“Oi, sim, sim, sim! Oi, não, não, não:” mercado editorial e circulação da literatura de Fábio Mandingo
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Resumo
A presente dissertação mira a cena artística preta, destacando a literatura negra de contextos periféricos como foco desta pesquisa. Tem como objetivo ampliar a discussão sobre a literatura contemporânea e se propõe a observar os problemas enfrentados pela produção, divulgação e comercialização livreira no Brasil, assim como agem às editoras e livrarias periféricas no mercado editorial, trazendo para o centro da discussão o autor Fábio Mandingo, como escritor, que rasura o sistema literário e busca estratégias para publicação e circulação de seus livros. Dessa forma, inicialmente, delineou-se um panorama sobre a literatura contemporânea e acerca do mercado editorial, destacando-se a presença dos escritores da margem que estão cada vez mais atuantes no campo literário. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa de cunho exploratório e interpretativo, uma vez que se utilizaram os registros disponíveis decorrentes de pesquisas anteriores e documentos, além dos livros de Fábio Mandingo. Fez-se um estudo de caso a fim de permitir o aprofundamento a respeito do objeto da pesquisa. A pesquisa reúne um constructo de publicações acadêmicas sobre o mercado editorial e a respeito da literatura contemporânea, bem como entrevistas com o escritor Fábio Mandingo e o editor Marciano Ventura. Nesse sentido, o aporte teórico se organizou a partir das discussões sobre o termo contemporâneo trazidos por Silva (2019), Agambem (2009), Schollhammer (2009) e Resende (2008). Outra discussão norteadora da pesquisa sobre vozes marginalizadas foi trazida por Dalcastagnè (2012) e Reys Arias (2011) que trata sobre a produção literária existente na periferia e mercado editorial negro periférico. Patrocínio (2013) que aborda como a cena literária se apresenta na contemporaneidade. As análises desenvolvidas nessa escrita demonstram que o campo editorial brasileiro ainda é limitado, já que várias vozes deixam de ser evidenciadas e autores como Fábio Mandingo tem um papel importante na contemporaneidade por fazer protagonizar em sua obra sujeitos marginalizados e por apontar modos outros, para além da tradição, de produção literária.