfase na valorização dos recursos naturais, territórios de identidade, bem como a sua relação com a saúde humana e animal, ampliando os estudos sobre Ciências Farmacêuticas e áreas afins, de forma integrada e interdisciplinar. A partir disso, esse Programa abraçará a valorização dos recursos naturais, a sua relação com a atenção à saúde, análise de variáveis que interferem no processo saúde/doença, assim como o avanço tecnológico e inovações. O Programa estará direcionado por duas grandes linhas: Linha 1) Prospecção de Fármacos e Recursos Naturais; e Linha 2) Avaliação de Fármacos, Biomarcadores, Produtos Naturais e Sintéticos.
O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas, Mestrado Acadêmico, nasce para exercer relevante papel técnico, Científico e social. Para tal, proporcionará o aperfeiçoamento profissional de docentes e egressos da UNEB, demais Universidades e Faculdades do Estado da Bahia, região Nordeste e outras regiões do país, quicá, de outros países, assim como a inserção desses profissionais na pesquisa e mercado de trabalho.
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) por Orientador "Santos Júnior, Aníbal de Freitas"
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- ItemAvaliação da qualidade de suplementos herbais contendo chá verde(camellia sinensis) comercializados sob as formas farmacêuticas sólidas orais no Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2023-10-31) Matos, Rafael Amorim; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Brandão, Hugo Neves; Santana, Débora de AndradeNo Brasil há uma fragilidade das regulamentações dos suplementos herbais, pois alguns destes produtos são classificados como alimentos isentos de registro sanitário. Metodologias analíticas sustentáveis e ambientalmente amigáveis podem contribuir com a avaliação da qualidade de suplementos alimentares que contem plantas, visto que muitos desses produtos apontam uma necessidade de um maior controle tanto da qualidade quanto do consumo, por conta de vários problemas de saúde já reconhecidos em literatura, como a hepatotoxicidade. O presente trabalho tem uma abordagem experimental, analítica e exploratória, com a intenção de avaliar quali e quantitativamente os suplementos herbais contento Camellia sinensis, comercializados sob formas farmacêuticas sólidas orais, no Brasil. Para isso, foram avaliados os rótulos dos produtos adquiridos, executados testes físicos preconizados pela Farmacopeia Brasileira (FB) – 6ª edição (2019) e uma metodologia para separação, identificação e quantificação de 4 marcadores químicos do chá-verde usando Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Os resultados indicaram que a maioria das amostras possuem inconformidades na rotulação. No teste de peso médio, 9 amostras apresentaram pesos muito abaixo do relatado na embalagem e 5 amostras tiveram variações que não atendem a FB. A única amostra na apresentação comprimido não atendeu as especificações de friabilidade e uma amostra não atendeu as especificações de desintegração. O método desenvolvido para avaliar os marcadores ácido gálico, (+) -Catequina, cafeína e ácido caféico se mostrou sensível, preciso, exato e robusto para a separação e identificação desses compostos bioativos. Das 15 amostras avaliadas, apenas uma apresentou todos os 4 compostos abaixo do limite de quantificação; quatro só apresentaram cafeína; e, uma amostra apresentou 3 compostos, exceto a cafeína. Apenas quatro amostras tiveram os quatro marcadores químicos estudados. Logo, as amostras avaliadas demonstraram uma falta de padronização nas concentrações dos marcadores químicos estudados e das suas apresentações farmacêuticas. Isso mostra uma necessidade de maior rigor legal e controle de qualidade desses produtos sólidos orais (cápsulas e comprimidos) contendo esta planta.
