O presente trabalho traça uma trajetória da música Reggae desde o seu surgimento na Jamaica até a sua chegada à Bahia e, por conseguinte, à Conceição do Coité. Para tanto, faço uma revisão bibliográfica sobre a temática. O objetivo da monografia é entender até que ponto o fato de os sujeitos ouvirem Reggae influencia, ou não, na construção de uma identidade negra local, individual e coletiva. Para isso, faz-se necessário o uso da fonte oral, minha principal fonte, pois, para desenvolver a pesquisa, trabalho com as experiências dos sujeitos, e estas só podem ser alcançadas através de seus relatos. Para analisar as falas dos entrevistados recorro às orientações metodológicas de Alberti (2005) e Amado (1995). Foi percebido que, mesmo se tratando de um grupo relativamente pequeno, o sentir-se negro e a forma de ouvir reggae diferem-se. Pra compreender tais variações, Stuart Hall (2003,2011) me ajuda a discutir sobre a complexidade que envolve a constituição de uma identidade. Ainda para ajudar a compreender o que é ser negro em Conceição do Coité, retomo uma discussão sobre o passado escravista do município.