Metabolômica aplicada à análise da quimiodiversidade, do potencial fotoprotetor e antioxidante de algas marinhas do Litoral Norte da Bahia, Brasil
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Resumo
A pesquisa investigou o perfil químico do potencial fotoprotetor e antioxidante de macroalgas tropicais coletadas no litoral norte da Bahia, área de preservação ambiental, no Brasil, utilizando métodos alternativos à experimentação animal e abordagens de metabolômicas, para descrição da mesma, utilizou-se um modelo de dissertação multipaper. No Capítulo I, foi apresentada uma uma discussão geral sobre a biodiversidade marinha do litoral baiano, a caracterização taxonômica e química das espécies coletadas, sendo elas: Ulva lactuca, Caulerpa cupressoides var. lycopodium, Caulerpa sertularioides, Caulerpa mexicana, Centroceras gasparrini, Gracilaria caudata, Solieria filiformis, Sargassum vulgare e Padina sp., além dos critérios técnicos que embasaram a escolha das três macroalgas mais promissoras, foram também apresentados dados inéditos, destacando a diversidade química e viabilidade experimental na seleção das espécies para os experimentos biológicos. No Capítulo II, realizou-se a caracterização química e a avaliação fotoprotetora e antioxidante das espécies Padina sp., Caulerpa sertularioides e Solieria filiformis. Foram identificados marcadores químicos relevantes por cromatografia gasosa acopladada a espectrometria de massas (GC–MS) e ressonância magnética nuclear de hidrogênio (¹H RMN), confirmando compostos como isofucosterol, β-sitosterol e colesterol, além de ácidos graxos e metabólitos aromáticos. Os ensaios in vitro demonstraram capacidade de absorção na faixa UVA, efeito antioxidante significativo e ausência de irritação ocular, embora tenha sido observada fotoinstabilidade e fototoxicidade em algumas amostras. O Capítulo 3 aprofundou a investigação com a alga vermelha Solieria filiformis, revelando que misturas hidroalcoólicas de polaridade intermediária favorecem a recuperação de metabólitos polares e semipolares, como aminoácidos tipo micosporinas, ácidos graxos e esteróis. Os extratos mostraram-se eficazes na absorção UV, e na redução de espécies reativas de oxigênio em queratinócitos humanos, sem apresentar citotoxicidade. Esses achados reforçam o potencial da espécie como fonte sustentável de compostos multifuncionais Por fim, o Capítulo 4 apresentou o livro “Algas Marinhas do Brasil e Antártica: Bioprospecção e Conservação na Década da Ciência Oceânica”, resultado de uma ação de extensão científica que visa traduzir o conhecimento acadêmico em linguagem acessível, fortalecendo o elo entre pesquisa, conservação e sociedade. Dessa forma, os resultados obtidos destacam o valor biotecnológico das macroalgas tropicais e apontam caminhos promissores para o desenvolvimento de insumos fotoprotetores e antioxidantes alinhados à Química Verde. Limitações relacionadas à fotoinstabilidade e à complexidade de extratos brutos reforçam a necessidade de estudos futuros voltados ao isolamento, elucidação estrutural e avaliação de compostos específicos.