- ItemDesenho estrutural, síntese e atividades antioxidante, antimicrobiana, antileishmania, anti-inflamatória e anticâncer de um novo derivado acetilado da quercetina(2021-10-29) Silva, Saul Vislei Simões da; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Santana, Lourenço Luís Botelho; Meira, Cassio Santana; Costa, Silvia LimaA quercetina é um flavonóide com ação antioxidante e desperta interesse como agente biológico, em especial como potencial agente anticâncer. A baixa solubilidade em água, o extenso metabolismo enzimático e a reduzida biodisponibilidade limitam o emprego biofarmacológico dessa molécula. Esse trabalho objetivou realizar uma modificação estrutural na molécula da quercetina (Q) para a obtenção do análogo quercetina pentaacetato (Q5), visando investigar a sua atividade antioxidante e potencialidades biológicas, em culturas celulares. A rota sintética orgânica consistiu na reação da quercetina (300 mg) com anidrido acético (0,80 mL) e piridina (7,5 mL). O composto obtido foi caracterizado por infravermelho com transformada de Fourrier (FTIR) e por Ressonância magnética nuclear (RMN 1H e 13C). Os sinais dos espectros obtidos evidenciaram a reação de acetilação total. Avaliou-se o potencial antioxidante de Q e Q5 frente ao radical [2,2’-azino-bis (3-etilbenzotiazolin) 6- ácido sulfônico] – ABTS•+. Em seguida, foi avaliado o potencial antibacteriano dos compostos (Q e Q5) pelo método de microdiluição em caldo, e a concentração inibitória mínima (MIC), foi determinada frente às cepas das bactérias Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis e Pseudomonas aeruginosa e o efeito fungicida frente à cepa de Cândida albicans. A atividade antileishmania foi realizada pelo teste de citotoxicidade, em culturas axênicas de promastigotas das espécies de Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis. Posteriormente, foi avaliado o potencial anti-inflamatório dos compostos (Q e Q5) através da dosagem da citocina pró-inflamatória fator de necrose tumoral (TNF) e da produção de óxido nítrico (NO), em sobrenadante de macrófagos do exsudato peritoneal de camundongos da linhagem BALB/c, ativados com Lipopolissacarídeo (LPS) e interferon gama (INF-Y). Em adição, foram realizados testes de citotoxicidade pelo método do AlamarBlue, em células cancerígenas da linhagem HepG2 (hepatocarcinoma humano), HL-60 (leucemia promielocítica) e MCR-5 (fibroblastos saudáveis de pulmão humano), e o teste de citotoxicidade do 3-(4,5- di metil tiazol -2-il) -2,5-di fenil brometo de tetrazólio (MTT), para avaliar o potencial anticancerígeno frente a culturas de células C6 (glioma de ratos). Os resultados mostraram que a quercetina foi pouco reativa, nas tentativas de rotas sintéticas reacionais realizadas, entretanto Q5 foi obtido com um rendimento de 54%. Os espectros FTIR e RMN confirmaram as substituições das hidroxilas da molécula da quercetina por grupos acetato, formando o composto Q5. Na análise da atividade de sequestro de radicais livres (ROS) pelo radical ABTS•+, Q5 apresentou atividade inferior (18%, CI50 = 379,560 ± 0,004 µM), quando comparado com Q (29% CI50 = 188,850 ± 0,003 µM), o que se justifica pela substituição das hidroxilas na reação de acetilação. Os compostos (Q e Q5) não demostraram atividade antimicrobiana (MIC> 100 µg mL-1 ). A quercetina não apresentou atividade antileishmania (CI50 > 100 μM) para as espécies testadas. Para a L. braziliensis, o derivado Q5 não demonstrou atividade (CI50 > 100 μM), porém, para L. amazonensis, o análogo exibiu menor valor de CI50 (75,1 ± 4,7 μM). Na atividade anti-inflamatória, os tratamentos com os compostos (Q e Q5) mostraram redução, de forma concentração dependente, sobre a produção de NO e de TNF (p< 0,05). Interessantemente, observou-se uma atividade superior das duas moléculas testadas em concentrações acima de 40µM, quando comparadas com o fármaco padrão, a dexametasona (20 µM). Não foram observadas diferenças estatísticas entre os compostos testados. A atividade anticancerígena para a linhagem HepG2 demostrou valores de CI50 >80 µM para a quercetina e CI50 de 53,86 µM para o análogo obtido. Para a linhagem HL-60, Q5 apresentou valor de CI50 superior ao da quercetina (33,55 e 51,26, respectivamente), demostrando seletividade da molécula sintetizada na indução de morte em células cancerígenas, quando comparada a linhagem de células saudáveis MRC5 (IC50 > 80 µM). Finalmente, a partir do MTT realizado em células C6, evidenciou uma superioridade citotóxica de Q5 (CI50 = 11 µM) quando comparado com a quercetina (CI50 >50 µM), além da promoção de modificações morfológicas celulares para perfis arredondados, ainda não observados na literatura. Conclui-se que o análogo quercetina pentaacetato apresentou efeitos biológicos potenciais, quando comparado com o bioflavonóide quercetina, podendo ser promissor para futuras investigações mais aprofundadas frente a outras culturas celulares, em especial as neurais.
