O planejar desigual: seletividade espacial no planejamento urbano de Amargosa-Bahia
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Resumo
Amargosa - Bahia, como a maioria das cidades brasileiras no início do século XX, estava sob a ótica da transformação urbana. As melhorias propostas pelas autoridades públicas baseavam-se na contraposição de tudo que era considerado ultrapassado e o discurso em voga era a necessidade de adequar as cidades ao embalo modernista adotado pelo país. Assim, na primeira metade do século XX, precisamente entre as décadas de 1930 e 1966, ocorreu o remodelamento urbano da cidade de Amargosa. As mudanças de caráter urbano vinham a atender aos interesses higiênico-sanitaristas e de embelezamento, como desapropriação e demolição de prédios considerados insalubres, construção de praças e proibições de hábitos e costumes pelo Código de Postura local, mudanças que apresentavam total consonância com as propostas do modelo de urbanismo progressista. Porém, seria um equívoco falar dessas intervenções de remodelamento como sendo homogêneas e como se tivessem abarcado a todos os espaços da cidade. A questão levantada por essa produção é se esta prática de seletividade espacial para intervenções urbanísticas permanece no contexto de planejamento urbano da cidade, para tanto, nos valeremos da análise do único Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) de Amargosa, instituído no ano de 2006 e da observação das ações posteriores a ele até a última gestão em 2012, buscando analisar as práticas do mesmo em relação à cidade de Amargosa.