Aprendizagens significativas na EJA: aula de campo para o ensino de geografia
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Resumo
Esta investigação busca compreender como as aulas de campo no componente curricular de Geografia contribuem para uma aprendizagem significativa dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Propõe-se, principalmente, analisar a aula de campo como instrumento fundamental para produzir aprendizagens significativas para os estudantes dessa modalidade de ensino, e desenvolve-se buscando identificar as singularidades da aula de campo para a aprendizagem de Geografia na EJA; averiguar o potencial pedagógico do Mosteiro Morro da Vargem, do Museu de Biologia Professor Mello Leitão e da Rampa do Caravaggio como espaços de educação não formal e produzir um modelo de aula de campo como possibilidade de transposição didática. Utilizou-se uma abordagem qualitativa, amparada pelo método da pesquisa participante, visando realizar uma aula de campo com 20 alunos da primeira etapa da EJA, correspondente ao primeiro ano do Ensino Médio. Os espaços de educação investigados foram: a) formal, a Escola Estadual de Ensino Fundamental “Professora Maria da Paz Pimentel”, e b) não formais, o Mosteiro Morro da Vargem, o Museu de Biologia Professor Mello Leitão e a Rampa do Caravaggio. Empregou-se como instrumento de coleta de dados questionários aplicados aos discentes, com auxílio do diário de bordo no registro dos acontecimentos durante o processo, e roda de conversa. Nos capítulos teóricos, a pesquisa apresenta autores que examinam a Educação de Jovens e Adultos, seu histórico e a EJA à Distância, como: Paiva (2006), Freire (1996), Pinto (2007), Arroyo (2017), Ghiraldelli (2008), Haddad e Di Pierro (2000), Ventura (2006), Haddad (2007); que retratam aprendizagens significativas, como: Mizukami (1986), Pinto (2007), Behrens (2011), Ausubel (2000), e que explanam sobre o Ensino de Geografia e aulas de campo, como Guimarães (2002), Santos (2006), Legrand (2014), Carvalho (2011), dentre outros. Constatou-se que há uma fragilidade na formação inicial dos profissionais que atuam na EJA, sendo necessário um investimento em formação continuada; que os coordenadores, em sua dinâmica diária, encontra dificuldades para se dedicarem as suas atribuições, prejudicando o processo de fortalecimento do seu papel como agente formador; que os saberes informados como indispensáveis para a atuação dos profissionais da EJA encontram-se divididos em conceituais, práticos e relacionais. A aplicação da pesquisa participante, mediante a realização da formação por meio de rodas de conversa, causou impactos em cinco dimensões: formativa, pessoal, social, socioafetiva e cultural.