- ItemDeterminação de compostos bioativos fenólicos e avaliação das atividades antioxidante, antileishmania e hemolítica de extratos metanólicos de Tradescantia zebrina(2022-02-24) Silva, Vagner Cardoso da; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Mota, Milleno Dantas; Silva, Victor Diogenes Amaral daTradescantia é um gênero de plantas herbáceas com muitas espécies utilizadas na Etnobotânica, principalmente na América do Sul. No entanto os relatos de sua bioatividade são distantes entre si, pois não há dados suficientes, na literatura científica, quanto à sua composição química, atividades biológicas, efetividade e segurança terapêuticas. O objetivo principal deste estudo foi de determinar a presença de compostos bioativos fenólicos e as atividades antioxidante, antileishmania e hemolítica dos extratos metanólicos de amostras seca e fresca (in natura) de folhas, caules e raízes de Tradescantia zebrina. Confirmou-se macroscopicamente, as características botânicas e morfológicas da planta, ao se comparar as amostras coletados com imagens e descrições botânicas. Foram obtidos extratos metanólicos, a partir de amostras submetidas a secagem à sombra e amostras in natura. Os teores de fenólicos totais na amostra fresca (in natura) e na amostra seca foram 67,68 e 233,94mg EAG/g, respectivamente. Os teores de flavonoides totais foram expressos na amostra fresca 29,70mg EQ/g de extrato concentrado, enquanto a amostra seca teve 10,99 mg EQ/g de extrato concentrado. A identificação e quantificação de parte desses compostos foi realizada por meio de Cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de diodo, sendo possível confirmar a presença de ácido elágico, ácido cafeico, ácido ferúlico, ácido ρ-cumárico, ácido clorogênico, ácido protocatecuico, crisina, rutina e vanilina. Os testes para a avaliação da atividade antioxidante confirmaram a inibição dos radicais DPPH• (44,08%) e ABTS•+ (46,99% e 28,86% para as amostras fresca e seca, respectivamente). Os extratos metanólicos de Tradescantia zebrina testados não foram efetivos frente às espécies de Leishmania amazonensis e Leishmania brasiliensis, quando comprados com a Anfotericina B. Por outro lado, os extratos: fresco (in natura) e seco, não apresentaram toxicidades frente à testagem de atividade hemolítica, o que apoia a utilização popular desta espécie, com maior segurança. Neste contexto, a partir da observação dos aspectos botânicos e morfológicos, da prospecção química e biológica, através dos resultados obtidos para os ensaios da avaliação das atividades antioxidante, antileishmania e hemolítica testadas, foi possível sugerir que a Tradescantia zebrina é uma espécie de interesse, como fonte potencial de substâncias bioativas.
- ItemEnsaios de qualidade e determinação multielementar em medicamentos fitoterápicos usando espectrometria de emissão atômica(2020-07-31) Tannus, Caroline de Aragão; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Teles, André Lacerda Braga; Silva, Lidércia Cavalcanti Ribeiro Cerqueira eIntrodução: A Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos visam garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de fitoterápicos. Portanto, se faz necessário um rigoroso controle de qualidade destes medicamentos, conforme pré-requisitos determinados pelas legislações, em vigor, no Brasil. Objetivos: Avaliar a qualidade dos Medicamentos Fitoterápicos Cynara scolumus L. (Alcachofra), Harpagophytum procumbens DC. (Garra do diabo) e Maytenus ilifolia (Mart.) ex Reiss (Espinheira santa) distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Salvador - Bahia, através de ensaios físicos e físico-químicos. Ainda, determinar elementos essenciais e potencialmente tóxicos em Drogas vegetais e Medicamentos Fitoterápicos usando Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Acoplado Indutivamente (ICP OES). Materiais e Métodos: Os medicamentos fitoterápicos, foram cedidos pela Natulab Laboratórios S.A: Alcachofra Natulab® (cápsulas de 300mg), Espinheira santa Natulab® (cápsulas de 380mg) e Arpynflan® (comprimidos revestidos de 450mg). Os métodos físicos e físico-químicos utilizados foram os preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Farmacopeia Brasileira (2019). As concentrações de 24 macro e microelementos (essenciais e potencialmente tóxicos), em drogas vegetais e medicamentos fitoterápicos, foram determinadas usando ICP OES, após digestão ácida, assistida por radiação de microondas. A análise de componentes principais (PCA) e a análise hierárquica por conglomerados (HCA) foram usadas para realizar uma análise exploratória das amostras. Resultados: Verificou-se que todos os medicamentos fitoterápicos possuíam registros vigentes na ANVISA, com informações das embalagens e bulas compatíveis. Foram encontradas inconformidades nas bulas dos três medicamentos (seção referente às informações de uso); e, as bulas de Espinheira santa e Arpynflan® também não seguiram as recomendações de formatação. Nos testes físicos e físicoquímicos todas as amostras analisadas encontraram-se em conformidade com as especificações da Farmacopeia Brasileira (2019). Os elementos foram quantificados (faixa de concentração em µg/g): Al (20,24 - 1.261,64), Ba (18,90 - 63,18), Ca (2.877,6- 19.957,40), Cr (0,28 - 1,38), Cu (4,16 - 21,99), Fe (8,54 - 627,49), K (1.786,12 - 32.297,19), Mg (505,82 - 6.174,52), Mn (0,40 - 205,64), Na (1.717,23 - 18.596,45), Ni(
- ItemEnsaios de qualidade, desenvolvimento e validação de métodos analíticos para determinação de metotrexato em formas farmacêuticas sólidas orais(Universidade do Estado da Bahia, 2023-10-20) Nascimento, Morgana de Souza; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Santana, Débora de Andrade; Mesquita, Paulo Roberto RibeiroO metotrexato (MTX) foi desenvolvido em 1940, inicialmente, empregado no tratamento de cânceres, e, posteriormente, em doenças autoimunes. Atualmente, a Farmacopeia Brasileira (edição de 2019) não dispõe dos testes farmacopéicos para o MTX em formas farmacêuticas sólidas orais; enquanto os compêndios estrangeiros propõem métodos com elevadas concentrações de reagentes orgânicos que representam toxicidade para o ambiente, operadores e redução do tempo de vida útilda coluna cromatográfica. Ademais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não apresenta medicamento de referência ou genérico sólido oral para este fármaco, no país. O objetivo do presente trabalho consistiu em realizar ensaios (físicos e físico-químicos) de qualidade, além do desenvolvimento e validação de métodos de controle de qualidade por Espectrofotometria ultravioleta-visível (UV-VIS) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os resultados obtidos para os ensaios físicos (avaliação visual, uniformidade de peso e peso médio, friabilidade, desintegração) e físico- químico (teste e perfis de dissolução) mostraram-se em concordância com os parâmetros farmacopeicos. O desenvolvimento do método foi realizado empregando planejamento experimental com otimização dos fatores mediante planejamento fatorial completo 23 com 4 pontos centrais, sendo otimizados (temperatura, tempo de sonicação e pH). A validação do método por espectrofotometria realizado obteve-se: faixa linear de trabalho (0,05 – 6 μg mL- 1), limites de detecção e quantificação (0,0177 e 0,0536 μg mL-1, respectivamente). No ensaio de adição e recuperação foram obtidos para as amostras de Tecnomet® (>107,89%) e para o Metrexato® (>80%). No desenvolvimento de método por CLAE foi empregada fase móvel EtOH:H2Oacidificada1% (55:45), vazão 1 mL min-1, temperatura 25ºC, isocrático. Foram obtidos: faixa linear de trabalho (0,32 – 8,5 μg mL-1), limites de detecção e quantificação (0,22 e 0,32 μg mL-1, respectivamente). No ensaio de adição de recuperação para o Metrexato® foi obtido (>80%). A avaliação de metais potencialmente tóxicos (Pb, Cd, As, etc) por Espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES) não apresentou valores superiores aos indicados como referência pela ANVISA. Nos testes e ensaio do perfil de dissolução, ambas as amostras apresentaram valores superiores a 70% para a triplicata realizada. Como forma farmacêutica de liberação imediata este atende ao requisito preconizado pela farmacopeia brasileira que fixa 80% em até 45 minutos. Portanto, os métodos propostos mostraram-se eficientes e sensíveis para o controle de qualidade de formas farmacêuticas sólidas orais contendo MTX, contribuindo para a atualização da Farmacopeia Brasileira, em concordância com os princípios da Química Verde.
- ItemMetabolômica aplicada à análise da quimiodiversidade, do potencial fotoprotetor e antioxidante de algas marinhas do Litoral Norte da Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-28) Santana, Keila Almeida; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Santos, Gustavo Souza; Migues, Vitor Hugo; Botura, Mariana BorgesA pesquisa investigou o perfil químico do potencial fotoprotetor e antioxidante de macroalgas tropicais coletadas no litoral norte da Bahia, área de preservação ambiental, no Brasil, utilizando métodos alternativos à experimentação animal e abordagens de metabolômicas, para descrição da mesma, utilizou-se um modelo de dissertação multipaper. No Capítulo I, foi apresentada uma uma discussão geral sobre a biodiversidade marinha do litoral baiano, a caracterização taxonômica e química das espécies coletadas, sendo elas: Ulva lactuca, Caulerpa cupressoides var. lycopodium, Caulerpa sertularioides, Caulerpa mexicana, Centroceras gasparrini, Gracilaria caudata, Solieria filiformis, Sargassum vulgare e Padina sp., além dos critérios técnicos que embasaram a escolha das três macroalgas mais promissoras, foram também apresentados dados inéditos, destacando a diversidade química e viabilidade experimental na seleção das espécies para os experimentos biológicos. No Capítulo II, realizou-se a caracterização química e a avaliação fotoprotetora e antioxidante das espécies Padina sp., Caulerpa sertularioides e Solieria filiformis. Foram identificados marcadores químicos relevantes por cromatografia gasosa acopladada a espectrometria de massas (GC–MS) e ressonância magnética nuclear de hidrogênio (¹H RMN), confirmando compostos como isofucosterol, β-sitosterol e colesterol, além de ácidos graxos e metabólitos aromáticos. Os ensaios in vitro demonstraram capacidade de absorção na faixa UVA, efeito antioxidante significativo e ausência de irritação ocular, embora tenha sido observada fotoinstabilidade e fototoxicidade em algumas amostras. O Capítulo 3 aprofundou a investigação com a alga vermelha Solieria filiformis, revelando que misturas hidroalcoólicas de polaridade intermediária favorecem a recuperação de metabólitos polares e semipolares, como aminoácidos tipo micosporinas, ácidos graxos e esteróis. Os extratos mostraram-se eficazes na absorção UV, e na redução de espécies reativas de oxigênio em queratinócitos humanos, sem apresentar citotoxicidade. Esses achados reforçam o potencial da espécie como fonte sustentável de compostos multifuncionais Por fim, o Capítulo 4 apresentou o livro “Algas Marinhas do Brasil e Antártica: Bioprospecção e Conservação na Década da Ciência Oceânica”, resultado de uma ação de extensão científica que visa traduzir o conhecimento acadêmico em linguagem acessível, fortalecendo o elo entre pesquisa, conservação e sociedade. Dessa forma, os resultados obtidos destacam o valor biotecnológico das macroalgas tropicais e apontam caminhos promissores para o desenvolvimento de insumos fotoprotetores e antioxidantes alinhados à Química Verde. Limitações relacionadas à fotoinstabilidade e à complexidade de extratos brutos reforçam a necessidade de estudos futuros voltados ao isolamento, elucidação estrutural e avaliação de compostos específicos.
- ItemPerfil de segurança no uso de inibidores de checkpoints imunológicos por pacientes com câncer e doenças autoimunes pré - existentes, em unidades especializadas de oncologia, na Bahia -Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2023-10-18) Freitas, Julia de Almeida Santos; Santos Júnior, Aníbal de Freitas ; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus Fernandez; Silva Neto, Marinho Marques da; Lima, Cleverton Kleiton Freitas deIntrodução: O tratamento do câncer (CA) quando associado a doenças autoimunes (DAI) vem sendo objeto de investigação da imunoterapia, em especial com o uso dos inibidores de checkpoint imunológico (ICI). Estes são fármacos inovadores, menos tóxicos e seguros que vêm alcançando resultados satisfatórios, aumentando a sobrevida global dos pacientes. Porém, estudos clínicos têm restringido a avaliação do seu uso em populações especiais como os pacientes com DAI, deixando uma lacuna a respeito da segurança de uso da imunoterapia nesse perfil de pacientes. Objetivo: Discutir sobre a segurança no uso de ICI em pacientes com CA e DAI, em unidades especializadas de oncologia, em cidades da Bahia -Brasil. Materiais e Métodos: Estudo de coorte restropectivo, de abordagem quantitativa, a respeito de eventos adversos imunorrelacionados (EAir) aos ICI em pacientes com CA e DAI, com pesquisa em análise de prontuários . Os dados foram compilados no Microsoft Excel (2019) e analisados no software estatístico Stata®, versão 13.0. Resultados e discussão: estudo composto por 53 pacientes de sete diferentes cidades da Bahia, sendo 14 com CA e DAI, e 39 com CA. Dados sociodemográficos mostraram predomínio de homens, na faixa etária entre 30 e 95 anos, com CA de melanoma, pulmão e DAI a ssociada a Tireoidite de Hashimoto como predominante. Os medicamentos mais utilizados foram Pembrolizumabe e Nivolumabe (classe anti-PD-1). Os pacientes do estudo em geral que receberam a classe de medicamento anti-PD-L1 , obtiveram menor número de reações em relação ao todo, porém aqueles que apresentaram EAir com maior frequência e gravidade foram pacientes com DAI, em reações G1 (57%) e (43%) em G3/G4, quando comparados aos com ausência de DAI (20%) em reações G1 e (0%) em G3/G4. O sistema gastrointestinal apresentou maior numero de reações nos dois grupos, porém em pacientes com DAI reações mais graves aconteceram (0% vs 60%, respectivamente).Observou-se também que pacientes que possuíam além do câncer a condição de DAI apresentaram maiores taxas em comparação ao paciente sem DAI respectivamente de descontinuação (50% vs 18%, respectivamente) e interrupção (85% vs 20%, respectivamente) do tratamento por motivos de reação adversa. Conclusão: Este trabalho investigou EAir associados ao uso de ICI por pacientes com CA e DAI, através da análise estatística dos dados extraídos de prontuários eletrônicos. Observou-se que o número de EAir aumentou em pacientes usando inibidores de ICI no grupo com CA e DAI prévia, levando a sugerir que a presença de DAI, junto aos pacientes com CA, predispõe a um fator de risco gravidade de EAir. Portanto, a adoção de estratégias terapêuticas mais adequadas são essenciais para melhores resultados terapêuticos. Palavras-chaves: Câncer; doença autoimune; imunoterapia; inibidores de checkpoint imunológico; efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos.
- ItemTendências de consumo de antifúngicos em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário em Salvador-Bahia-Brasil(2022-04-22) Santos, Fabio Ferreira dos; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Federico, Marília Pinto; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Santos, Pablo de MouraAs infecções fúngicas invasivas apresentam uma elevada taxa de morbimortalidade no Brasil, onde os antifúngicos representam a única alternativa de tratamento. Portanto, conhecer os aspectos relacionados à utilização destes agentes pode subsidiar a elaboração de políticas de uso racional de medicamentos e contribuir para redução de efeitos adversos. Objetivo: Analisar a tendência de consumo de antifúngicos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos, em hospital universitário de Salvador - Bahia. Materiais e Métodos: Descritivo retrospectivamente a tendência de consumo de agentes antifúngicos na UTI-adulto de um hospital universitário, tendo como base os registros de consumo dos antifúngicos sistêmicos padronizados que foram dispensados aos pacientes, ao longo do período de 12 anos e expresso em Dose Diária Definida (DDD)/100 pacientes-dia. Resultados e Discussão: Os resultados demonstraram oscilações no consumo global, com média total de 33,30 DDD/100 pacientes-dia. Os antifúngicos mais consumidos, em ordem decrescente foram: Fluconazol (57,92%), Anfotericina B Complexo Lipídico (12,19%), Anfotericina B Lipossomal (7,83%), Caspofungina (6,30%) e Anfotericina B Desoxicolato (6,03%). Sendo que a variação geral de consumo foi de 38% com tendência crescente (p=0,45). Conclusão: Os antifúngicos foram muito utilizados na UTI adulto do hospital universitário e a tendência crescente de consumo demonstra que são necessários o monitoramento e a promoção do uso racional desses medicamentos, visto que sua utilização inadequada e/ou desmedida, além de onerar o sistema de saúde mediante elevação dos custos, pode aumentar a resistência dos fungos.